Pós-Graduação em Estudos Rurais

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PPGER - Programa de Pós-Graduação em Estudos Rurais

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    A cidade e o amanhã: ensaio sobre o centenário de Pedro Leopoldo
    (UFVJM, 2024) Martins, Marcos Lobato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
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    Entre sons e discursos: as representações da mulher e do homem rural na música sertaneja
    (UFVJM, 2023) Carvalho dos Anjos, Joênio; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Freire, Jose Carlos; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Santos, Rosselvelt José
    Esta dissertação foi realizada junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Rurais – PPGER, da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM e faz parte da linha de pesquisa: "Sociedade e Cultura no Mundo Rural". A pesquisa tem como problemática compreender como a música sertaneja, representou a mulher e o homem do universo rural no período histórico de 1950 a 1970, recorte histórico que abarca transformações e processos importantes na sociedade brasileira, entre elas, a urbanização e industrialização, êxodo rural (consequente aumento da população urbana e diminuição significativa da população rural), mecanização do campo (Revolução Verde), ascensão da ditadura civil-militar, entre outros processos espaço/sociais. Quanto às transformações no campo, a figura do trabalhador volante "Bóia-Fria", revelou como os processos de modernização do aparelho jurídico brasileiro, bem como das formas de uso, produção e detenção do poder, estão imbricadas, e conjugaram a expropriação dos homens e mulheres do mundo rural, uma vez mais. Para compreender e adentrar no campo da música sertaneja adotou-se a Análise do Discurso Crítica enquanto metodologia que possibilitou desvelar universos sociais, representações e estruturas enraizadas na sociedade, tais como o Patriarcado, enquanto mecanismo de caráter predatório, violento, misógino. As análises então realizadas contabilizaram 109 músicas, que abordaram a temática proposta. Deste total, 45 foram selecionadas, sendo que 24 se referem às mulheres e 21 contém elementos descritivos e representados para com o homem rural. Como estratégia metodológica, optou-se por aquelas canções, que apresentaram maior número de elementos como forma de aprofundar as análises sem prejuízo quantitativo ou qualitativo. As análises demonstraram como a música é um nítido exemplo da complexidade, a qual estabelece diálogo com a perspectiva da Indústria Cultural, enquanto aparato de controle, como também a mesma mostrou-se composta por críticas sociais de várias amplitudes. Quanto à representação da mulher, esta recai expressivamente sobre a mulher negra, a qual é violentada, objetificada, uma vez mais, bem como a transmissão através da sonoridade, de mensagens, ideologias, violências para com as mulheres. Desta maneira, o patriarcado transita também através de sons, imagens e o imaginário. Quanto a representação masculina, observa-se a presença de críticas sociais, bem como a menção de algumas figuras, tal qual, o caminhoneiro, o qual foi considerado e mencionado enquanto "soldado do progresso brasileiro". Outro elemento analisado nesta pesquisa é a mídia rádio, a qual também mostrou-se enquanto produto de mercado e parte da indústria cultural. O percurso bibliográfico permitiu compreender a notória presença desse meio de comunicação na sociedade com ênfase no número de estações de rádio na região sudeste brasileira. Desta forma, os dados reforçam a importância desta pesquisa, na compreensão das dinâmicas sociais, as representações espaço/sociais das mulheres e homens do mundo rural, seu processo migratório para os centros urbanos. Por fim, analisar temas de tamanho significado na sociedade contemporânea, constitui-se enquanto ação e prática de resistência.
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    Escravidão e Cotidiano: as experiências de escravizados na prática de atos criminalizados, Diamantina - Minas Gerais (1850-1888)
    (UFVJM, 2022) Pinto, Larissa Chaves; Chaves, Edneila Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Chaves, Edneila Rodrigues; Pires, Maria de Fátima Novaes; Martins, Marcos Lobato; Nascimento, Alan Faber do
    O presente trabalho objetivou investigar o cotidiano de escravizados em suas vivências, modos de vida e relações sociais a partir de atos criminalizados que ocorreram na sociedade escravista de Diamantina, Minas Gerais, para o período de 1850 a 1888. Trata-se de um cotidiano de onde emergem os conflitos, ações, manifestações, comportamentos e expressões que operacionalizam as habilidades e capacidades intelectuais dos escravizados, bem como ações e reações perante situações e experiências cotidianas “imprevisíveis”. Ademais, o trabalho buscou investigar a origem, composição por faixa etária e por sexo, idade, grau de instrução, dentre outros aspectos relacionados ao perfil do segmento cativo, com vistas a compreender os vínculos de escravizados em relação a outros segmentos sociais, com os quais mantinham relações de trabalho, amizade, afetividade e animosidade. A pesquisa também ensejou discutir os dados acerca de duas categorias de atos criminalizados, sendo eles; os crimes contra a pessoa e contra a propriedade, a fim de compreender a ocorrência e significado desses atos para o cotidiano cativo e, consequentemente, para a sociedade escravista do espaço social estudado. Nesse sentido, para cumprir tais objetivos, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, em literatura pertinente ao tema, e pesquisa documental através de processos-crime e inquéritos policiais em que cativos se configuram como réus. Trata-se de fontes cartorárias manuscritas, que pertencem ao acervo da Biblioteca Antônio Torres, sediada em Diamantina-MG. Em vista disso, foi possível perscrutar na análise acerca das especificidades (relações de ciúmes, intrigas, vinganças, relações de amizade, parceria e solidariedade) do cotidiano do segmento escravizado. Ressalta-se que os atores sociais investigados marcaram o cotidiano da escravidão com suas experiências e deixaram legados para recordar suas trajetórias fugazes, ainda que suas vivências fossem “destinadas a não deixar rastros”.
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    Projeto de piscicultura no Vale do Jequitinhonha: análise sociocultural e histórica
    (UFVJM, 2023) Silva, Daniela Luiz; Melo, Thiago Vasconcelos; Barbé, Luciane da Costa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Melo, Thiago Vasconcelos; Barbé, Luciane da Costa; Redin, Ezequiel; Assis, Thiago Rodrigo de Paula
    O projeto da Associação de Piscicultores de Araçuaí abrange a criação de tilápia na barragem de Calhauzinho, foi iniciado em 2007 e depois foi abandonado. Em 2019 foi retomado com apoio de algumas entidades. A barragem do Calhauzinho está localizada no Vale do Jequitinhonha no estado de Minas Gerais, no município de Araçuaí. Diante disso, questiona-se neste estudo: o projeto de criação de tilápias retomado pelas entidades e desenvolvido pela associação de piscicultores de Araçuaí tem chance de ter êxito? A pesquisa tem como objetivo analisar o projeto de piscicultura desenvolvido em Araçuaí no Vale do Jequitinhonha e examinar sua contribuição na potencialização das comunidades rurais da sub-bacia do rio Calhauzinho. O estudo foi realizado com os membros da associação de piscicultores de Araçuaí e representantes de uma das entidades apoiadoras da associação de piscicultores de Araçuaí e partiu de uma abordagem com instrumentos de cunho qualitativo e quantitativo. Sendo que, foram utilizados como instrumentos de coleta de dados, a pesquisa de campo por meio da aplicação de questionários, entrevistas e a pesquisa de análise documental. Para a realização da análise dos dados foram usados os programas Microsoft Excel, para análise estatística descritiva dos resultados e SPSS na análise de cluster utilizando o método hierárquico, pelo modelo Ward. Os resultados mostram que a longo prazo não se vê grandes possibilidades de sucesso do projeto de piscicultura, pois alguns dos produtores estavam desmotivados por causa das dificuldades enfrentadas na produção das tilápias e outros já haviam saído do projeto.
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    Liames das escolas rurais com a resistência da cultura caipira em comunidades camponesas no município de Diamantina-MG
    (UFVJM, 2022) Dias, Ana Paula Ferreira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Cambraia, Rosana Passos; Fávero, Claudenir; Alentejano, Paulo Roberto Raposo; Acçolini, Graziele
    O presente trabalho de mestrado procurou conhecer e compreender como o processo ensino e aprendizagem, na relação campo/rural, se encontram atualmente nos modelos de ensino e projetos pedagógicos das escolas localizadas no campo do município de Diamantina (Minas Gerais). Assim, buscamos considerar, por meio de um estudo bibliográfico sistematizado, os conceitos de Caipira e Camponês e sua relação com os processos educativos no campo. Acrescido de entender como a cultura e religiosidade, assim como a relação cultura e natureza, se fazem presentes entre os camponês-caipiras, e como são e/ou poderiam ser afirmativas de pertencimento do sujeito do campo no processo educativo do campo e sua interface com a Agroecologia. Elucidou as relações entre Cultura e os Projetos Políticos Pedagógicos no contexto da educação rural no município de Diamantina (Minas Gerais), para auxiliar, por meio das análises feitas, a Secretaria Municipal de Educação, em ações e parcerias para a consolidação de um projeto de educação do campo e para o campo. A pesquisa é de cunho qualitativo, com estudo de revisão da literatura narrativa e sistemática, somadas às pesquisas bibliográficas e documentais, além do levantamento de dados, para assim elaborar uma teorização consistente. Foram pesquisados materiais didáticos voltados à educação do campo e os conjuntos de leis federais, estaduais e municipais sobre a educação diferenciada do campo. Realizamos o aprofundamento teórico sobre a cultura caipira, educação e a relação natureza e cultura. Concluímos que o conceito de caipira e de camponês não se opõem, ao contrário, se complementam; o princípio educativo não escolar, em relação às crianças do campo, se dá, primeiramente, pela religiosidade e cultura caipira, assim, a produção de alimento e a alimentação são parte fundantes do processo educativo; que há ausência de uma discussão teórica aprofundada do conceito de cultura caipira nos processos educativos das escolas do campo e no campo no município de Diamantina (Minas Gerais). Nas análises em que aprofundamos a questão dos aspectos curriculares e a Cultura, enquanto conjunto de saberes que podem ser dialogados em sala de aula, percebemos que os currículos examinados das três escolas do campo de Diamantina (Minas Gerais), apesar de demonstrar interesse na valorização da cultura do alunado, não tem consolidado que cultura é essa, só havendo menção às culturas indígena e quilombola, previstas nos temas transversais, não fazendo referência ao modo de vida principiador da cultura caipira.
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    Da produção à comercialização: o sistema de gestão dos feirantes de Sabinópolis/MG
    (UFVJM, 2022) Gonçalves, Janice Queiroz de Pinho; Redin, Ezequiel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Redin, Ezequiel; Silva, Gustavo Pinto da; Pereira, Anderson Alvarenga
    Esta dissertação tem como proposta conhecer o perfil dos feirantes do município de Sabinópolis-MG, suas práticas de controle financeiro do negócio, os conhecimentos adquiridos que subsidiam o melhor desempenho econômico-financeiro de suas atividades, além de identificar aqueles que contribuem para a gestão do negócio Com o intuito de diagnosticar as práticas adotadas tanto para a produção como para a comercialização, utilizou-se a análise e a descrição do processo de construção social da feira no município, possuindo estratégias metodológicas a observação, a entrevista e como instrumento o questionário. A justificativa pela escolha do tema está pautada no interesse em conhecer as técnicas utilizadas pelos feirantes nos processos de produção e comercialização de mercadorias, tendo como norteador a matriz SWOT para a coleta de informações sobre as oportunidades e ameaças, os pontos fortes e fracos vivenciados no dia a dia. Como metodologia utilizou-se a abordagem qualitativa para coleta de informações, tendo pautado na pesquisa exploratória os critérios da revisão bibliográfica de artigos, teses, dissertações, livros e pesquisas sobre o tema. Os feirantes devidamente cadastrados na Associação Comunitária dos Feirantes e Artesão de Sabinópolis – ACFAS e vinculados na Secretaria Municipal de Agricultura do município de Sabinópolis/MG formam os sujeitos dessa pesquisa. A amostra consistiu daqueles com atuação na feira livre que aceitaram participar de todo o processo de entrevista. Os resultados indicam a importância da feira para o município, enquanto circuito curto de comercialização, espaço de convívio social, valorização da cultura e do trabalhador rural. Identificou-se que tanto para os feirantes quanto para os consumidores, a feira é representativa em relação a cultura, manutenção de renda, oferta de produtos de qualidade (produtos naturais, livres de agrotóxicos, produzidos artesanalmente), confiança estabelecida, além de ser um espaço de socialização da comunidade. A maioria dos relatos apontou desconhecimento quanto à forma de calcular os custos das matérias-primas utilizadas na produção, das embalagens e dos cuidados com a mercadoria. Falta aos feirantes maior orientação no processo de produção e beneficiamento de seus produtos, divulgação da feira, formação dos preços de vendas, os cuidados necessários para armazenamento e conservação, rotulagem e embalagem dos produtos. Por fim, a diversidade dos produtos poderia ser trabalhada no âmbito do apoio e fomento da produção regional, de forma a ampliar o atendimento ao mercado regional em substituição aos produtos trazidos do CEASA, visto o potencial produtivo dos municípios da microrregião de Guanhães.
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    Desempenho acadêmico de jovens rurais e percepção dos discentes e docentes sobre o Bacharelado Interdisciplinar no ICA/UFVJM, Campus Unaí/MG
    (UFVJM, 2022) Lepesqueur, Kátia Vieira Souto; Redin, Ezequiel; Lobo Junior, Adalfredo Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Redin, Ezequiel; Lobo Junior, Adalfredo Rocha; Oliveira, Altamir Fernandes de; Gomes Pereira, João Antônio; Melo, Thiago Vasconcelos
    Os objetivos deste trabalho, que foi realizado no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (ICA/UFVJM), foram: i) verificar se a origem dos discentes, rural ou urbana, tem associação com seu perfil e desempenho acadêmico; e ii) avaliar a percepção dos discentes e docentes quanto à qualidade de ensino do Bacharelado em Ciências Agrárias (BCA). Um total de 177 discentes responderam o questionário para comparar o perfil e desempenho acadêmico entre origem urbana (133) e rural (44), enquanto um total de 95 discentes e 28 docentes responderam o questionário para avaliar a percepção de ambos sobre o BCA. As notas de ingresso na Universidade, idade, Coeficiente de Rendimento Acadêmico (CRA) acumulado e as proporções dos discentes de acordo com sexo, tipo de escola, curso técnico, modalidade de ingresso, cor/etnia, curso, ano/semestre de ingresso e das suas respostas dadas às questões sobre dificuldades de aprendizagem do aluno, satisfação com o curso, hábito de estudo, caracterização das dificuldades de aprendizado, caracterização das dificuldades impostas pela Universidade, coerência das avaliações dos docentes, qualidade do Ensino Médio e experiência de vida no aprendizado foram comparadas entre as duas origens. As médias de idade e CRA acumulado dos alunos das duas origens foram similares (P>0,10), mas as médias da nota de ingresso na Universidade dos discentes de origem rural foram as menores (P<0,10). As proporções de sexo, curso técnico, modalidade de ingresso e curso para os discentes das duas origens não diferiram (P>0,10), enquanto que uma maior (P<0,10) proporção de discentes de origem rural, que tiraram nota baixa no ingresso, eram de cor/etnia preta e estudaram em escola pública, foi observada. A satisfação com o curso, o hábito de estudo e as dificuldades de aprendizado foram similares (P>0,10) entre os alunos das duas origens. Alunos de origem rural tiveram mais (P<0,10) problemas financeiros do que alunos de origem urbana. Quanto à avaliação do BCA, discentes e docentes se queixaram (P<0,10) da presença de disciplinas obrigatórias desnecessárias para os cursos profissionalizantes. Todavia, os discentes consideraram (P<0,10) o BCA um bom modelo de ensino. A maioria (P<0,10) dos docentes não tiveram dificuldades para ministrar aulas no BCA, enquanto que a maioria (P<0,10) dos discentes apresentaram dificuldades em acompanhar as aulas no BCA. Docentes atribuíram essas dificuldades dos discentes ao desinteresse nos estudos e ingresso no ICA/UFVJM com nota inferior a 300 pontos. Esses resultados demonstram que discentes de origem rural têm piores notas de ingresso na Universidade, mas o desempenho acadêmico durante o curso não difere dos alunos de origem urbana. O BCA no ICA/UFVJM foi um bom modelo de ensino.
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    Agricultura familiar e os circuitos curtos de comercialização no município de Diamantina, MG, durante a pandemia da Covid-19
    (UFVJM, 2022) Oliveira, Leandro Fernandes; Fávero, Claudenir; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fávero, Claudenir; Murta, Nadja Maria Gomes; Silva, Daniel Ferreira da
    O trabalho foi realizado com o objetivo de identificar e compreender as possibilidades de comercialização dos produtos da Agricultura familiar no município de Diamantina, além de verificar as alternativas e os impactos causados no período da pandemia da COVID-19, entre os anos de 2020 e 2021. Para isso foram obtidas informações sobre a participação de agricultores familiares na Feira Livre do Largo Dom João, na “Feirinha do Elefante” e nos Programas Governamentais, PAA – Programa de Aquisição de Alimentos e PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar. A coleta de dados do PNAE Estadual foi realizada por meio do portal do FNDE e controle da MTES; os dados do PNAE municipal foram obtidos junto a Secretaria Municipal de Educação da Prefeitura de Diamantina; para os dados do PAA e da Feira Livre do Largo Dom João consultamos a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário e Meio Ambiente da Prefeitura de Diamantina; e os dados da “Feirinha do Elefante”, foram obtidos diretamente com o proprietário da mesma. Verificou-se expressiva ampliação dos canais de comercialização institucionais (PAA e PNAE) no período analisado, mas que mesmo assim chegou a um percentual pequeno dos agricultores familiares do município. Constatou-se a importância que a Feira Livre do Largo Dom João tem para a Agricultura Familiar do município, pois mesmo esgotando todos os recursos dos programas institucionais, não houve alteração na quantidade de produtos comercializados e nos valores obtidos pelos agricultores na mesma. A Feirinha do Elefante, canal que surgiu com o fechamento da Feira do Largo Dom João devido às restrições impostas pela pandemia da COVID-19, apresentou uma expressiva comercialização de produtos no período avaliado, tornando-se mais um importante canal de comercialização da Agricultura Familiar no município. Pelas informações analisadas, ficou evidente o potencial latente de expansão da comercialização de produtos pela Agricultura Familiar do município de Diamantina.
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    Mulheres negras e violência simbólica: estudo de caso em Gouveia - MG
    (UFVJM, 2022) Moreira, Maria Josiane; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Josélia Barroso Queiroz; Weitzman, Rodica; Souza, Cristiane Luiza Sabino de
    As mulheres negras historicamente vivem processos de violências. Dentre elas, a violência simbólica é uma forma de violência estrutural, sutil e internalizada que provoca o silenciamento de suas vítimas. Nesse sentido, a partir da perspectiva do feminismo negro e com o objetivo de apresentar como o racismo e o sexismo através da violência simbólica tem permeado nossas histórias, esta pesquisa apresenta dados da investigação com mulheres negras de diferentes gerações, moradoras da cidade de Gouveia - MG. Objetivando também compreender como enxergam ou não, as violências sofridas, principalmente aquelas, que se expressam em forma de tabu, embutindo condutas morais e religiosas. Com a metodologia de pesquisa qualitativa-quantitativa, na primeira fase da pesquisa foram aplicados questionários de opinião para residentes locais maiores de 18 anos com ditados e expressões populares de cunho racista e/ou sexista. Na segunda etapa, entrevistas semi-estruturadas foram realizadas com várias mulheres negras a fim aprofundar dados obtidos com o questionário de opinião afim de responder questões que corroborem com este trabalho através de um estudo de caso realizado na cidade de Gouveia – MG.
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    O processo de identidade de comunidades quilombolas de Peçanha-Minas Gerais: História oral, Cultura e Etnicidade
    (UFVJM, 2022) Maciel, Filipe de Oliveira; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Nascimento, Alan Faber do; Lima, Josélia Barroso Queiroz; Souza, Vânia Rocha Fialho de Paiva e; Acçolini, Graziele
    Investiga-se neste trabalho as comunidades quilombolas rurais do município de Peçanha-MG, Brasil – denominadas Jorges de Água Branca e 'Purificação. O pesquisador é nativo deste município e com vínculos nestas comunidades desde a infância. O objetivo foi compreender o processo de construção de identidade nestes quilombos. Visa desvelar a identidade no sentido cultural, pelas suas práticas tradicionais, e no sentido étnico, de como ocorre a manutenção de fronteiras diferenciadoras entre o eu, o coletivo e outros grupos, através das relações sociais, suas interdependências e interpenetrações. Possuindo de base nestes processos, a história oral como método amefricano de se transmitir conhecimento por gerações. A pesquisa foi desenvolvida através da metodologia da pesquisa participante, trabalho de campo, etnografia, pesquisa bibliográfica e análise de conteúdo. Na fase de trabalho de campo foi utilizado caderno de campo, registros fotográficos e audiovisuais amadores, e realizado entrevistas livres e reuniões de retroalimentação. Nesta pesquisa o caderno de campo é concebido também como instrumento das artes plásticas, para registro e expressão do não-dizível do trabalho etnográfico vivenciados pelo corpo-alma-pesquisador. Os resultados iniciais de estudos bibliográficos indicaram que em comunidades de ancestralidade africana, a estruturação de mecanismos identitários são expressos nas tradições, que são conhecimentos e testemunhos transmitidos oralmente pelas gerações. Estas produções culturais são entendidas como conjunto simbólico, material e imaterial, que fundamentam a construção de subjetividade e comportamentos, estruturando uma identidade cultural. Os grupos utilizam elementos culturais nas relações sociais para diferenciação, forjando a manutenção de fronteiras com outros grupos e construindo uma identidade étnica. Com aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa foi realizada a fase de trabalho de campo da etnografia, sendo cerca de uma semana por mês em cada comunidade, entre fevereiro e outubro de 2021. Conclui-se que o processo de identidade nestes quilombos é construído pelas relações entre violência, fé e terra. A violência, que possui como condição base o racismo, revela sobre como a fome e a exploração do trabalho são historicamente impostos num projeto de genocídio do povo negro e como é mantido no mundo contemporâneo através das colonialidades. A fé revela na diversidade de práticas a construção de um sincretismo religioso afro-brasileiro, situado na dimensão da vida cotidiana e baseado na soma de forças de fé, cuja fonte de conhecimento está ligada a relações afroindígenas dos quilombos, e ainda que católicos, se apropriam do catolicismo e o praticam fora de seu padrão institucional. A terra revela por meio da tradição do trabalho em mutirão a materialização da cultura e etnicidade na construção de um quilombo contemporâneo expondo questões sociopolíticas, econômicas e as dinâmicas agrárias nas relações de associativismo e certificação, denunciando ainda problemáticas entre os agentes dos acessos a terra. Violência, fé e terra revelam o processo de identidade quilombola em Peçanha-MG de forma dialética entre campos da subjetividade, política, cosmovisão, resistência, história, corpo e a relação ser humano e natureza.