Pós Graduação em Geologia
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PPGGEO - Pós Graduação em Geologia
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Item Geologia, química mineral e possíveis implicações genéticas do depósito diamantífero de Romaria (MG)(UFVJM, 2020) Vieira, Ana Carolina Batista; Almeida Abreu, Pedro Ângelo; Battilani, Gislaine Amorés; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Almeida Abreu, Pedro Ângelo; Viana, Rúbia Ribeiro; Gervasoni, FernandaA mina de diamante da Água Suja é a mais antiga do Triângulo Mineiro, sendo explorada desde 1888 em depósitos aluvionares. A presença de grandes diamantes nas drenagens da região motivou os primeiros trabalhos de prospecção de fontes primárias do diamante na região, como em Coromandel, Carmo do Paranaíba, e Abaeté. Embora os estudos na região venham de longa data, nota-se uma carência de informações sobre a fonte primária do diamante de Romaria, principalmente devido ao intenso intemperismo e ausência de rochas frescas próximas ao depósito diamantífero. O objetivo deste trabalho consiste na caracterização geológica do depósito diamantífero de Romaria com base na química mineral de minerais satélites do diamante e levantamentos de campo que buscam caracterizar os ambientes sedimentares e associações faciológicas dos níveis diamantíferos. As rochas kimberlíticas e lamproíticas na área pertencem a Província Ígnea do Alto Paranaíba (PIAP) e são correlacionadas ao soerguimento do Arco do Alto Paranaíba, com magmatismo atribuído à interação das plumas mantélicas Tristão da Cunha e Trindade durante a abertura do Atlântico Sul, com magmas de afinidade alcalina. Grãos de granada, ilmenita e turmalina foram separados da brecha diamantífera de Romaria denomidada “Tauá” e foram analisados em microssonda eletrônica. As composições de granada são compatíveis com os tipos G10, G9 e G5. Os grãos de ilmenita apresentam alto teor de Mg e Mn, ao passo que os grãos de turmalina são do tipo dravita, rara associação com diamante em rochas de afinidade lamproítica. A sucessão vulcanoclástica da Mina da Água Suja tem sido correlacionada à Formação Marília ou à Formação Uberaba, com ambiente climático das bacias deposicionais reportado como árido a semi-árido, enquanto as rochas de Romaria indicam ambiente climático úmido devido à presença de clastos de caulim e a intercalação de pelitos e níveis conglomeráticos. A escassez de rocha fresca nas proximidades do depósito diamantífero de Romaria dificulta a interpretação e caracterização faciologica, habitualmente usada para rochas kimberlíticas e lamproíticas. As diferenças nas colunas litoestratigráficas e, possivelmente, na idade de deposição e características climáticas dos respectivos meios sedimentares, inviabiliza correlação entre a sucessão de Romaria com as Formações Marília e Uberaba. A assembleia mineralógica descrita permite associar o depósito a uma possível fonte lamproítica.