Pós Graduação em Geologia
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PPGGEO - Pós Graduação em Geologia
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Item Modelagem prospectiva dos depósitos auríferos do Greenstone Belt Pitangui (MG) integrando dados geológicos, geofísicos e geoquímicos(UFVJM, 2022) Ribeiro, Brener Otávio Luiz; Barbuena, Danilo; Melo, Gustavo Henrique Coelho de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Barbuena, Danilo; Melo, Gustavo Henrique Coelho de; Monteiro, Lena Virgínia Soares; Souza Filho, Carlos Roberto deAtualmente, a exploração mineral tem se dedicado fortemente à elaboração de mapas de prospectividade mineral. Estes mapas são uma poderosa ferramenta em estudos regionais para a identificação de regiões com grande potencial exploratório. Pesquisas recentes apontam que a região do Greenstone Belt Pitangui, NW do Quadrilátero Ferrífero (MG), é bastante promissora no âmbito da exploração aurífera. Entretanto, essa região ainda carece de estudos que permitam a compreensão da distribuição destes depósitos e identificação de zonas de alta prospectividade. Sendo assim, o presente projeto de mestrado teve como principal objetivo a modelagem prospectiva do Greenstone Belt Pitangui (GBP) a partir de dados geológicos, geofísicos e geoquímicos. Os resultados apresentados aqui foram divididos em três capítulos. O primeiro deles, intitulado: “Geochemical multifractal modeling of soil and stream sediment data applied to gold prospectivity mapping of the Pitangui Greenstone Belt, northwest of Quadrilátero Ferrífero, Brazil” traz resultados quanto a utilização de dados de geoquímica de solos e de sedimentos de corrente, disponibilizados pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM, na criação de mapas de evidência de anomalias geoquímicas associadas à mineralização. O resultado final deste estudo trouxe novas discussões sobre a associação geoquímica da mineralização, composta por Au, As, Bi, Mo e Sb, a dispersão dos elementos farejadores do ouro e a influência da dinâmica superficial nas anomalias mapeadas. O segundo capítulo de resultados é intitulado: “Gold prospective evidential maps based on airborne magnetic and radiometric data of the Pitangui Greenstone Belt, NW of Quadrilatero Ferrífero – MG”. Nesse capítulo foram utilizados dados aéreos de magnetometria e gamaespectrometria fornecidos pela Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais – CODEMIG. Os dados de magnetometria permitiram a caracterização geofísico-estrutural da área de estudo, oferecendo novas informações quanto ao arcabouço de estruturas não mapeadas na superfície que possam ter operado como condutos para as mineralizações auríferas da região. Os dados de gamaespectrometria, por sua vez, foram utilizados no mapeamento de possíveis zonas de alteração hidrotermal através de técnicas que realçam as concentrações de K e U em detrimento do Th. Os resultados deste estudo ressaltaram a importância da geofísica na prospecção mineral, além de abrir discussões que concernem a relevância de determinados conjuntos de estruturas nos estudos prospectivos. Por fim, os dados gerados nos dois primeiros capítulos foram traduzidos em mapas de evidência utilizados na modelagem prospectiva dos depósitos de ouro do GBP. Os resultados da modelagem prospectiva encontram-se no capítulo final desse estudo: “Exploration targeting of gold mineralization using conceptual and empirical data: a new insight on the prospective potential of the Pitangui Greenstone Belt, Brazil “. A partir do modelo teórico do sistema mineral do GBP, foram identificadas as expressões mapeáveis capazes de indicar zonas favoráveis para a mineralização. O resultado final deste trabalho permitiu a identificação de domínios prospectivos que se mostram relacionados a fatores geológicos distintos. Tais observações permitem discussões quanto ao controle das mineralizações e a distribuição espacial das zonas de alta prospectividade. Além disso, os resultados apresentados aqui apontam novas zonas, ainda não investigadas em detalhe, com potencial para hospedarem mineralizações.Item Petrogênese e significado tectônico das rochas metaígneas da sequência metavulcanossedimentar Riacho dos Machados, Bloco Porteirinha, Orógeno Araçuaí(UFVJM, 2020) Leal, Victor Luiz Silva; Amaral, Matheus Henrique Kuchenbecker do; Barbuena, Danilo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amaral, Matheus Henrique Kuchenbecker do; Oliveira, Elson Paiva de; Tedeschi, Mahyra FerreiraBasaltos constituem o principal produto do vulcanismo na superfície terrestre, estando presente em uma grande variedade de ambientes geotectônicos. Compreender as particularidades deste magmatismo é essencial para a identificação e investigação da tectônica paleoambiental. O paleocontinente São Francisco-Congo é composto por núcleos arqueanos que foram amalgamados durante o paleoproterozoico, dando origem a arcos magmáticos siderianos-orosirianos. Registros dessas rochas estão preservados nos crátons São Francisco e Congo e nos embasamentos de seus orógenos neoproterozoicos marginais. No Bloco Porteirinha, um dos domínios arqueanos que compõem o embasamento do Orógeno Araçuaí, encontra-se a Sequência Metavulcanossedimentar Riacho dos Machados (SMRM). A porção metassedimentar dessa sequência é representada por xistos metapelíticos intercalados com formações ferríferas bandadas, metacherts e rochas cálcio-silicáticas. Xistos quartzo-feldspáticos são interpretados por alguns autores como sendo de protólito vulcânico ácido a intermediário. Associações de rochas metamáficas e metaultramáficas ocorrem nas unidades basais da sequência. As rochas metamáficas são constituídas principalmente por corpos anfibolíticos estirados segundo à foliação principal. Horneblenditos ocorrem como bandas centimétricas a métricas nos anfibolitos, enquanto epidoto-clorita-albita-actinolita xistos estão localizadas na porção oeste da sequência. As rochas metaultramáficas ocorre como lentes xistificadas contendo serpentina, clorita, tremolita e talco em proporções variadas. Análises de química mineral em microssonda eletrônica, apontam composição variando de Mg-horneblenda a Mg-tschemarquita para os anfibólios das rochas máficas, enquanto que a composição dos plagioclásios predominantemente varia entra albita e andesina. Nas rochas metaultramáficas todos os anfibólios foram classificados como tremolita e as os cristais de clorita como clinocloro. A partir das análises geoquímicas de rocha total, as rochas metamáficas foram agrupadas em duas categorias. As do Tipo I são basaltos toleíticos, apresentam afinidade T-MORB com padrão horizontal nos REE e enriquecimento de La, Rb e Cs. As rochas do Tipo II são classificas como basaltos toleíticos a cálcio-alcalinos, apresentam assinaturas de arco com enriquecimento nos LILE e LREE, e anomalias negativas de Nb, Ta, Zr, Ti e P. As rochas metaultramáficas foram classificadas como metakomatiitos, apresentando enriquecimento nos LREE e padrão em ‘zigzag’ nos diagramas spider multielementares. Análises geocronológicas UPb (LA-SF-ICP-MS) em zircão , conduzidas no horneblendito RM002B, apontam uma idade de cristalização concordante em 2.071 ± 10 Ma, e zircões herdados com uma idade discordante com intercepto superior em 2922 ± 22 Ma e intercepto inferior em 473 ± 48 Ma. A localização da SMRM e a idade de cristalização obtida, sugerem que essas rochas estão associadas ao contexto evolutivo da Arco Magmático do Oeste da Bahia (AMOB), que teria sido edificado entre o sideriano e o orosiriano. A composição híbrida das rochas metamáficas, com assinaturas de MORB e de arco, apontam para um magmatismo de bacia back-arc. Essa hipótese implica que em 2.07 Ga o AMOB estava sob um regime acrescionário. Além disso, a presença de zircões herdados indica que essa bacia de back-arc desenvolveu-se em substrato continental. Dois eventos tectônicos termais afetaram essas rochas. O evento riaciano-orisiriano metamorfizou a sequência em fácies epidoto-anfibolito, e provavelmente foi o responsável pela percolação dos fluidos auríferos da Mineração Riacho dos Machados. Já durante o Ciclo Brasialiano, de idade neoproterozoica, essas rochas foram retrabalhadas e localmente retrometamorfisadas em fácies xisto verde.Item Os plútons Amaros e Dois Córregos: magmatismo Mesoarqueano e Orosiriano no norte do Bloco Guanhães, Orógeno Araçuaí(UFVJM, 2022) Morais, Geysianne Ferreira de; Amaral, Matheus Henrique Kuchenbecker do; Barbuena, Danilo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amaral, Matheus Henrique Kuchenbecker do; Bersan, Samuel Moreira; Silva, Marco Antonio Delinardo daRochas graníticas são os litotipos mais comuns que formam as massas continentais da Terra e o estudo da ocorrência, composição e gênese dessas rochas fornece importantes evidências para a compreensão do crescimento da crosta continental e, consequentemente, dos ciclos supercontinentais ao longo da história da Terra. No extremo norte do Bloco Guanhães (BG) foi identificado a ocorrência de rochas graníticas em uma extensa região, até então, mapeada como unidades metassedimentares nos mapas geológicos regionais. O Bloco Guanhães é um dos blocos de embasamento do Paleocontinente São Francisco – Congo, remobilizados no interior do Orógeno Araçuaí. Apesar de preservar elementos da formação dos primeiros supercontinentes do nosso planeta, devido ao escasso acervo de dados geológicos disponíveis, o comportamento do Bloco Guanhães ao longo desses eventos tectônicos ainda é pouco compreendido. Tendo em vista a importância do estudo de rochas graníticas para a compreensão da evolução crustal, este trabalho de mestrado teve como objetivo o mapeamento e investigação a respeito da gênese e significado tectônico das rochas graníticas, recém identificadas, no extremo norte do BG. Para auxiliar nos trabalhos de mapeamento geológico foi feito o processamento e interpretação de dados aerogeofísicos. Esses dados permitiram a delimitação das rochas graníticas já identificadas e a descoberta de mais um plúton granítico, também em regiões mapeadas como unidades metassedimentares. Já para a investigação petrogenética dessas rochas, foram realizadas análises petrográficas, geoquímicas e geocronológicas. A integração dos dados obtidos neste trabalho permitiu a individualização das rochas graníticas da porção norte do BG em três grupos distintos: i) Complexo Guanhães; ii) Plúton Amaros; e iii) Plúton Dois Córregos. As rochas do Complexo Guanhães compreendem muscovita-biotita gnaisses, hornblenda-biotita gnaisses e clinopiroxênio-hornblenda-biotita gnaisses. Essas rochas apresentam características químicas distintas, sendo que os hornblenda-biotita gnaisses se assemelham às rochas da série TTG e os muscovita-biotita gnaisses aos granitoides híbridos do arqueano tardio. O Plúton Amaros, com idade de cristalização em c. 2916 Ma e metamorfismo em c. 531 Ma, definidas através de datação U-Pb em cristais de zircão, é o primeiro registro de magmatismo mesoarqueano delimitado e detalhado no BG. Esse plúton é composto por meta- biotita sienogranitos com muscovita. Essas rochas são cálcio-alcalinas de alto K, magnesianas e peraluminosas, mostram enriquecimento em LREE em relação aos HREE, vales em Eu, enriquecimento em LILEs e vales em Nb, Sr, P e Ti, e foram interpretadas como produto da fusão parcial de uma crosta félsica mais antiga com assinatura TTG. Magmatismo mesoarqueano semelhante foi descrito no Bloco Porteirinha, domínio de embasamento a norte do Bloco Guanhães, e abre questionamentos sobre uma conexão entre os dois blocos. O Plúton Dois Córregos é composto por meta- biotita sienogranitos com hornblenda, com idade de cristalização em c. 2045 Ma, definida através de datação U-Pb em cristais de zircão. Essas rochas são álcali-cálcicas a alcálicas, variam de magnesianas a ferroanas e peraluminosas a metaluminosas. Mostram enriquecimento em LREE em relação aos HREE, vales pouco pronunciados em Eu, enriquecimento em LILE e HFSE e vales em Sr, P e Ti. Através das características químicas e petrográficas o Plúton Dois Córregos foi interpretado como produto da fusão parcial de rochas metassedimentares da base da crosta continental espessada em um ambiente tardi- orogênico. Essa configuração tectônica é corroborada pela idade de cristalização do plúton, condizente com o cenário tectônico regional, e enquadra o Plúton Dois Córregos no Sistema Orogênico Minas-Bahia, através do qual vários blocos arqueanos foram acrescidos diacronicamente resultando na amalgamação do Paleocontinente São Franciso-Congo.