Pós-Graduação em Biologia Animal
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PPGBA - Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Item Avaliação do potencial inseticida de extratos de Caryocar brasiliense (Caryocaraceae) sobre Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae)(UFVJM, 2018) Baracho, Amanda de Oliveira; Barata, Ricardo Andrade; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Barata, Ricardo Andrade; Paz, Gustavo Fontes; Ruela, Fernando ArminiA leishmaniose visceral é uma doença parasitária de transmissão vetorial causada por protozoários do gênero Leishmania, com elevado grau de letalidade e que atinge milhões de pessoas no mundo. A busca por produtos alternativos para a eliminação do vetor tem como objetivo minimizar os impactos causados pelos inseticidas químicos sintéticos utilizados pelos programas de controle, sendo cada vez mais frequente a pesquisa em produtos de origem botânica com atividade inseticida. Organismos vegetais são capazes de produzir compostos orgânicos de comprovada toxicidade frente aos insetos e, diante disto, avaliou-se neste trabalho a atividade inseticida de extratos de Caryocar brasiliense, planta nativa do Cerrado popularmente conhecida como “pequi”, sobre flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis, principal transmissora da leishmaniose visceral. Extratos hidroetanólicos, etanólicos e ciclohexânicos de folhas e cascas de C. brasiliense foram preparados e diluídos em solução de Tween 80 a 3% para a obtenção de concentrações a 50, 100, 200 e 400 mg.mL-1, para a realização dos ensaios biológicos. Os flebotomíneos foram coletados em uma localidade rural do município de Diamantina/MG. Um número amostral de 30 flebotomíneos foi posto em contato com os extratos e a mortalidade foi avaliada após 1, 2, 4, 16, 24 48 e 72 horas de exposição, bem como grupos controle negativos (água destilada e Tween) e positivo (cipermetrina). A identificação dos constituintes químicos dos extratos também foi avaliada. Após 72h de experimento, foram registradas mortalidades de 93,3% pelo extrato hidroetanólico da casca a 400 mg.mL-1, 66,3% pelo etanólico da casca a 50 mg.mL-1 e 81,1% pelo ciclohexânico de folhas a 200 mg.mL-1. Os extratos hidroetanólicos da casca mostraram-se estatisticamente semelhantes à ação da cipermetrina em 72h de experimento, indicando que este extrato foi o mais eficiente quanto à atividade inseticida. Foram identificados triterpenos, esteroides, taninos, flavonoides, alcaloides e saponinas nos extratos. Os resultados obtidos sugerem que os extratos hidroetanólicos de C. brasiliense, sobretudo das cascas, são promissores na busca por compostos naturais com atividade inseticida sobre Lu. longipalpis.