Pós-Graduação em Biologia Animal
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PPGBA - Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Item Variações na dieta de Gracilinanus agilis E G. microtarsus (Didelphimorphia, Didelphidae): análise do estado de conhecimento atual(UFVJM, 2021) Sena, Verônica Guedes; Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Leonardo Guimarães; Santos, Thiago; Bocchiglieri, Adriana; Schetino, Marco Antônio AlvesGracilinanus agilis e Gracilinanus microtarsus são espécies de marsupiais congenéricas que apresentam semelhanças morfológicas no tamanho e massa corporal, adaptações para a vida arborícola e tendem a usar o ambiente e os recursos alimentares de maneira similar. O objetivo do presente estudo foi investigar a variação na dieta dessas espécies ao longo da sua área de distribuição conhecida atualmente e também investigar a composição da dieta em uma área de simpatria no Parque Estadual do Rio Preto (PERP), Minas Gerais, Brasil. Foi realizado uma revisão bibliográfica de todos os estudos sobre a dieta de G. agilis e G. microtarsus, em simpatria e alopatria. Os itens alimentares mais registrados na literatura para as duas espécies foram artrópodes (Coleoptera, Hymenoptera e Isoptera), sementes de Melastomataceae e, além disso, G. agilis apresentou um consumo esporádico de pequenos vertebrados na dieta. Nas análises de sobreposição de nicho a área de simpatria no PERP as espécies apresentaram baixa sobreposição de nicho trófico (CH = 0,084), com diferença nas frequências de ocorrência dos itens consumidos. Nas análises de NMDS foi possível observar que a dieta de Gracilinanus microtarsus constitui um subconjunto da dieta de sua espécie congenérica G. agilis, sendo assim os resultados observados em simpatria apesar de ambas as espécies serem caraterizadas como insetívoras G. agilis apresentou uma dieta diversa e associada ao consumo de itens de origem vegetal enquanto G. microtarsus tende a manter sua dieta insetívora associada ao consumo mais frequente de itens de origem animal. Os resultados indicam também que a coexistência das espécies pode estar associada à flexibilização no uso dos recursos alimentares consumidos.