Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Comportamento de espécies nativas e exóticas sob adubação mineral e orgânica em rejeito de mineração de quartzito.
    (UFVJM, 2012) Amaral, Cristiany Silva; Silva, Enilson de Barros; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Fernandes, Luiz Arnaldo; Pereira, Israel Marinho
    O declínio da mineração de diamante na região de Diamantina-MG e entorno, com a interrupção das buscas e o gradativo esgotamento das minas em operação, está proporcionando a descoberta e a exploração de maciços de quartzito, o que ocasiona a degradação da vegetação existente e do solo, criando um ambiente bastante inóspito ao crescimento de plantas. Este trabalho objetivou caracterizar o rejeito proveniente de áreas de mineração de quartzito no município de Diamantina-MG e entorno, por meio da avaliação química e granulométrica dos rejeitos, bem como avaliar o comportamento de Brachiaria brizantha, Vetiveria zizanioides, Eremanthus erythropappus, Solanum lycocarpum e Dalbergia miscolobium, sob a influência da adubação mineral e orgânica quando cultivada em rejeito da mineração de quartzito, para apoiar a recuperação dessas áreas de exploração. Para tanto foram montados seis experimentos: no primeiro, foram coletadas 27 amostras compostas, cuidadosamente homogeneizadas, secas ao ar e passadas em peneira de malha de 2,0mm, para posterior caracterização química e granulométrica, sendo determinado para cada variável o teor mínimo, máximo, médio e mediano; com intervalo de confiança a 5% para média e coeficiente de variação e um estudo da frequência de ocorrência de resultados por faixa de classificação de interpretação da fertilidade do solo. Os demais experimentos foram realizados em condições de casa de vegetação, tiveram os tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco combinações de adubação orgânica (AO) e adubação mineral (AM) e um tratamento adicional (Controle), com quatro repetições. Para as forrageiras de cobertura, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco de curral) corresponderam a 50kg ha-1 N, 50kg ha-1 P2O5, 40kg ha-1 K2O e 10 t ha-1 esterco bovino, por dm³ de rejeito, sendo avaliados a produção total de matéria seca, os teores e os conteúdos de nutrientes na parte aérea e nas raízes. Para as espécies nativas, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco bovino) correspondeu a 150mg de N, 140mg de P, 150mg de K e 5g de esterco, por dm³ de rejeito, sendo avaliadas as seguintes variáveis: altura das mudas, diâmetro do caule, massa seca da parte aérea e de raízes, e teor de nutrientes na parte aérea das mudas. As amostras de rejeito analisadas apresentaram baixos teores de matéria orgânica, P, K, Ca e Mg e alta acidez. Os rejeitos apresentaram granulometria que dificulta o crescimento do sistema radicular de plantas, o que indica sérias restrições ao estabelecimento de espécies vegetais. A B. brizantha cv. Marandu respondeu à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 37kg N, 37kg P2O5, 30kg K2O e 2,6t esterco de curral por ha. Enquanto Vetiveria zizanioides respondeu à adubação mineral com as doses correspondentes de 50kg N, 50kg P2O5 e 40kg K2O por ha. Houve resposta das mudas de Eremanthus erythropappus à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 0,075g N, 0,35g P2O5 e 0,125g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. A espécie nativa Solanum lycocarpum também respondeu à aplicação da adubação orgânica e mineral com as doses recomendadas de 0,036g N, 0,168 g P2O5 e 0,060g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. Já Dalbergia miscolobium respondeu somente à adubação mineral com as doses recomendadas de 25mg N, 25mg P2O5, 20mg K2O por dm³ de rejeito. A adubação orgânica e mineral recomendada para aplicação ao rejeito de quartzito para máximo crescimento das mudas e produção de matéria seca possibilitou obter os teores adequados de nutrientes na parte aérea das espécies estudadas.
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    Influência do desbaste e da fertilização na produção de um povoamento de eucalipto.
    (UFVJM, 2012) Silva, Jadir Vieira da; Nogueira, Gilciano Saraiva; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Leite, Hélio Garcia; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Santana, Reynaldo Campos
    O presente trabalho teve como objetivo avaliar as estimativas de produção de biomassa, conteúdo de nutrientes total na parte aérea e do tronco das árvores, em resposta a diferentes intensidades de desbaste e a fertilização pós-desbaste em um povoamento de clones de eucalipto. Foi instalado um experimento em povoamento clonal de eucalipto na empresa ArcellorMittal BioFlorestas, em Martinho Campos, MG. O experimento constituiu-se em um delineamento em blocos casualizados, com dois blocos, quatro intensidades de desbaste (0, 20, 35 e 50%), com e sem fertilização pós-desbaste. A idade técnica de desbaste foi determinada pelo método dos ingressos percentuais, sendo realizada aos 89 meses e a fertilização pós-desbaste determinada pelo método de exportação de nutrientes aos 107 meses. A análise dos dados foi feita aos 36 meses após o desbaste e 18 meses após a fertilização. Verificou-se que o método dos ingressos percentuais foi adequado do ponto de vista biológico para estimar a idade técnica do primeiro desbaste. O desbaste proporcionou maior influência na produção florestal, em relação à fertilização. O desbaste influenciou significativamente o crescimento do diâmetro, da área basal, do volume e da biomassa por hectare. A altura total e a altura de copa não diferenciaram estatisticamente dentre os tratamentos de desbastes. A fertilização realizada aos 18 meses pós-desbaste não afetou o crescimento e a produção das variáveis de povoamento analisadas. Não houve diferença estatística da eficiência de uso dos nutrientes em relação às intensidades de desbaste e à fertilização pós-desbaste. Observou-se relação positiva entre conteúdo de nutrientes e produção de matéria seca. O acúmulo de nutrientes para o conteúdo total na parte aérea e no tronco foi proporcional à intensidade de desbaste, sendo que o conteúdo reduziu à medida que aumentou a intensidade de desbaste, e não foi afetado significativamente pela fertilização pós-desbaste. O acúmulo de serrapilheira no solo não foi alterado significativamente em relação às intensidades de desbaste e à fertilização pós-desbaste; já o conteúdo de nutrientes, apresentou diferença estatisticamente significativa para o efeito desbaste apenas para o cálcio e para efeito fertilização para potássio, cálcio, magnésio e enxofre.
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    Emergência e crescimento de plântulas de matrizes de Caryocar brasiliense camb. em diferentes condições ambientais
    (UFVJM, 2012) Lima, Vinícius Orlandi Barbosa; Santana, Reynaldo Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Gonçalves, Janaina Fernandes; Fernandes, José Sebastião Cunha; Titon, Miranda; Lopes, Paulo Sergio Nascimento
    O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de ambientes, substratos, progênies e procedências na emergência e crescimento de plântulas de pequi. O experimento foi conduzido nos ambientes casa de vegetação, casa de sombra e céu aberto, onde foram avaliadas diferentes matrizes dentro dos substratos S1(terra de subsolo de textura média), S2(70% de vermiculita e 30% de moinha de carvão) e S3 (30% de moinha de carvão, 50 % de vermiculita e 20% de areia). Os dados de germinação foram analisados pelo teste de qui-quadrado para independência, enquanto as variáveis de diâmetro e altura de plântulas pela análise de variância. Os resultados foram significativos (p<1%) para progênies, substratos e ambientes em relação à taxa de emergência. O substrato S1 e o ambiente céu aberto obtiveram os maiores percentuais de emergência de plântulas (7,54% e 7,59%), já o substrato S1 dentro da casa de sombra foi a interação que proporcionou o melhor resultado (12,61%). A emergência se correlacionou positivamente com a densidade e temperatura dos substratos e negativamente com sua capacidade de retenção de água, além de ser inversamente proporcional à pressão de vapor d’água do ambiente. O substrato S3 e a casa de vegetação contribuíram isoladamente para as maiores médias de diâmetro do coleto e altura de plântulas, sendo sua interação significativamente superior às demais combinações de substratos e ambientes para a variável altura.
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    Impacto do uso de herbicidas na regeneração e no banco de sementes em áreas em processo de recuperação.
    (UFVJM, 2012) Machado, Vinícius de Morais; Santos, José Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, José Barbosa dos
    Objetivou-se com esse trabalho avaliar o impacto do uso de herbicidas na regeneração e no banco de sementes em áreas em processo de recuperação. Para isso, foram desenvolvidos quatro experimentos sendo três em ambiente de campo e um em ambiente protegido. No primeiro experimento, avaliou-se a infestação de gramíneas exóticas sobre o processo de regeneração natural. No segundo, avaliou-se a influência do banco de sementes no processo de restauração de áreas infestadas com plantas daninhas gramíneas. No terceiro trabalho, foi avaliada a sensibilidade de algumas espécies arbóreas nativas à ação do herbicida glyphosate e no quarto e último experimento foi avaliado o efeito desse herbicida e do paraquat no controle das gramíneas invasoras em áreas degradadas, comparado à roçada, visando à adequação de métodos mais eficientes no controle de plantas daninhas. A partir de uma cobertura de plantas daninhas acima de 50% há retrocesso no processo de regeneração natural, porém, há um grupo de plantas capaz de colonizar tal área. Verificou-se também que o banco sementes é composto basicamente por espécies herbáceas com caráter invasor, não contendo sementes de espécies arbustivo-arbóreas, logo, não é recomendada a recuperação dessas áreas utilizando o banco de sementes local. No ensaio com doses do glyphosate, concluiu-se que três das quatro espécies florestais avaliadas possuem características que indicam tolerância ao herbicida testado, porém, recomenda-se a realização de testes em campo em estádios alternativos de desenvolvimento. Na comparação de métodos de controle das gramíneas, embora não observadas diferenças entre os herbicidas aplicados, parcelas tratadas com glyphosate apresentaram emergência de espécies presentes no banco edáfico ao passo que nas parcelas tratadas com paraquat somente foram observadas brotações. De modo geral, práticas no controle químico das plantas daninhas gramíneas devem ser adotadas para que a área atinja a plena restauração. Recomenda-se a inclusão de outras técnicas de recuperação para que haja a entrada de espécies arbóreas adaptadas ao local.
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    Estrutura, composição florística e relação vegetação-ambiente do compartimento arbustivo-arbóreo de cerrado.
    (UFVJM, 2011) Otoni, Thiago José Ornelas; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Santos, Rubens Manuel dos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Goulart, Maira Figueredo
    Este trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura, composição florística e relação vegetação-ambiente em comunidades arbustivo-arbóreas de diferentes fitofisionomias de Cerrado. Os fragmentos situam-se na Fazenda Experimental do Moura em Curvelo-MG (cerrado sentido restrito – 18,84° S e 44,39° W; cerradão – 18°82’ S e 44°25’ W; altitude média de 715 m), sob clima do tipo Aw de Köppen e sobre substrato de Latossolos ácidos e distróficos. O Inventário florestal foi conduzido por meio de parcelas permanentes retangulares (20×50 m) com área de 1000 m²; para a regeneração natural (RN), utilizou-se sub-parcelas com área de 100 m² (2×50 m), instaladas no centro de cada parcela. Foram instaladas trinta unidades amostrais na área de cerrado sentido restrito (quinze para a vegetação adulta e quinze para a RN) e dez unidades na área de cerradão. O compartimento adulto foi representado por todos os indivíduos vivos dentro das parcelas com DAS (circunferência a 0,3 m do nível do solo) > 5,0 cm, e nas sub-parcelas, para a RN, registrou-se todo indivíduo vivo com comprimento de fuste > 10 cm e DAS < 5,0. Árvore com fuste bifurcado foi incluída como indivíduo único e no caso da vegetação adulta quando o valor dos DAS fundidos atendia ao critério. A RN foi subdividida em três classes de diâmetro: I – (DB entre 0,028 e 2,0 cm); II – (DB entre 2,0 e 4,0 cm) e III – (DB > 4,0 cm). Foram coletadas variáveis ambientais para cada parcela para subsidiar análises diretas de gradiente por meio de duas matrizes (vegetação e ambiente). Foram realizadas análises de diversidade alfa e beta temporal (cerrado sentido restrito entre adultos e RN). Foi registrado um total de 127 espécies nas três áreas, sendo 39 famílias identificadas e 89 gêneros identificados. As análises de correspondência canônica indicaram correlações significativas entre distribuição espacial da abundância de espécies com algumas variáveis ambientais para quatro das cinco análises realizadas (duas para o compartimento adulto e três para as classes da RN). As análises indicaram valores de diversidade alfa condizentes para áreas de Cerrado. Destacam-se em função da densidade, em toda a amostragem, os gêneros Annona, Byrsonima, Erythroxylum, Myrcia e Qualea e a espécie Magonia pubescens.
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    Estrutura e volume de povoamento de um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual em Curvelo, MG.
    (UFVJM, 2012) Franco, Stênio Abdanur Porfírio; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Silva, Aderlan Gomes da; Nogueira, Gilciano Saraiva; Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça
    Este trabalho teve como objetivo conhecer a estrutura e a composição florística de um remanescente de Floresta Estacional Semidecidual, além de determinar o volume de povoamento por meio da aplicação de modelos de regressão e utilização de redes neurais artificiais. O remanescente possui aproximadamente 162 hectares e está localizado na Fazenda Experimental do Moura em Curvelo, MG, no qual foram alocadas sistematicamente 25 unidades amostrais de 400 m² (10 X 40 m), e todos os indivíduos vivos do compartimento arbóreo-arbustivo que possuíam fuste com DAP ≥ 5 cm tiveram registrados os valores dos DAPs, altura total e de fuste, e atributos categóricos referentes à sanidade e tortuosidade dos fustes. Foram amostrados 1105 indivíduos distribuídos em 114 espécies, 41 famílias e 91 gêneros. Os valores encontrados para o índice de diversidade de Shannon Weaver e equabilidade de Pielou foram de 3,91 e 0,82 respectivamente. Pela análise volumétrica, verificou-se que modelos que utilizam a área basal e altura média como variáveis independentes apresentam estimativas aproximadas para quantificar o volume de povoamento, sendo indicados para esta finalidade. Do mesmo modo, a metodologia de redes neurais artificiais também se mostrou eficiente na quantificação do volume de florestas nativas nas condições deste estudo, pelo teste e nível de significância adotados. A associação de variáveis categóricas às contínuas nas camadas de entrada das redes neurais geradas, não resultou em estimativas mais precisas pelas condições assumidas neste trabalho.
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    Influência do espaçamento e da idade na produção de biomassa e na rotação econômica em plantios de eucalipto
    (UFVJM, 2012) Paulino, Erik Júnior; Nogueira, Gilciano Saraiva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nogueira, Gilciano Saraiva; Souza, Álvaro Nogueira de; Santana, Reynaldo Campos; Leite, Ângelo Márcio Pinto; Oliveira, Márcio Leles Romarco de
    Objetivou-se com este trabalho estudar o efeito do espaçamento de plantio e do tempo na produção de biomassa, na rotação econômica, e em variáveis de povoamento e dendrométricas de plantios clonais de eucalipto. Foi instalado um experimento em áreas da empresa APERAM BIOENERGIA, no município de Itamarandiba - MG, utilizando o delineamento experimental, blocos ao acaso. As parcelas foram constituídas por cinco espaçamentos iniciais de plantio (3,0 x 0,5 m; 3,0 x 1,0 m; 3,0 x 1,5 m; 3,0 x 2,0 m e 3,0 x 3,0 m) e as épocas de medição ocorreram aos 7, 12, 18, 24, 48, 61, 77, 85 e 102 meses. A partir das informações coletadas em campo, foram estimados para cada tratamento o volume e a biomassa por hectare, a densidade básica, o poder calorífico superior, além de outras variáveis dendrométricas e de povoamento. Verificou-se que o espaçamento e a idade influenciaram significativamente nos valores de diâmetro médio, de altura total, de área basal por hectare, de volume total por hectare, de biomassa por hectare, de densidade básica da madeira e de poder calorífico superior. O crescimento em volume por hectare em biomassa por hectare e em área basal por hectare apresentou relação direta com a densidade de plantio, sendo os maiores valores obtidos nos menores espaçamentos. Por outro lado, o diâmetro médio e a altura total das árvores apresentaram correlação negativa com a densidade de plantio. A densidade básica tende a aumentar com o espaçamento e com a idade das árvores. E o poder calorífico tende a elevar-se com a idade e com o espaçamento de plantio. Os espaçamentos estudados não influenciaram a porcentagem de sobrevivência das árvores. A rotação técnica e a rotação econômica ocorreram mais cedo nos plantios com espaçamento menor. Para todos os espaçamentos a idade técnica de corte foi inferior à idade econômica de corte. O espaçamento 3,0 x 1,5 mostrou-se como a opção mais atrativa segundo os critérios VPL e BPE, considerando a venda de madeira em pé.
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    Seleção e propagação de duas espécies do gênero hymenaea
    (UFVJM, 2012) Souza, Priscila Fernandes de; Santana, Reynaldo Campos; Fernandes, José Sebastião Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santana, Reynaldo Campos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Fernandes, José Sebastião Cunha
    O objetivo deste trabalho foi avaliar os padrões de variação fenotípicos de duas espécies do gênero Hymenaea com relação às características biométricas dos frutos e sementes, germinação e produção de mudas. Além disso, objetiva ainda analisar o comportamento germinativo de sementes submetidas à temperatura subzero e propor a aplicação uma metodologia que permita avaliar tal comportamento ao longo do tempo. Os frutos utilizados foram coletados em matrizes de Jatobá procedentes de Curvelo-MG e Diamantina-MG. Os experimentos foram conduzidos no Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais – CIPEF/UFVJM em Diamantina, cujos trabalhos foram divididos em três capítulos. No primeiro, foram coletados frutos de cinco matrizes de Hymenaea courbaril e de sete matrizes de Hymenaea matiana. Foram avaliados quarenta e nove frutos por matriz quanto as seguintes variáveis: peso dos frutos e sementes/fruto, comprimento, largura e espessura. A partir desses frutos, foram avaliadas, aleatoriamente, cem sementes por matriz quanto ao comprimento, à largura e à espessura. Foi realizado também o teste de germinação por matriz e o crescimento de mudas dessas espécies foi avaliado. Houve diferenças significativas para todas as variáveis analisadas entre espécies e matrizes, demonstrando assim a possibilidade de selecionar matrizes específicas de acordo com um determinado interesse. No segundo capítulo, sementes de Hymenaea courbaril foram submetidas ao armazenamento em freezer, (-20°C), sob cinco tempos de congelamento (tratamentos): zero, três, seis, nove e doze dias. Avaliaram-se o IVG, a germinação (%) e o crescimento inicial das mudas. Os efeitos dos tratamentos sobre as variáveis IVG e percentagem de germinação não foram significativos. O teste de identidade de modelos não lineares foi eficaz na discriminação dos efeitos dos tratamentos e evidenciou ainda não haver diferenças entre as curvas ajustadas de germinação acumulada para os tempos de congelamento de seis, nove e doze dias. Foi possível constatar a superioridade do tratamento de três dias de congelamento para as variáveis germinação e emergência. Quanto ao crescimento das mudas, este não foi afetado pelos tratamentos aplicados. O último capítulo consistiu no uso do teste de identidade de modelos não lineares para avaliar a germinação acumulada e compará-lo com índices de valores únicos. Essa metodologia foi eficaz em discriminar os comportamentos germinativos das curvas geradas pelas diferentes equações, ao contrário dos índices de valores únicos que foram estatisticamente iguais.
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    Caracterização de áreas em Diamantina (MG) sob diferentes tipos de degradação: substrato, dinâmica da vegetação e paisagem
    (UFVJM, 2012) Amaral, Wander Gladson; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Pereira, José Aldo Alves; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Mucida, Danielle Piuzana; Dutra, Gleyce Campos
    Atividades antrópicas vêm de encontro com o paradoxo do desenvolvimento e da conservação. Assim a demanda por matéria-prima para sustentar os meios de produção, tem íntima relação com a exploração dos recursos naturais, que realizada de modo inadequado e insustentável, gera a degradação do meio ambiente. Neste contexto, diante dos desafios que se apresentam para a sustentabilidade, alternativas estas, que tenham eficácia no seu propósito (integração dos conhecimentos silviculturais e principios ecológicos) e retorno destas áreas às condições próximas das originais. O presente trabalho teve como objetivos estudar a dinâmica da paisagem e da vegetação arbustivo-arbóreo em áreas sob diferentes tipos de degradadação em Diamantina, MG. As comunidades das áreas degradadas pelo garimpo de diamante (ADGD) e ouro (ADGO), assim como, pelo processo de voçorocamento (ADV) contou com 50 (10 x 10 m), 30 (10 x 10 m) e 36 (5 x 3m) parcelas respectivamente, que no primeiro inventário, foram amostrados todos os indivíduos arbóreo-arbustivo vivos com DAS30 ≥ 3 cm. No segundo inventário, foram registrados os indivíduos mortos, remensurados os sobreviventes e mensurados e identificados os indivíduos recrutados. Foram calculadas as taxas de dinâmica: mortalidade, recrutamento, ganho e perda em área basal e numero de indivíduos para cada área. Os valores de H’ obtidos para as áreas foram comparados aos pares pelo teste de t de Hutcheson. Em cada parcela, foi coletada uma amostra composta do substrato superficial (0-20 cm), sendo analisados os parâmetros químicos: pH em água; teores de P, K+, Ca2+, Mg2+ e Al3+; complexo sortivo (acidez potencial (H +Al), saturação por bases (V%), soma de bases (SB), CTC a pH 7 (T), CTC efetiva (t) e saturação por alumínio (m%)) e matéria orgânica (M.O); físicos: teores de areia, silte e argila, resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, umidade, cobertura de rocha e cascalho exposto. As variáveis ambientais foram comparadas pelo teste t para amostras independentes (P<0,05). Para analisar as correlações entre os gradientes ambientais e vegetacionais foi empregada a Análise de Correspondência Canônica (CCA). A área estudada na dinâmica da paisagem contou com 2.509,92 ha definidos entre os paralelos 7989545,95 e 7984296,35 sul e meridianos 646367,51 e 651117,89 oeste. O mapeamento e classificação da cobertura vegetal foi realizado por meio da interpretação visual de fotografias aéreas para os anos de 1950 e 2006. A quantificação estrutural da paisagem foi descrita por meio de índices de composição e configuração espacial resultantes do software Fragstats. No geral foram amostrados 1.152 indivíduos, pertencentes a 16 famílias e 38 espécies, sendo, 153 indivíduos, 5 famílias e 9 espécies pertencentes a ADGD; 921 indivíduos, 16 famílias e 36 espécies pertencentes a ADGO e 78 indivíduos, 9 famílias e 11 espécies pertencentes a ADV. A análise dos atributos físicos e químicos do substrato evidenciou alta limitação ao desenvolvimento de plantas colonizadoras, apresentando como restrições, substratos de textura arenosa com baixa fertilidade natural, acidez elevada além de classe de resistência a penetração média para as áreas degradadas pelo garimpo de ouro e diamante. Verificou-se que houve relação entre os gradientes ambientais e a abundância e composição florística da vegetação colonizadora, ficando a maioria das espécies mais fortemente correlacionada com as variáveis topográficas (desnível), químicas (M.O e m) e físicas (umidade). Todos os indicadores estruturais analisados mostraram que as áreas estão em processo de construção inicial, porém a área degradada pelo garimpo de ouro encontra-se em estágio sucessional mais avançado quando comparado com área degradada pelo processo de voçorocamento e a área degradada pelo garimpo de diamante. Os mapas temporais de cobertura do solo evidenciam que a área de estudo apresenta grande influência de atividades antrópicas. Contudo a quantidade de habitat natural na área de estudo foi bem superior ao limiar de percolação, passando de 99,26% (2491,59 ha) em 1950 para 89,62% (2249,35 ha) em 2006. Nesse contexto, é possível constatar que a paisagem se manteve estruturalmente conectada por meio de grandes fragmentos de vegetação nativa, proporcionando condições de sustentabilidade.
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    Uso de composto orgânico e espécies do cerrado na revegetação de área remanescente da extração de cascalho em Diamantina - MG
    (UFVJM, 2012) Marques, Izabel Cristina; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Tinton, Miranda; Grazziotti, Paulo Henrique; Dias, Luiz Eduardo; Oliveira, Márcio Leles Romarco de
    O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do uso de composto orgânico de indústria de fiação e tecelagem sobre a qualidade do substrato e crescimento de espécies arbóreas do cerrado em uma cascalheira no município de Diamantina, MG. A dissertação foi estruturada em quatro capítulos. O primeiro refere-se à revisão bibliográfica visando o entendimento dos conceitos que foram abordados no estudo. No segundo capitulo, a influência do composto no substrato foi avaliada por meio das alterações nos atributos químicos (pH, matéria orgânica (MO), soma de bases (SB), CTC, saturação por bases (V), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca2+), magnésio (Mg2+), acidez trocável (Al3+), acidez potencial (H + Al) e saturação por alumínio (m)) e físicos (resistência mecânica a penetração (Rp) e granulometria) do substrato. Foi avaliada também a atividade microbiana: carbono da biomassa microbiana (CBM) respiração microbiana (C-CO2) e quociente metabólico (qCO2) após aplicação de cinco tratamentos: sem aplicação de composto orgânico e diferentes concentrações 0,0; 4,5; 9,0; 18,0 e 36,0 g dm-3 por cova. O delineamento foi sistemático tipo “leque” sendo os tratamentos dispostos em três blocos casualizados. A adição do composto proporcionou o aumento nos valores de pH, MO, SB, CTC, V e nutrientes (P, K, Ca2+ e Mg2+) e promoveu a redução de Al3+, H + Al e m. O substrato minerado apresentou valores elevados de Rp indicando a compactação na área degradada pela extração de cascalho, mesmo após a aplicação do composto. A adição de doses crescentes do composto promoveu o aumento significativo de CBM e C-CO2 ao substrato minerado. O maior valor de qCO2 indicou eficiência da biomassa microbiana com a incorporação das menores doses do composto ao substrato quando comparado ao controle. O terceiro capítulo refere-se ao estudo do crescimento das espécies nativas Kielmeyera lathrophyton Saddi (Pau santo), Plathymenia reticulata Benth (Vinhático), Dalbergia miscolobium Benth (Jacarandá do cerrado) e Bowdichia virgilioides Kunth (Sucupira-preta) plantadas em delineamento sistemático tipo “leque” submetidas a cinco tratamentos: sem aplicação de composto orgânico e diferentes doses de composto 0,0; 4,5; 9,0; 18,0 e 36,0 g dm-3 por cova dispostos em três blocos casualizados. Após 12 meses, verificou-se que não houve diferença significativa entre os tratamentos para sobrevivência e incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa para cada espécie. Ainda, de forma preliminar foi possível determinar que a adição de 4,5 g dm-3 de composto na cova proporcionou maiores valores de incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa para Plathymenia reticulata e Bowdichia virgilioides. No quarto capítulo, foi realizado o plantio em linha de Chamaecrista debilis submetida a quatro tratamentos, 0,0; 30,0; 60,0 e 120,0 g dm-3 de composto como adubo por cova, dispostos em três blocos casualizados. Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as doses de composto aplicado para incremento em altura, diâmetro e cobertura de copa. O maior valor de incremento em altura e cobertura de copa ocorreu sem a adição de composto de resíduo orgânico de indústria de fiação e tecelagem e para diâmetro com a aplicação de 60,0 g dm-3, no entanto, é necessária a realização de avaliações futuras. A taxa de sobrevivência apresentou decréscimo significativo com a aplicação das maiores dosagens de composto orgânico. A espécie Chamaecrista debilis apresentou características importantes para recuperação de área degradada, como rápido crescimento e produção de biomassa.