Pós-graduação em Ciência Florestal
Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/8eab09a5-b6a9-4c3d-8459-c478f42d2530
PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
Browse
4 results
Search Results
Item Aspectos ecológicos de Richeria grandis Vahl. e seu desempenho na restauração de ecossistemas úmidos(UFVJM, 2022) Moura, Cristiane Coelho de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Fonseca, Darliana da Costa; Milani, Jaçanan Eloisa de Freitas; Castro, Gislene Carvalho deEstudos sobre a ecologia de espécies autóctones de ambientes ripários conspícuos e características que conferem a estas a tolerância ou resistência a possíveis estresses ambientais, estão cada vez mais solicitados para melhoria de projetos de conservação e restauração, fundamentados nas preocupações ambientais atuais. Este estudo foi dividido em cinco pesquisas científicas relacionadas às características ecológicas de Richeria grandis Vahl., espécie arbórea dioica, em seu habitat natural (i. e., Capões de Mata), contidas nos capítulos 1, 2 e 3, e ao desenvolvimento desta espécie em substratos oriundos de agentes causadores de degradação ambiental (i. e., rejeito de minério de ferro e incêndios indiscriminados), contidas no capítulo 4 e 5. Os três primeiros capítulos englobam estudos relacionados ao padrão espacial das populações de R. grandis, suas interações, a identificação de possíveis variáveis ambientais e topográficas que favorecem e/ou determinam a presença desta espécie em locais específicos, à fenologia reprodutiva e vegetativa, além das possíveis diferenças entre os sexos e períodos sazonais na alocação de recursos e sua ecofisiologia. Ainda, analisamos a capacidade desta espécie em produzir fitólitos, que conferem tolerância e resistência a possíveis estresses ambientais. As pesquisas contidas nos capítulos 1, 2 e 3 desta Tese foram realizadas em dois Capões de Mata preservados contidos em duas unidades de conservação de proteção integral: Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV) e Parque Estadual do Biribiri (PEBi), localizados na Serra do Espinhaço Meridional, região reconhecida como Reserva da Biosfera. E, as pesquisas apresentadas nos capítulos 4 e 5 foram realizadas em viveiros de produção mudas da companhia Anglo American Minério de Ferro e do Centro Integrado de Propagação de Espécies Florestais (CIPEF/UFVJM), respectivamente. Os resultados sobre os aspectos ecológicos mostraram que as populações de R. grandis avaliadas apresentaram-se hiperabundantes nos dois Capões, com desproporcionalidade na frequência entre os sexos, e equilibradas, o que reflete regeneração contínua dos indivíduos. O padrão espacial, em geral, foi agrupado independente da escala de distância analisada e do sexo. Indivíduos de R. grandis encontraram-se com uma interação repulsiva ou completa independência espacial entre os sexos, a depender do intervalo de distância analisado. De todos os fatores geradores destes padrões espaciais encontrados nos dois Capões, a distribuição da elevada umidade foi o que mais influenciou a maneira como R. grandis se distribui nos Capões. R. grandis apresentou floração por um período de 5 a 6 meses anual, regular, sincrônica entre os sexos e alta sazonalidade. A produção de frutos mostrou-se como supra-anual caracterizada pela variação de anos com alta e baixa produção. Além disso, o hábito vegetativo apresentou-se como sempre verde. Em relação à ecofisiologia, não foram observadas diferenças entre os sexos e os períodos sazonais no que diz respeito à turgescência celular, biomassa seca foliar e variáveis ecofisiológicas. Observou-se que esta espécie possui baixa plasticidade ecofisiológica e permaneceu sob níveis ótimos fisiológicos, demonstrou ausência de estresses ambientais, e foi caracterizada por ser alta produtora de fitólitos em Capões de Mata, característica esta que pode atenuar possíveis estresses ambientais. R. grandis além de ter sido capaz de sobreviver em rejeito de minério de ferro, produziu alta quantidade de fitólitos. Assim, mostrou-se eficiente e com um grande potencial para ser utilizada em projetos de restauração de áreas ripárias degradadas pelo derramamento de rejeito minério de ferro. Ainda, esta espécie possui capacidade de desenvolver-se em organossolos que foram degradados pelo fogo durante anos, e as características físicas e químicas dos organossolos pós-fogo não fornecem impedimentos para o seu desenvolvimento.Item Distribuição espacial de árvores emergentes na Amazônia a partir de dados oriundos de escaneamento laser aerotransportado(UFVJM, 2021) Mourão, Gustavo Henrique de Oliveira; Gorgens, Eric Bastos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gorgens, Eric Bastos; Marra, Daniel Magnabosco; Oliveira, Marcio Leles Romarco deUma floresta pode ser descrita de acordo com sua estrutura vertical, normalmente dividida em três níveis: sub-bosque, dossel e emergente. O estrato emergente é formado por organismos que atingem alturas superiores ao dossel da floresta, sobressaindo-se. As árvores emergentes acumulam características como idade, altura e perímetro superiores às demais. Elas também desempenham papéis ecológicos que influenciam toda a dinâmica da floresta. O objetivo desta dissertação é descrever e comparar a distribuição espacial das árvores emergentes em diferentes regiões de floresta amazônica. Como objetivos específicos têm-se: (1) comparar o padrão espacial das árvores emergentes nos diferentes compartimentos topográficos numa região de Manaus; (2) comparar o padrão espacial das árvores emergentes em diferentes regiões da Amazônia no sentido leste/oeste; (3) comparar o padrão espacial das árvores emergentes com e sem a presença de árvores gigantes (árvores superiores a 80 metros de altura). Foram utilizados dados laser aerotransportados, coletados entre 2016 e 2018. Os dados LiDAR foram processados gerando os Modelos Digitais de Terreno (MDT) e Modelos Digitais de Altura do Dossel (MDAD). Pelo método de máximos locais, criou-se uma lista com a localização e altura das árvores a partir do MDAD, dos quais 5 % dos maiores indivíduos foram então considerados como os emergentes e usados para verificação do padrão espacial. Seis transectos foram usados para comparar a distribuição espacial em áreas de baixios e platôs. Outros seis transectos foram selecionados ao longo do gradiente leste/oeste para comparar a distribuição espacial ao longo da Amazônia. E por fim, outros seis transectos foram selecionados em locais de ocorrência de árvores gigantes para comparar com os transectos sem ocorrência de árvores gigantes. Para definir o padrão de distribuição espacial, usou-se a função K de Ripley com correção isotrópica. O padrão espacial das árvores emergentes segue distribuição agregada para todos os raios testados, nos diferentes compartimentos topográficos, nas diferentes regiões amazônicas no sentido leste/oeste e com ou sem presença de árvores gigantes.Item Padrões espaciais e quantificação de árvores comerciais na Amazônia(UFVJM, 2018) Rodrigues, Brenda Letícia; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Bruzinga, Josiane SilvaObjetivou-se nesta pesquisa determinar o padrão espacial e a associação interespecífica de um grupo de um conjunto de grupos de árvores comerciais da Amazônia com a função K de Ripley. Posteriormente para os grupos de árvores comerciais e com baixa densidade que possuíram padrão espacial agregado verificou-se qual procedimento de amostragem, tamanho de unidade amostral e intensidade amostral melhor se adequava aos grupos estudados. O estudo foi realizado em 2.000 ha, localizados na Floresta Nacional do Tapajós (FNT), Belterra, Pará. Foi realizado um censo florestal onde coletou-se a circunferência a 1,30 m do solo (CAP), igual ou superior a 158 cm, qualidade de fuste, as coordenadas cartesianas das árvores e a altura comercial (Hc). No capítulo 2 e 3, para o conjunto dos grupos de árvores comerciais com padrão espacial agregado e com baixa densidade, foram testados a Amostragem Casual Simples (ACS), Amostragem Sistemática (AS) e a Amostragem Adaptativa em Cluster (AAC) Multivariada com as unidades inicias adquiridas pela ACS em diferentes tamanhos de unidades amostrais e intensidades amostrais. A largura das unidades de amostra foi fixada em 50 m e o comprimento foi de 50 a 400 m, variando em 50 em 50 m. A intensidade amostral foi a partir de 1% da área, sendo ampliada a cada 1% até que o erro menor ou igual a 10% com 95% de probabilidade fosse atingido para a variável densidade. No capítulo 1 com a função K de Ripley univariada e bivariada, o padrão espacial da maioria dos grupos de árvores comerciais variou entre agregado e aleatório. Os grupos de árvores comerciais que possuíram padrão espacial agregado em no mínimo 50% da distância de análise foram Astronium lecointei Ducke, Bagassa guianensis Aubl., Couratari guianensis Aubl., Manilkara huberi (Ducke) Chevalier, Mezilaurus itauba (Meisn.) Taub. ex Mez e Vochysia maxima Ducke. A maioria das associações interespecíficas foi de independência espacial. De forma geral, não ocorre competição entre os grupos de árvores comerciais analisados. Considerando que a variável de interesse em inventários florestais é a exatidão, a ACS é o procedimento mais indicado para a amostragem do conjunto de grupos de árvores estudados, apesar de a AS ter sido o procedimento que requereu menor esforço amostral para atingir o erro desejável. A AAC multivariada foi ineficiente para o conjunto dos grupos de árvores estudados, subestimando sua densidade.Item Avaliação de métodos de amostragem de indivíduos adultos de pequi.(UFVJM, 2012) Bruzinga, Josiane Silva; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Márcio Leles Romarco deO objetivo desse estudo foi avaliar a eficiência de métodos de amostragem para quantificação de indivíduos de Caryocar brasiliensis Camb. (Pequi). A hipótese é que o método da amostragem adaptativa cluster, seja mais eficiente na quantificação da densidade, do que os métodos que não contemplam o padrão de distribuição espacial da espécie. Foi feito um censo dos indivíduos adultos de pequi em uma área de cerrado de 36,5 ha no Parque Estadual do Rio Preto/MG, e elaborada uma metodologia de inventário de prospecção para populações em áreas de formato irregular. Foram mapeados todos os indivíduos que a 0,30 cm de altura apresentavam diâmetro ≥ 5 cm. Para análise da estrutura diamétrica foram testadas as funções Gamma, Gamma 3p, SB de Johnson, Log-Normal, Weibull e Exponencial. E posteriormente empregado a função univariada K de Ripley K(h), para verificação do padrão. Constatado o padrão agregado de distribuição, dividiu-se o mapa em unidades de 20 × 20 m e unidades de 20 × 50 m, onde foram testados os diferentes procedimentos de amostragem, ora usando parcelas de 20 × 20 m ora parcelas de 20 × 50 m. Foram avaliados 70 procedimentos, resultado da combinação entre tamanho de parcela; método de amostragem (Amostragem Adaptativa Cluster, Amostragem Casual Simples e Amostragem Sistemática) e intensidade amostral. A comparação entre eles foi feita através da análise da precisão e exatidão obtidas da média das 30 simulações de cada procedimento. Não foi possível destacar nenhum método como o mais eficiente, visto que a diferença nas estimativas da precisão e exatidão entre eles foi mínima. Rejeitando a hipótese inicial de que a AAC seria mais eficiente na quantificação do pequi dos que os métodos tradicionais.