Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Influência dos ecossistemas de referência e árvores isoladas na regeneração natural de uma pastagem degradada
    (UFVJM, 2023) Santos, Dalila de Oliveira; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    As áreas de pastagens ocupam grande parte das terras em uso no planeta, no entanto, boa parte dessas pastagens possuem algum nível de degradação, devido a esse avanço na degradação torna-se necessário ações para recuperar esses ambientes, sendo a restauração passiva um dos métodos mais eficiente e de baixo custo para essa finalidade. Por isso o objetivo desse trabalho foi conhecer as espécies nativas que colonizam pastagens degradadas e identificar fatores que facilitam ou dificultam a restauração passiva por meio da regeneração natural em área de pastagem degradada no Cerrado, na região da Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, e assim contribuir para melhorar futuros projetos de restauração ecológica neste Bioma. Para a realização desse estudo foram selecionadas quatro áreas, sendo uma área de pastagem em regeneração e três ecossistemas de referência, onde foram lançadas 20 parcelas de 10×10m. Todos os indivíduos arbustivo-arbóreos presentes no interior das parcelas tiveram suas alturas, diâmetros a altura do solo mensurados. Na área de pastagem foi coletada uma amostra composta do solo superficial, para identificação dos parâmetros químicos e físicos do solo. Foi avaliado também a resistência mecânica à penetração ao longo da camada de 0-30 cm, a cobertura vegetal da parcela, solo exposto, presença de erosão e distância da parcela aos ecossistemas de referência, distância das árvores remanescentes. O inventário florístico das quatro áreas resultou em 22 famílias botânicas, 48 gêneros e 78 espécies. As síndromes de dispersão predominantes nas áreas foram a zoocoria e anemocoria. A maior similaridade foi verificada entre o ambiente de pastagem e o ecossistema de referência 3, sendo a segunda maior similaridade verificada entre a pastagem e o ecossistema de referência 2. As espécies que com maior IVI na área de pastagem foram: Campomanesia sessiliflora, Maprounea guianensis, Solanum lycocarpum e Erythroxylum deciduum. O Índice de Diversidade de Shannon (H’), foi de 3,73 nats/cobertura e Pielou 0,990. Verificou-se correlação positiva entre a distância do ecossistema de referência 2 e a área de pastagem, correlação negativa para a distância do ecossistema de referência 3 e área de pastagem e não houve correlação entre o ecossistema de referência 1 e a área de pastagem. A distância das parcelas até árvores remanescente apresentou correlação negativa com área basal e a diversidade das espécies encontradas na área de pastagem. O NDVI apresentou valores entre 0,21 a 0,46 e SAVI entre 0,08 e 0,20, indicando baixa cobertura vegetal e alta quantidade de solo exposto. Nos PCAs de solo e de variáveis ambientais houve influência da cobertura de gramíneas exóticas nos atributos analisados. Portanto, pode-se concluir que os parâmetros de cobertura do solo e atributos do solo influenciaram na chegada e estabelecimento de espécies regenerantes nas áreas de pastagem em estudo. Assim como a distância dos ecossistemas de referência e distância de árvores remanescentes até as parcelas foram fatores importantes, pois influenciaram na chegada de propágulo e no estabelecimento de espécies regenerantes na área de pastagem estudada.
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    Estratificação do topsoil em camadas para aplicação na restauração florestal: funciona?
    (UFVJM, 2022) Pinheiro, André César; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Guimarães, João Carlos Costa; Nunes, Yule Roberta Ferreira
    Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial de uso do banco de sementes para restauração florestal no domínio da Mata Atlântica, e responder sobre qual profundidade do solo a ser coletada quando se objetiva acelerar o processo de sucessão por meio do resgate e transposição do banco de sementes na restauração florestal; e se vale a pena estratificar verticalmente as camadas quando da remoção e, ou aplicação do topsoil em campo. A área de estudo está localizada na borda leste da Serra do Espinhaço Meridional. A primeira etapa deste estudo consistiu na amostragem do banco de sementes de um trecho (50 ×50 m) de Floresta Estacional Semidecidual em estágio médio de regeneração que foi destinado à supressão da vegetação. Dentro deste trecho, coletou-se partes do banco de sementes composto pela serapilheira e duas amostras de solo nas profundidades de 0-5 e 5-10 cm, em 12 pontos aleatórios anterior à supressão da vegetação. Após a supressão, removeu-se a camada superficial do solo (±30 cm) e armazenou-se por seis meses em campo, sendo coletada a outra amostra do banco de sementes logos após a transferência do topsoil para a área receptora (área a ser restaurada). A segunda etapa consistiu em um experimento realizado em ambiente controlado (casa de vegetação), na qual o banco de sementes foi avaliado em cinco tratamentos, sendo: T1 = camada de serapilheira; T2 = camada de 0-5 cm de solo; T3 = 5-10 cm de solo; T4 = camada de 0-10 cm solo + serapilheira; e T5 = topsoil pós-transferência (camada de 0-30 cm + serapilheira, armazenado em campo). Após dois anos, avaliou-se as variáveis: riqueza e composição de espécies e a densidade de plantas (nº de plantas.m-2). No total, registrou-se a densidade de 90 plantas.m-2 e 21 espécies distribuídas em 11 famílias botânicas. A densidade média e riqueza específica não foram significativas entre as diferentes camadas avaliadas. Isso se deve à ampla heterogeneidade espacial do banco de sementes, que se traduz em uma grande variação dos dados. Para comparar a composição florística dos tratamentos do banco de sementes, foi utilizado os índices de similaridade de Sørensen e Bray-Curtis. Considerando todo o conjunto de dados, para ambos os índices, a similaridade florística foi considerada alta para a maioria dos tratamentos. Os resultados deste estudo demonstraram que o topsoil, se coletado até 30 cm de profundidade, incluindo a serapilheira, apresenta o mesmo potencial para uso em técnicas de restauração florestal, independentemente da estratificação das camadas do banco de sementes.
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    Restauração ecológica de campo rupestre ferruginoso em pilha de estéril
    (UFVJM, 2015) Araújo, Luana Cristielle; Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Guimarães, João Carlos Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de
    O objetivo deste trabalho foi gerar conhecimento sobre a aplicação de diferentes técnicas na restauração de ambientes degradados pela mineração de ferro. A dissertação foi estruturada em três capítulos, sendo o primeiro uma revisão de literatura, com intuito de retratar os temas abordados na dissertação. No segundo, avaliou-se o espaçamento de plantio para Vellozia ramosissima e Pseudobombax campestre no modelo de plantio em Leque, visando gerar conhecimento sobre o manejo dessas espécies resgatadas na reintrodução a ambientes degradados. Para tal depositou-se sobre uma pilha de estéril de canga ferruginosa uma camada de topsoil associado à canga ferruginosa, onde foi instalado o experimento em delineamento sistemático tipo “Leque”, conforme o modelo (IA) proposto por Nelder (1962), em que se avaliou oito espaçamentos de plantio, variando de 2 m²/planta a 9,3 m²/planta. As variáveis analisadas foram o incremento em altura e diâmetro de P. campestre, além da sobrevivência de V. ramosissima e P. campestre aos quatro, oito e doze meses após o replantio. Para avaliar os melhores tratamentos foram realizadas análises de variância (ANOVA) a 5% de significância. Para a sobrevivência realizou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis a 5% de significância. As duas espécies estudadas apresentaram nos períodos avaliados sobrevivência acima de 80%. O incremento em altura e diâmetro de P. campestre foi crescente ao longo do período avaliado, apresentando uma média geral 34,3 cm e 16,6 mm, respectivamente, durante os doze meses após o replantio. Ressalta-se que os espaçamentos de plantio testados para as espécies deste estudo não apresentaram diferenças significativas para todas as variáveis analisadas. O terceiro capítulo teve como objetivo avaliar o potencial do uso da camada superficial de solo “topsoil” associado à canga ferruginosa, como alternativa na recomposição da cobertura vegetal de uma pilha de estéril de canga ferruginosa. A comunidade regenerante foi amostrada aos 10 e 18 meses, após a deposição do topsoil. Assim, determinou-se a densidade de plantas, composição e diversidade florística, além de avaliar a dinâmica de populações e cobertura do solo. A cobertura vegetal proveniente do topsoil ao final do período avaliado apresentou um total de 19.485 indivíduos pertencentes a 26 famílias com 82 espécies e seis morfoespécies. As famílias com maior número de espécies foram Asteraceae (16), seguidas de Fabaceae (11) e Poaceae (8). A cobertura média do solo na área experimental foi de 58%, após 18 meses. A utilização do topsoil mostrou-se como uma técnica promissora e de extrema importância na indução da restauração da pilha de estéril de canga ferruginosa, uma vez que proporcionou a regeneração natural, recomposição da vegetação com espécies autóctones, crescimento satisfatório dos indivíduos e rápida cobertura do solo ao longo do período avaliado.