Pós-graduação em Ciência Florestal
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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal
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Item Métodos de potencial de uso conservacionista, fragilidade ambiental e perda de solo: estudo para a porção cimeira da bacia do rio Jequitinhonha, Minas Gerais(UFVJM, 2022) Neves, Lomanto Zogaib; Mucida, Danielle Piuzana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mucida, Danielle Piuzana; Gorgens, Eric Bastos; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Lafetá, Bruno Oliveira; Matosinhos, Cristiano ChristofaroA conversão de paisagens naturais para antropizadas podem acarretar mudanças de processos vinculados à terra com consequências ambientais para a região de sua abrangência e, consequentemente, no equilíbrio entre a conservação do ecossistema e a produção de bens e serviços necessários à sociedade. O objetivo deste trabalho compreendeu desenvolver diagnósticos e analisar metodologias Potencial de Uso Conservacionista (PUC), PUCconflito, Fragilidade Ambiental Potencial (FAP) e Emergente (FAE), Potencial Natural de Erosão (PNE) e a Equação Universal de Perda de Solos (EUPS) no entendimento sobre as suas semelhanças e diferenças quanto a aptidão agrossilvipastoril, fragilidade ambiental e perda de solos para a porção cimeira da bacia do Alto Jequitinhonha (JQ1), Minas Gerais. Neste sentido, no primeiro capítulo é apresentada uma revisão sobre as metodologias PUC, FAP e PNE contemplando a revisão com a inserção do uso da terra, denominadas PUCconflito, FAE e a EUPS. No segundo capítulo são apresentadas metodologias aplicadas à área de estudo, a porção cimeira da Bacia do rio Jequitinhonha. O PUC foi obtido a partir de álgebra de mapas de declividade, litologias e classes de solos com atribuições de pesos referentes a aptidão agrícola. Para obtenção de FAP foram utilizadas as variáveis ambientais Declividade, Litologia, Classe de solo, pluviosidade e hierarquia fluvial com pesos referentes à vulnerabilidade ambiental. Já para PNE foram utilizados processos de Erosividade, Erodibilidade e do fator topográfico, denominado LS. A partir da adição do uso e ocupação da terra em cada metodologia obteve-se dados de uso conflitante da terra (pelo PUC); a FAE (a partir do FAP) e EUPS (pelo PNE). Foi realizada uma análise da probabilidade entre as metodologias analisadas com intuito de observar semelhanças ou discrepâncias entre classes dos métodos. Uma matriz de probabilidade foi confeccionada com as seguintes associações: PUC vs FAP, PUC vs PNE, PNE vs FAP, PUCconflito vs FAE, PUCconflito vs EUPS e EUPS vs FAE. Para a confecção desta matriz foram criados 2000 pontos de controle aleatórios na área de estudo. A área de estudo apresentou dados PUC indicativos de aptidão agrossilvipastoril predominantemente de média a baixa (~70%). Estas informações são de certa forma, complementares aos dados da FAP, que indicam a predominância de índices de alta e média fragilidades (~75%) com percentual significativo de fragilidade muito alta (~20%). Essa diferença se dá pela FAP utilizar duas variáveis adicionais, a hierarquia fluvial e pluviosidade. O PNE predominante apresentou valor muito baixo devido a pesos computados internamente na equação, em especial para os afloramentos rochosos, que apresentam baixo peso para perda de solo, mas computa altas ponderações para fragilidade ambiental. O acréscimo do mapa de uso e ocupação da terra para obtenção do PUCconflito indicou alto percentual de compatibilidade e baixa necessidade de controle e manejo ou de áreas incompatíveis. FAE demonstrou uma diminuição de áreas de alta e muito alta fragilidade, indicando que a cobertura do terreno conferiu uma estabilidade quanto ao uso. Dados semelhantes foram encontrados pelo uso da EUPS, que somaram significativamente as classes baixas e baixas moderadas quanto à perda de solo. As matrizes de compatibilidade evidenciaram que tanto o PUC quanto o PUCconflito apresentam resultados mais permissivos no que diz respeito ao uso de regiões quanto comparadas ao FAP e FAE, respectivamente. Tal fato evidencia que, na área de estudo, ocorrem divergências entre estas metodologias sem ou com a incorporação do fator uso e ocupação do terreno, mas estas são em menor expressão. As matrizes que se relacionavam ao PNE e EUPS não evidenciaram conflitos com PUC e PUCconflito, em virtude da predominância da região em classes com baixa perda de solo.