Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    Pós-estratificação e seleção de parcelas para fiscalização de inventários florestais na Amazônia
    (UFVJM, 2020) Vieira, Diego dos Santos; Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Gama, João Ricardo Vasconcellos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Marcio Leles Romarco de; Gama, João Ricardo Vasconcellos; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Nogueira, Gilciano Saraiva; Santos, Lidia Gabriella
    O objetivo desse estudo foi avaliar métodos de pós-estratificação e, a partir do melhor método, avaliar os efeitos da redução da intensidade amostral sobre a precisão e custos de amostragem. Avaliou-se ainda formas de seleção de parcelas para fiscalização de inventários florestais (IFs). Todas as análises foram realizadas a partir de um inventário amostral sistemático, com 204 parcelas de 0,75 ha. A esse inventário atribui-se a denominação de IF0. As pós-estratificações foram realizadas de cinco formas, a saber: dividindo o conjunto de parcelas em três partes iguais (M1/3), por meio de análise multivariada (MSOUZA), univariada Scott-Knott (MSK), geoestatística (MGEO) e por meio redes de Kohonen (MSOM). A partir do IF0 foram simulados mais três inventários com reduções de 50, 66,2 e 77,4% do número de parcelas. Todos os IFs foram analisados considerando-se a amostragem casual simples (ACS), sistemática (AS) e pós-estratificada (APE). As alternativas para determinação de quais e quantas parcelas devem ser fiscalizadas foram obtidas da combinação de três formas de distribuição de parcelas entre estratos (1 - igualmente entre os estratos; 2 - proporcional à área dos estratos; 3 - alocação ótima de Neyman) e três formas de seleção de parcelas dentro dos estratos (1 - aleatoriamente; 2 - as mais próximas à média do volume e área basal; 3 - as mais próximas à média do volume e que estejam a mais ou menos um desvio-padrão da média). A alternativa que produziu menores diferenças absolutas para volume, área basal, densidade e média aritmética do diâmetro, quando comparada ao IF0 com todas as parcelas foi selecionada para simulações dos percentuais de parcelas para fiscalização de 18, 16, 14, 12, 11 e 10%. Todos os métodos de pós-estratificação foram eficientes e aumentaram a precisão do IF em mais de 50%. O melhor método foi o MSOUZA, que apresentou um dos maiores percentuais de acerto (99,1%), maior ganho em precisão (56,2%) e maior facilidade de aplicação. A pós-estratificação via método MSOUZA permitiu reduções de até 77,4% do número de parcelas, mantendo-se inalterado as estimativas em nível de comunidade e classe de tamanho, além de precisão abaixo de 10%. A redução dos custos do IF com aplicação do MSOUZA foi de U$$ 24.057,91, corroborando a hipótese de que a pós-estratificação produz ganhos em precisão e custos de amostragem. Os processos ACS e AS permitiram reduções de intensidade e custo de amostragem de 66,2% e U$$ 20.811,47, respectivamente. A pós-estratificação por meio do método MSOUZA foi uma excelente ferramenta de auxílio na fiscalização de IFs, pois facilita o controle da fiscalização com a subdivisão da área em estratos. O percentual de parcelas selecionadas para fiscalização do IF deve ser de 12%, os quais devem ser distribuídos igualmente entre os estratos volumétricos obtidos por meio da pós-estratificação. Além disso, dentro dos estratos, deve-se selecionar aquelas parcelas mais próximas à média e a mais ou menos um desvio-padrão da média.