Pós-graduação em Ciência Florestal

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PPGCF - Programa de Pós-graduação em Ciência Florestal

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    O conceito de raridade em populações dioicas: uma abordagem ecológica
    (UFVJM, 2019) Fonseca, Darliana da Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Fonseca, Rúbia Santos; Rech, André Rodrigo; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Arruda, Daniel
    Analisando a abundância de indivíduos, amplitude do habitat e distribuição geográfica, as espécies poderiam ser classificadas pela combinação destas variáveis, desde comuns a estritamente restritas. Espécies dioicas possuem exigências diferenciais de ambos os sexos quanto ao espaço vital necessário às suas atividades fisiológicas e ecológicas que podem afetar o recrutamento e dinâmica populacionais. Espécies dioicas com diferentes padrões de “raridade” podem apresentar padrões ecológicos próprios. Este estudo possui como objetivo geral definir quais os processos ecológicos e reprodutivos que regulam as populações de espécies dioicas com diferentes padrões de raridade em habitats restritivos. O estudo foi realizado no Parque Estadual do Biribiri, Diamantina/MG em áreas compostas por fitofisionomias de Campo Rupestre, Cerrado rupestre e campos úmidos. Foram analisadas espécies dioicas com diferentes níveis de raridade do gênero Baccharis em que se analisou a distribuição espacial, dinâmica de populações, fenologia, ecofisiologia, herbivoria e estratégias reprodutivas. As espécies apresentaram variações na previsão da distribuição geográfica pela modelagem, com uma tendência a manter suas características espaciais semelhantes ao moldado no passado e que podem ser conduzidos para períodos futuros. Ambas as espécies apresentaram diferenças no padrão de ocupação espacial afetada pela dinâmica populacional. As espécies dioicas ampla e restrita apresentaram semelhanças na fenologia reprodutiva e diferenças na fenologia vegetativa. A espécie ampla apresentou maior atividade estigmática, viabilidade polínica, produção de sementes por apomixia e sementes formadas por polinização natural em maior número e mais leves. Já a restrita apresentou maior taxa de predação de sementes e florivoria de seus capítulos e menor plasticidade na germinação dos aquênios. As espécies do gênero Baccharis com distribuição ampla e restrita apresentaram diferentes comportamentos ecofisiológicos com a espécie restrita, apresentando maior sensibilidade ao estresse ambiental além de demonstrar capacidade de bioacumulação de manganês nos tecidos foliar e floral e a espécie ampla apresentou uma plasticidade entre os sexos sob condições de estresse, com plantas femininas apresentando mecanismo de proteção às condições de estresse hídrico e plantas masculinas conseguindo maximizar a assimilação de carbono nas mesmas condições. O presente trabalho indicou que as espécies dioicas com diferentes padrões de raridade demonstram diferenças ecológicas e reprodutivas que podem justificar sua distribuição restrita e ampla.
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    Autoecologia de Baccharis platypoda DC. (Asteraceae): distribuição espacial, fenologia e herbivoria
    (UFVJM, 2012) Fonseca, Darliana da Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Márcio Leles Romarco de; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Pereira, Israel Marinho; Nunes, Yule Roberta Ferreira
    O presente trabalho teve como objetivo compreender alguns parâmetros acerca da história natural da espécie Baccharis platypoda, um arbusto dioico pertencente à família Asteraceae, com indivíduos masculinos e femininos que apresentam dimorfismo sexual e habitam áreas de campo rupestre, campos e bordas de matas ciliares. Para compreender alguns pontos sobre sua autoecologia, foram analisadas a distribuição espacial, a fenologia e as interações ecológicas entre a espécie e insetos endófagos. O estudo foi realizado em três áreas pertencentes à Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, localizados no Campus JK, próximo ao Córrego do Soberbo. A área é composta por mosaicos de vegetação, onde há predomínio de afloramentos rochosos e campos úmidos. Em cada área, foram selecionados dez indivíduos de B. platypoda, sendo cinco indivíduos de cada sexo, onde, por um período de um ano (set./2010 a set/2011) foram feitas visitas quinzenais para a observação dos estágios fenológicos. Nesse período, foram coletados capítulos quinzenalmente para criação de insetos endófagos em recipientes vedados com algodão e que, após a eclosão, foram conservados em álcool 70%; os capítulos foram dissecados para análise dos danos às estruturas florais. Para o estudo da distribuição espacial, todos os indivíduos foram localizados por meio das coordenadas x e y de cada planta, com altura 30 cm através das distâncias, obtidas com uma trena, e identificados quanto ao sexo ou como jovem, pela ausência de estruturas reprodutoras. O padrão de distribuição espacial foi determinado através da Função K de Ripley univariada e bivariada, enquanto que os padrões fenológicos foram determinados através da análise de intensidade de Fournier, correlação de Spearman e análise circular. O padrão de herbivoria foi analisado através da análise de regressão linear, teste de Kruskal-Wallis e análise de agrupamento pelo método de Two-Way-joining. Foi aplicado o teste de qui-quadrado para o estudo de distribuição espacial e para o padrão de herbivoria. Baccharis. platypoda apresentou padrão agregado com variações em escalas diferentes para jovens e adultos e semelhança espacial entre indivíduos de ambos os sexos. No entanto, a independência espacial entre os indivíduos da espécie se mostrou uma constante. A fenologia reprodutiva da espécie esteve associada a algumas variáveis ambientais (precipitação e temperatura), enquanto que a fenologia vegetativa, de modo geral, apresentou-se relacionada à fenologia reprodutiva das espécies. Insetos endófagos apresentaram preferências quanto ao sexo e estágio fenológico dos capítulos, havendo maior predação em capítulos masculinos e em estágios mais desenvolvidos. Assim, a espécie apresentou correlação entre a sua distribuição espacial, os estágios fenológicos (principalmente a fenologia reprodutiva) e os padrões de ataque de insetos endófagos, sugerindo a utilização deste conhecimento na elaboração de possíveis estratégias de preservação e manejo.