Pós-Graduação em Zootecnia

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PPGZOO - Programa de Pós-Graduação em Zootecnia

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    Relações arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente
    (UFVJM, 2021) Morais, Marcos Vinícius Martins; Lima, Heder José D'Avila; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Heder José D'Avila; Pinheiro, Sandra Regina Freitas; Silva, Janaína Januário da
    O avanço e a intensificação crescente da coturnicultura, tornou necessário o desenvolvimento de estudos para melhorar a eficiência produtiva, atuando principalmente na nutrição. A utilização da proteína ideal como correto balanço e a suplementação de aminoácidos, auxiliam na diminuição de custos da ração e reflete no aumento da eficiência nutricional, minimizando o impacto ambiental causado pela excreção de nutrientes. Diante disso, objetivou-se com este estudo, determinar a melhor relação arginina: lisina digestíveis na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente, sobre o desempenho zootécnico e econômico, qualidade dos ovos, variáveis fisiológicas de termorregulação, tempo em imobilidade tônica, comportamento e aproveitamento de nitrogênio. Foram utilizadas 240 codornas poedeiras (Coturnix japonica), pesando 169,6±0,005g com 40 semanas de vida. Foi utilizado um delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e seis repetições contendo oito codornas por unidade experimental. As relações arginina: lisina digestíveis estudadas foram de 110%, 120%, 130%, 140% e 150%, durante 63 dias divididos em três períodos de 21 dias cada. Não houve diferença (p>0,05) das relações arginina: lisina para qualidade dos ovos e desempenho, exceto variação do peso corporal (p<0,05). Houve efeito quadrático (p<0,05) para os parâmetros de retenção de nitrogênio, nitrogênio excretado e eficiência na retenção de nitrogênio. A ingestão de nitrogênio e a umidade da excreta, não foram influenciados (p>0,05). A produção total de ovos e a renda bruta não foram influenciadas (p>0,05). Houve efeito linear crescente (p<0,05) para o custo de alimentar, custo de produção por ovo e ponto de equilíbrio e linear decrescente (p<0,05) para valor agregado bruto e índice de rentabilidade. Não houve efeito (p>0,05) das relações arginina: lisina para temperatura de dorso e cabeça, frequência respiratória e tempo de imobilidade tônica, no entanto, verificou-se efeito quadrático (p<0,05) para a temperatura média superficial, temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo superfície e superfície ambiente observadas no período da manhã. No período da tarde, houve efeito quadrático (p<0,05) das relações arginina: lisina para temperatura média superficial, temperatura média corporal, gradiente térmico núcleo superfície e superfície ambiente, temperatura de dorso e cabeça, frequência respiratória, exceto tempo em imobilidade tônica (p>0,05). Não houve efeito (p>0,05) para a frequência de comportamentos, exceto bebendo e ofegante, as quais a relação arginina: lisina 130% ocasionou as menores frequências desses comportamentos (p>0,05). A relação arginina: lisina digestível de 110% correspondente a 0,111g/kg/ração na dieta de codornas japonesas em postura criadas em clima quente, é suficiente para manter o desempenho zootécnico e a qualidade dos ovos, em consideração ao aspecto econômico de custo com a alimentação. Enquanto que, 130% de arginina: lisina correspondente a 0,131 g/kg/ração melhora as respostas fisiológicas relacionadas a termorregulação e diminui a expressão de comportamentos correlacionados ao estresse por calor, atendendo também a melhor relação estimada para retenção de nitrogênio.