Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas
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Item Efeitos do treinamento de vibração de corpo inteiro nas concentração plasmáticas do fator neurotrófico derivado do cérebro, variáveis clínicas, funcionais e qualidade de vida em mulheres com fibromialgia(UFVJM, 2021) Ribeiro, Vanessa Gonçalves César; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Schetino, Luana Pereira Leite; Thomasini, Ronaldo Luis; Pereira, Leani Souza Máximo; Avelar, Núbia Carelli Pereira deA Síndrome da Fibromialgia (SFM) é uma doença multifatorial caracterizada por dor crônica, neuroinflamação, disfunção muscular que impactam negativamente em aspectos clínicos, funcionais e qualidade de vida. Evidências demonstram efeitos benéficos do treinamento de vibração de corpo inteiro (VCI) em indivíduos com SFM. No entanto, nenhum estudo avaliou o efeito do treinamento de VCI nas concentrações do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), variáveis clínicas e funcionais importantes na SFM. O objetivo do estudo foi investigar os efeitos do treinamento de VCI nas concentrações plasmáticas de BDNF, variáveis clínicas, funcionais e qualidade de vida (QV) em mulheres com SFM. Participaram do estudo trinta e duas mulheres com SFM que foram randomizadas em dois grupos. Um grupo intervenção (GI), que recebeu treinamento de VCI por 6 semanas e um grupo controle (GC) que não recebeu a intervenção. As variáveis, avaliadas na linha de base e após as 6 semanas em ambos os grupos, foram as concentrações plasmáticas de BDNF, força muscular dos membros inferiores (teste de sentar e levantar (SL)) e capacidade aeróbica (teste de caminhada de 6 minutos (TC6’)), QV (questionário de impacto da fibromialgia (QIF)), qualidade do sono (índice de qualidade do sono de Pittsburgh (IQSP)), sintomas depressivos (Inventário de depressão de Beck (IDB)) e dor (escala visual analógica (EVA)). Os resultados demonstraram que houve interação (tempo e grupos) após a intervenção de treinamento de VCI. O GI em relação ao GC apresentou aumento das concentrações plasmáticas de BDNF (p = 0,045), do número de repetições no teste de SL (p = 0,011) e na distância caminhada no TC6’ (p = 0,010). Além disso, o GI apresentou redução das pontuações nos questionários QIF (p = 0,001), IQSP (p = 0,001), IDB (p = 0,017) e dor avaliada pela EVA (p = 0,008). Assim, concluímos que o treinamento de VCI promove aumento nas concentrações plasmáticas de BDNF, com melhora concomitante na força muscular dos membros inferiores, capacidade aeróbica, sintomas clínicos e QV em mulheres com SFM.Item Efeitos de um protocolo de exercício de subida em escada em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica(UFVJM, 2018) Costa, Juliana Sales Rodrigues; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Santos, Carina de Sousa; Cassilhas, Ricardo CardosoO aumento da prevalência da obesidade em todo o mundo é motivo de grande preocupação devido à forte ligação com outras doenças como doenças cardiovasculares, resistência à insulina e diabetes tipo 2. A obesidade é um dos principais contribuintes para a resistência à insulina e mais de 80% dos indivíduos com diabetes tipo 2 também são obesos e um número substancial desses pacientes expressa anormalidades na sensibilidade à insulina e no metabolismo da glicose. O exercício físico vem sendo utilizado como um importante recurso terapêutico para o tratamento e prevenção de diversas doenças decorrentes do excesso de adiposidade. O exercício de subida em escada para roedores pode ser uma estratégia de intervenção para se estudar seus efeitos sobre o metabolismo da glicose. Este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos de um protocolo de exercício de subida em escada em camundongos Balb/c alimentados com dieta hiperlipídica sobre parâmetros associados à obesidade e resistência à insulina. Para isso, 48 animais foram divididos em 2 grupos (n=24) sendo grupo chow alimentado com ração comercial (10% das calorias de gordura) e grupo HFD (de high fat diet) alimentado com dieta hiperlipídica (42% das calorias de gordura) por 12 semanas. Nas quatro primeiras semanas, todos os animais permaneceram sedentários alimentados com suas respectivas dietas. Na quinta semana todos os animais foram adaptados para a subida em escada e passaram por testes físicos pré-exercício de 3 repetições máximas (3RM) e de resistência. Os grupos foram subdivididos em grupos sedentários e grupos treinados (n=12/grupo). Na sexta semana experimental se deu o início do exercício que durou por 6 semanas, sendo iniciado com 5 séries de 6 subidas e carga de 80% do peso do teste de 3RM, progredindo até atingir 6 séries de 8 subidas e carga correspondente a 110% do 3RM. Os animais dos grupos sedentários não realizaram o exercício físico. Ao final do experimento todos os animais foram submetidos aos testes físicos pós-exercício e testes de tolerância à glicose e à insulina. Em seguida foram eutanasiados e foram coletados tecidos adiposos e musculares, assim como o soro para posteriores análises. A dieta hiperlipídica piorou a tolerância à glicose, aumentou a glicemia de jejum, aumentou o índice de adiposidade, a área dos adipócitos epididimais e a concentração sérica de colesterol total e HDL-colesterol. O exercício de subida em escada aumentou o desempenho nos testes de 3RM e de resistência e aumentou a área dos miócitos do quadríceps e glúteo máximo em ambos os grupos treinados. Para o grupo alimentado com dieta hiperlipídica, o exercício físico melhorou a tolerância à glicose e reduziu a área dos adipócitos epididimais. O protocolo de exercício de subida em escada utilizado no presente estudo foi eficaz em melhorar alguns parâmetros alterados pela dieta hiperlipídica em camungondos Balb/c.Item Participação do sistema colinérgico central na modulação das respostas cardiovasculares e termorregulatórias em ratos espontaneamente hipertensos(UFVJM, 2017) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Villela, Daniel CamposExistem evidências que a estimulação colinérgica central aumenta a dissipação de calor em ratos normotensos como consequência de alterações cardiovasculares via modulação da atividade barorreflexa. No entanto, não há dados publicados sobre o envolvimento do sistema colinérgico central nestas respostas em modelo experimental que apresenta alteração da sensibilidade dos barorreceptores e déficit termorregulatório. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o envolvimento do sistema colinérgico central na modulação das repostas cardiovasculares e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos Wistar machos (n = 33) e SHR (n = 33) foram implantados com uma cânula intracerebroventricular (icv) para injeções de 2 μL de fisostigmina (fis) ou solução salina (sal). Temperaturas da cauda (Tcauda) e corporal interna (Tint), pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC) e taxa metabólica foram registradas durante os 60 minutos em que os ratos permaneceram em repouso, bem como durante o exercício físico até a fadiga após injeções icv randomizadas. Na situação repouso, o tratamento com fis iniciou uma sucessão de respostas cardiovasculares e termorregulatórias que resultaram em aumento da PAS, redução da FC e aumento de Tcauda nos grupos Wistar e SHR. A magnitude da ativação desses mecanismos foi mais intensa no SHR, afetando a Tint e melhorando a dissipação de calor. Durante o exercício físico, o tratamento com fis foi capaz de modular as repostas cardiovasculares promovendo aumento significativo da PAS, seguido de bradicardia reflexa em ratos SHR e Wistar. Estas respostas foram mais intensas nos ratos Wistar. Não houve diferença significativa para a Tcauda e Tint no grupo SHR fis em relação ao grupo sal. Entretanto, fis impactou positivamente no desempenho físico. Em conjunto, esses resultados fornecem evidências que, durante a situação de repouso, a estimulação colinérgica central modula as repostas termorregulatórias por meio de mudanças no sistema cardiovascular de ratos Wistar e SHR, sendo que essas respostas são mais acentuadas em ratos SHR impactando na dissipação de calor. Durante o exercício físico, a administração central de fis promove alterações no sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. Apesar dessas alterações não terem sido suficientes para ajustar as respostas termorregulatórias em ratos SHR, impactaram positivamente no desempenho físico.