Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/5da8c5be-fcb7-4ebd-8ca6-58a0fa3f91ab

PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

Browse

Search Results

Now showing 1 - 2 of 2
  • Thumbnail Image
    Item
    Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) na resposta imune da mucosa intestinal de camundongos
    (UFVJM, 2019) Moreno, Lauane Gomes; Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Sampaio, Kinulpe Honorato; Silva, André Talvani Pedrosa da; Maioli, Tatiane Uceli; Pereira, Wagner de Fátima
    Atualmente, diversas áreas científicas têm focado suas pesquisas em propriedades funcionais de alimentos e produtos alimentícios, das quais destacam-se efeitos imunomoduladores. Dentre esses alimentos está o óleo de pequi (Caryocar brasiliense), que apresenta diversos efeitos biológicos tais como melhoria do metabolismo lipídico, melhoria da função cardiovascular e atividade antioxidante. Esse óleo contém em sua composição química um alto conteúdo de carotenoides e ácidos graxos monoinsaturados, que de acordo com estudos prévios, isoladamente, podem alterar a resposta imune, em especial a resposta imune da mucosa intestinal. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) na resposta imune de mucosa intestinal de camundongos. Para isso foram investigados os efeitos da ingestão diária de 280mg de óleo de pequi em elementos da resposta imune da mucosa intestinal em duas condições: 1) na mucosa íntegra e 2) na ruptura da integridade da mucosa, representada por uma doença inflamatória intestinal. Foram utilizados 60 camundongos C57BL/6 machos, que após o período de adaptação (7 dias), iniciaram a Fase 1 do estudo (suplementação com óleo de pequi, 28 dias). Tais animais foram divididos em: Grupo Controle (C) que recebeu apenas ração comercial e água filtrada ad libitum e grupo Óleo de Pequi (OP) que recebeu diariamente, além da ração e água, 280 mg de óleo de pequi homogeneizados em 1,11g de ração triturada, na forma de um pellet. Após esse período, cada um dos dois grupos experimentais foi sub-dividido em grupos C, Controle com Colite (CC), OP e Óleo de Pequi com Colite (OPC). Deu-se início então à Fase 2 do estudo referente à continuidade da suplementação e indução da doença inflamatória intestinal por 8 dias. Na Fase 2, os grupos CC e OPC passaram a receber, além dos tratamentos iniciais, solução aquosa de dextran sulfato de sódio (DSS), a 1,5%, ad libitum. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante todo o experimento. No nono dia, após a fase 2, os animais foram eutanasiados para coleta de amostras. Foi avaliado o fenótipo de leucócitos isolados das superfícies das mucosas do intestino delgado (ID) e cólon, dos linfonodos mesentéricos e do baço. Determinou-se também as concentrações de Imunoglobulina A (IgA) no plasma e de IgA secretória (IgAs) nos lavados de ID, cólon, e fezes, das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, TNFα, IFNγ, IL-17, IL-10 no plasma e em homogenatos de ID e cólon e de proteína C reativa (C reactive protein - CRP) no plasma. Durante a indução da colite foi calculado o Índice de Atividade de Doença (scores médios de diarreia, sangramento retal e perda de peso) e ao final foi avaliado o score histopatológico total na mucosa colônica. Na integridade da mucosa, a ingestão do óleo de pequi (OP vs C, p<0,05) induziu no ID redução de linfócitos de superfície T totais, T auxiliares e de IFNγ; no cólon, redução de linfócitos de superfície T citotóxicos e IgAs; nos linfonodos, redução de linfócitos T citotóxicos; no baço, redução de linfócitos T auxiliares e citotóxicos; e no plasma redução de IL-2, CRP e do % de neutrófilos e aumento de IL-10 e do % de linfócitos. Em condições de ruptura da integridade da mucosa intestinal, a ingestão do óleo de pequi (OPC vs CC, P<0,05), reduziu a perda de peso e diarreia. No ID elevou linfócitos de superfície T γδ e reduziu IL-6, no cólon também elevou os linfócitos de superfície T γδ e reduziu os T citotóxicos e a perda de criptas e células caliciformes; nos órgãos linfoides essa ingestão reduziu linfócitos T citóxicos e no plasma reduziu a IL-17 e a CRP. Assim, a ingestão do óleo de pequi parece ter reforçado a resposta reguladora do sistema imune de mucosa, o que possivelmente contribuiu para que, em condições de ruptura da integridade intestinal, houvesse melhoria do quadro clínico e histopatológico, elevação de células com potencial de ação regulatória e redução de mediadores pró-inflamatórios e de células com atividade citotóxica.
  • Thumbnail Image
    Item
    Efeitos biológicos da associação da ingestão da polpa de pequi (Caryocar brasiliense) ao exercício físico aeróbio regular em ratos
    (UFVJM, 2014) Moreno, Lauane Gomes; Esteves, Elizabethe Adriana; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Peixoto, Fabrício Dias; Silva, Marcelo Eustáquio; Magalhães, Flávio de Castro
    Dado o crescente número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que afetam a saúde e a economia dos países, alternativas que visem à diminuição dos fatores de risco para essas doenças são imprescindíveis. A adoção de uma dieta equilibrada, que inclua alimentos com potencialidades funcionais, associada à prática de atividade física regular são alternativas atualmente preconizadas. Dentre os alimentos com potencialidades funcionais está o pequi (Caryocar brasiliense), muito utilizado no Brasil para fins alimentícios, terapêuticos e cosméticos, e que apresenta como componentes majoritários lipídeos ricos em ácidos graxos monoinsaturados, fibras e carotenoides. Estes componentes isoladamente, apresentam alguns efeitos semelhantes ao exercício físico aeróbio sobre a redução de diversos fatores de risco para DCNT, de forma que associados podem fornecer efeitos potencializadores sobre a redução desses fatores de risco. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar, em ratos, efeitos biológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada à prática de exercício físico aeróbio regular (EFAR), especificamente sobre variáveis relacionadas ao crescimento, parâmetros cardiovasculares, do metabolismo glicídico e lipídico, sobre a histomorfometria duodenal e o estado redox celular. O protocolo experimental consistiu de quatro grupos (n=8) de ratos Wistar machos: CS - animais que receberam ração; CT - receberam ração e EFAR; PS - receberam ração suplementada com polpa de pequi (3,26/100g = +50% do conteúdo lipídico da ração) e PT - receberam ração suplementada com polpa de pequi e EFAR. O EFAR foi realizado em piscina, em intensidades e cargas progressivas, e a dieta fornecida ad libitum durante quinze semanas. A ingestão alimentar e o peso corporal foram monitorados durante o período experimental para os cálculos da ingestão alimentar e calórica, do ganho de peso e dos coeficientes de eficiência alimentar (CEA) e energética (CEE). As fezes foram coletadas nas últimas 72 horas do experimento. A pressão arterial sistólica (PAS) e a frequência cardíaca (FC) foram aferidas no início e na última semana do experimento. No último dia do protocolo, os animais foram eutanasiados e foram determinados: (a) o comprimento da tíbia esquerda; (b) o peso absoluto e relativo do fígado, pâncreas e coração e da gordura das regiões epididimal e retroperitoneal; (c) a concentração plasmática de colesterol total (COL), lipoproteína de alta densidade (HDL), triglicerídeos (TG), glicose, insulina, o índice HOMA-IR e o índice aterogênico; (d) a concentração hepática e fecal de COL e TG; (e) a umidade e o pH fecais; (f) a capacidade antioxidante total – Ferring Reducing Antioxidant Power plasmática, e dos tecidos muscular (sóleo), hepático e cardíaco; (g) os níveis de peroxidação lipídica - Thiobarbituric acid reactive substances nos tecidos hepático, muscular e cardíaco; (h) a atividade da enzima superóxido dismutase nos tecidos hepático e muscular; (i) a atividade da enzima catalase nos tecidos hepático, muscular e cardíaco. Foram coletadas amostras de tecido duodenal para análises histomorfométricas. Observou-se que a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR não influenciou de maneira significativa no crescimento (ingestão alimentar e calórica, peso corporal, CEA, CEE, peso de órgãos, comprimento da tíbia), na PAS e FC, na glicemia, na insulinemia ou no Índice HOMA-IR. Contudo, reduziu a deposição de gordura visceral (epididimal e retroperitoneal). Também não houve diferenças entre os tratamentos para as concentrações plasmáticas de COL, HDL e TG. Contudo, a associação da ingestão da polpa de pequi ao EFAR promoveu menor deposição hepática e maior excreção fecal de lipídeos, além de preservar melhor a altura das vilosidades intestinais e promover aumento da profundidade das criptas. Não houve impactos significativos dos tratamentos sobre as variáveis relacionadas ao estado redox celular, somente a atividade da catalase foi aumentada pela associação entre EFAR e polpa de pequi no fígado. Os efeitos fisiológicos advindos da ingestão da polpa de pequi associada ao EFAR relacionados ao menor acúmulo de lipídeos na região visceral e fígado, com a maior excreção desses lipídeos, aumento da profundidade das criptas sem prejuízos à estrutura do intestino e aumento da atividade antioxidante endógena, bem como a ausência de efeitos prejudiciais sobre as demais variáveis analisadas, faz dessa associação uma possível estratégia para redução do risco para DCNT e manutenção da saúde.