Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Participação do sistema colinérgico central na modulação das respostas cardiovasculares e termorregulatórias em ratos espontaneamente hipertensos
    (UFVJM, 2017) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Villela, Daniel Campos
    Existem evidências que a estimulação colinérgica central aumenta a dissipação de calor em ratos normotensos como consequência de alterações cardiovasculares via modulação da atividade barorreflexa. No entanto, não há dados publicados sobre o envolvimento do sistema colinérgico central nestas respostas em modelo experimental que apresenta alteração da sensibilidade dos barorreceptores e déficit termorregulatório. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o envolvimento do sistema colinérgico central na modulação das repostas cardiovasculares e termorregulatórias durante o repouso e exercício físico em ratos espontaneamente hipertensos (SHR). Ratos Wistar machos (n = 33) e SHR (n = 33) foram implantados com uma cânula intracerebroventricular (icv) para injeções de 2 μL de fisostigmina (fis) ou solução salina (sal). Temperaturas da cauda (Tcauda) e corporal interna (Tint), pressão arterial sistólica (PAS), frequência cardíaca (FC) e taxa metabólica foram registradas durante os 60 minutos em que os ratos permaneceram em repouso, bem como durante o exercício físico até a fadiga após injeções icv randomizadas. Na situação repouso, o tratamento com fis iniciou uma sucessão de respostas cardiovasculares e termorregulatórias que resultaram em aumento da PAS, redução da FC e aumento de Tcauda nos grupos Wistar e SHR. A magnitude da ativação desses mecanismos foi mais intensa no SHR, afetando a Tint e melhorando a dissipação de calor. Durante o exercício físico, o tratamento com fis foi capaz de modular as repostas cardiovasculares promovendo aumento significativo da PAS, seguido de bradicardia reflexa em ratos SHR e Wistar. Estas respostas foram mais intensas nos ratos Wistar. Não houve diferença significativa para a Tcauda e Tint no grupo SHR fis em relação ao grupo sal. Entretanto, fis impactou positivamente no desempenho físico. Em conjunto, esses resultados fornecem evidências que, durante a situação de repouso, a estimulação colinérgica central modula as repostas termorregulatórias por meio de mudanças no sistema cardiovascular de ratos Wistar e SHR, sendo que essas respostas são mais acentuadas em ratos SHR impactando na dissipação de calor. Durante o exercício físico, a administração central de fis promove alterações no sistema cardiovascular de ratos normotensos e hipertensos. Apesar dessas alterações não terem sido suficientes para ajustar as respostas termorregulatórias em ratos SHR, impactaram positivamente no desempenho físico.
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    Relação entre hipertensão arterial sistêmica e eficiência da troca de calor durante a recuperação ao exercício físico realizado em ambiente quente
    (UFVJM, 2014) Fonseca, Sueli Ferreira da; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Soares, Danusa Dias; Balthazar, Cláudio Heitor
    A hipertensão arterial sistêmica essencial parece estar associada com hipertonia simpática dependente da atividade colinérgica central. Dessa forma, hipertensos poderiam apresentar respostas de dissipação de calor aprimoradas, especialmente durante a recuperação do exercício físico moderado realizado sob condição de estresse térmico. Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar as respostas termorregulatórias de sujeitos hipertensos durante e na recuperação de exercício físico de intensidade moderada realizado em ambiente quente. Para tanto, oito hipertensos essenciais (H) e oito normotensos (N) (idade: 46,5±1,3 e 45,6±1,4 anos; índice de massa corporal: 25,8±0,8 e 25,6±0,6 kg/m2; pressão arterial média: 98,0±2,8 e 86,0±2,3 mmHg, respectivamente) permaneceram na câmara ambiental (38°C e 60% umidade relativa do ar) durante 2h e 30 minutos (30 minutos em repouso, 1h de exercício na esteira (50% VO2pico) e 1h em recuperação do exercício). Temperaturas da pele e corporal interna, frequência cardíaca e pressão arterial foram mensuradas. Cálculos de produção de calor, taxa de acúmulo de calor, temperatura corporal, troca de calor por radiação, convecção, e através do trato respiratório e suor evaporado foram realizados a partir das variáveis coletadas. Como resultados, a pressão arterial média dos hipertensos foi maior do que dos normotensos durante todo o protocolo experimental (p < 0,05). Apesar dos parâmetros termorregulatórios avaliados não terem sido diferentes entre grupos hipertensos e normotensos em repouso e durante o exercício físico no calor, os hipertensos apresentaram menor quantidade de calor acumulado (H: -24,23 ± 3,39 W/m², N: -13,63 ± 2,24 W/m², p = 0,03), maior variação na temperatura corporal (H: -0,62 ± 0,05 °C, N: -0,35± 0,12 °C, p = 0,03) e maior quantidade de suor evaporado (H: -106,1 ± 4,59 W/m², N: -91,15 ± 3,24 W/m², p = 0,01) no período de recuperação pós-exercício. Além disso, a quantidade de suor evaporado relacionou-se com calor acumulado (r = 0,82, p < 0,001) e com a variação da temperatura corporal durante a recuperação pós-exercício físico (r = 0,82, p < 0,001). Concluindo, indivíduos hipertensos essenciais, em uso dos medicamentos iECA e diuréticos, apresentam dissipação de calor acumulado aprimorada, por meio da evaporação do suor e, consequentemente, maior resfriamento corporal durante a recuperação de exercício físico de intensidade moderado em ambiente quente. Methods: A total of 8 essential hypertensive (H) and 8 normotensive participants (N) (age: 46.5 ± 1.3 and 45.6 ± 1.4 years, BMI: 25.8 ± 0.8 and 25.6 ± 0.6 kg/m2, mean arterial pressure: 98.0 ± 2.8 and 86.0 ± 2.3 mmHg, respectively) remained in the environmental chamber (38 °C and 60 % relative humidity) for 2 hours and 30 minutes (30 min at rest, 1 h of treadmill exercise at 50 % of VO2max and 1 h at rest during recovery exercise). Skin and core temperatures, heart rate and blood pressure were measured. Calculations of heat production, heat storage, mean body temperature, heat exchange by radiation, convection and evaporated sweat were performed from the collected variables. Results: The mean blood pressure of the hypertensive subjects was higher than of the normotensive participants throughout the experimental protocol (p < 0.05). Although the thermoregulatory parameters evaluated did not differ between groups at rest and during exercise, the hypertensive subjects had lower amounts of heat storage (H: -24.23 ± 3.39 W/m², N: -13.63 ± 2,2.4 W/m², p = 0.03), greater variations in body temperature (H: -0.62 ± 0.05 °C, N: -0.35± 0.12 °C, p = 0.03), and a greater amount of evaporated sweat (H: -106.1 ± 4.59 W/m², N: -91.15 ± 3.24 W/m², p = 0.01) during the recovery period. Furthermore, the amount of evaporated sweat correlated with heat storage (r = -0.82; p < 0.001) and with the variation in mean body temperature during the recovery period (r = -0.82; p < 0.001). Conclusion: Essential hypertensive participants present with improved sweat evaporation and greater heat dissipation and body cooling during recovery from moderate-intensity exercise performed in the heat.