Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas

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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas

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    Caracterização e efeitos da adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos com osteoartrite de joelho.
    (UFVJM, 2010) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira de
    Quantificar o consumo de oxigênio e a frequência cardíaca durante a adição de vibração de todo o corpo aos exercícios de agachamento em idosos e investigar os efeitos do treinamento com exercícios de agachamento associados à vibração de todo o corpo no desempenho funcional e no autorrelato do estado da osteoartrite de joelho em idosos foi o objetivo deste estudo. O consumo de oxigênio e a frequência cardíaca foram avaliados em repouso e durante os exercícios de agachamento com e sem vibração a 40 Hz de frequência e amplitude de 4 mm, de forma aleatória com intervalo mínimo de 24 horas em 18 idosos (15 mulheres e 3 homens, com idade média de 72+6 anos de idade). Para verificar os efeitos da adição de vibração de todo o corpo ao treinamento com exercícios de agachamento, 35 idosos com osteoartrite de joelho, com diagnóstico confirmado por exame clínico e radiográfico, foram avaliados em três momentos distintos: três semanas anteriores ao início do programa, antes e imediatamente após 12 semanas de intervenção. Os voluntários foram alocados aleatoriamente em três grupos: um grupo de intervenção que realizou o programa de agachamento em associação com o estímulo vibratório, promovido pela plataforma vibratória (GPV, N: 12), um grupo exercício que realizou o mesmo programa de agachamento sem vibração (GE, N: 11) e um grupo controle que não realizou nenhum exercício durante o período do estudo (GC, N: 12). Todos os voluntários realizaram quatro testes de desempenho funcional, mensurados de forma direta (Escala de Equilíbrio de Berg, Timed Get Up and Go, Teste de Levantar e Sentar na Cadeira e Teste de Caminhada de 6 Minutos), e avaliação do autorrelato do estado da osteoartrite pelo Western Ontário McMaster Universities Osteoarthritis Index (WOMAC). A vibração de todo o corpo associada aos exercícios de agachamento promoveu um aumento adicional de cerca de 20 % no consumo de oxigênio e de 7,5 % na frequência cardíaca. Além disso, verificou-se que o programa proposto para o GPV aprimorou o desempenho em todos os testes funcionais e em todos os domínios do WOMAC. Já o GE apresentou melhora no autorrelato da dor (WOMAC) e aprimorou o desempenho apenas nos testes de Equilíbrio de Berg e de Caminhada de 6 minutos. Não houve mudança nos testes de desempenho funcional e nos domínios do WOMAC no grupo controle. Embora o estímulo vibratório tenha intensificado o consumo de oxigênio e frequência cardíaca durante os exercícios de agachamento, esse aumento pode ser insignificante do ponto de vista clínico. Além disso, a adição da vibração ao treino com exercícios de agachamento melhorou o desempenho funcional e o autorrelato do estado da doença em idosos com osteoartrite de joelhos.
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    Influência da vibração de todo o corpo sobre os parâmetros mecânicos, fisiológicos e desempenho físico em homens fisicamente ativos
    (UFVJM, 2013) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira; Batista, Mauro Alexandre Benites; Amorim, Fabiano Trigueiro
    Introdução: Recentemente, a vibração de todo o corpo (VTC) tem sido um método de exercício físico utilizado para aumentar o desempenho físico-funcional. No entanto, os mecanismos relacionados aos efeitos produzidos por essa modalidade de exercício ainda não tem sido completamente investigados. Objetivos: Os objetivos desse estudo foram definir o protocolo de VTC capaz de aumentar o desempenho muscular em jovens fisicamente ativos (estudos 1 e 2) e investigar possíveis mecanismos fisiológicos da VTC sobre o desempenho físico (estudos 3, 4 e 5). Metodologia: No estudo 1 foi avaliada a influência de diferentes ângulos de flexão dos joelhos (60 e 90º) e da VTC na ativação muscular do vasto lateral (VL) e na transmissibilidade do estímulo vibratório para propor o melhor posicionamento corporal durante o exercício. Nesse estudo, 34 jovens fisicamente ativos tiveram a atividade eletromiográfica (EMG) do músculo VL do membro dominante e a aceleração nas articulações dos joelhos e quadril avaliadas durante exercício de agachamento (AG) a 60º e 90º de flexão de joelhos associada ou não a VTC (30 Hz, 4 mm). No estudo 2 foi proposta a avaliação da curva dose-resposta do estímulo vibratório (aceleração) sobre o desempenho muscular dos membros inferiores e superiores. Para isto, nove homens fisicamente ativos foram submetidos a cinco condições experimentais: 1) AG sem VTC; 2) AG/VTC [20 Hz, 2 mm: 31,55 m.s-2]; 3) AG/VTC [45 Hz, 2 mm: 159,73 m.s-2]; 4) AG/VTC [45 Hz, 4 mm: 319,45 m.s-2]; e 5) AG/VTC [60 Hz, 4 mm: 567,91 m.s-2]. Antes e após os procedimentos experimentais o desempenho muscular foi avaliado pelo teste do salto vertical (SV), força de preensão palmar e desempenho anaeróbio pelo teste Wingate (TW). O objetivo do estudo 3 foi comparar os efeitos do aquecimento passivo (AP), da VTC e controle (C) sobre o desempenho de alta intensidade e curta duração (DAICD). Seis homens fisicamente ativos realizaram um teste de 30 segundos de sprint após uma das três condições experimentais: 1) VTC: que consistiu em 5 minutos de AG associados à VTC (45 Hz, 2 mm), 2) AP: que consistiu de 30 minutos de AP usando uma manta térmica sobre as coxas e as pernas (35 W) e 3) C: que foi constituído por 30 minutos de repouso sem aquecimento. A excitabilidade muscular do VL, avaliada pela EMG, foi determinada em repouso e durante o DAICD. As concentrações sanguíneas de lactato (LACT), avaliadas por espectroscopia, e a temperatura muscular (TM) da coxa, estimada indiretamente medindo a temperatura da pele, foram determinadas nos seguintes momentos: antes, imediatamente após as condições experimentais e 3 minutos após o sprint de 30 segundos. O estudo 4 foi desenhado para avaliar o efeito agudo de diferentes intensidades de VTC no desempenho muscular e relacioná-los com fatores intramusculares. Oito homens fisicamente ativos foram aleatoriamente submetidos a uma das três condições experimentais: (1) VTC 2 mm [45 Hz e 2 mm], (2) VTC 4 mm [45 Hz e 4 mm] e (3) sem VTC. Para avaliar a PAP, o torque concêntrico dos flexores e extensores de joelho foi medido durante três flexo-extensões unilaterais de joelho a 60º.s-1 em um dinamômetro isocinético. A potência e a altura do SV também foram avaliadas. Estas medidas foram realizadas antes e após as condições experimentais. O objetivo do estudo 5 foi determinar os efeitos da adição da VTC aos exercícios de AG na ativação cerebral, avaliada pelo eletroencefalografia (EEG). Sete homens fisicamente ativos foram submetidos de forma aleatória a uma das três condições experimentais: a) exercícios de AG/VTC 45 Hz/2 mm; B) AG/VTC 45 Hz/4 mm e C) AG sem VTC. Para avaliar os efeitos da VTC na ativação EEG, os voluntários foram submetidos a um período de oito minutos em estado de repouso (olhos fechados) antes e 3 minutos após as condições experimentais. Resultados: Os principais achados do estudo 1 foram que (1) 90º de flexão dos joelhos produziu maior atividade EMG que 60º (p <0,001), sem diferença na transmissibilidade aceleração, (2) em ambos os ângulos de flexão do joelho, a adição de VTC não produziu diferenças significativas na EMG, mas com maiores valores de aceleração em relação ao AG realizado sem a VTC (p <0,001). O estudo 2 demonstrou que há uma faixa de aceleração de VTC mais apropriada para promover melhor desempenho muscular dos membros inferiores [159,45 m.s-2 - 319,45 m.s-2]. No entanto, estes estímulos aplicados sob os pés não parecem melhorar a força de preensão palmar. No estudo 3 observou-se que o pico de potência, a potência relativa, o trabalho relativo, o tempo para a potência pico e a cadência no ciclismo foram significativamente mais elevados durante a VTC comparado com o C. A TM foi significativamente maior no AP comparado com a VTC e C antes do teste de desempenho. Não foram observadas diferenças significativas entre as condições experimentais para LACT imediatamente após o sprint e na EMG durante o sprint. O estudo 4 demonstrou que a VTC aumentou o pico de torque para os músculos flexores de joelhos. Além disso, a potência e a altura do SV também foram aumentadas pela VTC. O estudo 5 demonstrou que houve uma diminuição significativa da potência absoluta na banda Alfa durante a VTC com exercícios de AG (45 Hz/2 mm e 45 Hz/4 mm) em comparação com a situação C nos seguintes eletrodos: F7 (p: 0,03, tamanho do efeito: 0,750, poder: 0,708) e F8 (p: 0,01, tamanho do efeito: 0,838, poder: 0,909). Conclusões: Os resultados dos estudos supracitados indicam que o protocolo de VTC associado ao AG a 90º de flexão dos joelhos, nos parâmetros de VTC de 45 Hz/2-4 mm (159,45 - 319,45 m.s-2), aumentou a altura e a potência do SV, bem como o desempenho anaeróbio dos membros inferiores, sem alterações na força de preensão. Os possíveis mecanismos relacionados com aumento no desempenho muscular dos membros inferiores seriam fatores intramusculares e envolvimento de componentes centrais (ativação eletroencefalográfica), sem modificações no metabolismo anaeróbio lático, na temperatura muscular e na atividade eletromiográfica.