Pós-graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas
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PMPGCF - Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas
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Item Avaliação do efeito do exercício intervalado de alta intensidade sobre o equilíbrio redox sanguíneo em homens sedentários(UFVJM, 2014) Magalhães, Silvia Mourão; Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Triguerino; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha-Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Morais, Harriman Aley de; Leite, Hércules Ribeiro; Magalhães, José Carlos deEste estudo avaliou o efeito agudo e crônico do exercício intervalado de alta intensidade sobre o estado redox sanguíneo de homens sedentários. Para isso, o estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa 17 indivíduos sedentários foram submetidos a uma sessão de exercício intervalado de alta intensidade (HIIE, do inglês high intensity interval exercise), no cicloergômetro, composta por 8 estímulos, a 90% da potência máxima, intercalados por 75 segundos de recuperação ativa a 30 watts. Antes e, imediatamente, após o exercício amostras de sangue foram coletadas para a avaliação da concentração de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e da capacidade antioxidante total do plasma; e a concentração de TBARS e atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase (SOD) e catalase (CAT), no lisado eritrocitário. Agudamente, o HIIE não alterou a concentração plasmática de TBARS, embora a capacidade antioxidante total do plasma tenha sido significativamente menor (p=0,05) imediatamente após o exercício. Nós eritrócitos, a concentração de TBARS foi significativamente menor (p=0,03), enquanto a atividade da SOD foi significativamente maior (p=0,04), imediatamente após o exercício. Na segunda etapa 9 indivíduos, que participaram do HIIE, foram submetidos a um programa de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training), 3 vezes por semana, durante 4 semanas (12 sessões de treinamento). Parâmetros do estado redox foram avaliados antes e ao final do treinamento. O HIIT aumentou (p=0,05) a capacidade antioxidante total do plasma, e, nos eritrócitos, a concentração de TBARS foi menor (p=0,03) e a atividade da catalase foi maior (p=0,04) após o treinamento. As modificações do estado redox sanguíneo alcançadas em curto prazo com o programa de HIIT utilizado neste estudo podem ser consideradas uma resposta benéfica adicional para a esta modalidade de treinamento, e neste contexto o HIIT pode ter um papel terapêutico nas condições clínicas decorrentes ou associados a um quadro de desequilíbrio redox.Item O efeito da imersão dos membros inferiores em água fria pós exercício no desempenho físico e na proteína de choque térmico 72kDa após treinamento físico(UFVJM, 2014) Aguiar, Paula Fernandes; Amorim, Fabiano Triguerino; Magalhães, Flávio de Castro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Nakamura, Fábio Yuzo; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Magalhães, Flávio de CastroApesar da falta de conhecimento sobre os mecanismos da imersão dos membros inferiores em água fria (IAF) pós-exercício, este método de recuperação se faz presente após o exercício físico, principalmente no meio esportivo. Os objetivos de sua prática são baseados nas possíveis reduções da inflamação muscular, edema, dor e acumulação de metabólitos, acelerando assim a recuperação pós-exercício. Neste contexto, não está claro se a IAF interfere nas adaptações em nível molecular do conteúdo da proteína de choque térmico 72 kDa (Hsp72) do tecido muscular esquelético. Sendo assim, o presente estudo avaliou se a IAF após as sessões de exercício, durante um programa de 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT), altera a resposta adaptativa do desempenho físico e da Hsp72 do tecido muscular esquelético. Foram selecionados 17 voluntários, do sexo masculino, adultos (idade: 23 ± 3 anos; peso corporal: 68.7 ± 9.2 kg, estatura: 171 ± 7 cm; gordura corporal: 23.5 ± 5.2%), não treinados e saudáveis para participar deste estudo, que assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os voluntários foram pareados em dois grupos de acordo com o desempenho no teste de 15 km em cicloergômetro. Um grupo foi submetido à IAF dos membros inferiores após o exercício (n=8), e o outro grupo serviu como controle (CNTRL, n=9). O programa de treinamento físico consistiu de 4 semanas de ciclismo intervalado de alta intensidade, com frequência semanal de 3 vezes. Cada sessão de HIIT foi composta por 8-12 estímulos com intensidade entre 90-110% da potência pico por 60 segundos, seguidos por intervalos de recuperação ativa de 75 segundos à 30W. A IAF compreendeu em imergir os membros inferiores em água a 10 ºC, por 15 minutos, após cada sessão de treinamento. Os voluntários do grupo controle ficaram sentados em uma cadeira, na sala de treino a temperatura ambiente. As variáveis medidas foram consumo máximo de oxigênio (VO2max), desempenho no teste de 15 km e resistência de força muscular localizada. Além disso biópsias musculares foram realizadas 3 dias antes e 3 dias após o período de treinamento para avaliação do conteúdo muscular de Hsp72. O tempo para completar o teste de desempenho de 15 km diminuiu com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 42.9±1.9 para 38.7±2.9 min e IAF 42.4±2.5 para 37.7±3.0 min, pré versus pós-treino, respectivamente). O VO2max aumentou com o treinamento em ambos os grupos, mas também não foi diferente entre os grupos (CNTRL 48.7±5.6 para 51.2±4.8 ml•kg-1•min-1 e IAF 45.7±5.6 to 50.4±4.8 ml•kg-1•min-1, pré versus pós treino, respectivamente). Quanto à resistência muscular localizada, o pico de torque médio aumentou com o treinamento em ambos os grupos, sem diferença entre as situações (CNTRL de 92,7±15,6 n/m para 96,7±14,5 n/m e IAF de 86,0±19,8 n/m para 91,3±13,2 n/m pré versus pós-treino, respectivamente). Mas o índice de fadiga (CNTRL 70,0±6,1 % para 67,1±6,8 % e IAF 65,8±8,0 % para 69,3±6,6 % pré versus pós-treino, respectivamente) não alterou com o treinamento. O conteúdo muscular de Hsp72 aumentou com o treinamento, mas não foi diferente entre os grupos (CNTRL 100±28% para 124±37% e IAF 100±31% para 131±23%). Sendo assim, nós concluímos que a imersão em água fria pós-exercício não alterou as adaptações de desempenho e moleculares avaliadas após 4 semanas de treinamento intervalado de alta intensidade.Item Efeito da imersão em água fria na recuperação diária e função de neutrófilos de atletas do sexo masculino durante período de treinamento intensificado(UFVJM, 2021) Ottone, Vinicius de Oliveira; Rocha Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Amorim, Fabiano Trigueiro; Motta Santos, Daisy; Matos, Mariana Aguiar de; Pinto, Kelerson Mauro de Castro; Peixoto, Marco Fabrício DiasEsta tese investigou o efeito diário da recuperação por imersão em água fria (IAF) dos membros inferiores nas respostas dos neutrófilos ao exercício durante um período de treinamento intensificado. Vinte e um indivíduos adultos do sexo masculino, treinados e saudáveis, passaram por um protocolo de treinamento de 11 dias com recuperação limitada entre as sessões de exercício. Os voluntários foram alocados no grupo de recuperação por imersão em água fria ou controle, pelo teste de desempenho e idade. O treinamento foi dividido em 2 blocos de 5 dias de treinamento diário com 1 dia de recuperação entre eles e incremento da intensidade de treinamento no 2º bloco. Após cada sessão diária de exercício os indivíduos do grupo IAF passaram por recuperação por imersão dos membros inferiores em água fria (10ºC, 15 min). Indicadores fisiológicos de recuperação foram monitorados de forma contínua durante o período de treinamento. Amostras de sangue foram coletadas por punção venosa na primeira e última sessões de treinamento para avaliação de marcadores de dano muscular, perfil leucocitário e função dos neutrófilos. O período de treinamento intensificado levou ao aparecimento de sinais de overreaching, incluindo resposta autonômica e metabólica prejudicadas ao exercício. A recuperação por IAF atuou de forma ambígua sobre indicadores fisiológicos de recuperação. A IAF retardou a queda da frequência cardíaca durante a realização do 3° e 4° dias do treinamento, atenuou a queda do desempenho do 2° dia de treino e do aumento dos marcadores de dano muscular de forma aguda e diminuiu a dor percebida dos membros inferiores e, também, melhorou a resposta autonômica cardíaca ao fim do treinamento. No entanto, a IAF prejudicou a qualidade de sono e não alterou a fadiga percebida e, no decorrer do treinamento intensificado, não contribuiu para a manutenção ou melhora do desempenho físico. Por fim, o treinamento intensificado levou, inicialmente, à supressão temporária da função dos neutrófilos, e ao final do período de treinamento observamos respostas destas células relacionadas ao feedback positivo para reparo/regeneração do tecido muscular exercitado. De forma negativa, a IAF promoveu atraso na ativação dos neutrófilos em resposta ao treinamento. Apesar de alguns efeitos positivos, os efeitos limitados e/ou desfavoráveis da IAF no desempenho, na qualidade do sono e na resposta dos neutrófilos ao exercício sinalizam a necessidade de cuidado no uso diário deste método de recuperação para atletas durante o período de treinamento intensificado.Item Efeito da recuperação por imersão em água, a diferentes temperaturas, sobre o desempenho físico após uma sessão de exercício prolongado(UFVJM, 2012) Paula, Fabrício de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Coimbra, Cândido Celso; Vieira, Etel Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Moreira, Christiano Antônio Machado; Lacerda, Ana Cristina RodriguesAtletas de várias modalidades desportivas realizam mais de uma sessão de treinamento por dia. Diversas estratégias têm sido utilizadas com o intuito de acelerar a recuperação pós-exercício. Embora a imersão em água seja uma estratégia comum entre os atletas, a sua eficácia na aceleração da recuperação ainda não está estabelecida, e os efeitos da temperatura da água na imersão sobre o desempenho não são claros. Sendo assim, este estudo avaliou os efeitos da recuperação passiva por imersão em água, em diferentes temperaturas, sobre o desempenho após uma sessão de exercício. Nove homens, jovens, fisicamente ativos, participaram de quatro sessões experimentais randomizadas compostas por exercício excêntrico (3 x 10 repetições a 100% de uma repetição máxima) e 90 minutos de corrida em esteira rolante a 70% do pico de consumo de oxigênio. Em seguida, os voluntários recuperaram durante 45 minutos, distribuídos em 15 minutos de imersão em água a 15, 28 ou 38°C sentados e 30 minutos deitados em repouso a temperatura ambiente (20 ± 2° C). Na sessão controle (CON), durante a recuperação, os voluntários permaneceram sentados durante 15 minutos à temperatura ambiente. Quatro horas após o final do exercício experimental, os voluntários foram submetidos à corrida de intensidade autorregulada máxima de 5 km seguido do teste de Wingate para avaliar o desempenho físico. A temperatura retal (Tret), a frequência cardíaca (FC) e sua variabilidade (VFC) foram medidas ao longo de toda a sessão. O consumo excessivo de oxigênio pós-exercício (EPOC) foi medido durante a recuperação. Os marcadores do dano muscular, creatina quinase (CK) e aspartato amino transferase (AST) e a contagem de leucócitos totais foram medidas antes e após o exercício, após imersão, antes e após o desempenho, e 24 horas após o exercício experimental. A velocidade média na corrida de intensidade autorregulada máxima de 5 km e a potência pico relativano teste de Wingate não foram diferentes entre as condições experimentais. A imersão em água a 15°C reduziu a Tret, a FC e os índices de VFC a valores de repouso, após a recuperação. O EPOC foi maior na imersão em água a 15°C e a 28°C. Durante a corrida de intensidade autorregulada de 5 km e do teste Wingate, a Tret e a FC não foram diferentes entre as condições experimentais. A sessão de exercício experimental induziu dano muscular e leucocitose. Entretanto, não houve diferença nos níveis séricos de CK, AST e no número de leucócitos totais entre as condições experimentais. A recuperação por imersão em água,a diferentes temperaturas, não foi efetiva em modificar o desempenho físico 4 horas após uma sessão de exercício prolongado.Item O efeito do treinamento intervalado de alta intensidade em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em indivíduos obesos(UFVJM, 2016) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Trigueiro; Vieira, Etel Rocha; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Vieira, Etel Rocha; Peixoto, Marco Fabricio Dias; Soares, Danusa Dias; Wanner, Samuel Penna; Cordeiro, Letícia Maria de SouzaO excesso de gordura corporal característico da obesidade está relacionado a diversas alterações metabólicas, que incluem a resistência à insulina. Dentre as medidas não farmacológicas empregadas para a melhora da sensibilidade à insulina está o treinamento físico aeróbio, como o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, do inglês high intensity interval training). Sendo assim, esse estudo avaliou os efeitos do HIIT em componentes bioquímicos, celulares e moleculares relacionados à resistência à insulina em obesos. Indivíduos obesos sensíveis (n=9) e resistentes à insulina (n=8) foram submetidos a 8 semanas de HIIT, em cicloergômetro, realizado 3 vezes por semana, com intensidade e volume progressivos (8 a 12 estímulos; 80 a 110% da potência máxima). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após o programa de HIIT. Após o programa de treinamento houve aumento da sensibilidade à insulina nos obesos resistentes à insulina, mas não houve redução da massa de gordura. A concentração de citocinas no soro, o estresse oxidativo sistêmico e frequência das células imunes não foram modificadas após o treinamento. No músculo esquelético, o HIIT promoveu aumento da fosforilação do substrato do receptor de insulina (IRS) (Tyr612), da Akt (Ser473) e da proteína quinase dependente de cálcio/calmodulina (CAMKII) (Thr286), e aumento do conteúdo da β-hidroxiacil-CoA desidrogenase (β-HAD) e citocromo C oxidase (COX-IV). Houve ainda, redução da fosforilação da quinase regulada por sinal extracelular (ERK1/2) nos obesos resistentes à insulina. Concluímos que 8 semanas de HIIT promoveram melhora da sensibilidade à insulina, modificou componentes da via de sinalização da insulina e do metabolismo oxidativo no músculo esquelético. Essas alterações ocorreram independentes de mudanças na gordura corporal total e de parâmetros inflamatórios sistêmicos.Item Efeitos da restrição calórica desde o nascimento sobre o coração de ratos adultos(UFVJM, 2013) Melo, Dirceu de Sousa; Peixoto, Marco Fabrício Dias; Guatimosim, Sílvia Carolina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cruz, Jader dos Santos; Amorim, Fabiano TrigueiroEvidências recentes sugerem que a restrição calórica intensa (RCI) (>40%) exerce efeitos benéficos sobre o coração de ratos. No entanto, a maioria destes estudos avaliaram os efeitos da RCI em corações de ratos que iniciaram esta restrição já na idade adulta. Neste trabalho, investigamos as conseqüências de uma restrição calórica de 50% desde o nascimento sobre a função e morfologia cardíaca de ratos adultos e avaliamos os possíveis mecanismos envolvidos nestas adaptações. Desde o nascimento até a idade de 90 dias ratos RC50 tiveram sua alimentação restrita a 50% do consumo do grupo ad libitum (AL). Durante o período de 90 dias os animais tiveram sua ingestão alimentar, peso corporal e pressão arterial monitorados. Após este período, foi realizado um teste de capacidade aeróbica máxima para avaliar indiretamente a função cardiovascular global. Quarenta e oito horas após este teste os animais foram eutanasiados, o sangue foi coletado para análise do hematócrito, bioquímica sérica e estresse oxidativo e o músculo sóleo retirado para análise do estresse oxidativo. A tíbia foi retirada para aferição do comprimento e fígado, baço, supra-renais, testículos e gordura viceral removidos para aferição do peso. O coração foi retirado e o índice de desenvolvimento de tensão máxima (+dT/dt) e mínima (-dT/dt) do miocárdio foram analisados pela preparação de coração isolado. Também foi realizada análise do estresse oxidativo cardíaco e o diâmetro, número e densidade de cardiomiócitos, assim como os níveis de fibrose cardíaca foram obtidos através da análise histológica. Miócitos ventriculares foram isolados para avaliação do transiente de Ca2+ em microscopia confocal e os níveis de fosforilação da Akt e expressão da SERCA2 foram avaliados pela técnica de Western blot. Comparado ao grupo AL, os animais RC50 apresentaram menor peso corporal e de órgãos, menor comprimento da tíbia, menor glicemia, maior colesterol HDL, menor pressão arterial, menor estresse oxidativo cardíaco, maior desempenho aeróbio e da função cardíaca, como mostrado pelo aumento ±dT/dt. Apesar do menor diâmetro dos cardiomiócitos, ratos RC50 apresentaram aumento na relação coração/peso corporal, aumento do número e densidade dos cardiomiócitos, e níveis semelhantes de fibrose cardíaca em comparação aos animais AL. Os níveis de fosforilação da Akt foram superiores nos cardiomiócitos dos animais RC50 e não houve diferenças significativas no transiente de Ca2+ e na expressão de SERCA2 entre os cardiomiócitos dos animais RC50 e AL. Em conjunto, estas observações revelaram efeitos positivos de uma RCI de 50% desde o nascimento sobre a função, estrutura cardíaca e vias de sinalização da sobrevivência de cardiomiócitos em ratos adultos.Item Efeitos da terapia com fotobiomodulação sobre a via de sinalização da insulina e mecanismos subjacentes, nas células musculoesqueléticas, em modelos de obesidade in vivo e in vitro(UFVJM, 2022) Silva, Gabriela; Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Magalhães, Flávio de Castro; Amorim, Fabiano Trigueiro; Rocha Vieira, Etel; Branco, Renato Chaves Souto; Fernandes, Kristianne Porta SantosA epidemia global da obesidade é um problema crescente e diversas doenças estão associadas a ela, como o diabetes mellitus do tipo 2 (DM2). O DM2 é caracterizado por resistência à insulina (RI). Em estudos anteriores observamos que a fotobiomodulação (PBM - photobiomodulation) melhorou a sinalização da insulina em adipócitos de camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Diante disso, o objetivo deste estudo foi investigar se a PBM também melhora a sinalização da insulina em células musculoesqueléticas e os mecanismos envolvidos. No primeiro experimento, camundongos (Swiss albino) machos receberam dieta controle pobre em gordura (LFC - low-fat control) ou dieta rica em gordura (HFD - high-fat diet) por 12 semanas. Da 9ª a 12ª semana, receberam tratamento SHAM ou PBM (630 ± 20 nm; 780 mW/cm²; 31,2 J/cm²; 60 J) sendo subdivididos em: LFC-SHAM (n = 8), LFC-PBM (n = 8), HFD-SHAM (n = 9) e HFD-PBM (n = 9). A PBM foi aplicada em 5 pontos: centro do abdômen e membros superiores e inferiores, 1 vez ao dia, 5 dias por semana, durante 4 semanas. A PBM reverteu a deficiência da fosforilação da proteína quinase B (PKB/Akt) na serina 473 (ser473) e inibiu o aumento do conteúdo de β-L-hidroxiacil-CoA desidrogenase (HADH) e de mitofusina-2, induzidos pela HFD no quadríceps. No segundo experimento, mioblastos de camundongos (C2C12), após diferenciação, foram cultivados em meio high glucose apenas, controle (CTRL), ou contendo ácido palmítico (PAL), oleato de sódio e L-carnitina para indução da RI. Depois, receberam tratamento SHAM ou PBM (660 e 850 nm; 9,16 e 19,71 mW/cm²; 2 ou 4 ou 8 J/cm²; 24,4 ou 52,4 ou 76,8 J) aplicado 1 vez. A PBM, nas doses de 4 ou 8 J/cm², reverteu a deficiência da fosforilação da Akt (ser473) e da atividade máxima da citrato sintase e o aumento da fosforilação da c-Jun NH(2) terminal quinase (JNK) (thr183/tyr185), induzidos pelo ácido palmítico. Além disso, nas doses de 2, 4 ou 8 J/cm², a PBM reverteu o aumento do conteúdo de mitofusina-2 e da atividade da superóxido dismutase (SOD), induzidos pelo ácido palmítico. Em conclusão, a PBM melhorou a sinalização da insulina nas células musculoesqueléticas, in vivo e in vitro, e esse efeito parece envolver a modulação do estado redox e da função mitocondrial, além da atenuação da ativação de quinases de estresse.Item Efeitos de uma sessão de exercício físico aeróbico em componentes celulares e moleculares relacionados à resistência a insulina em indivíduos obesos(UFVJM, 2012) Matos, Mariana Aguiar de; Amorim, Fabiano Triguerino; Coimbra, Cândido Celso; Rocha-Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amorim, Fabiano Trigueiro; Coimbra, Cândido Celso; Rocha-Vieira, Etel; Soares, Danusa Dias; Santos, Sérgio Henrique SousaA maior quantidade de ácidos graxos livres e de citocinas pró-inflamatórias plasmática presentes na obesidade, podem desencadear a resistência a insulina, dentre outros fatores, pela fosforilação inibitória do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1), via ativação de quinases relacionadas ao estresse, como a quinase C-jun N-terminal (JNK). Em obesos, a resistência a insulina correlaciona-se com alterações do sistema imune, e com a baixa expressão da proteína de choque térmico de 72kDa (Hsp72) e aumento da ativação da JNK no músculo esquelético. Considerando que o exercício físico aeróbico promove melhora da sensibilidade a insulina e tem um efeito anti-inflamatório. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de uma sessão de exercício físico aeróbico na expressão da HSP70, ativação da JNK e fosforilação do IRS-1 no resíduo de serina 612 (IRS-1 ser612) no músculo esquelético de obesos. Além disso, foi avaliada a frequência dos linfócitos T auxiliares (CD4+) e citolíticos (CD8+) e das subpopulações de monócitos clássicos (CD14++CD16-), intermediários (CD14++CD16+) e não clássicos (CD14+CD16++). Os participantes do estudo (n=27) foram alocados em três grupos experimentais (eutróficos sensíveis a insulina, obesos sensíveis a insulina, obesos resistentes a insulina) de acordo com a classificação do estado nutricional, de acordo com o índice de massa corporal e presença ou não de resistência a insulina, definida pelo modelo de avaliação da homeostase (HOMA1-IR). Amostras de sangue venoso e do músculo vasto lateral foram obtidas antes e após uma sessão de exercício físico aeróbico realizado a 60% do VO2pico,em cicloergômetro, com duração de 60 minutos. Para avaliar a frequência das diferentes populações de monócitos e linfócitos T circulantes utilizou-se a citometria de fluxo. As análises da expressão da HSP70, ativação da JNK e fosforilação do IRS-1 ser612 no músculo esquelético foram feitas pelo procedimento de western blot. Nossos resultados demonstraram que obesos resistentes a insulina apresentam uma maior frequência de monócitos intermediários e maior fosforilação do IRS-1 ser612 comparado aos eutróficos, maior ativação da JNK e menor expressão da HSP70 em relação aos demais grupos. Após 1 hora do término da sessão de exercício aeróbico houve redução da frequência dos monócitos intermediários (CD14++CD16+) e dos linfócitos auxiliares (TCD4+) circulantes. Adicionalmente, a sessão de exercício induziu no músculo esquelético maior expressão da HSP70, redução da fosforilação do IRS-1 ser612 nos grupos de indivíduos obesos e menor atividade da JNK nos obesos resistentes a insulina. Conclui-se que uma sessão de exercício aeróbico promove alterações que caracterizam redução da inflamação e/ou estresse celular, que podem contribuir para a modulação da sensibilidade a insulina promovida pelo exercício físico.Item Influência da vibração de todo o corpo sobre os parâmetros mecânicos, fisiológicos e desempenho físico em homens fisicamente ativos(UFVJM, 2013) Avelar, Núbia Carelli Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Coimbra, Cândido Celso; Universidade Fedaral dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Garcia, Emerson Silami; Francischi, Janetti Nogueira; Batista, Mauro Alexandre Benites; Amorim, Fabiano TrigueiroIntrodução: Recentemente, a vibração de todo o corpo (VTC) tem sido um método de exercício físico utilizado para aumentar o desempenho físico-funcional. No entanto, os mecanismos relacionados aos efeitos produzidos por essa modalidade de exercício ainda não tem sido completamente investigados. Objetivos: Os objetivos desse estudo foram definir o protocolo de VTC capaz de aumentar o desempenho muscular em jovens fisicamente ativos (estudos 1 e 2) e investigar possíveis mecanismos fisiológicos da VTC sobre o desempenho físico (estudos 3, 4 e 5). Metodologia: No estudo 1 foi avaliada a influência de diferentes ângulos de flexão dos joelhos (60 e 90º) e da VTC na ativação muscular do vasto lateral (VL) e na transmissibilidade do estímulo vibratório para propor o melhor posicionamento corporal durante o exercício. Nesse estudo, 34 jovens fisicamente ativos tiveram a atividade eletromiográfica (EMG) do músculo VL do membro dominante e a aceleração nas articulações dos joelhos e quadril avaliadas durante exercício de agachamento (AG) a 60º e 90º de flexão de joelhos associada ou não a VTC (30 Hz, 4 mm). No estudo 2 foi proposta a avaliação da curva dose-resposta do estímulo vibratório (aceleração) sobre o desempenho muscular dos membros inferiores e superiores. Para isto, nove homens fisicamente ativos foram submetidos a cinco condições experimentais: 1) AG sem VTC; 2) AG/VTC [20 Hz, 2 mm: 31,55 m.s-2]; 3) AG/VTC [45 Hz, 2 mm: 159,73 m.s-2]; 4) AG/VTC [45 Hz, 4 mm: 319,45 m.s-2]; e 5) AG/VTC [60 Hz, 4 mm: 567,91 m.s-2]. Antes e após os procedimentos experimentais o desempenho muscular foi avaliado pelo teste do salto vertical (SV), força de preensão palmar e desempenho anaeróbio pelo teste Wingate (TW). O objetivo do estudo 3 foi comparar os efeitos do aquecimento passivo (AP), da VTC e controle (C) sobre o desempenho de alta intensidade e curta duração (DAICD). Seis homens fisicamente ativos realizaram um teste de 30 segundos de sprint após uma das três condições experimentais: 1) VTC: que consistiu em 5 minutos de AG associados à VTC (45 Hz, 2 mm), 2) AP: que consistiu de 30 minutos de AP usando uma manta térmica sobre as coxas e as pernas (35 W) e 3) C: que foi constituído por 30 minutos de repouso sem aquecimento. A excitabilidade muscular do VL, avaliada pela EMG, foi determinada em repouso e durante o DAICD. As concentrações sanguíneas de lactato (LACT), avaliadas por espectroscopia, e a temperatura muscular (TM) da coxa, estimada indiretamente medindo a temperatura da pele, foram determinadas nos seguintes momentos: antes, imediatamente após as condições experimentais e 3 minutos após o sprint de 30 segundos. O estudo 4 foi desenhado para avaliar o efeito agudo de diferentes intensidades de VTC no desempenho muscular e relacioná-los com fatores intramusculares. Oito homens fisicamente ativos foram aleatoriamente submetidos a uma das três condições experimentais: (1) VTC 2 mm [45 Hz e 2 mm], (2) VTC 4 mm [45 Hz e 4 mm] e (3) sem VTC. Para avaliar a PAP, o torque concêntrico dos flexores e extensores de joelho foi medido durante três flexo-extensões unilaterais de joelho a 60º.s-1 em um dinamômetro isocinético. A potência e a altura do SV também foram avaliadas. Estas medidas foram realizadas antes e após as condições experimentais. O objetivo do estudo 5 foi determinar os efeitos da adição da VTC aos exercícios de AG na ativação cerebral, avaliada pelo eletroencefalografia (EEG). Sete homens fisicamente ativos foram submetidos de forma aleatória a uma das três condições experimentais: a) exercícios de AG/VTC 45 Hz/2 mm; B) AG/VTC 45 Hz/4 mm e C) AG sem VTC. Para avaliar os efeitos da VTC na ativação EEG, os voluntários foram submetidos a um período de oito minutos em estado de repouso (olhos fechados) antes e 3 minutos após as condições experimentais. Resultados: Os principais achados do estudo 1 foram que (1) 90º de flexão dos joelhos produziu maior atividade EMG que 60º (p <0,001), sem diferença na transmissibilidade aceleração, (2) em ambos os ângulos de flexão do joelho, a adição de VTC não produziu diferenças significativas na EMG, mas com maiores valores de aceleração em relação ao AG realizado sem a VTC (p <0,001). O estudo 2 demonstrou que há uma faixa de aceleração de VTC mais apropriada para promover melhor desempenho muscular dos membros inferiores [159,45 m.s-2 - 319,45 m.s-2]. No entanto, estes estímulos aplicados sob os pés não parecem melhorar a força de preensão palmar. No estudo 3 observou-se que o pico de potência, a potência relativa, o trabalho relativo, o tempo para a potência pico e a cadência no ciclismo foram significativamente mais elevados durante a VTC comparado com o C. A TM foi significativamente maior no AP comparado com a VTC e C antes do teste de desempenho. Não foram observadas diferenças significativas entre as condições experimentais para LACT imediatamente após o sprint e na EMG durante o sprint. O estudo 4 demonstrou que a VTC aumentou o pico de torque para os músculos flexores de joelhos. Além disso, a potência e a altura do SV também foram aumentadas pela VTC. O estudo 5 demonstrou que houve uma diminuição significativa da potência absoluta na banda Alfa durante a VTC com exercícios de AG (45 Hz/2 mm e 45 Hz/4 mm) em comparação com a situação C nos seguintes eletrodos: F7 (p: 0,03, tamanho do efeito: 0,750, poder: 0,708) e F8 (p: 0,01, tamanho do efeito: 0,838, poder: 0,909). Conclusões: Os resultados dos estudos supracitados indicam que o protocolo de VTC associado ao AG a 90º de flexão dos joelhos, nos parâmetros de VTC de 45 Hz/2-4 mm (159,45 - 319,45 m.s-2), aumentou a altura e a potência do SV, bem como o desempenho anaeróbio dos membros inferiores, sem alterações na força de preensão. Os possíveis mecanismos relacionados com aumento no desempenho muscular dos membros inferiores seriam fatores intramusculares e envolvimento de componentes centrais (ativação eletroencefalográfica), sem modificações no metabolismo anaeróbio lático, na temperatura muscular e na atividade eletromiográfica.