Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/45cf571d-bf6d-42be-abd3-552d790ec7a4

PPGREAB - Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional

Browse

Search Results

Now showing 1 - 8 of 8
  • Item
    Avaliação funcional e reabilitação do paciente com hanseníase: uma revisão
    (UFVJM, 2023) Dias, Kelha Márcia Muniz; Costa, Henrique Silveira; Ribeiro, Gabriela de Cássia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Alcantara, Marcus Alessandro de; Barroso, Heloisa Helena
    Introdução: A hanseníase ainda configura-se como um importante desafio para a saúde pública em diversos países, considerando o seu potencial em provocar incapacidades físicas. Com a evolução da doença, o paciente pode apresentar limitações em seu convívio social, no trabalho, e até mesmo problemas psicológicos em decorrência do estigma, da discriminação social do medo que sente do que possa vir a sofrer. O diagnóstico e o manejo clínico da hanseníase permanecem desafiadores, principalmente pela falta de conhecimento e de tecnologias sensíveis e acessíveis para diagnóstico. A doença também apresenta potencial impacto na funcionalidade dos pacientes, podendo levar às deformidades. Dessa forma é necessário reportar os aspectos funcionais da avaliação do paciente assim como estratégias de reabilitação. Objetivo: Verificar os achados acerca da avaliação e manejo funcional da hanseníase. Métodos: Trata-se de uma revisão narrativa baseada na busca eletrônica nas bases de dados MEDLINE, CINAHL, Web of Science, Scopus, LILACS, Embase e documentos oficiais do Ministério da Saúde. Os descritores utilizados como estratégia de busca nas bases de dados serão relacionados a (“Leprosy” OR “Hansen Disease” OR “Hansen´s Disease”) AND (“Physical Therapy Modalities” OR “Physical Therapy Techniques” OR “Physical Therapies” OR “Group Physiotherapies” OR “Neurophysiotherapy”) OR (“Rehabilitation” OR “Exercise Therapy”), sendo alterados de acordo com cada base de dados. Resultados: A avaliação funcional do paciente com hanseníase deve ser baseada na avaliação da sensibilidade, na avaliação neurológica, força muscular, amplitude de movimento, da marcha, incapacidade e qualidade de vida relacionada à saúde. A reabilitação deve focar no autocuidado, facilitação neuromuscular proprioceptiva e mobilização neural. Orientações domiciliares também se mostraram eficazes. Conclusão: A avaliação funcional e reabilitação dos pacientes com hanseníase é complexa e deve ser realizada antes das deformidades.
  • Thumbnail Image
    Item
    Autoeficácia e espiritualidade em indivíduos com lesão medular atendidos em centro de referência em reabilitação neurofuncional
    (UFVJM, 2023) Isabel, Wederson Santos; Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Bastone, Alessandra de Carvalho; Melo, Clayton Lima
    A lesão medular (LM) está entre as síndromes incapacitantes de maior impacto na vida das pesssoas e de suas famílias. A autoeficácia em pacientes com LM pode promover comportamentos de vida diária que beneficiam uma autorregulação para manutenção da saúde. Aliada a autoeficácia, a espiritualidade é um atributo que se associa ao enfrentamento e à adapatação de indivíduos após uma LM. No contexto de reabilitação, a autoeficácia e a espiritualidade tornam-se condicionantes valiosas a serem entendidas e avaliadas. O objetivo deste estudo foi avaliar a autoeficácia e a espiritualidade em pessoas com LM atendidas em um centro de neurorreabilitação de referência; verificar se há correlação entre a autoeficácia e a espiritualidade e a influência de características sociodemográficas e de saúde sobre essas variáveis. Estudo transversal descritivo, com amostra de conveniência. Foram entrevistados 68 indivíduos adultos, de ambos os sexos, com LM traumática e não traumática. Foram aplicados os instrumentos: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF); Moorongg Self-Efficay (MSES – Escala de Autoeficácia); Funcional Assessment of Chronic Illnes Therapy-Spiritual Well-Being Scale (FACIT-sp 12 – Escala de Bem-estar Espiritual) e um Questionário Semiestruturado com dados sociodemográficos e de condições de saúde. Foi realizada análise descritiva e inferencial das variáveis. O Teste Kolmogorov- Smirnov foi utilizado para verificar a normalidade dos dados; o coeficiente de correlação de Pearson para as análises de correlação e o teste T para amostras independentes e ANOVA para verificar a diferença da autoeficácia e espiritualidade entre grupos, de acordo com as variáveis sociodemográficas e de saúde (p < 0, 05). A amostra foi predominantemente do sexo masculino (68,7%) com paraplegia (66,2%) e idade média de 40,2 + 15,3 anos. A crença em alguma religião foi encontrada em 100% dos indivíduos, 53,0% católicos, 28,0% evangélicos e 19,0% outras religiões. Sobre a funcionalidade, o escore médio encontrado na MIF (motor) foi de 61,7 + 20,0. A amostra apresentou boa autoeficácia (85,7 + 13,1) e bem-estar espiritual (33,8 + 4,5). Houve correlação significativa entre a autoeficácia e o bem-estar espiritual (r = 0,479 p < 0,01) e entre a autoficácia e a independência funcional (r = 0,602 p < 0,01). Houve correlação significativa do bem-estar espiritual com a funcionalidade, entretanto mais fraca (r = 0, 287 p = 0,02). O bem-estar espiritual e autoeficácia dos indivíduos com paraplegia (34,24 + 4,1 e 87,7 + 8,8, respectivamente) não diferiu (p > 0,05) dos indivíduos com tetraplegia (32,9 + 5,2 e 81,7 + 18,5, respectivamente). De acordo com a classificação de deficiência da ASIA, apenas a autoeficácia diferiu (p =0,007) entre os indivíduos classificados como A (79,2 + 16,1) dos D (93,1 + 7,7). Sexo, idade, escolaridade, raça, estado civil, renda, filhos, dor e atividade física não influenciaram a autoeficácia e o bem-estar espiritual (p > 0,05). Os indivíduos que trabalham e estudam apresentaram maior autoeficácia (p = 0,04) e os que possuiam cuidadores apresentaram menor autoeficácia (p < 0,01) e bem-estar espiritual (p = 0,01). A população estudada apresentou boa autoeficácia e espiritualidade, atributos importantes para lidar com as consequências de uma LM.
  • Thumbnail Image
    Item
    O cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com lesão medular
    (UFVJM, 2022) Silva, Danúbia Michelle Ferreira da; Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Santos, Juliana Nunes; Costa, Rafaella Ferreira Avelar
    A lesão medular (LM) traumática ocasiona de forma súbita vários transtornos ao indivíduo acometido e seus familiares. O intestino neurogênico é citado como uma das mais incomodativas complicações associadas à lesão. O quadro predispõe a alterações peristálticas e do controle fecal, favorecendo a constipação e a depender da condição, a incontinência intestinal. Dados sobre as práticas intestinais após a LM e sua interferência sobre a participação social são importantes para intervenções no processo de reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a função e o cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com LM atendidos em um centro de neurorreabilitação de referência. Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo. Foram entrevistados 61 indivíduos adultos com LM traumática em nível cérvico-torácico. Na entrevista foram aplicados os instrumentos: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), Escala de Bristol de Consistência de Fezes (EBCF), Questionário sobre dados demográficos, cuidados/dificuldades e complicações intestinais, elaborado pela pesquisadora, a Escala de Medida de Independência da Medula Espinhal na versão III (SCIM III) e o Questionário na versão curta da Avaliação de Saúde e Deficiência - World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Foi ainda realizada consulta ao prontuário para extrair dados relacionados ao tempo, nível e causa da LM, sexo e idade. Realizou-se uma análise descritiva das variáveis com valores expressos em média, desvio padrão e frequência relativa. Para análise inferencial foi utilizado o Teste Kolmogorov- Smirnov para verificar a normalidade dos dados; o coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para a análise da correlação entre a funcionalidade do intestino e a participação social; o teste T foi utilizado para verificar possíveis diferenças na função intestinal e participação social entre os indivíduos paraplégicos e tetraplégicos. As diferenças foram consideradas significativas em p < 0,05. Da totalidade, 57,4% apresentavam lesão completa, 44,2% tetraplegia e 55,8% paraplegia. Houve predomínio do sexo masculino (72,1%) com idade média de 37,2 + 13,6 anos. A estimulação intestinal foi informada por 83,6% dos participantes, sendo que 68,8% realizavam massagem abdominal e 40,9% citaram a realização do toque dígito anal, 42,7% apresentavam frequência de evacuação diária e 47,4% com trânsito intestinal adequado (EBCF). Houve moderada correlação (p < 0,05) entre a participação social e o uso e a transferência para o vaso sanitário. O controle esfincteriano apresentou fraca correlação quando relacionado à participação social. Os participantes tetraplégicos apresentaram maiores limitações de atividade e restrições de participação (WHODAS 2.0: 37,9 ± 8,8) em relação aos participantes paraplégicos (WHODAS 2.0: 32,4 ± 7,7) (p = 0,012). Da mesma forma, os participantes tetraplégicos apresentaram piores escores para SCIM III – domínio respiração e controle de esfíncter (21,4 ± 7,8) e MIF motor (39,3 ± 19,7) que os participantes paraplégicos, respectivamente, 30,2 ± 4,8 e 64,7 ± 11,7. Os achados indicam que apesar da participação social estar associada ao manejo do intestino neurogênico, a relação é mais forte quando analisada sob a ótica motora do processo, em detrimento à continência em si.
  • Thumbnail Image
    Item
    Caracterização do processo avaliativo para reabilitação e prevenção de lesões esportivas de fisioterapeutas brasileiros
    (UFVJM, 2022) Reis, Natália Alexandre de Melo Andrade; Mendonça, Luciana De Michelis; Bittencourt, Natália Franco Netto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana De Michelis; Alcântara, Marcus Alessandro de; Macedo, Christiane de Souza Guerino
    Os princípios fundamentais dos métodos de avaliação empregados na prática clínica se baseiam em uma série de fatores para construção do processo avaliativo, desde a formação desses profissionais, pelo conhecimento teórico-prático, até a abordagem propriamente dita dessas lesões. A proposta do presente estudo foi investigar a organização do processo avaliativo fisioterapêutico atual, tanto no processo preventivo como para reabilitação de lesões esportivas. Fisioterapeutas que atuam no esporte no Brasil foram contactados por intermédio das plataformas digitais, para o preenchimento de um questionário eletrônico, no qual 237 foram incluídos para as análises finais. Destes, 65,4% não são sócios SONAFE, 69,6% trabalham em clínicas privadas, com mais de 7 anos de experiência clínica. Dos profissionais que se formaram após a implementação da CIF, 37% utilizam o modelo biopsicossocial na sua atuação clínica. Uma taxa de 95,4% realizam avaliações preventivas, 98,7% para reabilitação e 95,4% dos profissionais reavaliam seus clientes. Porém, 36,3% apresentam dificuldades em manter-se atualizado e 27% têm limitações quanto a registrar todos os dados da avaliação, sendo que, 47,7% ainda utilizam avaliações manuscritas no papel. Essa pesquisa contribui para que os fisioterapeutas esportivos averiguem as suas estratégias avaliativas, mas também evidencia que uma grande parcela destes, ainda necessitam de aperfeiçoamento do conhecimento sobre esse processo avaliativo.
  • Thumbnail Image
    Item
    Validação de conteúdo da Caderneta de Orientação e Acompanhamento Pós Acidente Vascular Cerebral (COAP-AVC)
    (UFVJM, 2022) Vasconcelos, Bruna Fonseca; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Santos, Juliana Nunes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Santos, Ana Paula; Schetino, Luana Pereira Leite
    Introdução: A validação de conteúdo verifica se a extensão de cada item de um material educativo atinge o interesse que ele se propõe e analisa a adequação do seu conteúdo, sendo realizada pelo julgamento de profissionais experientes na área. Objetivo: Realizar a validação do conteúdo da Caderneta de Orientação e Acompanhamento Pós-Acidente Vascular Cerebral. Metodologia: Desenvolvimento metodológico com abordagem quanti-qualitativa utilizando o Método Delphi e Análise de Conteúdo. A seleção e o contato com os juízes foram realizados por meio da Plataforma Lattes, com o envio do Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde. Foi utilizado o Índice de Validade de Conteúdo para atestar a concordância das respostas, com valor esperado acima de 0,90. Resultados: Foram realizadas duas rodadas do método Delphi, com participação de 14 enfermeiros, dos quais 64,3% tem experiência com AVC, 35,7% na atenção primária e 64,3% em produção de material educativo. O índice de concordância acima foi atingido na segunda rodada com média de 0,97. A análise de conteúdo identificou 5 categorias finais em que foram estratificadas as sugestões dos juízes: conformação, objetividade, precisão e percepção do material. Conclusão: A caderneta teve seu conteúdo validado por juízes especialistas quanto ao objetivo, estrutura/apresentação e relevância. A validação levantou aspectos importantes quanto à conformação, objetividade, precisão e percepção do material, que foram considerados para a produção da versão final do material educativo.
  • Thumbnail Image
    Item
    Validação da Escala de Participação Social (P-scale) em adultos com lesão medular
    (UFVJM, 2021) Espindula, Patrícia Avelar Viana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Cunha, Naira Beatriz Favoretto
    A lesão medular (LM) interfere na qualidade de vida e no potencial funcional do indivíduo, predispondo a incapacidade e a restrição na participação. Participação refere-se ao fenômeno de desempenhar um papel na sociedade ou tomar parte em atividades nas áreas sociais, econômicas, cívicas, interpessoais, domésticas e educacionais. Dados sobre participação são necessários para avaliações e intervenções na reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade e a validade de constructo da versão 6.0 da Escala de Participação Social (Pscale) em adultos com LM; correlacionando essa escala com funcionalidade, depressão e acessibilidade arquitetônica. Estudo metodológico do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal. Foram realizadas duas entrevistas com 100 indivíduos adultos com LM, em um centro de referência em reabilitação, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de janeiro/2021 a março/2021. Na primeira entrevista foram aplicados: questionário sociodemográfico e de saúde, P-scale, Medida de Independência Funcional (MIF), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Questionário de Percepção de Acessibilidade (QPA). No intervalo de dez a quatorze dias após, a P-scale foi readministrada. A normalidade na distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Para análise de teste de hipótese foi utilizado o Rho de Spearman para avaliar as correlações entre os diferentes construtos e para investigar as diferenças entre os grupos o teste U de Mann-Whitney. A confiabilidade foi calculada usando o coeficiente intraclasse (ICC) e a consistência interna pelo alfa de Cronbach. A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com nível de significância de 5%. A idade média dos participantes foi de 38,9 + 12,80 anos, a maioria era homem (74%) e as lesões traumáticas foram mais frequentes (72%). O escore médio da P-scale foi de 38,10 + 20,87. A P-scale apresentou uma correlação de fraca a moderada com o domínio motor da MIF (rs = - 0,280) e de moderada a boa com o domínio cognitivo da MIF (rs = - 0,520), sintomatologia depressiva (rs = 0,610), deslocamentos (rs = - 0,620) e domínio psicoafetivo de acessibilidade (rs = 0,530). A média dos escores obtidos na P-scale nos grupos com e sem sintomatologia depressiva (p = 0,001), dor neuropática (p = 0,033) e dependência funcional (p = 0,001) apresentaram diferença significativa. A média dos escores da P-scale nos grupos de indivíduos com paraplegia e com tetraplegia não diferiu. A P-scale mostrou adequada consistência interna (alfa de Cronbach = 0,873) e excelente confiabilidade teste-reteste (ICC2,1=0,992; 95%). Nossos achados suportam o uso da P-scale para avaliar a participação social de indivíduos adultos com LM na prática clínica e na pesquisa.
  • Thumbnail Image
    Item
    Eficácia do fortalecimento do quadril na intensidade da dor, incapacidade e força em condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e membros inferiores: uma revisão sistemática com meta-análise
    (UFVJM, 2021) Silva, Angélica de Fátima; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Oliveira, Vinícius Cunha de; Santos, Jonatas Ferreira da Silva; Resende, Renan Alves
    O exercício de fortalecimento do quadril é frequentemente recomendado na prática clínica para garantir estabilidade articular e melhores padrões de movimento em muitas condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e dos membros inferiores. Entretanto, a eficácia do fortalecimento do quadril na intensidade da dor, incapacidade e força muscular em condições musculoesqueléticas crônicas do tronco e membros inferiores não está clara. Logo, o objetivo desse estudo foi investigar a eficácia do fortalecimento do quadril na redução da intensidade da dor e/ou incapacidade e no aumento da força muscular de quadril em condições musculoesqueléticas crônicas traumáticas e não traumáticas. Foram incluídos nesse estudo somente ensaios clínicos randomizados controlados, pesquisados nos bancos de dados MEDLINE, COCHRANE, AMED, Embase, CINAHL, SPORTDiscus e PEDro até 8 de junho de 2021, sem restrições de data e idioma. Dois revisores independentes avaliaram os estudos que incluíram o fortalecimento do quadril para pacientes com condições crônicas musculoesqueléticas do tronco ou membros inferiores na intensidade da dor, incapacidade e força muscular. Um terceiro revisor esclareceu possíveis discordâncias. A qualidade metodológica dos estudos foi verificada por meio da escala PEDro. Os modelos de efeito aleatório estimaram a diferença média (MD) e o intervalo de confiança de 95% (IC). A graduação da qualidade da evidência e força de recomendação para tomada de decisão foi avaliada usando a abordagem GRADE. Os resultados apontam que o fortalecimento do quadril isolado comparado com o grupo controle (placebo, simulação, lista de espera ou nenhuma intervenção) pode melhorar a intensidade da dor e/ou a força muscular do quadril na dor femoropatelar. Além disso, o fortalecimento do quadril adicionado a outra intervenção pode ser benéfico para melhorar a incapacidade em pacientes com dor lombar. Porém, apesar de resultados favoráveis, os estudos apresentaram baixa qualidade metodológica e o nível de evidência foi considerado como muito baixo para todas as váriáveis avaliadas (intensidade da dor, incapacidade e força muscular). O nível de evidência para intensidade da dor e incapacidade foi reduzido devido à imprecisão, inconsistência e risco de viés; enquanto o nível de evidência para força muscular foi reduzida devido à imprecisão e risco de viés. Em resumo, os nossos achados apontam o fortalecimento do quadril como uma intervenção benéfica para os desfechos avaliados. Estudos futuros com tamanho de amostra apropriado provavelmente terão impacto nas estimativas e precisam esclarecer os efeitos em médio e longo prazo.
  • Thumbnail Image
    Item
    Adaptação transcultural e análise das propriedades clinimétricas da versão brasileira da Decisional Conflict Scale
    (UFVJM, 2020) Pereira, Rogério Martins; Santos, Juliana Nunes; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Juliana Nunes; Bastone, Alessandra de Carvalho; Santos, Ana Paula; Andrade, Leonardo Tadeu de
    Introdução: O processo de tomada de decisão em saúde deve ter como eixo a decisão centrada no paciente. O Conflito Decisional nos remete à ambiguidade ou oscilação entre opções que causam estresse e dificuldade em decidir. A Decisional Conflict Scale (DCS) é o instrumento utilizado para mensurar o nível de Conflito Decisional entre os decisores. Na reabilitação de pessoas com lesão medular, as decisões perpassam por situações de conflito, principalmente naquelas relacionadas à reabilitação vesical. Auxiliar os pacientes a tomar decisões de qualidade ajudaria a obter melhores resultados no planejamento do programa de reabilitação. A DCS é um instrumento já traduzido e utilizado em várias línguas, sendo necessário a sua adaptação transcultural para o Português Brasileiro para ser utilizada. Objetivo: Realizar a adaptação transcultural e análise das propriedades psicométricas da versão brasileira da DCS. Método: A DCS foi adaptada transculturalmente para o Português do Brasil, seguindo diretrizes internacionais. Para avaliar a validade de constructo e a validade convergente do instrumento, a DCS, o Melbourne Decision Making Questionnaire e o Inventário de Depressão de Beck foram aplicados em 40 pacientes com lesão medular. Foi avaliado o Conflito Decisional frente à proposta de implementação do cateterismo vesical intermitente limpo como medida de reeducação vesical para a bexiga neuropática. A consistência interna do instrumento foi avaliada para fins de confiabilidade. Coeficientes de correlação de Spearman foram utilizados para avaliar as correlações entre o escore total e os escores das subescalas do DCS com o escore total e diferentes domínios do Melbourne Decision Making Questionnaire e com o escore total do Inventário de Depressão de Beck. Alpha de Cronbach foi calculado para a DCS e para suas subescalas. Resultados: A DCS não apresentou boa validade convergente quando comparamos os scores com os obtidos no Inventário de Depressão de Beck, mas apresentou correlação importante com o Melbourne Decision Making Questionnaire, sendo observada sua validade de constructo. O instrumento apresentou uma excelente confiabilidade com Alfa de Cronbach=0,90. Conclusão: A DCS é um instrumento robusto e possui ampla utilidade para auxiliar medir o Conflito Decisional. Implementar auxiliares de decisão em reabilitação de pacientes em lesão medular é um passo importante na construção de uma assistência humanizada e centrada no paciente.