Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional
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PPGREAB - Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional
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Item Análise da predição da força muscular inspiratória pela força de preensão palmar e teste de sentar e levantar de idosos comunitários(UFVJM, 2023) Bento, Ana Flávia Saturnino Lima; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Neves, Camila Danielle Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Neves, Camila Danielle Cunha; Mendonça, Vanessa Amaral; Avelar, Núbia Carelli Pereira deIntrodução: Uma das graves mudanças associadas ao envelhecimento do corpo humano é o declínio progressivo da massa muscular esquelética e respiratória, que pode levar a redução da força muscular, da funcionalidade, da capacidade funcional, da mobilidade e da qualidade de vida de indivíduos idosos. Objetivo: Analisar a predição da força muscular inspiratória (FMI) pela força de preensão palmar (FPP) e teste de sentar e levantar (TLS-5) em idosos comunitários. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual indivíduos idosos residentes em comunidade foram submetidos a avaliações da FPP, da FMI e realização do TSL-5. A correlação das variáveis foi realizada pelo teste de Pearson ou o teste de Spearman. A acurácia da FPP e do TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória foi avaliada pela Curva receptor-operador (curva ROC). Os pontos de corte de FPP e TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória foram determinados pela melhor combinação de sensibilidade e especificidade, segundo o Youden index. A regressão linear múltipla foi realizada para explorar o preditores independentes da PImáx e para elaboração da equação. Para validação da equação, 20 voluntários foram avaliados e os resultados da PImáx obtidos foram comparados aos estimados pela equação por meio do teste T pareado. Resultados: A amostra foi composta por 117 voluntários (54,2% mulheres), com média de idade de 70,79 8,34. Existem correlações fortes e positivas entre a FPP e a FMI (r= 0,839; p<0,001) e correlações moderadas e negativas entre o TSL-5 e a FMI (r= -0,468; p<0,001). A análise de regressão demonstrou que FPP é um preditor independente da PImáx e, juntos, sexo e FPP são preditores mais fortes da PImáx. Existe uma acurácia satisfatória da FPP e do TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória, sendo a acurácia da FPP maior do que a do TSL-5. Os pontos de corte estabelecidos para detectar a presença de fraqueza muscular inspiratória no sexo masculino foram ≤ 30kgf e > 9,7s para FPP e TSL-5, respectivamente. Para o sexo feminino, os pontos de corte para a FPP e o TSL-5 foram respectivamente, ≤ 21 kgf e >11,9s; (5) Foi elaborada uma equação preditiva de PImáx utilizando as variáveis FPP e sexo: PImáx = -7,715 - (14,006 x sexo) + (2,426 x FPP). Não foi observada diferenças (p = 0,735) entre os valores de PImáx avaliados (57,5 ± 15,1 cmH2O) e calculados pela equação (57,6 ± 18,94 cmH2O). Conclusão: A FPP e o TSL-5 se mostraram testes acurados para identificar fraqueza muscular inspiratória, em especial a FPP.Item Há relação entre a massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias?(UFVJM, 2020) Alvarez, Geovana Duarte; Parentoni, Adriana Netto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Parentoni, Adriana Netto; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Pereira, Daniele SirineuIntrodução: No envelhecimento há redução da expansibilidade da caixa torácica, redução da força muscular, incluindo dos músculos respiratórios e substituição de tecido muscular por tecido fibroso e adiposo ocasionando redução da funcionalidade.Objetivo: Analisar a relação entre massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias. Métodos: Avaliou-se idosas com 65 anos ou mais de idade, quanto à: altura, massa corporal, índice de massa corporal (IMC), composição corporal utilizando o Dual-Energy X-ray Absorptiometry (DXA, obtendo as variáveis massa magra, gordura total, gordura no tronco, tecido adiposo visceral), desempenho físico funcional, por meio da força de preensão palmar (FPP, medida pelo dinamômetro Jamar®); Short Physical Performance Battery (SPPB); e teste de velocidade de marcha (VM). A força muscular respiratória foi avaliada pela mensuração das pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx, respectivamente) por manovacuometria. Dividiu-se as idosas em 3 grupos conforme a classificação de Lipschitz (1994) em: baixo peso (BP), eutróficas (EU) e com excesso de peso (EP).Utilizou-se ANOVA one-way com Post Hoc de Tukeypara comparar as variáveis paramétricas e o teste Kruskal-Wallis com Post Hoc deMann Whitney para as variáveis não paramétricas. Nas correlações utilizou-se testes de Sperman e Pearson. Resultados: Foram avaliadas 109 idosas com média de idade de 73,85 ± 7,01, sendo 12 no BP, 41 no EU e 56 no EP. Os grupos não diferiram quanto à idade (p=0,134), altura (p=0,391), SPPB (p=0,357) e VM (p=0,129). Houve diferenças significativas entre os 3 grupos quanto ao: IMC, massa magra, gordura total, gordura no tronco, tecido adiposo visceral (p=0,0001), PImáx (p=0,014) e PEmáx (p=0,008). Em todas as variáveis supracitadas, o grupo EP obteve os maiores valores e o BP os menores.A FPP foi significativamente maior nas idosas com EP do que nas EU (p=0,023). O nível de significancia adotado foi de p ≤ 0,05. Na amostra total houve correlação fraca e positiva entre a gordura no tronco com: a PImáx (r=0,242: p=0,011) e PEmáx (r=0,258: p=0,007) e entre o tecido adiposo visceral com PEmáx (r=0,295: p=0,002). Houve correlação moderada e positiva entre tecido adiposo visceral com PImáx (r=0,326: p=0,001). Apenas no grupo BP houve correlação moderada e positiva entre gordura total e PEmáx (r=0,628: p=0,029) e entre gordura no tronco e PEmáx (r=0,613: p=0,034). Conclusão: Os três grupos diferiram quanto aos parâmetros adiposos e a força muscular respiratória. No grupo EP houve melhor desempenho nos testes, sugerindo que, o sobrepeso teve um efeito protetor na funcionalidade e na força muscular respiratória. Em contra partida, há a necessidade de avaliação e acompanhamento destes fatores nas idosas de baixo peso, pois estas tiveram o pior desempenho nos testes de força muscular respiratória.Item Validação do Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) em idosos comunitários(UFVJM, 2021) Silva, Bárbara Patrícia Santana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Rodrigues, Vinicius Dias; Santos, Juliana NunesO envelhecimento saudável pode ser definido como o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na idade avançada. A capacidade funcional é avaliada por meio das atividades realizadas corriqueiramente. O instrumento denominado Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) foi desenvolvido em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e avalia a função e a incapacidade de pessoas idosas, entretanto faltam evidências da validade do LLFDI em idosos comunitários brasileiros. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade de construto do LLFDI em idosos comunitários, correlacionando-o com o perfil de atividade humana (PAH); com as escalas de Katz; de Lawton & Brody e geriátrica de depressão (GDS); e com os testes Timed Up and Go (TUG) e o Short Physical Performance Battery (SPPB). Trata-se de um estudo do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal, realizado nos municípios de Montes Claros e Diamantina-MG. A amostra foi composta por idosos comunitários (≥60 anos). A avaliação foi realizada em um único momento onde foram aplicados: um questionário com dados sociodemográficos, perfil de saúde e suporte social; Escala de Katz; Escala de Lawton & Brody; PAH; GDS; TUG e SPPB. Foi realizada estatística descritiva composta de medidas de frequência, de tendência central e variabilidade; e inferencial que incluiu os testes de correlação de Pearson e Spearman e o teste t-student e Mann-Whitney (p˂0,05). Foram avaliados 100 idosos, com idade média de 70,1 + 7,9 anos, sendo 61% do sexo feminino. Em relação às comorbidades a mais prevalente foi a hipertensão arterial (65%). O escore total do LLFDI para o componente Incapacidade foi de 56,0 + 8,9 e para o componente Função foi de 73,7 + 17,0. As correlações foram mais fortes com o componente Função do LLFDI (p<0,01). Houve coeficientes de correlação moderada a boa entre as variáveis Lawton & Brody, SPPB e TUG e alguns domínios do componente Incapacidade do LLFDI (p<0,01). Todos os domínios dos componentes Função e Incapacidade da LLFDI diferenciaram os idosos inativos dos moderadamente ativos e ativos (p<0,01) e os dependentes dos independentes nas atividades instrumentais (p<0,01). Da mesma forma o instrumento LLFDI diferenciou de forma significativa (p<0,01) os idosos com histórico de quedas recorrentes dos que não têm. Nossos achados suportam o uso do LLFDI para avaliar a função e a incapacidade de idosos comunitários.