Há relação entre a massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias?
Date
2020
Authors
Journal Title
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Volume Title
Publisher
UFVJM
Abstract
Introdução: No envelhecimento há redução da expansibilidade da caixa torácica, redução da força
muscular, incluindo dos músculos respiratórios e substituição de tecido muscular por tecido fibroso
e adiposo ocasionando redução da funcionalidade.Objetivo: Analisar a relação entre massa gorda
e a força muscular respiratória em idosas comunitárias. Métodos: Avaliou-se idosas com 65 anos
ou mais de idade, quanto à: altura, massa corporal, índice de massa corporal (IMC), composição
corporal utilizando o Dual-Energy X-ray Absorptiometry (DXA, obtendo as variáveis massa
magra, gordura total, gordura no tronco, tecido adiposo visceral), desempenho físico funcional, por
meio da força de preensão palmar (FPP, medida pelo dinamômetro Jamar®); Short Physical
Performance Battery (SPPB); e teste de velocidade de marcha (VM). A força muscular respiratória
foi avaliada pela mensuração das pressões inspiratórias e expiratórias máximas (PImáx e PEmáx,
respectivamente) por manovacuometria. Dividiu-se as idosas em 3 grupos conforme a classificação
de Lipschitz (1994) em: baixo peso (BP), eutróficas (EU) e com excesso de peso (EP).Utilizou-se
ANOVA one-way com Post Hoc de Tukeypara comparar as variáveis paramétricas e o teste
Kruskal-Wallis com Post Hoc deMann Whitney para as variáveis não paramétricas. Nas
correlações utilizou-se testes de Sperman e Pearson. Resultados: Foram avaliadas 109 idosas com
média de idade de 73,85 ± 7,01, sendo 12 no BP, 41 no EU e 56 no EP. Os grupos não diferiram
quanto à idade (p=0,134), altura (p=0,391), SPPB (p=0,357) e VM (p=0,129). Houve diferenças
significativas entre os 3 grupos quanto ao: IMC, massa magra, gordura total, gordura no tronco,
tecido adiposo visceral (p=0,0001), PImáx (p=0,014) e PEmáx (p=0,008). Em todas as variáveis
supracitadas, o grupo EP obteve os maiores valores e o BP os menores.A FPP foi
significativamente maior nas idosas com EP do que nas EU (p=0,023). O nível de significancia
adotado foi de p ≤ 0,05. Na amostra total houve correlação fraca e positiva entre a gordura no
tronco com: a PImáx (r=0,242: p=0,011) e PEmáx (r=0,258: p=0,007) e entre o tecido adiposo
visceral com PEmáx (r=0,295: p=0,002). Houve correlação moderada e positiva entre tecido
adiposo visceral com PImáx (r=0,326: p=0,001). Apenas no grupo BP houve correlação moderada
e positiva entre gordura total e PEmáx (r=0,628: p=0,029) e entre gordura no tronco e PEmáx
(r=0,613: p=0,034). Conclusão: Os três grupos diferiram quanto aos parâmetros adiposos e a força
muscular respiratória. No grupo EP houve melhor desempenho nos testes, sugerindo que, o
sobrepeso teve um efeito protetor na funcionalidade e na força muscular respiratória. Em contra partida, há a necessidade de avaliação e acompanhamento destes fatores nas idosas de baixo peso,
pois estas tiveram o pior desempenho nos testes de força muscular respiratória.
Description
O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.
Em todas as partes que compõem a obra, consta o título: "Há correlação entre massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias?".
Em todas as partes que compõem a obra, consta o título: "Há correlação entre massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias?".
Keywords
Citation
ALVAREZ, Geovana Duarte. Há relação entre a massa gorda e a força muscular respiratória em idosas comunitárias?. 2020. 84 p. Dissertação (Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2020.