PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)

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    Efetividade do Apoio Matricial da Fisioterapia na Atenção Primária a Saúde
    (UFVJM, 2023) Barbosa, Samara Maria Neves; Santos, Juliana Nunes; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Este trabalho investigou a efetividade do AM do profissional fisioterapeuta, com foco nas condições de saúde sensíveis a intervenção da fisioterapia na APS. O estudo propôs oficinas temáticas envolvendo conceitos e práticas de prevenção, promoção e reabilitação nos eixos saúde materno-infantil, do adulto, do idoso e desordens musculoesqueléticas, contendo condições de saúde de elevada prevalência na APS tais como dor lombar, incontinência urinária, tonturas, entre outras situações possíveis de serem encontradas na visita domiciliar do ACS. Os temas foram organizados em quatro encontros presenciais (16 horas) e atividades para serem feitas em casa (8 horas). Foram utilizados instrumentos de coleta de dados (pré e pós-teste) contendo questões relacionadas à atuação da fisioterapia na APS e um inquerido com levantamento de casos sensíveis a essa atuação na área de abrangência do agente. Para atingir os objetivos propostos, realizou-se dois estudos cuja intervenção foi a realização das oficinas de AM: I) Estudo de delineamento quase-experimental em um município de pequeno porte, com duas equipes de saúde da família e 13 ACS divididos em grupos intervenção (n=6) e controle (n=7); II) Um ensaio clínico randomizado em munícipio de médio porte, com 57 ACS, aleatorizados em grupos intervenção (n=28) e controle (n=29). Os resultados do estudo I revelaram diferença estatística na percepção de risco dos ACS dos grupos intervenção e controle na percepção dos casos envolvendo desordens musculoesqueléticas (p=0,032) e na identificação de casos de alterações infantis (p=0,012) após a participação nas oficinas de AM. No estudo II, e após o AM, houve diferença estatística entre os grupos intervenção e controle na percepção das desordens musculoesqueléticas (p=0,028), e quanto a demanda de encaminhamentos houve diferença estatística nos casos de alterações infantis (p<0,001), saúde do trabalhador (p=0,003), incontinência urinária (p=0,0012), risco de quedas (p=0,007), alterações vestibulares (p=0,002) e alterações venosas (p< 0,001). Com a realização do estudo observou-se aumento da percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis a intervenção do fisioterapeuta na APS e maior identificação dos usuários com condições a serem encaminhadas para a fisioterapia no nível primário. Os achados fornecem evidências da efetividade do AM do fisioterapeuta no primeiro nível de atenção à saúde como estratégia favorecedora da resolutividade da atenção.
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    Efeitos da joelheira de neoprene sobre a cinemática e a cinética do exercício front squat em indivíduos praticantes de CrossFit
    (UFVJM, 2023) Araújo, Vinicius Lopes; Trede Filho, Renato Guilherme; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Foi realizado um estudo para investigar se o uso da joelheira de neoprene de 7mm altera a cinética ou cinemática do exercício front squat em praticantes de crossfit. A amostra incluiu dezenove voluntários praticantes de Crossfit do sexo masculino, com média de idade de 28,9 ± 6,0 anos, altura média de 175,1 ± 5,9cm, massa corporal média de 80,0±12,0kg. No início das coletas foi realizado o procedimento de Uma Repetição máxima, front squat sem joelheira e com uso das joelheiras nas duas pernas. Após, foi realizada uma coleta de dados estática e uma coleta de dados dinâmica. Como resultado, foi demonstrado que o uso da joelheira diminui o momento externo de flexão plantar do tornozelo na excêntrica e de dorsiflexão na concêntrica; maior momento externo de abdução na excêntrica; maior ângulo de dorsiflexão na excêntrica, maior ângulo de abdução na concêntrica. Na articulação do joelho a joelheira diminuiu o momento externo de flexão na excêntrica, maior momento externo de flexão na concêntrica, menor momento externo de abdução na excêntrica e menor momento externo de abdução na concêntrica, maior momento externo de rotação externa na concêntrica; menor ângulo de flexão na excêntrica e maior ângulo de flexão na concêntrica. Na articulação do quadril a joelheira diminuiu o momento externo de flexão na concêntrica; diminuiu o ângulo de flexão na excêntrica e diminuiu o ângulo de abdução na concêntrica. Os resultados demonstram que o uso da joelheira de neoprene altera cinemática e cinética do front squat nas articulações do tornozelo, joelho e quadril.
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    Isolamento social na dor de coluna cervical e lombar
    (UFVJM, 2023) Alves, Natália Christina de Moura; Oliveira, Vinícius Cunha de; Ferreira, Lucas Calais; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Introdução: O isolamento social é um fator contextual pessoal que se associa-se à morbimortalidade. É um fator que contribui para uma pior qualidade de vida dos indivíduos, estando associado com um pior prognóstico de diversas condições clínicas, dentre elas a dor lombar (DL) e cervical (DC). No entanto, informação sobre o que influencia o isolamento social e se esta consiste em um possível fator de risco para DC e DL é escassa. Os poucos estudos que investigaram o isolamento social na dor de coluna apresentam limitações por escopo ou metodológicas. Objetivo: O objetivo geral foi investigar se o isolamento social percebido pelo indivíduo está associado a DC e a DL. Como objetivos específicos, investigou-se a influência de fatores genéticos e ambientais no isolamento social percebido pelos indivíduos por meio de um estudo clássico de gêmeos; e investigou-se a associação entre o isolamento social percebido e a DC e a DL. Método: Esta dissertação foi composta por dois artigos para investigar os objetivos descritos acima. Os dois estudos seguem o modelo observacional transversal com amostra por conveniência de pares de gêmeos completos, ambos os sexo e acima de 18 anos. Os participantes foram cadastrados no Registro Brasileiro de Gêmeos. A Escala de Amizade, adaptada para a população brasileira, avaliou o isolamento social percebido e um questionário autorrelatado avaliou ocorrência de DC e DL. Para estimar a contribuição dos fatores genéticos e ambientais na variância do isolamento social, utilizou-se uma amostra de 60 pares completos de gêmeos (30 monozigóticos/Mz e 30 dizigóticos/Dz) e usamos modelos de efeitos mistos ajustados para idade e sexo. Covariâncias, coeficientes de correlação intraclasse e componentes de variância de genética aditiva (A), ambiental compartilhado (C) e fatores ambientais únicos e erro de medição (E) foram calculados (modelo ACE). Para investigar a associação do isolamento social percebido com DC e DL, utilizou-se uma amostra de 141 pares completos (103 Mz e 38 Dz), o modelo foi ajustado para potenciais fatores de confusão (fatores familiares/genética e ambiente compartilhado, idade, sexo, qualidade do sono e nível de atividade física). Foi calculada a estimativa de risco para a presença de DC e DL, e para a intensidade da DC e DL. Resultados: No primeiro estudo, a amostra foi composta por adultos jovens, maioria do sexo feminino, boa renda familiar e bom nível de escolaridade. No modelo ACE, a variância residual no isolamento social foi explicada principalmente por E (14,27; IC95%:8,84-23,02; P<0,001), enquanto as estimativas de A e C não foram significativas. Um modelo mais simples que ajustou apenas os parâmetros A e E teve melhor ajuste em comparação com o modelo ACE, como comprovado pelos valores do Critério de Informação de Akaike, sendo 722,29 para o modelo AE e 724,29 para o modelo ACE. A correlação foi maior entre gêmeos Mz (0,38) em comparação com gêmeos Dz (0,19) mostrando que há influência genética, o que foi comprovado pelo modelo AE que estimou uma influência genética de 38,87% no isolamento social percebido. No segundo estudo, os resultados mostram que a mudança de um ponto em 25 na percepção das pessoas de menos isolamento social representou redução de 6% no risco de apresentar DC (OR:0,94; IC95%:0,84–1,05) e redução de 8% no risco de apresentar DL (OR:0,92; IC95%:0,81–1,05), após ajustar para potenciais fatores de confusão citados acima, no entanto os intervalos de confiança incluíram 1,0 sendo assim as estimativas não atingiram significância estatística. Conclusão: Nossos resultados sugerem uma estimativa de influência genética de 38,87% que corrobora com estudos prévios que demonstra A variando de 38 a 48% no isolamento social percebido. Fatores ambientais únicos (E) explicaram 61,13% da variância total deste desfecho. Além disso, resultados do presente estudo sugerem associação do isolamento social percebido com DC e DL, sendo um possível fator de risco que pode ser levado em consideração em abordagens preventivas focadas nos indivíduos.
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    Confiabilidade e validade de constructo do Patient Generated Index (PGI) em pacientes pós-Hemorragia Subaracnoidea
    (UFVJM, 2023) Coelho, Ludmila Santos; Alcântara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Costa, Bruno Silva
    Introdução: A Hemorragia Subaracnóidea (HSA) é uma emergência médica causada pelo sangramento cerebral no espaço subaracnóideo. Apesar da baixa incidência em relação à totalidade de Acidente Vascular Encefálico (AVE), é uma doença com alta morbimortalidade e prognóstico ruim para a funcionalidade e qualidade de vida entre os sobreviventes. Estudos têm mostrado que fatores como déficit cognitivo, limitação à participação social e dificuldade de retorno ao trabalho estão significativamente associados à incapacidade a longo prazo e redução da qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A mensuração da QVRS em pacientes pós-HSA é realizada por meio do Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) ou pelo Stroke Specific Quality of Life Scale (SSQOL). Embora usados internacionalmente, as propriedades psicométricas desses questionários não foram avaliadas na população de HSA. Além disso, eles apresentam estruturas padronizadas pré-determinadas que, muitas vezes, não consideram a percepção subjetiva do indivíduo sobre a vida e sua multidimensionalidade. Considerando a evolução da HSA e o ônus que essa condição impõe aos seus sobreviventes, é de suma importância melhorar a avaliação da QVRS nessa população. O questionário Paciente Generated Index (PGI) é um instrumento não estruturado, na qual se avalia a QVRS na perspectiva do paciente e traz um conceito contemporâneo de avaliação de qualidade de vida. Entretanto, a confiabilidade e validade em pacientes pós-HSA não foi estudada. A validação do PGI para pacientes pós-HSA permitirá o seu uso nos serviços de reabilitação, contribuindo para um planejamento da assistência direcionado de acordo com necessidades especificas do indivíduo. Objetivo: avaliar a confiabilidade e validade da versão brasileira do PGI em pacientes em reabilitação pós-HSA. Método: Trata-se de um estudo de análise de propriedade de medida que incluiu 51 pacientes em tratamento no setor de reabilitação da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte após diagnóstico de HSA. Foram incluídos os pacientes com idade igual ou superior a 18 anos, com um mínimo de 30 dias após o evento da HSA e capazes de oferecer autorização por escrito do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Para fins de validade de construto, os participantes responderam aos instrumentos Patient Generated Index e Stroke Specific Quality of Life Scale. Para avaliar a confiabilidade os participantes responderam ao questionário duas vezes, com um intervalo de 7 a 14 dias entre eles. Os resultados foram analisados pelo software estatístico IBM SPSS Statistics Software®. Resultados: Quanto à validade de constructo, encontrou-se uma correlação moderada (r=- 0,53; p<0,05) entre os escores totais do PGI e SSQOL. Quanto a confiabilidade, foi encontrado um CCI de 0,91 (p<0,05) indicando uma boa estabilidade entre as medidas. A análise do diagrama de Bland-Altman mostrou uma excelente concordância entre as medidas do PGI. A confiabilidade interobservador (r= -0,94; p<0,05). Conclusão: Os achados deste estudo mostraram que o PGI é um instrumento válido e confiável para medir qualidade de vida em pacientes pós-HSA.
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    Medo de cair é maior em idosos com neuropatia diabética
    (UFVJM, 2023) Silva, Carla Taynah Nascimento e; Bastone, Alessandra de Carvalho; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bastone, Alessandra de Carvalho; Santos, Ana Paula; Anjos, Daniela Maria da Cruz dos
    A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, incapacitante e uma das principais causas de perda de anos de vida. Caracteriza-se por hiperglicemia persistente, resultante de defeitos na secreção de insulina, ação da insulina ou de ambas as respostas, sendo a neuropatia uma de suas principais complicações. Devido às alterações decorrentes das neuropatias diabéticas (ND), principalmente em membros inferiores, é muito comum associar o medo de cair à DM, uma vez que essa doença traz uma deficiência excessiva de equilíbrio e limitação de mobilidade. Com isso, o objetivo do estudo foi comparar o medo de cair em idosos sem DM e idosos diabéticos, sem e com ND, assim como comparar o desempenho funcional entre os diferentes grupos. Trata-se de um estudo transversal, conduzido com uma amostra de conveniência de idosos comunitários. O medo de cair foi avaliado por meio da Falls Efficacy Scale-International-Brazil (FES-I Brasil). O risco de quedas foi avaliado por meio do teste de alcance, o desempenho físico e cognitivo foi avaliado pelo Timed Up and Go (TUG), TUG associado à tarefa manual e a tarefa cognitiva, força de preensão palmar, teste de sentar e levantar e teste de fluência verbal categoria animal. Participaram da pesquisa 120 idosos divididos em 3 grupos: idosos sem DM (grupo SD, n=40), idosos com DM e sem ND (grupo D, n=40) e idosos com DM e ND (grupo ND, n=40). Em relação ao medo de cair, o grupo ND apresentou maior escore na FES-I quando comparado ao grupo SD (28,5±10,0 vs21,9±5,8; p = 0,001), assim como quando comparado ao grupo D (28,5±10,0 vs23,4±7,4; p = 0,012). O grupo ND apresentou maior risco de quedas quando comparado ao grupo SD, pior desempenho físico nos testes força de preensão palmar, TUG associado à tarefa manual e sentar e levantar quando comparado aos grupos SD e D e pior performance no TUG associado à tarefa cognitiva quando comparado ao grupo SD. A performance cognitiva avaliada pelo teste de fluência verbal não diferiu entre os grupos. De forma geral, idosos com ND apresentaram maior medo de cair, maior risco de quedas e pior performance física quando comparados com idosos sem DM e idosos com DM, mas sem ND.
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    Viabilidade do exercício de vibração de corpo inteiro e seu efeito imediato nas funções executivas e físicas em idosos com 80 anos ou mais com comprometimento cognitivo leve residentes na comunidade
    (UFVJM, 2023) Prates, Ana Caroline Negreiros; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Sá Caputo, Danúbia da Cunha de; Oliveira, Murilo Xavier
    Introdução: O comprometimento cognitivo leve (CCL) está frequentemente associado ao envelhecimento, com possível impacto nas funções físicas e executivas. O exercício físico pode retardar o declínio dessas habilidades. Assim, a vibração de corpo inteiro (VCI) parece ser uma terapia complementar que pode ter efeitos benéficos na cognição e na função física. Todavia, os estudos que demonstram tais efeitos apresentam limitações metodológicas que podem influenciar nos resultados. Objetivo: Investigar a viabilidade do exercício de VCI e o seu efeito imediato sobre os aspectos das funções executivas e físicas. Métodos: Trata-se de um ensaio clínico de grupo único, pré e pós-intervenção, com idosos (>80 anos) com CCL. O protocolo consistiu em 5 séries de 1 minuto de agachamento isométrico (joelhos fletidos em 20º) em uma plataforma vibratória síncrona (FitVibe, Bélgica – Frequência 35 Hz, amplitude 2 mm, aceleração 3,26 g) com 40 segundos em repouso entre as séries. A viabilidade da intervenção foi o desfecho primário e os desfechos secundários foram as funções executivas e físicas avaliadas pelos testes Trail Making Test, Stroop Color and Word Test, teste de fluência verbal e Short Physical Performance Battery, força de preensão manual e o teste de dupla-tarefa. Resultados: 320 voluntários em potencial foram identificados. Destes, 63 foram selecionados, mas apenas 18 idosos de ambos os sexos (84 ± 3 anos) foram elegíveis. A principal razão da exclusão foi a presença de alguma contraindicação para a VCI. A intervenção mostrou-se segura e viável, já que somente um participante não tolerou o exercício e três relataram vertigem durante a familiarização. Nenhum outro evento adverso foi relatado. O tempo para completar a intervenção foram 10 minutos. Dentre os resultados clínicos, o teste de dupla-tarefa motora (p=0,05) e o Trail Making Test- parte A (p=0,004) demonstraram possível melhora nas funções físicas e executivas, apontando perspectivas de ensaios clínicos controlados com um protocolo de treinamento com exercícios de VCI. Conclusão: A VCI demonstrou ser viável para idosos da comunidade com CCL.
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    Análise da predição da força muscular inspiratória pela força de preensão palmar e teste de sentar e levantar de idosos comunitários
    (UFVJM, 2023) Bento, Ana Flávia Saturnino Lima; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Neves, Camila Danielle Cunha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Neves, Camila Danielle Cunha; Mendonça, Vanessa Amaral; Avelar, Núbia Carelli Pereira de
    Introdução: Uma das graves mudanças associadas ao envelhecimento do corpo humano é o declínio progressivo da massa muscular esquelética e respiratória, que pode levar a redução da força muscular, da funcionalidade, da capacidade funcional, da mobilidade e da qualidade de vida de indivíduos idosos. Objetivo: Analisar a predição da força muscular inspiratória (FMI) pela força de preensão palmar (FPP) e teste de sentar e levantar (TLS-5) em idosos comunitários. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, no qual indivíduos idosos residentes em comunidade foram submetidos a avaliações da FPP, da FMI e realização do TSL-5. A correlação das variáveis foi realizada pelo teste de Pearson ou o teste de Spearman. A acurácia da FPP e do TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória foi avaliada pela Curva receptor-operador (curva ROC). Os pontos de corte de FPP e TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória foram determinados pela melhor combinação de sensibilidade e especificidade, segundo o Youden index. A regressão linear múltipla foi realizada para explorar o preditores independentes da PImáx e para elaboração da equação. Para validação da equação, 20 voluntários foram avaliados e os resultados da PImáx obtidos foram comparados aos estimados pela equação por meio do teste T pareado. Resultados: A amostra foi composta por 117 voluntários (54,2% mulheres), com média de idade de 70,79 8,34. Existem correlações fortes e positivas entre a FPP e a FMI (r= 0,839; p<0,001) e correlações moderadas e negativas entre o TSL-5 e a FMI (r= -0,468; p<0,001). A análise de regressão demonstrou que FPP é um preditor independente da PImáx e, juntos, sexo e FPP são preditores mais fortes da PImáx. Existe uma acurácia satisfatória da FPP e do TSL-5 para identificar fraqueza muscular inspiratória, sendo a acurácia da FPP maior do que a do TSL-5. Os pontos de corte estabelecidos para detectar a presença de fraqueza muscular inspiratória no sexo masculino foram ≤ 30kgf e > 9,7s para FPP e TSL-5, respectivamente. Para o sexo feminino, os pontos de corte para a FPP e o TSL-5 foram respectivamente, ≤ 21 kgf e >11,9s; (5) Foi elaborada uma equação preditiva de PImáx utilizando as variáveis FPP e sexo: PImáx = -7,715 - (14,006 x sexo) + (2,426 x FPP). Não foi observada diferenças (p = 0,735) entre os valores de PImáx avaliados (57,5 ± 15,1 cmH2O) e calculados pela equação (57,6 ± 18,94 cmH2O). Conclusão: A FPP e o TSL-5 se mostraram testes acurados para identificar fraqueza muscular inspiratória, em especial a FPP.
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    A acurácia da força muscular respiratória na identificação da disfunção sistólica em pacientes com cardiomiopatia chagásica
    (UFVJM, 2023) Silva, Keity Lamary Souza; Costa, Henrique Silveira; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Santos, Ana Paula; Oliveira, Luciano Fonseca Lemos de
    Introdução: A doença de Chagas é uma doença tropical prevalente em regiões com alta vulnerabilidade social. Dos pacientes acometidos, 30% dos podem evoluir para a forma cardíaca da doença, denominada de cardiomiopatia chagásica (CCh). A CCh apresenta-se clinicamente de forma heterogênea, sendo a disfunção sistólica, caracterizada ela redução expressiva da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), um marcador importante de gravidade. Concomitantemente com a deterioração da função cardíaca, o paciente com CCh pode evoluir com redução da capacidade funcional, alteração na proporção das fibras musculares e fraqueza musculoesquelética generalizada, inclusive fraqueza dos músculos respiratórios. Dessa forma, tanto a disfunção sistólica como a fraqueza muscular respiratória acompanham a progressão da doença. Nesse cenário, a avaliação das pressões respiratórias máximas surge como alternativa para a triagem dos pacientes onde a ecocardiografia não estiver disponível. Objetivo: Verificar a acurácia da força muscular respiratória na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Métodos: Cinquenta e sete pacientes com CCh (53,2±9,0 anos, 61,4% mulheres, NYHA I-III) foram recrutados e submetidos a ecocardiografia e avaliação da força muscular respiratória por manovacuometria. A força muscular inspiratória e expiratória foi definida pela pressão inspiratória máxima (PImáx) e pressão expiratória máxima (PEmáx), respectivamente. A disfunção sistólica foi definida por valores de FEVE abaixo de 52% (para homens) ou 54% (para mulheres). Resultados: Trinta e sete pacientes (64,9%) apresentavam disfunção sistólica e 20 (35,1%) pacientes apresentavam função cardíaca preservada. O grupo com disfunção sistólica apresentou PImáx reduzida quando comparado ao grupo com função cardíaca preservada (66,5±34,5 cmH₂O versus 85,3±29,2 cmH₂O, p=0,044). Não houve diferença na PEmáx (89,9±43,9 cmH₂O versus 87,3±22,3 cmH₂O, p=0,812). Na curva ROC, a PImáx apresentou acurácia adequada para identificar pacientes com disfunção sistólica (AUC=0,71). A PEmáx não apresentou acurácia satisfatória na identificação desses pacientes. O ponto de corte ótimo da PImáx para identificar disfunção sistólica em pacientes com CCh foi ≤62 cmH2O, com valor preditivo positivo de 85%. Conclusão: A PImáx tem valor potencial na identificação de disfunção sistólica em pacientes com CCh. Esse achado pode auxiliar na triagem e na estratificação de risco quando a ecocardiografia não está disponível.
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    Teste de Caminhada de Seis Minutos na cardiomiopatia chagásica: avaliação funcional e valor prognóstico
    (UFVJM, 2023) Araujo, Joice Vicencia da Silveira; Costa, Henrique Silveira; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Mendonça, Vanessa Amaral; Menezes, Kênia Kiefer Parreiras de
    Introdução: A doença de Chagas (DC) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. A doença se apresenta clinicamente em duas fases distintas, a aguda e a crônica, sendo que a última pode revelar-se nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. A cardiomiopatia chagásica (CCh), forma cardíaca da infecção, é a mais grave das manifestações clínicas e a mais comum, sendo responsável pela alta taxa de morbimortalidade. Nessa fase, a fadiga e dispneia aos esforços físicos habituais estão entre os achados mais comuns, tido como um marcador bem definido de pior prognóstico, contribuindo para a redução da capacidade funcional. O teste de caminhada de seis minutos (TC6’) é um método útil na avaliação da capacidade funcional de pacientes cardiopatas e apesar de ser amplamente utilizado sua função prognóstica na CCh permanece desconhecida. Objetivo: Determinar a associação entre a distância do TC6’ e o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) e verificar a acurácia na predição de eventos cardiovasculares adversos em pacientes com CCh. Métodos: Estudo prospectivo, realizado com setenta pacientes com CCh (43 do sexo masculino, 48±7 anos), que foram avaliados por ecocardiografia, teste de esforço máximo e TC6’. Os pacientes foram acompanhados através de entrevistas telefônicas por 41,4 meses e o desfecho foi definido como morte cardíaca, eventos cerebrovasculares ou transplante cardíaco. Resultados: No final do período de acompanhamento, 20 pacientes (29%) apresentaram eventos adversos. A distância percorrida no TC6’ estava associada ao VO2pico (r=0,552, p=0,001). A distância de 491m foi o ponto de corte ótimo na predição de eventos cardiovasculares. Não houve diferença na frequência dos eventos cardiovasculares adversos (p<0,133) entre os grupos com baixa (≤491m) e alta capacidade funcional (>491m). Na análise univariada de Cox, a menor fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) (p=0,002), o maior diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (p=0,011) e o TC6’ inferior a 491m (p=0,133) foram associados a pior evolução. Na análise multivariada, apenas a FEVE permaneceu como um preditor independente de pior prognóstico (HR 0,94; IC 95%: 0,90 a 0,98, p=0,002). Conclusão: O TC6’ se mostrou uma ferramenta válida na avaliação da capacidade funcional em pacientes com CCh. Não foi encontrada evidência que sustente o valor prognóstico do TC6’ em pacientes com CCh.
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    Prevalência de sintomas de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19: uma revisão sistemática e metanálise
    (UFVJM, 2022) Reis, Amanda Tomázia da Silva; Alcantara, Marcus Alessandro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Lima, Vanessa Pereira de; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro
    Contextualização: A COVID-19 se espalhou rapidamente da China no final de dezembro de 2019 e impactou criticamente todos os países do mundo. A saúde mental dos profissionais de saúde se tornou motivo de preocupação uma vez que foi observado um risco aumentado de desenvolvimento de desordem mental. Embora haja estudos que investigaram a prevalência de desordens mentais em profissionais de saúde em geral, predominantemente médicos e enfermeiros, uma nova revisão sistemática é necessária para investigar a prevalência de desordens mentais especificamente em fisioterapeutas, já que se trata de uma população em alto risco de desenvolvimento de desordens mentais previamente à pandemia. Objetivo: Investigar a prevalência de desordens mentais como ansiedade, depressão e estresse em fisioterapeutas de linha de frente que trabalharam durante o período de pandemia do coronavírus. Métodos: Buscas foram realizadas nas bases de dados MEDLINE, VIRTUAL HEALTH LIBRARY/BVS (VHL/BVS), LILACS, EMBASE e GOOGLE SCHOLAR desde dezembro de 2019 até novembro de 2021 utilizando descritores relacionados a desordens mentais, fisioterapeutas, prevalência e COVID-19. Foram incluídos estudos transversais que investigaram a prevalência de desordens mentais em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19 e o risco de viés foi avaliado utilizando NOS-adaptada. Resultados: Um total de 9 estudos, de 8 países diferentes, atenderam os critérios de inclusão. O resultado da metanálise demonstrou uma prevalência para ansiedade, depressão, estresse foram de 51% (95%IC 40% a 63%; I² = 86%), 31% (95%IC 14% a 51%; I² = 95%), 64% (95%IC 27% a 94%; I² = 97%), respectivamente (baixa qualidade da evidência). Conclusão: Encontrou-se importantes taxas de sintomas de depressão, ansiedade, estresse e síndrome de Burnout em fisioterapeutas durante a pandemia da COVID-19. Esses resultados foram mais altos em comparação com as estimativas de desordens mentais em outros profissionais de saúde, e ao período pré-pandêmico. Dessa forma, o estado emocional dos fisioterapeutas é motivo de preocupação e conclamam gestores e representantes de entidades a elaborar estratégias e intervenções efetivas durante a COVID-19 e outras emergências de saúde para reduzir os impactos negativos da pandemia na saúde mental fisioterapeutas.