Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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PPGCFAR - Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

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    Estudo fitoquímico e avaliação de potencial tóxico da espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae)
    (UFVJM, 2019) Faria, Filipe de Castro; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Santos, Antonio Sousa; Ruela, Fernando Armini
    A utilização de plantas medicinais regionais pela população tem levado a um aumento dos estudos para analisar o potencial tóxico das plantas. Além disso, o interesse das indústrias e institutos de pesquisa por plantas medicinais também aumentou. A espécie Ageratum fastigiatum (Gardner) RM King & H. Rob (Asteraceae) é conhecida popularmente como Matapasto ou Enxota e, ocorre naturalmente na região de Cerrado, inclusive no município de Diamantina (MG), região do Vale do Jequitinhonha e Mucuri. Essa planta é utiliza com anti-inflamatório, analgésico e cicatrizante usado topicamente em preparações alcoólicas ou hidroalcoólicas. Assim se faz necessário a triagem toxicológica da espécie botânica. A planta foi colhida no Campus JK da UFVJM e foram preparados o extrato etanólico bruto das partes aéreas e suas fases hexânica, diclorometânica e hidroalcoólica através de partição liquido-liquido. Foi realizado um screening fitoquímico para a identificação das principais classes de metabólitos especiais nas fases. Na fase hexânica foram detectados cumarinas e triterpenos/esteroides; na fase diclorometânica foram detectados cumarinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis, na fase hidroalcoólica foram detectados alcaloides, cumarinas, saponinas, triterpenos/esteroides e taninos hidrolisáveis. Foi feita a análise das fases hexânica e diclorometânica em CG/EM e foram identificados sesquiterpenos, constituintes graxos, triterpenos, base nitrogenada, monossacarídeo, alcaloide pirrolizidínico (licopsamina), aldeído,cetona, compostos fenólicos. Foi utilizada CLAE/DAD para análise do perfil fitoquímico da fase hidroalcoólica, observando-se a presença de provável de constituintes poliinsaturados. Para a triagem toxicológica do extrato bruto e de suas fases foram empregadas duas metodologias: ensaio de letalidade com o microcrustáceo Artemia salina Leach, e o ensaio de viabilidade de células da linhagem L929, proveniente de tecido conjuntivo de camundongo. Os resultados demonstraram certa toxicidade do extrato e das fases, utilizando a artemia a fase hidroalcoólica apresentou maior toxicidade apresentando CL50 de 1,333mg/mL e o extrato etanólico bruto obteve CL50 de 4,814mg/mL, sendo o menos tóxico. No ensaio com as células L929 a fase diclorometânica foi a mais tóxica, chegando a reduzir 95,48% da viabilidade das células e apresentando CC50 de 11,39 µg/mL e a fase hidroalcoólica foi considerada a menos tóxica apresentando porcentagem de morte celular variando de 55,67 a 19,38, com CC50 de 174,2 µg/mL. O estudo sugere que o extrato etanólico de A. fastigiatum possui constitituintes que corroboram seu uso na medicina popular como anti-inflamatório e a detecção de toxicidade pode ser um indicativo para avaliar ação antitumoral do extrato e de substâncias isoladas da planta e para utilizar a planta na medicina popular de forma racional.
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    Atividade antioxidante e citotoxicidade de plantas do Campo Rupestre brasileiro: Gomphrena arborescens L.f., Gomphrena virgata Mart., Miconia ferruginata DC. e Vochysia elliptica Mart.
    (UFVJM, 2017) Cruz, Dayana Barbosa da; Rodrigues, Ana Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Ana Paula; Morais, Harriman Aley; Oliveira, Eduardo de Jesus
    As plantas medicinais têm sido utilizadas pela humanidade, desde seus primórdios, com finalidades terapêuticas. Atualmente, cerca de 25% dos medicamentos são obtidos de espécies vegetais. Considerando a enorme biodiversidade do nosso país destaca-se o potencial para a descoberta de novas moléculas bioativas oriundas de produtos naturais. Espécies radicalares são produzidas continuamente em processos metabólicos fisiológicos, no entanto o desequilíbrio entre agentes pró-oxidantes e defesas antioxidantes provoca o aumento de espécies reativas circulantes conduzindo ao estresse oxidativo relacionado a etiologia de doenças cardiovasculares, inflamatórias, imunológicas, e relacionadas ao processo de envelhecimento como o Alzheimer e Parkinson. Para prevenir esse processo e as consequências ao organismo, tem-se aumentado a busca de compostos antioxidantes. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antioxidante de cinco extratos etanólicos brutos de partes aéreas ou raíz de espécies vegetais já utilizadas na medicina popular da região. Estas espécies foram: Gomphrena arborescens L.f. e Gomphrena virgata Mart. (Amarantaceae),Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) e Vochysia elliptica Mart. (Vochysiaceae), coletadas no município de Diamantina – MG e regiões subjacentes. Utilizando a metodologia de Folin-Ciocalteau pode-se observar que todos os extratos, exceto G. virgata raíz, apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para V. elliptica e M. ferruginata (792,36 e 561,89 mg EAG/g extrato, respectivamente). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura de radicais DPPH● e ABTS●+ demonstrou maior captura para os extratos com maior teor de CFT, sendo esta correlação forte e positiva. Realizou-se ainda, avaliação da interferência dos extratos na atividade sequestradora de radicais gerados em um sistema HRP/Luminol/H2O2 e também os efeitos sobre o burst oxidativo de neutrófilos humanos isolados, ativados com PMA. Apenas os extratos de V. elliptica e M. ferruginata foram testados, apresentando atividade protetora frente as espécies radicalares produzidas tanto pelo sistema, quanto pelo burst oxidativo. A avaliação da viabilidade celular de neutrófilos em cultura na presença de todos os extratos sem estímulos exteriores demonstrou que estes não são citotóxicos mesmo na maior concentração testada (1000 μg/mL), tendo a V. elliptica apresentado possível atividade citoprotetora nesta concentração.
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    Preparação e caracterização de sistemas constituídos por Poli(3-hidroxibutirato) para liberação controlada de S-nitrosoglutationa
    (UFVJM, 2017) Souza, Regina Inêz; Roa, Juan Pedro Bretas; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Roa, Juan Pedro Bretas; Paula, Everton Luiz de; Oliveira, Eduardo de Jesus
    Na indústria farmacêutica, os polímeros são bastante utilizados em sistemas para liberação controlada de fármacos, por serem capazes de liberá-los efetivamente no local alvo, aumentando os benefícios terapêuticos e minimizando os efeitos colaterais. Entre os polímeros utilizados para essa finalidade, tem-se o poli(3-hidroxibutirato) (PHB) pertencente a classe dos poli(hidroxialcanoatos), sendo um polímero de origem microbiana, que destacase por ser biorreabsorvível e biocompatível. Quando utilizado em misturas físicas com outros polímeros, as denominadas blendas, modifica-se propriedades físicas, mecânicas e biológicas do PHB para aumentar sua aplicabilidade. Nesse sentido, o propilenoglicol (PPG) foi utilizado para preparação de blendas PHBPPG (90/10). O objetivo do trabalho foi preparar e estudar filmes poliméricos constituídos por PHB e PHBPPG (90/10) contendo 1% e 5% de Snitrosoglutationa (GSNO), um doador de óxido nítrico (NO) bem como sintetizar o fármaco e avaliar sua estabilidade após armazenamento a 23ºC, 4ºC e -18ºC durante 90 dias por análise térmica e por espectroscopia na região do infravermelho. Os filmes obtidos contendo GSNO foram caracterizados por análise térmica, espectroscopia no infravermelho e avaliou-se o perfil de liberação in vitro dos mesmos. A citotoxicidade dos extratos das matrizes constituídas somente por PHB e PHBPPG (90/10) foi avaliada sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e leucócitos totais pelo método de exclusão com azul de Tripan e sobre hemácias pela avaliação da atividade hemolítica. Os resultados da análise térmica e infravermelho mostraram que a melhor forma de armazenamento de GSNO é em 4ºC e -18ºC. As matrizes poliméricas de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) contendo 1% e 5% de GSNO, avaliadas por análise térmica foram capazes de liberar NO e apresentaram-se mais estáveis termicamente quando comparados aos filmes de PHB e da blenda sem o fármaco. O perfil de liberação dos filmes de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) mostrou que há uma liberação rápida inicial de GSNO nas 24 horas iniciais seguido por um padrão de liberação controlada no período de 1 a 8 dias para os filmes contendo 5% de GSNO, sendo o filme da blenda PHBPPG (90/10) contendo 5% de fármaco, o que apresentou maior porcentagem de liberação no período avaliado. Extratos provenientes dos filmes de PHB e da blenda PHBPPG (90/10) não apresentaram caráter citotóxico por não induzirem hemólise das hemácias e não reduzirem a viabilidade celular de PBMCs e leucócitos totais. As blendas desenvolvidas neste trabalho possuem a capacidade de liberação controlada e in situ de óxido nítrico, e possuem aplicação potencial, por exemplo, no revestimento de stents coronarianos para prevenção da restenose pós-angioplastia.