Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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PPGSSA - Programa de Pós-Graduação em Saúde, Sociedade e Ambiente

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    Processo de constituição da identidade: significações atribuídas pelos moradores da Comunidade Quilombola Marques
    (UFVJM, 2015) Coutinho, Dayse Aparecida Silva Pereira; Murta, Agnes Maria Gomes; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Agnes Maria Gomes; Murta, Nadja Maria Gomes; Paes, Silvia Regina; Machado, Vírginia Campos
    Este estudo objetivou levantar, avaliar e desvelar os sentidos e significados (significações) atribuídos ao processo de constituição da identidade dos moradores da Comunidade Quilombola Marques, localizada ao Norte do município de Carlos Chagas-MG. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como eixo epistemológico a Psicologia Sócia Histórica. Como categorias elegeu-se identidade, sentidos e significados (significações). Participaram deste estudo vinte e quatro sujeitos, sendo dezenove adultos (onze do sexo masculino e oito do sexo feminino) e cinco adolescentes (três do sexo masculino e dois do sexo feminino). Como técnica para apreensão de informações foram realizadas entrevistas semiestruturadas focal e recorrente com os sujeitos adultos e uma roda de conversa com os adolescentes. Foram sistematizados quatro Núcleos de Significação: I) Tornar-se quilombola: motivos e necessidades, II) Saudades do nosso lugar e a nova morada, III) As relações familiares, as formas de trabalho e as tradições mantidas: elementos constitutivos da identidade, IV) Sou quilombola: com muito orgulho. Como resultados e considerações observou-se a constituição da identidade quilombola face à necessidade de luta pelo autorreconhecimento, após os rumores da construção da PCH Mucuri. A identidade quilombola assegura aos Marques a garantia da emancipação e da transformação da sua própria história, ou seja, da sociedade, fazendo valer a sua luta. Os fortes laços familiares, as formas de trabalho e produção, através de mutirões e algumas tradições são mantidos. No entanto, a Comunidade Quilombola Marques está adaptada a contemporaneidade, ao meio cultural, social e político em que está inserida, no qual se apropria e continua o seu processo de constituição da sua história quilombola. As significações atribuídas pelos Moradores da Comunidade Quilombola Marques ao se reconhecerem e se denominarem como quilombola, os sentimentos de orgulho, alegria e satisfação foram predominantes. Assim como a valorização da ancestralidade na transformação da identidade dos Marques. Acreditamos que para maior compreensão e estudo das comunidades quilombolas é de suma importância que se desvincule a ideia do passado e se abra para uma nova concepção de comunidade, onde o processo identificatório, não seja fechado e acabado, e a identidade seja entendida como um processo em constante movimento, como metamorfose.
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    Comunidade Quilombola de Quartel do Indaiá (MG) e Parque Nacional das Sempre Vivas: direitos, territórios e saúde
    (UFVJM, 2014) Almeida, Harley Fernandes de; Dias, Ana Cristina Perez; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Cristina Perez; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Braga Júnior, Américo
    Quartel do Indaiá consta como uma das 220 comunidades quilombolas reconhecidas no estado de Minas Gerais, através do critério de autodefinição, segundo dados da Fundação Cultural Palmares a partir da concepção da ancestralidade, trajetória e relação territorial específica de seus componentes. A compreensão do território como espaço de reprodução cultural, social, religiosa e econômica dessas comunidades no Brasil foi uma bandeira dos movimentos sociais ligados à cultura negra na década de 1980, que buscaram garantia constitucional desse direito. O território, neste contexto, também é considerado um espaço de promoção da saúde para as comunidades que mantêm uma relação de interdependência com o ecossistema em que vivem, principalmente para sua alimentação. A criação do Parque Nacional das Sempre Vivas foi efetivado através do Decreto Presidencial s/n, em 13 de dezembro de 2002, com uma política que visa a proteção integral da natureza da “interferência” antrópica. Assim, as comunidades tradicionais que vivem no entorno foram impedidas de ter acesso às áreas delimitadas, privando-as de suas práticas tradicionais de subsistência. O presente estudo teve como objetivo principal desvelar a relação entre a comunidade de Quartel do Indaiá e o Parque Nacional das Sempre Vivas e a sua influência no modo de vida desta comunidade. A metodologia utilizada foi a análise do conteúdo que possibilitou identificar, através das entrevistas realizadas com moradores da comunidade e com os representantes dos órgãos públicos, pontos que convergiram para a caracterização do conflito socioambiental, com reflexos no seu modo de vida, sua economia e segurança alimentar e nutricional.