Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item História evolutiva da vegetação em ecótone Savana-Floresta: perspectivas para flutuações e variações climáticas(UFVJM, 2022) Costa, Thaís Ribeiro; Gonzaga, Anne Priscila Dias; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gonzaga, Anne Priscila Dias; Chueng, Karina Ferreira; Pontara, Vanessa; Santos, Thiago; Machado, Evandro Luiz MendonçaFlutuações climáticas de períodos geológicos dinâmicos do Quaternário moldaram a diversidade de espécies e suas histórias demográficas nas transições de Savana-Floresta da América do Sul. No entanto, vivenciamos um cenário de "emergência climática", intensificado pelas atividades antrópicas de emissão de gases de efeito estufa e novos sistemas de uso da terra. Nesse contexto, a sobrevivência das espécies no futuro pode ocorrer por meio de uma combinação de três processos principais: rastrear habitas adequados, tolerar condições dentro de suas características ecológicas e/ou adaptar-se às novas condições por meio de evolução rápida. Portanto, para previsões mais precisas da resposta dos ecossistemas a este cenário de mudanças, é fundamental entender a influência de fatores contemporâneos e pretéritos sobre padrões de distribuição da vegetação. Assim, nesta tese utilizamos diferentes abordagens para compreender processos evolutivos da flora arbórea atual de Savanas e Florestas Sazonais, bem como suas flutuações durante mudanças climáticas na Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço (RBSE), sudeste do Brasil. Os artigos estão estruturados em ordem crescente na escala de tempo (Figura 1). No Artigo Científico I, utilizamos proxies bioindicadores fósseis (principalmente fitólitos) para rastrear mudanças da vegetação em resposta ao clima pretérito. No Artigo Científico II investigamos os padrões de estrutura e diversidade filogenética da flora arbórea e sua relação com o ambiente e clima atual. No Artigo Científico III identificamos a composição funcional de cada vegetação e existência de conservadorismo filogenético. Por fim, no Artigo Cientifico IV, utilizamos modelagem preditiva para identificar áreas ambientalmente adequadas para distribuição deste ecótone em diferentes cenários. No geral, demonstramos que numa porção da RBSE não houve mudanças nos limites entre Savana-Floresta durante o Holoceno, apenas redução na cobertura da vegetação no período prolongado de seca. Esta influência da disponibilidade hídrica (via clima e solo), associada à processos históricos, também foi verificada como determinante para os padrões de diversidade evolutiva da vegetação. Também encontramos que florestas e savanas divergiram em termos estrutura filogenética e composição funcional. Ainda, verificamos que espécies florestais foram governadas por estratégias ecológicas (compatíveis com áreas úmidas) evolutivamente conservadas. Corroborando à estes resultados, projeções futuras sugeriram que estas formações tendem a retrair para zonas de maior precipitação e menor temperatura na RBSE, porém sem perdas extensivas de áreas até o final deste século. Tais achados reforçam a importância das áreas ecotonais como refúgio climático, fundamentais para manutenção dos processos de evolução e fluxo gênico ao longo do tempo. Além disto demonstramos que cada formação é única, sendo responsáveis por salvaguardar diferentes componentes da biodiversidade numa mesma paisagem. A abordagem desta pesquisa traz, portanto, importantes resultados para fomentar o delineamento de ações prioritárias para conservação in situ de savanas e florestas, garantindo sua valiosa diversidade biológica e serviços ecossistêmicos no futuro.Item Diversidade florísca, filogenéca e estrutura em fragmentos de florestas estacionais semideciduais no Espinhaço Meridional(UFVJM, 2020) Silva, Leovandes Soares da; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Botrel, Rejane Tavares; Costa, Fabiane Nepomuceno da; Oliveira, Paula Alves; Mendonça Filho, Carlos VictorA heterogeneidade ambiental e os distúrbios antrópicos são capazes de influenciar a diversidade florística e filogenética em florestas tropicais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a estrutura, diversidade florística e a diversidade filogenética em fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual – FESD localizados no Planalto Diamantina, Reserva da Biosfera, Serra do Espinhaço e outras regiões do estado de Minas Gerais, com o propósito de identificar se a composição das espécies está relacionada com as variáveis edáficas, e se a diversidade filogenética varia entre regiões. Para isso, foram estudados dois fragmentos de FESD, sendo um localizado no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV), onde foram alocadas 30 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), o outro fragmento se encontra no Parque Estadual do Biribiri (PEB), onde foram alocadas 25 parcelas de 400 m2 (20 × 20 m), ambos distribuídas de forma sistemática. Em cada parcela foram identificados e mensurados os indivíduos vivos com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 5,0 cm. Foi calculada a distribuição diamétrica, índice de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J´). A diversidade filogenética foi determinada a partir da lista de espécies coletadas nos dois fragmentos (PNSV e PEB) representando o Planalto de Diamantina, e um banco de espécies regionais coletado em fragmentos de FESD, em diferentes regiões e bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais: bacia do Rio Doce, Bacia do Rio Jequitinhonha e do Rio São Francisco. Foi encontrada alta diversidade florística, as famílias que mais se destacaram em número de espécies foram: Fabaceae, Myrtaceae, Lauraceae, Euphorbiaceae, Melastomataceae e Rubiaceae. As análises multivariadas de redundância (RDA) mostram que a composição de espécies foi pouco explicada pelo ambiente, o que reforça a ideia de que o padrão de distribuição das espécies ocorre por meio de eventos estocásticos como proposto pela Teoria Neutra. O índice de diversidade de Shannon (H’) variou entre 3,8 a 4,1 nats. Ind-1 e equabilidade de 0,85 (J). Os fragmentos do Planalto Diamantina são auto-regenerantes, onde a maioria dos indivíduos se concentram nas primeiras classes diamétricas. Nas comunidades do Planalto Diamantina, bacia do Rio Jequitinhonha e São Francisco as espécies apresentaram agregação filogenética, sendo o efeito da agregação mais pronunciado no Planalto Diamantina. No fragmento do Rio Doce as espécies tenderam a sobredispersão filogenética. No Planalto Diamantina as espécies são mais próximas, a distância média de pares padronizada (sesMPD < 0), enquanto que no fragmento da bacia do Rio Doce são distantes filogeneticamente. Por fim, a elevada diversidade florística bem como as espécies ameaçadas de extinção, tornam esses fragmentos importantes para conservação e manutenção da biodiversidade.