Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Acesso e permanência dos estudantes quilombolas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais Campus Araçuaí por meio de ações afirmativas no ensino superior(UFVJM, 2020) Meireles, Gilvânia Antunes; Paiva, Adriana Gomes de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paiva, Adriana Gomes de; Nascimento, Kátia Honório do; Santos, Sandro Vinicius Sales dosA presente pesquisa tem por objetivo analisar criticamente as políticas públicas e institucionais relacionadas ao acesso e permanência dos estudantes quilombolas nos cursos superiores do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG Campus Araçuaí, bem como os desafios para a sua permanência na Instituição. Nesse ínterim, para contextualizar a importância das ações afirmativas para as relações étnico-raciais, revisitou-se a literatura sobre a história dos quilombos como espaço de resistência, assim como o papel das ações afirmativas para que estudantes quilombolas tenham seu acesso e permanência no ensino superior. Para tanto, recorreu-se à pesquisa bibliográfica e documental, com consulta a diversas reflexões teóricas que abordam a história dos sujeitos, a análise das políticas públicas e suas interfaces com as ações afirmativas. Além disso, foi apresentado um panorama da legislação que orienta as ações dos governos, assim como a compreensão dos estudantes quilombolas como sujeitos protagonistas no processo de aprendizagem. A referida pesquisa também contou com análise de dados sobre o acesso e a permanência de estudantes quilombolas no Instituto Federal supracitado. Espera-se que a presente pesquisa fomente uma reflexão crítica sobre a importância das políticas de ações afirmativas, apontando a necessidade ampliação do acesso e do acompanhamento da permanência dos jovens quilombolas no ensino superior, em especial no contexto da realização da pesquisa.Item De lembrar, de ter e de comer. A cultura alimentar e a manutenção da agrobiodiversidade na comunidade Quilombola de Raiz(UFVJM, 2018) Souza, Marta Aguiar de; Fávero, Claudenir; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fávero, Claudenir; Murta, Nadja Maria Gomes; Costa Filho, AdervalAs formas de lidar com a terra, a água, as plantas e os animais praticadas pelos agricultores ao longo dos últimos 12.000 anos foram responsáveis pela enorme variedade de cereais, frutas, verduras e animais que fazem parte das nossas vidas, ou seja, a agrobiodiversidade que conhecemos e desfrutamos. No entanto, as mudanças na agricultura que vem acontecendo no século passado e em especial a partir da década de 1960, contribuíram muito para a redução da diversidade das plantas cultivadas. O modelo desenvolvimentista que incentiva a padronização de sistemas agrícolas e seus produtos vem comprometendo ou inviabilizando formas de vida tradicionais em todo planeta. A indústria de alimentos é um braço forte desse modelo com a função de uniformizar o gosto e a agricultura. Nesse formato de produção muitos alimentos são eliminados do processo produtivo ferindo culturas alimentares, a agrobiodiversidade e gerando erosão genética. A perda da diversidade agrícola é um fato. Neste cenário qual é o estado da arte da diversidade agrícola na comunidade tradicional, especificamente na Comunidade Quilombola de Raiz? Diante da força do Império Agroalimentar o que está acontecendo com a cultura alimentar na comunidade? As praticas alimentares presentes no sistema agrícola tradicional na comunidade tem resistido? Qual a relação entre hábitos alimentares e manutenção da agrobiodiversidade na comunidade? Este trabalho buscou verificar se as praticas alimentares da comunidade dão sustentação ao sistema agrícola e a agrobiodiversidade, se há ameaças vindas da indústria agroalimentar e, em se confirmando, quais os caminhos de resistência da comunidade para a manutenção da diversidade agrícola.Item Processo de constituição da identidade: significações atribuídas pelos moradores da Comunidade Quilombola Marques(UFVJM, 2015) Coutinho, Dayse Aparecida Silva Pereira; Murta, Agnes Maria Gomes; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Agnes Maria Gomes; Murta, Nadja Maria Gomes; Paes, Silvia Regina; Machado, Vírginia CamposEste estudo objetivou levantar, avaliar e desvelar os sentidos e significados (significações) atribuídos ao processo de constituição da identidade dos moradores da Comunidade Quilombola Marques, localizada ao Norte do município de Carlos Chagas-MG. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que teve como eixo epistemológico a Psicologia Sócia Histórica. Como categorias elegeu-se identidade, sentidos e significados (significações). Participaram deste estudo vinte e quatro sujeitos, sendo dezenove adultos (onze do sexo masculino e oito do sexo feminino) e cinco adolescentes (três do sexo masculino e dois do sexo feminino). Como técnica para apreensão de informações foram realizadas entrevistas semiestruturadas focal e recorrente com os sujeitos adultos e uma roda de conversa com os adolescentes. Foram sistematizados quatro Núcleos de Significação: I) Tornar-se quilombola: motivos e necessidades, II) Saudades do nosso lugar e a nova morada, III) As relações familiares, as formas de trabalho e as tradições mantidas: elementos constitutivos da identidade, IV) Sou quilombola: com muito orgulho. Como resultados e considerações observou-se a constituição da identidade quilombola face à necessidade de luta pelo autorreconhecimento, após os rumores da construção da PCH Mucuri. A identidade quilombola assegura aos Marques a garantia da emancipação e da transformação da sua própria história, ou seja, da sociedade, fazendo valer a sua luta. Os fortes laços familiares, as formas de trabalho e produção, através de mutirões e algumas tradições são mantidos. No entanto, a Comunidade Quilombola Marques está adaptada a contemporaneidade, ao meio cultural, social e político em que está inserida, no qual se apropria e continua o seu processo de constituição da sua história quilombola. As significações atribuídas pelos Moradores da Comunidade Quilombola Marques ao se reconhecerem e se denominarem como quilombola, os sentimentos de orgulho, alegria e satisfação foram predominantes. Assim como a valorização da ancestralidade na transformação da identidade dos Marques. Acreditamos que para maior compreensão e estudo das comunidades quilombolas é de suma importância que se desvincule a ideia do passado e se abra para uma nova concepção de comunidade, onde o processo identificatório, não seja fechado e acabado, e a identidade seja entendida como um processo em constante movimento, como metamorfose.Item Política de Assistência Estudantil: um estudo sobre o Programa Bolsa Permanência e os primeiros beneficiários indígenas e quilombolas no IFNMG – Campus Januária(UFVJM, 2017) Santos, Warley Anderson Mota dos; Carvalho, Keila Auxiliadora de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Carvalho, Keila Auxiliadora de; Martins, Marcos Lobato; Neves, Leonardo SantosO Brasil, constituído historicamente por desigualdades sociais e raciais, tem passado recentemente por um processo de formulação de políticas públicas com o objetivo de minimizá-las. As lacunas que dificultam a viabilidade de acesso às condições igualitárias entre os brasileiros ainda persistem, com características não mutáveis que se condicionam ao gênero, etnia e/ou situação social. Essas condicionantes influenciam no acesso aos direitos e na integração social. É nesse contexto que emergem as políticas públicas de caráter inclusivo, com proposições abarcadas pela necessidade de igualdade ao acesso de direitos e democratização de oportunidades. Na Educação, em especial no Ensino Superior, a aplicação de ações afirmativas tem fortalecido a expansão de oportunidades àqueles segmentos outrora excluídos. Dessa forma, os estudantes negros, indígenas e os oriundos do sistema público de ensino têm, atualmente e, mediante a instituição de sistemas especiais de ingresso e permanência, conseguido aumentar as chances de concluir uma graduação. Nessa perspectiva, o presente estudo se propôs a discutir e a investigar a Política de Assistência Estudantil, sob a ótica do Programa Bolsa Permanência do Governo Federal, dirigido para o público indígena e quilombola da área de abrangência do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - Campus Januária. O referido programa se configura como importante mecanismo para combater as desigualdades sociais e despontou como um instrumento necessário para que, de fato, pudesse acontecer a democratização do acesso e a permanência desses jovens no ensino superior público federal. Pretende-se, ao final, inteirar-se, com maior amplitude, da relação que se estabelece entre o Programa, os indígenas e quilombolas beneficiários e a instituição, adentrando a questão da percepção que o sujeito fim dessa ação possui de si mesmo e do Programa, este último como facilitador e promotor de sua permanência nas graduações ofertadas pelo Campus. A metodologia escolhida para guiar a discussão e a obtenção dos dados desta pesquisa considera uma perspectiva exploratória com enfoque na abordagem quanti-qualitativa, sendo a aplicação de um questionário eletrônico o principal método de coleta. A apresentação dos resultados foi conduzida por meio de gráficos, tabelas e quadros comentados individualmente. Além disso, realizou-se uma análise qualitativa das informações, buscando compreender os elementos que extrapolam a uma lógica objetiva contida nas respostas obtidas.Item Comunidade Quilombola de Quartel do Indaiá (MG) e Parque Nacional das Sempre Vivas: direitos, territórios e saúde(UFVJM, 2014) Almeida, Harley Fernandes de; Dias, Ana Cristina Perez; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Ana Cristina Perez; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Braga Júnior, AméricoQuartel do Indaiá consta como uma das 220 comunidades quilombolas reconhecidas no estado de Minas Gerais, através do critério de autodefinição, segundo dados da Fundação Cultural Palmares a partir da concepção da ancestralidade, trajetória e relação territorial específica de seus componentes. A compreensão do território como espaço de reprodução cultural, social, religiosa e econômica dessas comunidades no Brasil foi uma bandeira dos movimentos sociais ligados à cultura negra na década de 1980, que buscaram garantia constitucional desse direito. O território, neste contexto, também é considerado um espaço de promoção da saúde para as comunidades que mantêm uma relação de interdependência com o ecossistema em que vivem, principalmente para sua alimentação. A criação do Parque Nacional das Sempre Vivas foi efetivado através do Decreto Presidencial s/n, em 13 de dezembro de 2002, com uma política que visa a proteção integral da natureza da “interferência” antrópica. Assim, as comunidades tradicionais que vivem no entorno foram impedidas de ter acesso às áreas delimitadas, privando-as de suas práticas tradicionais de subsistência. O presente estudo teve como objetivo principal desvelar a relação entre a comunidade de Quartel do Indaiá e o Parque Nacional das Sempre Vivas e a sua influência no modo de vida desta comunidade. A metodologia utilizada foi a análise do conteúdo que possibilitou identificar, através das entrevistas realizadas com moradores da comunidade e com os representantes dos órgãos públicos, pontos que convergiram para a caracterização do conflito socioambiental, com reflexos no seu modo de vida, sua economia e segurança alimentar e nutricional.