Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Composição das equipes multiprofissionais de apoio à Atenção Básica por macrorregião de saúde no Estado de Minas Gerais: análise do período de 2018 a 2022(UFVJM, 2023) Galvão, Rejane Valgas Oliveira; Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lessa, Angelina do Carmo; Teixeira, Romero Alves; Murta, Nadja Maria Gomes; Silva, George Sobrinho; Freitas, Ronilson FerreiraO Ministério da Saúde (MS), órgão responsável pela formulação das políticas públicas da saúde, definiu em 1994 que o modelo de atenção à saúde a ser adotado pelos municípios, com o objetivo de garantir a atenção primária à saúde, foi no primeiro momento o Programa de Saúde da Família (PSF) e atualmente a Estratégia de Saúde da Família (ESF). Em 24 de janeiro de 2008 foi criado o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) através da Portaria nº 154, com o objetivo de aumentar a abrangência e o escopo das ações da atenção primária à saúde tornando-a mais resolutiva e efetivando o trabalho da ESF que busca a coordenação do cuidado das pessoas que estão em sua área de abrangência e reafirmando, assim, os pilares do Sistema Único de Saúde (SUS): da regionalização e territorialização. Em 12 de novembro de 2019, o Ministério da Saúde, através da Portaria nº 2979, instituiu o Programa Previne Brasil que estabeleceu um novo modelo de financiamento de custeio da Atenção Primária à Saúde no âmbito do SUS e não relacionou o Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB) (nova nomenclatura adotada a partir da publicação da Portaria nº 2436 de 21 de setembro de 2017) como ação estratégica para recebimento de custeio específico. Considerando esta alteração, essa dissertação tem por objetivo geral descrever o perfil e quantitativo em relação ao NASF-AB e/ou equipes multiprofissionais no Estado de Minas Gerais no período de 2018 a 2022. Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva e quantitativa. As informações foram obtidas através da utilização de fontes secundárias em base de dados nacionais como Tabulação para Windows (Tabwin), Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB), e estaduais como o site da Programação Pactuada Integrada (PPI)/MG. Os dados alcançados foram tabulados no Excel, pacote Officce (Microsoft®) e, posteriormente, construíram-se tabelas. Como resultado observou-se que no quantitativo de equipes por tipo de equipe no período de agosto/2018 a agosto/2022, houve uma migração do quantitativo de NASF 1, NASF 2 e NASF 3 para o quantitativo de ENASF-AB, mas apesar da migração destaca-se uma redução de 81(oitenta e uma) equipes no período. Já em relação ao quantitativo de equipes por classificação do serviço, houve uma migração dos serviços de NASF 1, NASF 2 e NASF 3 para o serviço de NASF-AB, mas neste caso, houve um aumento de 17 (dezessete) equipes passando de 918 (novecentos e dezoito) em 2018 para 935 (novecentos e trinta e cinco) em 2022. Quanto a variação por categoria profissional, foi feito um levantamento quadrimestral por macrorregião de saúde do estado de Minas Gerais e observou-se que houveram acréscimos e decréscimos conforme o período analisado e a macrorregião. Já em relação ao quantitativo de atividades realizadas pelos profissionais, de maneira geral houve decréscimo sendo o maior percentual de decréscimo de atividades dos farmacêuticos e o menor percentual de decréscimo de atividades dos fonoaudiólogos. Conclui-se que apesar da publicação da portaria do Previne Brasil e da necessidade de enfrentamento da Pandemia da Coronavirus Disease 2019 (Covid-19) houve a diminuição no quantitativo de equipes de NASF-AB, os quantitativos dos profissionais ficaram estáveis ou aumentaram, mas o quantitativo de atividades realizadas diminuiu.Item Efetividade do Apoio Matricial da Fisioterapia na Atenção Primária a Saúde(UFVJM, 2023) Barbosa, Samara Maria Neves; Santos, Juliana Nunes; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)Este trabalho investigou a efetividade do AM do profissional fisioterapeuta, com foco nas condições de saúde sensíveis a intervenção da fisioterapia na APS. O estudo propôs oficinas temáticas envolvendo conceitos e práticas de prevenção, promoção e reabilitação nos eixos saúde materno-infantil, do adulto, do idoso e desordens musculoesqueléticas, contendo condições de saúde de elevada prevalência na APS tais como dor lombar, incontinência urinária, tonturas, entre outras situações possíveis de serem encontradas na visita domiciliar do ACS. Os temas foram organizados em quatro encontros presenciais (16 horas) e atividades para serem feitas em casa (8 horas). Foram utilizados instrumentos de coleta de dados (pré e pós-teste) contendo questões relacionadas à atuação da fisioterapia na APS e um inquerido com levantamento de casos sensíveis a essa atuação na área de abrangência do agente. Para atingir os objetivos propostos, realizou-se dois estudos cuja intervenção foi a realização das oficinas de AM: I) Estudo de delineamento quase-experimental em um município de pequeno porte, com duas equipes de saúde da família e 13 ACS divididos em grupos intervenção (n=6) e controle (n=7); II) Um ensaio clínico randomizado em munícipio de médio porte, com 57 ACS, aleatorizados em grupos intervenção (n=28) e controle (n=29). Os resultados do estudo I revelaram diferença estatística na percepção de risco dos ACS dos grupos intervenção e controle na percepção dos casos envolvendo desordens musculoesqueléticas (p=0,032) e na identificação de casos de alterações infantis (p=0,012) após a participação nas oficinas de AM. No estudo II, e após o AM, houve diferença estatística entre os grupos intervenção e controle na percepção das desordens musculoesqueléticas (p=0,028), e quanto a demanda de encaminhamentos houve diferença estatística nos casos de alterações infantis (p<0,001), saúde do trabalhador (p=0,003), incontinência urinária (p=0,0012), risco de quedas (p=0,007), alterações vestibulares (p=0,002) e alterações venosas (p< 0,001). Com a realização do estudo observou-se aumento da percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis a intervenção do fisioterapeuta na APS e maior identificação dos usuários com condições a serem encaminhadas para a fisioterapia no nível primário. Os achados fornecem evidências da efetividade do AM do fisioterapeuta no primeiro nível de atenção à saúde como estratégia favorecedora da resolutividade da atenção.Item Internações por condições sensíveis à atenção primária em menores de um ano: um estudo ecológico na macrorregião Norte de Minas Gerais, Brasil(UFVJM, 2023) Santos, Fernanda Marinela Canário; Araújo, Alisson; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Araújo, Alisson; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Ribeiro, Cláudia Danyella Alves Leão; Damasceno, Renata FiuzaAs internações por condições sensíveis à Atenção Primária à Saúde passaram a ser adotadas como instrumento para avaliação do desempenho dos Sistemas de Saúde nos territórios. O estudo objetivou analisar as internações por condições sensíveis à atenção primária à saúde em crianças menores de um ano na macrorregião Norte do estado de Minas Gerais, entre os anos 2009 e 2019. O cenário foi escolhido em função da vulnerabilidade social, das extensões territoriais e da conformação das redes de atenção à saúde que se mostram ainda frágeis. Trata-se de um delineamento ecológico, de série temporal, com abordagem quantitativa de registros do Sistema de Informação Hospitalar disponibilizados pelo Ministério da Saúde. As internações foram classificadas segundo os grupos de causas estabelecidos na Lista Brasileira de condições sensíveis, considerando as faixas etárias Neonatal precoce e Pós-neonatal. Para coleta e análise dos dados foram adotados os softwares Tabwin e Statistical Package for the Social Science 20.0 (SPSS Statistics), respectivamente, a fim de verificar a prevalência dessas hospitalizações e sua associação com as variáveis faixa etária, sexo, raça/cor e microrregião de residência. Para análise da tendência temporal dessas hospitalizações foi adotado o modelo de regressão linear generalizado de mínimos quadrados ordinários, através da plataforma Gnu Regression, Econometric and Time-séries Library e o cálculo da Annual Percent Change. No período foram realizadas 8.350 internações de menores de um ano, sendo mais frequentes no grupo pós-neonato (84,75%), do sexo masculino (54,87%), raça/cor sem informação (48,87%) e residentes, principalmente, nas microrregiões de Montes Claros, Brasília de Minas/São Francisco, Janaúba/Monte Azul e Pirapora. A taxa dessas internações apontou tendência de crescimento de aproximadamente 0,72/1000NV ao ano, sendo mais acentuada no grupo dos neonatos (5,39casos/1000NV). Dentre os principais grupos de causas de internações destacam-se as pneumonias bacterianas (21,99%), doenças pulmonares (20,19%), gastroenterites infecciosas e suas complicações (19,22%), infecção no rim e trato urinário (11,14%) e asma (4,74%). A análise de tendência demonstrou redução entre as pneumonias bacterianas (-7,78/1000) e asma (-2,66/1000), contrapondo-se ao crescimento das doenças pulmonares (11,64/1000), infecção no rim e trato urinário (2,21/1000), gastroenterites infecciosas e suas complicações (1,96/1000) e, em maior magnitude, das doenças relacionadas ao pré-natal e parto (38,96/1000), grupo de maior prevalência entre os neonatos. Espera-se que os resultados desta pesquisa sejam adotados como ferramenta de gestão na definição de estratégias que minimizem a morbidade infantil na Macrorregião Norte Mineira.Item Determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV no Vale do Jequitinhonha e sua relação com o controle virológico(UFVJM, 2023) Görgens, Pollyanna Roberta Campelo; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Thomasini, Ronaldo Luis; Assis, Thamara de Souza Campos; Santos, Delba FonsecaEste estudo teve o objetivo de identificar e analisar determinantes sociais de saúde na população vivendo com HIV, em uma região do Vale do Jequitinhonha. Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, descritivo e exploratório, por meio de análise de 239 (81,8%) prontuários do serviço de referência para pessoas acima de 13 anos, durante o período de 01/10/2020 a 31/12/2020. Foram obtidos os seguintes dados: idade, cor, gênero, data de diagnóstico, histórico de doenças, problemas psicossociais, data da última consulta, número médio de consultas por ano, carga viral (HIV PCR quantitativo), contagem de linfócitos T CD4+, orientação sexual, uso de substâncias, sedentarismo, estado civil, rede de apoio social, vínculo com a atenção primária à saúde, escolaridade, ocupação e procedência. A abordagem dos dados foi feita de forma quali-quantitativa. Foi feito o comparativo dos fatores na população total e com diagnóstico nos últimos 3 anos por razões de prevalência (RP). Os fatores relacionados ao diagnóstico recente e a falha no tratamentoforam estimados pela análise bivariada, regressão logística simples e razão de chances (OR), considerado um nível de significância de 95%. Posteriormente foi realizada a análise multivariada para construção de uma árvore de decisão. Observou-se que 61,1% dos pacientes possuíam outras doenças crônicas e 38,49% apresentavam baixo vínculo com a atenção primária à saúde. Nos últimos 3 anos, o número de diagnósticos vem aumentando na população com ensino superior (RP 1,32; IC95%; 0,68-2,56), nos homossexuais (RP 1,09; IC95%; 0,71-1,68) e em pessoas com linfócitos T CD4+ abaixo de 350 células/mm3 (RP 2,00; IC95%; 1,41-2,84) podendo indicar o diagnóstico tardio do HIV. Indivíduos desempregados apresentaram mais chances de ter um diagnóstico recente (OR 6,21; IC95%; 1,80-26,13). A baixa contagem de CD4+ e a idade menor ou igual a 45 anos foram os fatores determinantes no modelo da árvore de decisão considerando o desfecho diagnóstico recente. As chances de adequado controle virológico reduziu em indivíduos com demandas psicossociais (OR 0,47; IC95%; 0,00-0,25). A hipertensão arterial sistêmica e a baixa contagem de linfócitos T CD4+ foram as condições mais relevantes no modelo de árvore de decisão considerando o desfecho falha terapêutica. Os achados podem contribuir com estratégias para melhor controle da epidemia e para o melhor cuidado da população infectada.Item Representações sociais de mulheres primíparas assistidas pela Atenção Primária à Saúde sobre o aleitamento materno(UFVJM, 2023) Soares, Simone Sayonara dos Santos; Teixeira, Romero Alves; Freitas, Ronilson Ferreira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Teixeira, Romero Alves; Murta, Nadja Maria Gomes; Santos, Gustavo Souza; Macedo, Mariana de SouzaO aleitamento materno exclusivo (AME) é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) até os seis meses e os benefícios para mãe e filhos são comprovados pela literatura. Contudo, a mulher, após o parto, sofre mudanças locaise sistêmicas, o que as vezes torna o período da amamentação, uma experiência difícil, marcada por diversas representações, e que pode inclusive, ocasionar a interrupção do aleitamento do recém-nascido. Frente a esse contexto, o objetivo deste estudo foi desvelar as representações sociais de mulheres primíparas do município de Curvelo assistidas pela Atenção Primária à Saúde sobre o aleitamento materno. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa e o referencial teórico e metodológico empregado se refere à Teoria das Representações Sociais e à análise de conteúdo de Bardin. Foram realizadas entrevistas com nove nutrizes, com idade média de 23,6 anos. Ao longo das entrevistas, foi possível observar falas acerca da dificuldades sobre o início do aleitamento e da satisfação com o ato de amamentar. Sobre as experiências relativas ao aleitamento materno, a partir da fala das nutrizes, foram criadas as seguintes categorias: (1) O processo de amamentação e os sentimentos vivenciados pelas nutrizes; (2) As dificuldades no processo de amamentação e a relação com redes de apoio; (3) Assitência à saúde no aleitamento materno: experiências das nutrizes na Atenção Primária e Maternidade (hospital). Foi possível constatar as seguintes representações sociais: primeiro, o processo de amamentação é representado como um grande desafio, que envolve sacrifícios por parte das mães sendo impostas não apenas pelas condições objetivas do processo de amamentação, mas também por imperativos culturais; segundo, o processo de amamentação está intrinsecamente associado ao conceito de “boa mãe” nas representações sociais, ou seja, o medo de não amamentar adequadamente é associado ao medo de não ser uma boa mãe; terceiro, nas representações sociais, a maternidade é uma responsabilidade que recai principalmente sobre as mães. Portanto, é fundamental que serviços de saúde, principalmente no que diz respeito a Atenção Primária e sociedade apoiem as mulheres antes e depois do nascimento e ainda mais tarde quando surgem os principais desafios para a manutenção de um aleitamento exclusivo. Faz-se necessário que profissionais atuantes nessa área busquem constante atualização e sensibilizem-se para a abordagem do assunto junto às nutrizes de modo que possam tornar as representações sociais vivenciadas por essas mulheres, positivas e agradáveis.Item Conhecimento de Agentes Comunitários de Saúde sobre as condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na Atenção Primária à Saúde(UFVJM, 2022) Silva, Gabriel Brighenti Menezes; Santos, Juliana Nunes; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Juliana Nunes; Costa, Henrique Silveira; Gomes, Wellington FabianoIntrodução: O Agente Comunitário de Saúde (ACS), assim como o Fisioterapeuta, desencadeia funções fundamentais na Atenção Primária à Saúde (APS), sendo elemento importante na transformação de políticas públicas. Como esses profissionais atuam em contato direto com famílias e residências, a percepção e conhecimento das condições em que o Fisioterapeuta pode atuar na APS se torna uma tarefa necessária. Entretanto, não existem estudos que investiguem o conhecimento dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS. Objetivos: (1) construir um questionário de investigação do conhecimento e percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis a intervenção da fisioterapia na APS; (2) avaliar tal conhecimento/percepção entre os ACS. Métodos: Fase I- Construção e validação do instrumento. Foi construída uma Matriz de Análise estruturada com temas a serem contemplados no questionário. Para validação de conteúdo e aparente, 12 Fisioterapeutas julgaram a adequação dos itens. Posteriormente, foi realizada a análise semântica por meio da checagem dos itens por 15 ACS. Fase II: Foi realizada a investigação sobre o conhecimento e percepção do ACS de cinco municípios. Na análise de dados foram criados índices de percepção de riscos (IPR) a fim de qualificar as respostas dos ACS nas áreas de saúde do idoso, saúde do adulto, saúde materno-infantil e desordens musculoesqueléticas. Foi calculado também o percentual de discordância (PD), ou seja, a relação entre as respostas encontradas e esperadas em cada grupo de questões. Resultados: Fase I: Resultou em um questionário com 20 questões objetivas contendo situações hipotéticas de visitas domiciliares realizadas pelo ACS cuja situação do morador que poderia ou não configurar um risco à saúde sensível à intervenção da fisioterapia na APS. Para a construção do instrumento foi feita revisão da literatura científica e publicações de entidades científicas da área, sendo eleitas condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS. Na etapa de validação do instrumento, foram realizadas duas rodadas de avaliação. O tempo de atuação média dos juízes, 50% são doutores, em APS foi de 12 anos. Foram feitos ajustes em 17 questões. Fase II: 142 ACS responderam ao questionário, 128 do sexo feminino (90,1%), com idade média de 36 anos (±9,2) e tempo médio de atuação como ACS de 6 anos e 9 meses (±67). Desses, 33% não conseguem identificar condições de saúde sensíveis à intervenção do fisioterapeuta na APS. Os ACS mostraram melhores percepções nas condições de saúde materno-infantil, saúde do adulto e desordens musculoesqueléticas e pior percepção na saúde do idoso. Os índices de percepção de risco na saúde do idoso (p=0,019), na saúde do adulto (p=0,033) e nas desordens musculoesqueléticas (p=0,013) apresentaram diferença estatisticamente significativa em relação a ausência e presença de fisioterapia na UBS do agente. Conclusão: O instrumento de percepção dos ACS sobre as condições de saúde sensíveis à intervenção da fisioterapia na APS é válido para ser utilizado no contexto da APS. A presença da fisioterapia na UBS de atuação do ACS aprimora o olhar dos profissionais para as funções exercidas pelo fisioterapeuta nesse nível de atenção.Item Inserção do educador físico na atenção primária à saúde e seu papel junto a hipertensos assistidos na cidade de Diamantina-MG, Brasil(UFVJM, 2021) Ribeiro, Herbert Silva; Miranda, Thamar Kalil de Campos Rolla; Dias, Carlos Alberto; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Miranda, Thamar Kalil de Campos Rolla; Dias, Carlos Alberto; Miranda, João Luiz de; Rodrigues, Suely MariaA inserção do Profissional de Educação Física (PEF) na Atenção Primária à Saúde (APS) colabora para a reorganização dos serviços de saúde, que passam a contar com uma profissão que acrescenta a atividade física na perspectiva da prevenção e promoção de saúde. A atividade física vem se consolidando como meio não farmacológico na prevenção e tratamento de diversas doenças, especialmente a Hipertensão, o que gera a diminuição de gastos do Estado com tratamento e intervenções complexas ocasionadas pelo agravamento de diversos problemas de saúde, como também aumenta a qualidade de vida das pessoas. Vale salientar que o reconhecimento da Educação Física como profissão da saúde é um fato considerado recente, tendo ocorrido no final da década de 1990 com a publicação da resolução Nº 218 de 6 de março de 1997 pelo Conselho Nacional de Saúde. Entretanto, somente a partir do ano de 2008 com a criação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), o PEF passou a ter legalidade para compor as equipes de saúde que integram os serviços de saúde, tendo oportunidade para contribuir com o Sistema Único de Saúde. Nessa perspectiva, este estudo tem por objetivo conduzir uma reflexão sobre o processo de inserção do PEF na APS e descrever as condições de saúde de hipertensos assistidos pela Estratégia de Saúde da Família de Diamantina, Minas Gerais. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem quanti-qualitativa, multimetodológica fundamentada igualmente nas seguintes fontes: 1) Revisão Integrativa de Literatura; 2) Documentos oficiais, legais do campo da educação da saúde e também documentos técnicos relacionados a hipertensão arterial e atividades físicas aplicáveis a pacientes hipertensos; 3) Estudo, inventário, seleção, análise, da pesquisa de campo intitulada: “Hipertensão arterial sistêmica: práticas comportamentais e representações sociais de pacientes a respeito da doença e seu tratamento”. Os dados indicaram que o sexo dos entrevistados possui relação muito significativa com estado civil, escolaridade e índice de massa corporal (IMC). Além disso, foi também verificado que existe dependência significativa entre sexo e prática de exercícios físicos. Conclui-se que existem ainda diversos obstáculos para uma inserção eficiente do PEF nos serviços de saúde. Porém, suas contribuições são notórias nesse âmbito, principalmente por orientar a prática de atividade física de pacientes assistidos pela ESF de Diamantina, se tornando grande aliado na prevenção e promoção de saúde.Item Perfil dos idosos atendidos na atenção primária à saúde quanto aos prenunciadores de declínio funcional(UFVJM, 2021) Veloso, Cleber Henrique; Lara, Maristela Oliveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lara, Maristela Oliveira; Macedo, Camila Diana; Queiroz, Ana Carolina Lanza; Simões, Mariana Roberta LopesA população idosa no Brasil e no mundo cresce cada vez mais paralelamente ao aumento da expectativa de vida. A longevidade está intimamente ligada ao processo de fragilização, porém a capacidade funcional dos idosos está ligada a vários outros fatores. A fragilidade dos idosos não tem a relevância que deveria frente ao sistema de saúde, tratada muitas vezes como normal da idade avançada. Objetivo: descrever as características da população idosa atendida na APS em uma cidade do interior de Minas Gerais por uma equipe multiprofissional de residentes em saúde do idoso, considerando-se as dimensões indicadoras de fragilidade, e caracterizar o declínio funcional de acordo com a idade, gênero e região onde mora (rural e urbana). Método: estudo epidemiológico de corte transversal, retrospectivo, descritivo exploratório, de abordagem qualiquantitativa. A população foi composta por 60 idosos atendidos num período de 6 meses do ano de 2019 pela equipe de residentes na APS de uma cidade do interior de Minas Gerais. Os dados deste estudo foram coletados do instrumento de avaliação IVCF-20, que envolve vários aspectos da condição de saúde do idoso e que podem indicar o risco de declínio funcional. A coleta de dados se deu por meio de consulta em prontuários. Resultados: evidenciado que 10 % dos idosos foram classificados em baixo risco, 36,7% em médio risco e 53,3% em alto risco de declínio funcional. Dentre as dimensões do IVCF-20 as que mais tiveram destaque foram: idade avançada (75 anos ou mais), capacidade aeróbica e muscular prejudicada, polipatologia, déficit na realização de AVD e quedas. Verificou-se possível correlação do aumento da idade com o aumento do risco de declínio funcional. Constatou-se maior prevalência de incapacidades funcionais no gênero feminino, e semelhança na classificação de risco entre os gêneros, estando homens e mulheres em sua maioria no grupo de alto risco. Averiguou-se que os idosos residentes na zona urbana têm ligeiramente maior risco de incapacidades funcionais que aqueles residentes em zona rural. Conclusão: a caracterização do perfil de risco de fragilização dos idosos obtida neste estudo possibilita a aplicação em pesquisas futuras, dá um norteamento para o atendimento e triagem do idoso na atenção primária e fornece embasamento para propostas de políticas de envelhecimento saudável.Item A gerência de unidades básicas de saúde do Sistema Único de Saúde no Vale do Jequitinhonha / Minas Gerais(UFVJM, 2020) Pertile, Karina Cenci; Hemmi, Ana Paula Azevedo; Nunes, Ana Paula Nogueira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Hemmi, Ana Paula Azevedo; Nunes, Ana Paula Nogueira; Ribeiro, Liliane da Consolação Campos; Cunha, Maria Luiza SilvaNo campo de assistência à saúde, a discussão do gerenciamento dos processos de trabalho tem tido destaque, em especial no que se refere ao processo de transformação dos serviços de saúde no Brasil. O exercício da gerência dos serviços de saúde da Atenção Básica é carregado de complexidades e, ainda que existam alguns estudos que buscam descrever como a função gerencial é desempenhada na AB, não há estudos sobre esse tema entre os profissionais que atuam na microrregião de Diamantina, MG. Neste estudo buscou-se investigar como tem sido realizada a função gerencial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Equipe de Saúde da Família do Sistema Único de Saúde, na microrregião de Diamantina, MG. Trata-se de um estudo misto de delineamento descritivo-exploratório, que foi dividido em duas etapas. Na etapa quantitativa foram aplicados questionários a 53 profissionais que exercem a gerência de serviços de saúde com Estratégia Saúde da Família, na região em estudo, e os dados foram analisados a partir do software STATA11.0. A análise dos dados quantitativos revelou que a categoria profissional que assume predominantemente a gerência dos serviços é a enfermagem (98,8%), e confirmou as hipóteses de que os profissionais acumulam funções gerenciais às assistenciais (86,79%) e que os profissionais não tem formação específica para a atuação gerencial (73,58%). Os resultados quantitativos demonstraram ainda que os gerentes reconhecem que as atividades propostas para o trabalho gerencial em uma UBS, relacionadas à gestão de pessoas, gestão de materiais, articulação de rede e participação popular, fazem parte da sua rotina diária de trabalho. Entretanto, para algumas dessas questões, como é o caso da gestão de conflitos, da participação social e da regulação da assistência, os profissionais não se sentem plenamente aptos a desenvolvê-las. Na etapa qualitativa foram entrevistados, através de um roteiro semi-estruturado, seis profissionais que acumulam funções gerenciais às assistenciais e que realizaram curso de formação na área gerencial. As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra, tendo sido analisadas de acordo com a análise do conteúdo proposta por Minayo (2006). A análise das entrevistas revelou que a compreensão de gerência está atrelada às rotinas burocráticas, e que o acúmulo das funções gerenciais às assistenciais gera a sensação de que o trabalho não foi desempenhado adequadamente, já que ambas as funções são extensas e complexas. As profissionais que acumulam funções sentem-se cansadas, sobrecarregadas, desmotivadas e frustradas. Evidenciou-se, ainda, que os cursos de formação deram conta de estabelecer a identidade como gerente, de oferecer ferramentas que facilitaram o trabalho, e de ampliar o olhar das profissionais para o usuário, enquanto centro do processo de produção de cuidado. Conclui-se que, para que a gerência dos serviços possa representar um fator de transformação das práticas, são necessárias algumas medidas: incentivo financeiro aos municípios, pelo Ministério da Saúde, que induza a criação do cargo de gerente; apoio institucional pela Secretaria de Estado de Saúde, que garanta uma construção do fazer gerencial em consonância com o que é preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica, além de espaços de Educação Permanente; criação do cargo de gerente da Atenção Básica pelas secretarias municipais de saúde, desvinculado de atividades assistenciais.Item Avaliação da gestão da rede de atenção à urgência e emergência na atenção primária à saúde(UFVJM, 2019) Silva, Zilmar Geralda de Almeida; Ribeiro, Mirtes; Barroso, Heloisa Helena; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ribeiro, Mirtes; Guedes, Helisamara Mota; Lara, Maristela OliveiraObjetivo: Analisar os serviços de Atenção Primária à saúde para o atendimento de urgência e emergência. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo exploratório transversal com abordagem quanti-qualitativa sob análise de questionários adaptados do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que foram aplicados aos gestores municipais e gerentes de unidades de saúde de municípios da região de saúde de Diamantina. Para adequação dos instrumentos de avaliação foi realizado um teste piloto no município com menor população. A análise dos dados quantitativos foi feita através do programa Sphinx Survey edição léxica, Versão 5.0.1.4, e incluiu análise descritiva e estatística. A análise dos dados qualitativos foi feita através da análise de conteúdo de Bardin. Resultados: De acordo com os gestores e gerentes 77,8% dos municípios não possuem condições efetivas de atendimento de Urgência e Emergência devido à inexistência de capacitação da equipe, e em 33,3 % dos municípios por falta de recursos materiais. Destes municípios 33,3% não possuem Unidade de Saúde aberta 24horas por dia para o atendimento à população, como também não conta com a presença de equipe completa em período integral. De acordo com os gestores, apenas 44,4% dos municípios realizaram ações de educação permanente em saúde em urgência e emergência, embora a totalidade dos gestores tenha autonomia para fazê-lo. Dentre os entraves enfrentados pelas equipes referentes à disponibilidade de materiais, 44,4% delas não têm condições de suporte ventilatório pediátrico por não possuírem ressuscitador manual pediátrico, e 78% não apresentam condições de proporcionar vias aéreas definitivas em crianças por não possuírem todos os materiais necessários. Quanto às opiniões de gestores e gerentes, estas convergem para a importância e a necessidade tanto dos atendimentos dos casos de Urgência e emergência na Atenção Primária, bem como da viabilização dos recursos físicos e materiais, e da Educação Permanente em Saúde dos profissionais. Conclusão: Os achados permitiram descrever a realidade da rede de urgência e emergência na Atenção Primária à Saúde na Região de Saúde de Diamantina. As limitações encontradas indicam a necessidade de investimentos em processos de qualificação das equipes, melhorias da infraestrutura e recursos materiais no acolhimento às situações emergenciais; bem como otimização dos processos de gestão.