Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Isolamento e seleção de levedura de Kombucha para elaboração de cervejas(UFVJM, 2022) Souza, Hygor Lendell Silva de; Ramos, Cíntia Lacerda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Ramos, Cíntia Lacerda; Santos, Claudia Cristina Auler do Amaral; Magalhães Guedes, Karina TeixeiraCerveja é uma bebida obtida de insumos e do processamento simples, que resulta de grandes variedades de estilos, sabores e aromas, o que torna uma bebida complexa. A sua qualidade está diretamente relacionada com meios de produção, industrial e “caseira”, que a possibilitou seu alcance mundial. A cerveja é uma bebida alcóolica produzida partir do cereal maltado, água, lúpulo e da fermentação por leveduras. No processamento da cerveja a fermentação é uma das etapas mais importante. É nesta etapa que ocorrerá a transformação dos açucares fermentescíveis em etanol e dióxido de carbono (CO2), através do metabolismo de leveduras, além do mais, são capazes de produzir vasta diversidade de compostos aromáticos que podem contribuir para a qualidade de diferentes estilos de cerveja. O objetivo deste estudo foi isolar, selecionar, identificar e caracterizar leveduras de Kombucha para produção de cervejas. Identificou-se espécies de cepas como Brettanomyces bruxellensis, Geotrichum candidum, Pichia kluyveri e Saccharomycodes ludwigii. Por meio da caracterização fisiológicas submetidas nas leveduras, como: o teste de tolerância em elevadas concentrações (60%) de glicose e maltose; fermentação dos açúcares glicose, frutose, rafinose, sacarose e maltose; crescimento à 10 °C; tolerância aos valores de pH (5.0 e 3.0); 6 % de etanol; 100 mg/L de iso-α-ácido, foi possível selecionar cepas de leveduras, como Brettanomyces bruxellensis, Pichia kluyveri e Saccharomycodes ludwigii, como potencial para serem avaliadas na produção de cerveja tipo Pilsen.Item Germinação dos grãos para a elaboração do extrato hidrossolúvel e extração de xilanas do sabugo de milho crioulo de pericarpo roxo(UFVJM, 2022) Andressa, Irene; Schmiele, Marcio; Benassi, Vivian Machado; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Schmiele, Marcio; Benassi, Vivian Machado; Lucas, Rosymar Coutinho de; Rocha, Thais de SouzaO milho é consumido seja na forma de grãos, farinhas de diferentes granulometrias e como ingrediente na indústria de alimentos. A melhora do perfil nutricional dos alimentos e o incremento do potencial tecnológico através do uso de técnicas baratas e inovadoras tem sido amplamente abordada pela literatura científica. Nesse sentido, o emprego da germinação é uma alternativa para tornar a elaboração de novos produtos à base de milho mais atrativa, por ser de baixo custo e promover melhoria das características nutricionais, funcionais, tecnológicas e sensoriais dos cereais. A partir do milho germinado pode-se obter o extrato hidrossolúvel do milho, uma bebida que poderá substituir o leite aos indivíduos que possuem algum tipo de restrição ao consumo de produtos lácteos ou não o fazem por questões étnicas ou estilo de vida. Com o uso do grão do milho ocorre a geração de um co-produto, o sabugo, o qual representa ~18 % do peso total da espiga. A extração das xilanas e posterior hidrólise à xilo-oligossacarideos (XOS) a partir do sabugo de milho é viável e agrega valor a um co-produto subutilizado pela agricultura e indústria. Sendo assim, o presente trabalho traz como proposta determinar as condições ideais de tempo e temperatura de germinação do milho para a elaboração do extrato hidrossolúvel de milho crioulo de pericarpo roxo avaliando-se as propriedades físico-químicas, tecnológicas e nutricionais e a produção de XOS a partir do sabugo através de pré-tratamento alcalino e hidrólise com xilanase fúngica de forma livre e imobilizada em alginato. Observou-se que o ponto ótimo da germinação predito e validado foi de 86 horas de tempo de germinação à 29 ºC, com uma desejabilidade de 90,42 %. Nestas condições, o processo bioquímico promoveu aumento significativo (p<0,10) do teor de compostos fenólicos totais (57,95 mg de ácido gálico.100 g-¹ de farinha) e da solubilidade desses nutrientes para os extratos aquosos (7,62 mg de ácido gálico.100 mL-¹ de extrato), aumento do teor de sólidos solúveis (7,06 °Brix) e grupos redutores totais dos carboidratos (3,50 %, em glicose), favorecendo a redução da sedimentação de sólidos (11,81 mL.100 mL-¹) e do pH (5,60) do produto final, sendo este último atribuído à liberação de ácidos naturalmente presentes. O pré-tratamento alcalino do sabugo de milho mostrou-se eficiente para a melhoria da acessibilidade das xilanases às xilanas e apresentou ponto ótimo de extração a 60 °C e concentração de NaOH de 2 M, sendo confirmado pela validação do modelo predito, com rendimento de extração de 67,11 ± 0,02 g.100 -¹ g. O coquetel xilanolítico produzido pelo Fusarium sp. EA 1.3.1 na forma livre apresentou maior formação de XOS (116,37 μmol) quando comparado ao imobilizado (7,52 μmol). Assim, os XOS produzidos pela enzima livre apresentaram potencial de aplicação em alimentos e nutracêuticos.Item Elaboração de fermentados alcoólicos de jabuticaba conduzidos com leveduras livres e imobilizadas(UFVJM, 2018) Campolina, Gabriela Aguiar; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Molina, Gustavo; Cruz, Maria do Céu MonteiroA jabuticaba é um fruto de considerável valor nutricional e características organolépticas agradáveis que possuem sazonalidade e alta perecibilidade. Visando minimizar as perdas pós-colheita desse fruto, a busca por técnicas e tecnologias que visem atender esse gargalo se tornam valorosas e merecem destaque. Nesse sentido, a presente pesquisa teve por objetivo elaborar bebidas alcoólicas fermentadas de jabuticaba com diferentes teores alcoólicos, utilizando leveduras livres e imobilizadas como agentes do bioprocesso. Os frutos de jabuticaba foram caracterizados quanto aos aspectos físicos e a polpa, obtida por meio de despolpadeira, foi caracterizada físico-quimicamente. As fermentações foram conduzidas em batelada simples por até 18 dias a 22°C com células livres e imobilizadas em alginato de cálcio. Os processos foram monitorados quanto aos sólidos solúveis totais, pH, crescimento e desprendimento celular e ainda avaliados, no início e ao final da fermentação, quanto aos açúcares redutores, compostos fenólicos, flavonoides, antocianinas, etanol, glicerol, metanol, açúcares e ácidos orgânicos. Além destas foram avaliadas as seguintes variáveis de resposta: taxa específica de crescimento celular (μx); rendimento em produto em relação ao substrato consumido (YP/S); produtividade (QP); rendimento de células em relação ao substrato consumido (YX/S); velocidade de consumo do substrato (rs); taxa específica de consumo de substrato (μs); e eficiência fermentativa (Ef). As bebidas obtidas foram maturadas a 5°C por 90 dias e ao final deste período foram caracterizadas quanto a cor, pH, açúcares redutores totais, compostos fenólicos, flavonoides, antocianinas, etanol, glicerol, metanol, açúcares, ácidos orgânicos e capacidade antioxidante e ainda, quanto às características sensoriais (teste descritivo e aceitabilidade). Todas as bebidas apresentaram Ef acima de 80% e YP/S de no mínimo 0,41 g g-1, além de características físico-químicas satisfatórias, principalmente em relação aos compostos antioxidantes. A imobilização celular apresentou bons resultados quanto à estabilidade mecânica das bioesferas durante o processo. Quanto às características sensoriais, quatro das doze bebidas obtidas se sobressaíram por serem bem aceitas, sendo estas, LIC1D, LIC2D, LLC1D e LLC2D com aceitação média de 72% e características sensoriais agradáveis. Foi observada uma maior aceitação dos julgadores por amostras adoçadas e de menor teor alcoólico. Em relação à forma de elaboração das bebidas, não houve diferença perceptível sensorialmente quanto ao uso de leveduras livres ou imobilizadas, porém o uso de leveduras imobilizadas mostrou-se mais eficiente quanto a variável Qp.Item Estudo do mesocarpo de melancia (Citrullus lanatus) e de seu aproveitamento na elaboração de picles(UFVJM, 2018) Alexandre, Ana Cláudia Silveira; Nelson, David Lee; Pantoja, Lílian de Araújo; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Nelson, David Lee; Molina, Gustavo; Roa, Juan Pedro BretasA melancia (Citrullus lanatus) é um fruto refrescante que apresenta versatilidade de consumo e considerável potencial nutricional; entretanto, é responsável por uma grande geração de resíduos, sendo o mesocarpo (entrecasca), o principal destes. Este resíduo agrícola subutilizado é uma boa alternativa para aproveitamento e desenvolvimentos de novos produtos. O presente estudo relata a possibilidade de agregação de valor ao mesocarpo de melancia por meio do desenvolvimento de picles acidificados e fermentados. A eficiência do emprego de culturas starters, cultura autóctone isolada e cultura de Lactobacillus acidophilus foram avaliados e comparados em relação à fermentação natural do mesocarpo de melancia. As fermentações foram acompanhadas por meio de análises físico-químicas e microbiológicas, e os produtos foram caracterizados quanto à composição centesimal, físico-química, qualidade microbiológica e sensorial. Inferiu-se que a existência de bactérias láticas durante os processos fermentativos do mesocarpo de melancia afetou a comunidade microbiana presente, resultando no consumo de carboidratos, produção de ácidos orgânicos e acidificação do meio fermentativo. Nas fermentações adicionadas de culturas starters, foram alcançados menores valores de pH ao final dos processos fermentativos, sendo atingidos pH 3,52 (cultura starter autóctone isolada) e pH 3,68 (cultura starter L. acidophilus). A fermentação do mesocarpo de melancia resultou em produtos com maior valor nutricional, mais seguros e estáveis. Determinou-se que os picles desenvolvidos foram seguros do ponto de vista microbiológico, além de apresentarem maior potencial bioativo que o mesocarpo in natura. Os melhores resultados sensoriais foram encontrados para os picles não fermentados.Item Consórcio capim-braquiária, milho e leguminosas: produtividade, qualidade das silagens e desempenho animal(UFVJM, 2011) Costa, Patrícia Monteiro; Villela, Severino Delmar Junqueira; Leonel, Fernando de Paula; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Villela, Severino Delmar Junqueira; Leonel, Fernando de Paula; Araújo, Saulo Alberto do CarmoForam realizados dois experimentos para avaliação das características produtivas e qualitativas de forragens produzidas em sistemas de consórcio milho, capim-braquiária e diferentes leguminosas. No primeiro, avaliou-se a produtividade, composição bromatológica e perfil fermentativo das silagens dos seguintes tratamentos: milho em cultivo exclusivo (MCE); consórcio milho, capim-braquiária (MB), consórcio milho, capim-braquiária e Calopogonium mucunoides (MBC); consórcio milho, capim-braquiária e Macrotyloma axillare (MBM) e consórcio milho, capim-braquiária e Stylozanthes capitata (MBS). O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado. Para cada tipo de cultivo ceifaram-se aleatoriamente cinco parcelas ou repetições de três metros lineares e procedeu-se uma separação do material. As variáveis avaliadas foram: produtividade da matéria seca por área (PMS/ha), produtividade da MS do milho por área (PMS milho-kg/ha), produção de proteína bruta por área (PPB-kg/ha), e produtividade de nutrientes digestíveis totais por área (PNDT-kg/ha). Houve diferença entre as formas de cultivo para a produção de matéria seca por hectare. O milho cultivo exclusivo (MCE), não diferiu de milho e capim-braquiária (MB) e milho, capim-braquiária e Calopogonioum mucunoides (MBC), entretanto foi superior aos consórcios milho, capim-braquiária e Macrotyloma axillare (MBM) e milho, capim-braquiária e Stylosanthes captata (MBS). O material oriundo das culturas foi ensilado quando os grãos de milho encontravam-se numa posição intermediária na “linha do leite”, com matéria-seca entre 28 e 32. Então o material foi colocado e adequadamente compactado em silos baldes de polivinil carbono, nos quais foram adaptados flanges nas tampas para permitir o extravasamento de gases. Após o enchimento, os baldes foram lacrados para evitar a troca de ar com o meio. Retirou-se uma amostra de cada repetição para a determinação dos teores de MS, PB, extrato etéreo (EE), lignina, FDN, FDA e NDT. Os teores de MS, PB, FDN, FDA, lignina e NDT não variaram entre as silagens dos diferentes tratamentos. Uma fração de amostra de silagem de cada tratamento foi prensada para extração do suco e determinação do pH, do teor de ácido lático, butírico. Os teores de ácido lático não variaram entre os tratamentos. O teor de ácido butírico do MCE (0,0252% na MS) diferiu dos tratamentos MBM e MBS que apresentaram valores de 0,0358 e 0,0403% na MS, respectivamente. Todas as silagens apresentaram boa qualidade com bons padrões de fermentação. No segundo experimento avaliou-se o consumo, a produção e composição do leite de vacas F1 (Holandês x Gir) alimentadas com silagens oriundas de forragens dos diferentes consórcios acima relatados. Para tanto, utilizaram-se cinco vacas em mesmo período de lactação, distribuídas em um quadrado latino balanceado (5x5). Os animais receberam as cinco dietas e concentrado comercial. O experimento foi constituído de cinco períodos com duração de dez dias cada (sete de adaptação às dietas e três para coleta). Os animais foram mantidos em baias individuais, cobertas, com piso cimentado, contendo comedouros e bebedouros individuais. Foram avaliados o consumo a digestibilidade, a produção e a composição do leite das vacas. Não foram observadas variações no consumo e na digestibilidade das diferentes silagens pelos animais. A produção e a composição de leite não diferiram entre os tratamentos.Item Avaliação da torta de macaúba como insumo para produção de bioetanol(UFVJM, 2011) Santos, Hilton Túlio Lima dos; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos; Menezes, Reginaldo Ramos de; Vanzela, Ana Paula de Figueiredo Conte; Santos, Sandro Luiz Barbosa dosPara a manutenção das práticas econômicas e sócio-culturais construídas sobre a exploração e transformação do petróleo, faz-se necessário criar alternativas que não rompam de forma estanque com as práticas industriais hoje vigentes. Nesse contexto, o uso de biomassas para a produção de combustíveis líquidos que alimentem motores à combustão permite sustentar práticas antigas com novos benefícios. Dessa forma, a presente dissertação teve por objetivo avaliar o potencial da torta de macaúba, um coproduto da indústria de óleos vegetais, como insumo para produção de bioetanol. Tal objetivo foi trabalhado através de estudos de sacarificação da torta de macaúba com posterior processo fermentativo. A biomassa em questão foi caracterizada quimicamente, o que indicou a presença de aproximadamente 50% de carboidratos, distribuídos em, 23,16 ± 0,95 % de amido, 11,49 ± 1,08% de celulose, 9,6 ± 0,79% de hemicelulose e 11,48 ± 0,62 % de açúcares solúveis. Para a primeira intervenção da despolimerização dos polissacarídeos presentes na torta de macaúba foi realizado um planejamento experimental fatorial 25-1 com 5 fatores e 4 pontos centrais com as seguintes variáveis: concentração de ácido sulfúrico, tempo de pré-tratamento ácido, razão sólido/líquido, concentração de amiloglicosidase e concentração de celulase. Na sequência, o processo de sacarificação foi otimizado com o uso de delineamento composto central rotacional 23, com 3 fatores, 4 pontos centrais e 6 pontos axiais, onde foram avaliadas as concentrações de ácido sulfúrico, amiloglicosidase e celulase. Um hidrolisado obtido em condição otimizada com 92% de eficiência foi submetido à destoxificação com carvão ativado e, em seguida, foram realizados ensaios de fermentabilidade conduzidos como as leveduras Saccharomyces cerevisiae e Pichia stipitis. A levedura S. cerevisiae se mostrou resistente ao hidrolisado não destoxificado, apresentando YP/S de 0,49. P. stipitis mostrou-se susceptível ao meio não destoxificado, mas foi capaz de converter 99% dos açúcares redutores presentes no meio destoxificado. A torta de macaúba apresentou potencial considerável para produção de bioetanol. A partir dos dados de bancada é possível estimar uma produção de 104l de etanol por tonelada de torta de macaúba.Item Emissão de metano por bovinos nelore submetidos a diferentes planos nutricionais(UFVJM, 2013) Cota, Olinta Leone; Figueiredo, Darcilene Maria de; Amandes, Renata Helena Branco; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Figueiredo, Darcilene Maria de; Amandes, Renata Helena Branco; Mourthé, Mário Henrique FrançaObjetivou-se avaliar o consumo e digestibilidade dos nutrientes da dieta e mensurar a emissão de metano de bovinos Nelore submetidos a diferentes planos nutricionais. O experimento foi conduzido no Centro APTA Bovinos de Corte, Instituto de Zootecnia - Sertãozinho–SP. Para tal, no ano de 2012, em sistema de confinamento, 47 bovinos da raça Nelore foram utilizados e receberam dieta à base de silagem de milho durante 35 dias, no período de novembro e dezembro do mesmo ano. Após o confinamento, esses mesmos animais foram alocados em piquetes de Urochloa brizantha cv Marandu, no período das águas, nos meses de dezembro, janeiro, e fevereiro, por período experimental de 44 dias, e submetidos às mesmas avaliações. Utilizou-se delineamento experimental inteiramente casualizado, sendo o plano nutricional de cada período avaliado constituiu um tratamento e cada animal uma repetição. Para determinação da excreção fecal e a partir dela obter-se o consumo de matéria seca do pasto, foi fornecido aos animais o indicador óxido crômico e o indicador dióxido de titânio para a estimativa do consumo individual de suplemento. Amostras de fezes foram coletadas por 3 dias consecutivos, em horários predeterminados e amostras dos ingredientes e do pasto foram coletadas e amostradas durante o período experimental e todas conservadas congeladas para posteriores análises bromatológicas. Para obtenção das estimativas dos coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (DMS) e dos nutrientes (DN), utilizaram-se as fórmulas: DMS = [(Consumo de MS – Excreção fecal)/Consumo de MS] x100; DN= [(Consumo de nutriente – Excreção do nutriente nas fezes)/Consumo de nutriente] x100 para o plano nutricional confinamento e DMS= 100 – (100 x % FDNi no alimento)/( %FDNi nas fezes); DN= 100 – (100 x % FDNi no alimento x % nutriente nas fezes)/( %FDNi nas fezes x %nutriente no alimento) para o plano nutricional pastejo no período das águas. Para quantificação do metano, utilizou-se a técnica do gás traçador SF6. As análises estatísticas foram feitas utilizando o procedimento GLM do SAS e no modelo de análise foram incluídos os efeitos fixos de sexo e dieta e o efeito linear da covariável peso. As médias foram ajustadas pelo método dos quadrados mínimos e foram analisadas pelo teste de Tukey em nível de 5% de probabilidade. Os consumos de matéria seca total e de matéria orgânica diferiram entre os tratamentos, sendo maior para a dieta no confinamento (P<0,05). A digestibilidade da matéria seca foi maior no confinamento enquanto que a digestibilidade da matéria orgânica foi menor nesse tratamento (P<0,05). A emissão CH4/dia (104,01g) pelos animais quando no plano nutricional confinamento (P<0,05) foi maior, porém, a perda de energia consumida para produção de metano (CH4/CEB) foi menor em relação ao plano nutricional período das águas. No confinamento, obteve-se menor emissão de metano por consumo de matéria seca que os demais tratamentos (P<0,05). A melhor qualidade da dieta no confinamento proporcionou melhores resultados em relação à emissão de metano, demonstrando que o manejo alimentar pode ser uma importante estratégia para a mitigação de tal gás produzido por ruminantes, gerando sistemas mais produtivos e sustentáveis.