Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Efeito residual de herbicidas aplicados na pré-emergencia: relação entre dose, textura de solo e profundidade(UFVJM, 2023) Silva, Valdevino Pereira; Santos, José Barbosa dos; Teófilo, Taliane Maria da Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)A eficiência e o destino ambiental dos herbicidas pré-emergentes aplicados no solo estão diretamente relacionadas às interações existentes entre a molécula, o solo e as condições ambientais. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito residual de herbicidas recomendados para aplicação na pré-emergência em cultivos de eucalipto, soja e cana-de-açúcar, considerando as interações entre dose aplicada, textura de solo e profundidade. O primeiro fator foi composto pelas doses dos herbicidas, variando entre 0 a 150% da dose recomendada pela bula comercial de cada produto. Dois solos de texturas diferentes (argiloso e arenoso) comporam o segundo fator do experimento. Os herbicidas avaliados foram: sulfentrazone, clomazone, s-metolachlor (misturado com glyphosate), indaziflam e sulfentrazone + diuron. O método para determinar o período residual dos herbicidas foi o bioensaio. Uma análise comatrográfica aos 93 DAA foi realizada para quantificar os resíduos do herbicida. As plantas de Sorgum vulgare apresentaram variação na intoxicação e alocação de matéria em função do herbicida, solo e dose. Sulfentrazone, isolado ou em mistura, e clomazone proporcionaram maior efeito residual com o aumento da dose aplicada em solo argiloso. Em solo arenoso, o s-metolachlor proporcionou injúrias às plantas de Sorgum vulgare, independentemente da dose aplicada. Em solo argiloso, a intoxicação aumentou com a dose da mistura de herbicidas. Indaziflam proporcionou baixo efeito residual nas plantas. O resíduo recuperado por cromatrografia na camada de 0 a 20 cm de profundidade do solo arenoso aos 93 DAA foi de 59,3, 137,5 e 206,5 g ha¹ para o sulfentrazone; 117,3, 260,8 e 376,2 g ha¹ para o clomazone; 19,4, 31,6 e 32,9 g ha¹ para o s-metolachlor; 10,5, 21,8 e 28,5 g ha¹ para o indaziflam; (46,5+83,9), (94,1+186,4) e (138,6+259,1) g ha¹ para o sulfentrazone + diuron para 50%, 100% e 150% da dose comercial, respectivamente. Para o solo argiloso, os resíduos recuperados foram de 65,5, 110,9 e 185,1 g ha¹ para o sulfentrazone; 120,3, 252,9 e 281,9 g ha¹ para o clomazone; 73,8, 123,7 e 365,7 g ha¹ para o s-metolachlor; 10,3, 20,1 e 28,0 g ha¹ para o indaziflam; (44,0+91,9), (93,4+175,1) e (131,1+238,3) g ha¹ para o sulfentrazone + diuron para 50%, 100% e 150% da dose comercial, respectivamente.Item Modelo de adequação climática global para Paropsisterna bimaculata em cenários atual e de mudanças climáticas(UFVJM, 2023) Coelho, Fernanda de Aguiar; Silva, Ricardo Siqueira da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Ricardo Siqueira da; Soares, Marcus Alvarenga; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Araújo, Tamiris Alves deParopsisterna bimaculata, também conhecida como besouro da folha, é uma praga florestal nativa da Tasmânia, estado insular da Austrália. O inseto é responsável por gerar grandes prejuízos em plantações comerciais de eucalipto na região. Tanto as larvas quanto os adultos se alimentam de variadas espécies da cultura. No entanto, seus principais hospedeiros nativos incluem árvores de eucalipto produzidas em áreas de maiores altitudes. Variáveis climáticas estão diretamente ligadas às trajetórias e padrões de surtos populacionais dos insetos em plantações florestais. Fatores ambientais que descrevem a distribuição geográfica atual e previsões de áreas adequadas para P. bimaculata auxiliam na elaboração de estratégias preventivas onde a praga ainda não está presente. Nesse sentido, o objetivo do nosso trabalho foi desenvolver modelos de distribuição espaço-temporal de P. bimaculata, com o uso do software CLIMEX Versão 4.0, para: (i) identificar regiões que possuem adequação climática para a espécie no clima atual e (ii) em cenários futuros de mudanças climáticas, para averiguar o comportamento da distribuição da espécie ao longo dos anos de 2050, 2080 e 2100, em relação ao clima. Posteriormente, foi realizada uma análise de sensibilidade para determinar os parâmetros que têm maior influência sobre os resultados do melhor ajuste do modelo para P. bimaculata. Os modelos gerados sugerem que regiões de climas temperados e de altas altitudes sejam mais adequadas para o desenvolvimento da praga, com maior evidência de áreas aptas na Europa e América do Sul. As projeções para os cenários de mudanças climáticas apontam um aumento de áreas adequadas para a espécie em 1,51% em todo o mundo, até o ano de 2100. Nossa projeção mostrou uma expansão de áreas altamente adequadas para P. bimaculata em direção ao pólo norte e uma diminuição das áreas aptas próximas à linha do equador. Na análise de sensibilidade, as três categorias de adequação: de áreas inadequadas, moderadamente adequadas e altamente adequadas foram mais sensíveis em relação aos parâmetros de TTCS e TTHS, indicando maior sensibilidade da espécie em relação aos estresses por frio e calor.Item Estimativa do volume de pilhas de carvão utilizando uma aeronave remotamente pilotada (RPA)(UFVJM, 2020) Carvalho, Luiza Marina Esteves de; Gorgens, Eric Bastos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Gorgens, Eric Bastos; Umbelino, Glauco José de Matos; Silva, Emanuel Araújo; Marangon, Gabriel PaesUm desafio presente nas empresas produtoras de carvão vegetal é a quantificação e controle do volume de carvão em pátio nas unidade de produção. No processo mecanizado, a produção do carvão vegetal é feita em forno retangular de alvenaria, que após a pirólise é aberto e descarregado. As pilhas de carvão permanecem estocadas no pátio resfriando até o momento em que serão carregadas e transportadas para as siderúrgicas. O objetivo desse trabalho é propor uma metodologia para mensuração do volume de pilhas de carvão, a partir da estereoscopia digital utilizando aerofotogrametria e aeronave remotamente pilotada em alternativa ao tradicional estimativa baseada em levantamento GNSS/RTK (tradicional). No mesmo dia foi realizado levantamento com GNSS/RTK e coleta de imagens aéreas com uma Aeronave Remotamente Pilotada (RPA). Foram considerados duas parametrizações no processamento estereoscópico com pontos de controle: acurácia muito baixa no alinhamento das imagens, qualidade muito baixa na criação da nuvem densa, qualidade e contagem das faces muito baixa na criação da malha tridimensional (M1); e acurácia alta no alinhamento das imagens, qualidade alta na criação da nuvem densa, qualidade e contagem das faces alta na criação da malha tridimensional (M2). A partir do ortomosaico foram estimadas o volume das pilhas. Os métodos de estimativa foram comparados pelo teste de hipótese F-Graybill. O RTK e M1 foram estatisticamente iguais, apresentando uma diferença de 6,54%; e os valores de RTK e M2 foram estatisticamente diferentes, apresentando uma diferença de 7,89%. O processamento M1 resultou em valores similares processamento tradicional baseado em RTK; ganhos na estimativa volumétrica podem ser auferidos com o processamento M2, porém com maior tempo de processamento. Conclui-se que o processamento RTK pode ser substituído sem perda de informação pelo método de estimativa baseado em RPA.Item Micropropagação e miniestaquia seriada de clones híbridos de Corymbia(UFVJM, 2020) Fernandes, Sula Janaína de Oliveira; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Titon, Miranda; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Santana, Reynaldo Campos; Lopes, Emerson Delano; Moura, Luciana Coelho deEspécies do gênero Corymbia e alguns de seus híbridos interespecíficos são importantes fontes de material genético para os programas de melhoramento florestal no Brasil.As principais razões são os aspectos de qualidade da madeira, boa adaptação às diferentes regiões edafoclimáticas, relativo incremento volumétrico de madeira, boa forma e capacidade de brotação. Porém, as espécies do gênero Corymbia são consideradas de difícil propagação vegetativa. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar a miniestaquia seriada e a micropropagação em híbridos de Corymbia spp. O segundo e o terceiro capítulos objetivaram o desenvolvimento de um protocolo para a micropropagação de clones híbridos de Corymbia spp. A desinfestação com 2,5% (v/v) de hipoclorito de sódio por 10 minutos e o meio de cultura MS sem o carvão ativado foram mais adequados para o estabelecimento dos explantes in vitro. Na fase de multiplicação, os subcultivos 2 e 6 apresentaram os maiores números de brotos, sendo que os meios de introdução in vitro influenciaram de forma variável os clones híbridos de Corymbia. A concentração de 1 mg L-1 de AIB, na fase de enraizamento in vitro, favoreceu o enraizamento dos híbridos de Corymbia. No quarto e quinto capítulo foi avaliada a eficiência da miniestaquia seriada para os híbridos de Corymbia. Foram utilizados quatro subcultivos para a formação do minijardim clonal. Avaliou-se a produtividade e o vigor das minicepas, e o percentual de enraizamento e produção de matéria seca da parte aérea e da raiz de miniestacas provenientes dos subcultivos estabelecidos em minijardim clonal. Os subcultivos não alteraram o vigor das minicepas dos 4 clones híbridos de Corymbia, visto que as variáveis avaliadas não apresentaram respostas crescentes aos subcultivos realizados. O subcultivo 1 apresentou a maior produção de matéria seca da parte aérea e da raiz e o percentual de enraizamento dos clones híbridos de Corymbia spp. As duas concentrações de AIB não diferiram entre si para o percentual de enraizamento de miniestacas.Item Adequação da adubação fosfatada em mudas de eucalipto ectomicorrizadas(UFVJM, 2016) Carneiro, João Paulo; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Luiz Arnaldo; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi Gomes; Grazziotti, Paulo HenriqueAs ectomicorrizas promovem melhor absorção de P (fósforo) e podem reduzir a demanda das reservas naturais desse nutriente, mas são influenciadas pelas adubações fosfatadas. Foram avaliados os clones AEC2034 e AEC2233 em experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 4x5+1. Estacas foram colocadas para enraizar em substrato com quantidades e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta, fornecendo 1; 2; 2,3 e 6 mg de P por planta e inoculado com 16 esferas de gel de alginato com micélio dos isolados D5, D17, D95 e D216 de Pisolithus sp. e não inoculado (Controle). O tratamento adicional foi adubado com 36 mg de P por planta no substrato de produção das mudas e sem inoculação (Comercial). Para os dois clones, a sobrevivência, diâmetro do coleto, altura, MSPA (massa seca da parte aérea), MSR (massa seca das raízes), R/PA (razão MSR/MSPA) e porcentagem de pontas de raízes colonizadas foram influenciados pelos isolados, mas foi dependente da adubação utilizada. A inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a sobrevivência das mudas do clone AEC 2034 em alguns níveis de adubação em relação as mudas do Comercial. No AEC 2233 a inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a altura das mudas em relação as do Controle e as mudas que tiveram sua altura iguais às do Comercial foram: inoculadas com o D17 e crescidas em substrato adubado com 1 e 2 mg de P por planta, inoculadas com o D216 no substrato adubado com 2 mg de P e inoculadas com D95 em substrato com todos os níveis de adubação fosfatada. O D17 foi o único isolado que aumentou a MSPA e a MSR e isto ocorreu apenas no AEC 2034 e crescidas em substrato contendo 6 mg de P por muda. Em relação ao Comercial, a R/PA foi maior nas mudas do AEC 2034 inoculadas com o D17 e D216 crescendo em substrato adubado 1 mg de P por planta e com o D5 e crescidas em substrato adubado com 6 mg de P por planta. A porcentagem de pontas colonizadas dos dois clones aumentou com a inoculação de todos os isolados e na maioria dos níveis de adubação fosfatada em relação ao Controle e Comercial. As doses e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta influenciam a colonização, sobrevivência, crescimento e nutrição de mudas clonais de eucalipto inoculadas com isolados de Pisolithus sp. Os efeitos das doses e das fontes de fertilizantes fosfatados sobre a simbiose são dependentes do isolado fúngico e do clone de eucalipto. A adição de 2 mg de P planta fornecida pelo N19-P06-K10 de liberação lenta permite a obtenção de maiores benefícios da inoculação de Pisolithus sp. nos dois clones. Os isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. são mais indicados para inoculação de mudas clonais de eucalipto em viveiro comercial. O clone AEC2034 é o mais responsivo a inoculação por fungos ectomicorrízicos obtendo maiores benefícios.Item Manejo do pastejo para o capim-marandu em sistemas silvipastoris com adubação nitrogenada(UFVJM, 2019) Andrade, José Charlis Alves; Santos, Márcia Vitória; Silva, Leandro Diego da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Márcia Vitoria; Silva, Leandro Diego da; Boari, Cleube Andrade; Santos, Leonardo David TuffiA Brachiaria brizantha cv. Marandu (capim-marandu) destaca-se pelo fato de ocupar aproximadamente 50% das pastagens cultivadas no Brasil e por apresentar boa tolerância e produtividade sob sombreamento moderado. Seu manejo em monocultivo já está elucidado, todavia é necessário verificar metas de manejo também em sistemas sombreados. Sendo assim o presente estudo foi proposto com o objetivo de definir metas de manejo do pastejo do capimmarandu em sistema silvipastoril com adubação nitrogenada nos espaçamentos 12x2 e 12x3m. O delineamento utilizado foi o de parcelas subdivididas com quatro repetições. As parcelas foram compostas por eucalipto (nos espaçamentos 12×2 e 12×3 m) consorciados com capimmarandu e o monocultivo do capim-marandu. As subparcelas foram três doses de nitrogenio (N) (0, 100 e 200 kg ha-1). As plantas foram cortadas para estimativa da produção, taxa de acúmulo e eficiência da adubação nitrogenada após os pastos cultivados a pleno sol atingirem 95% da interceptação luminosa (IL). Nesse momento todas as parcelas foram cortadas, mesmo as submetidas ao sombreamento. Observou-se que houve efeito da interação entre arranjo de plantio e dose de nitrogênio sobre a IL. Dentre as doses de nitrogênio nos sistemas consorciados, a menor IL foi observada para o tratamento sem adubação. Não foi observado diferença significativa entre os sistemas sombreados para o valor de IL. Observou-se redução na incidência de vermelho:vermelho distante para os espaçamentos das arvores de 12x2 e 12x3 m em relação ao pleno sol. Para o índice de área foliar (IAF), foi observado efeito de arranjo de plantio e doses de nitrogênio onde o sombreamento reduziu o IAF das plantas de capimmarandu comparado com o monocultivo. Os tratamentos sem adubação nitrogenada apresentaram os menores valores de IAF. Os teores de clorofila a, b, relação a/b e total tiveram efeito apenas de dose de nitrogênio. Foi observado efeito da interação entre arranjo de plantio e dose de nitrogênio sobre a altura e altura estendida do capim-marandu. A adubação nitrogenada e o sombreamento aumentaram a altura e altura estendida das plantas, sendo verificado efeito de dose de nitrogênio e arranjo de plantio para o índice de tombamento (IT) do capim-marandu. O IT foi maior para os tratamentos sem adubação nitrogenada e menor no sombreamento. Observou-se aumento no comprimento de perfilhos aéreos e basais com o sombreamento e doses de nitrogênio. A densidade populacional de perfilho basal do capimmarandu no monocultivo não diferiu significativamente com o aumento das doses de nitrogênio e com o sombreamento. O aumento das doses de nitrogênio aumentou o perfilhamento aéreo do capim-marandu. A dose de 200 kg ha-1 de nitrogênio aumentou as porcentagens de lâmina foliar, pseudocolmo e inflorescência. O sombreamento e a dose de 200 kg N ha-1 reduziu arelação folha:colmo do capim-marandu em relação aos tratamentos sem adubação. Não foi observado efeito de arranjo de plantio para a produção e taxa de acúmulo de massa seca do capim-marandu, observando-se apenas efeito de dose de nitrogênio. Verificou-se que a melhor eficiência da adubação nitrogenada para o capim-marandu em sistema silvipastoril foi obtido com a dose de 200 kg de N ha-1. O capim-marandu em sistema silvipastoril nos arranjos de plantio 12x2 e 12x3m com aplicação de 200 kg N ha-1 apresentaram a maior produção e acúmulo de forragem quando manejado com 80% da IL, correspondendo a altura de 67 cm.Item Território da água, território da vida: comunidades tradicionais e a monocultura do eucalipto no Alto Jequitinhonha(UFVJM, 2018) Almeida, Clebson Souza de; Sulzbacher, Aline Weber; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sulzbacher, Aline Weber; Fávero, Claudenir; Perpetua, Guilherme Marini; Costa Filho, AdervalO espaço rural do Alto Vale do Jequitinhonha, Nordeste de Minas Gerais, possui dentre suas características uma expressiva presença de comunidades tradicionais que sofreram a partir da década de 1970 a expropriação de grande parte de seu território tradicionalmente ocupado, que sob a condução do Estado brasileiro, foi destinado aos grandes projetos de desenvolvimento ligadas à produção energética, dentre eles a monocultura de eucalipto para a produção de carvão e atendimento ao setor siderúrgico. A partir deste contexto, este estudo se desenvolveu nos municípios de Carbonita, Capelinha, Itamarandiba, Minas Novas, Turmalina e Veredinha, com destaque para os dois últimos. O seu objetivo geral foi: Analisar os efeitos socioambientais gerados pela implantação da monocultura do eucalipto na microrregião do Alto Vale do Jequitinhonha incluindo a sua relação com os processos de alteração no modo de vida pela expropriação territorial das comunidades tradicionais. Como percurso metodológico utilizamos os procedimentos assentados sob a perspectiva da Pesquisa Participante, buscando a inserção e interação do pesquisador no grupo/comunidade dos sujeitos pesquisados, considerando a concretude, a totalidade e a dinâmica dos fenômenos sociais para a promoção coletiva de conhecimentos como patrimônio dos grupos historicamente invisibilizados. A pesquisa desenvolvida nos anos 2017 e 2018 utilizou técnicas como: a realização de 31 entrevistas em 11 comunidades camponesas, com o uso de questionário semiestruturado; a observação participante; a análise documental primária e a revisão bibliográfica. Como resultados, identificamos que os danos gerados pela atividade de monocultura do eucalipto são diversos, a citar: I) erosão genética das espécies nativas do Cerrado, com destaque para a extinção das flores Sempre-vivas das áreas de veredas; II) a destruição de espécies protegidas por lei, como os pequizeiros, que são sufocados no meio da monocultura e danificados no ato da colheita mecanizada da madeira de eucalipto; III) o uso abusivo de agrotóxicos, até mesmo aqueles proibidos por lei, gerando o risco de contaminação das fontes de água que abastecem a população; IV) desrespeito e degradação das áreas de preservação permanente (APPs) nas bordas de chapada; V) poluição do ar com gases tóxicos emitidos no processo de carbonização da madeira, colocando em risco a saúde da população do entorno e a estabilidade do clima global; VI) o ressecamento de inúmeras nascentes de água ampliando a escassez hídrica da região; VII) a expropriação territorial de comunidades Quilombolas e Tradicionais, desestabilizando sua autonomia sociocultural e seus modos de vida.Item Adequação da adubação fosfatada em mudas de eucalipto ectomicorrizadas(UFVJM, 2016) Carneiro, João Paulo; Grazziotti, Paulo Henrique; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grazziotti, Paulo Henrique; Fernandez, Luiz Arnaldo; Lopes, Carla Aparecida Ragonezi GomesAs ectomicorrizas promovem melhor absorção de P (fósforo) e podem reduzir a demanda das reservas naturais desse nutriente, mas são influenciadas pelas adubações fosfatadas. Foram avaliados os clones AEC2034 e AEC2233 em experimentos independentes em delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial 4x5+1. Estacas foram colocadas para enraizar em substrato com quantidades e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta, fornecendo 1; 2; 2,3 e 6 mg de P por planta e inoculado com 16 esferas de gel de alginato com micélio dos isolados D5, D17, D95 e D216 de Pisolithus sp. e não inoculado (Controle). O tratamento adicional foi adubado com 36 mg de P por planta no substrato de produção das mudas e sem inoculação (Comercial). Para os dois clones, a sobrevivência, diâmetro do coleto, altura, MSPA (massa seca da parte aérea), MSR (massa seca das raízes), R/PA (razão MSR/MSPA) e porcentagem de pontas de raízes colonizadas foram influenciados pelos isolados, mas foi dependente da adubação utilizada. A inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a sobrevivência das mudas do clone AEC 2034 em alguns níveis de adubação em relação as mudas do Comercial. No AEC 2233 a inoculação com os isolados de Pisolithus sp. aumentou a altura das mudas em relação as do Controle e as mudas que tiveram sua altura iguais às do Comercial foram: inoculadas com o D17 e crescidas em substrato adubado com 1 e 2 mg de P por planta, inoculadas com o D216 no substrato adubado com 2 mg de P e inoculadas com D95 em substrato com todos os níveis de adubação fosfatada. O D17 foi o único isolado que aumentou a MSPA e a MSR e isto ocorreu apenas no AEC 2034 e crescidas em substrato contendo 6 mg de P por muda. Em relação ao Comercial, a R/PA foi maior nas mudas do AEC 2034 inoculadas com o D17 e D216 crescendo em substrato adubado 1 mg de P por planta e com o D5 e crescidas em substrato adubado com 6 mg de P por planta. A porcentagem de pontas colonizadas dos dois clones aumentou com a inoculação de todos os isolados e na maioria dos níveis de adubação fosfatada em relação ao Controle e Comercial. As doses e fontes de fertilizantes fosfatados de liberação lenta influenciam a colonização, sobrevivência, crescimento e nutrição de mudas clonais de eucalipto inoculadas com isolados de Pisolithus sp. Os efeitos das doses e das fontes de fertilizantes fosfatados sobre a simbiose são dependentes do isolado fúngico e do clone de eucalipto. A adição de 2 mg de P planta fornecida pelo N19-P06-K10 de liberação lenta permite a obtenção de maiores benefícios da inoculação de Pisolithus sp. nos dois clones. Os isolados D5 e D17 de Pisolithus sp. são mais indicados para inoculação de mudas clonais de eucalipto em viveiro comercial. O clone AEC2034 é o mais responsivo a inoculação por fungos ectomicorrízicos obtendo maiores benefícios.Item Isolamento de micro-organismos celulolíticos em áreas de floresta de eucaliptos da região de Itamarandiba – MG(UFVJM, 2018) Cruz, Gizelly Gomes da; Laia, Marcelo Luiz de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Laia, Marcelo Luiz de; Guimarães, Amanda Gonçalves; Santos, José Barbosa dosA introdução de biomassa na cadeia produtiva de biocombustíveis como fonte renovável, vem aumentando gradativamente, para reduzir os impactos ambientais e a dependência do carvão mineral e do petróleo. No entanto, para garantir a viabilidade econômica do processo de conversão de biomassa em combustível, é fundamental reduzir o custo da etapa de hidrólise da biomassa. O uso de micro-organismos para a hidrólise e para a conversão de celulose em etanol tem chamado a atenção de empresas que atuam no desenvolvimento de enzimas, em especial o complexo celulase. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo selecionar micro-organismos potenciais produtores de celulases. Para isso, amostras de solos e serapilheira sob floresta de eucalipto em diferentes idades de plantio foram coletadas e submetidas ao isolamento de micro-organismos em meio de cultura seletivo. Escolheu-se solos em áreas de cultivo de eucalipto devido o objetivo ser selecionar micro-organismos que atuem, especificamente, em madeira de eucalipto. Foram isolados 870 micro-organismos para análises com o método de descoloração de vermelho congo. 336 fungos filamentosos, 8 bactérias e 3 leveduras foram selecionados com capacidade de sintetizar enzimas celulolíticas. Destes, 163 foram avaliados como bons produtores de celulases, devido apresentarem índices enzimáticos superior a 2,5. Destaca-se que os isolados 25–50, 1–74 e 1–75 apresentaram elevados índices enzimáticos: 24,0; 22,0 e 20,0, respectivamente. A partir desses dados, esses isolados podem ser estudados molecularmente e o gene envolvido na produção dessa enzima ser caracterizado e clonado. Os resultados obtidos no presente trabalho mostram a importância da prospecção de novas linhagens de micro-organismos produtores de celulases. De maneira geral, pode-se concluir que é possível a utilização de técnicas de screening para selecionar linhagens de um extenso banco de isolados. A metodologia de isolamento e cultivo proporcionou a obtenção de 348 isolados celulolíticos, sendo possível selecionar vários deles pelas altas produções enzimáticas observadas durante as análises.Item Influência dos custos tributários na produção de madeira de eucalipto em tora em diferentes cenários(UFVJM, 2016) Lacerda, Klaus Wesley de Souza; Cordeiro, Sidney Araújo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cordeiro, Sidney Araújo; Matosinhos, Cristiano Christófaro; Leite, Ângelo Márcio PintoO objetivo geral deste trabalho foi determinar o impacto e a influência dos tributos incidentes sobre a produção de madeira de eucalipto em tora. Para tanto, considerou-se quatro cenários para a análise do projeto: cenário I - madeira colhida e sem tributos, cenário II - madeira colhida e com tributos, cenário III - madeira em pé e sem tributos e cenário IV – madeira em pé e com tributos, em um horizonte de planejamento de sete anos. A taxa de desconto utilizada foi de 8,75% a.a., produção de 228 m³/ha e o preço da madeira de R$ 85,00/m³ para a madeira colhida e de R$ 60,00/m³ para a madeira em pé. Foram analisadas onze espécies tributárias: Taxa florestal (TF), Taxa de cadastro e registro (TCR), Contribuição social para financiamento da seguridade social (COFINS), Contribuição social para o programa de integração social (PIS), Contribuição social do instituto nacional do seguro social (INSS), Contribuição social sobre o lucro líquido (CSSL), Contribuição social do fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS), Imposto de renda da pessoa jurídica (IRPJ), Imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), Taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA) Taxa de controle e fiscalização ambiental do estado de Minas Gerais (TCFAMG). Realizou-se a avaliação econômica mediante os seguinte critérios: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Valor Anual Equivalente (VAE) e Razão Benefício Custo (B/C). Para análise de risco utilizou-se a técnica de simulação de Monte Carlo. Os resultados indicaram uma carga tributária de 20,71% para a madeira colhida e 20,46% para a madeira em pé e os custos tributários compreenderam 22% e 29% dos custos totais, respectivamente. Os tributos que mais influenciaram o VPL foram a TF, INSS e COFINS na comercialização da madeira colhida e TF, COFINS e INSS na venda de madeira em pé. A TF foi o tributo que mais impactou o projeto, responsável por 5,73% (madeira colhida) e 8,11% (madeira em pé) da carga tributária total. O projeto se tornou inviável economicamente quando se consideraram os custos tributários, apresentando VPL de R$ -2.025,35/ha para o cenário II e R$ - 389,42/ha para o cenário IV. A venda de madeira em tora apresentou alto risco de investimento, no momento em que os tributos foram considerados, para ambas comercializações. O risco de se obter VPL igual ou inferior a zero foi de 86,5% (venda de madeira colhida) e 63,1% (venda de madeira em pé).
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