Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Adiposidade, prática de esporte e exercícios e estresse são preditores para o desempenho de crianças e adolescentes obesos em tarefas de funções executivas e memória
    (UFVJM, 2022) Freitas, Daniel Almeida; Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Mendonça, Vanessa Amaral; Esteves, Elizabethe Adriana; Lanza, Fernanda de Cordoba; Souto, Deisiane Oliveira; Tossige Gomes, Rosalina
    A obesidade é uma doença crônica, em que há acúmulo excessivo de gordura no tecido adiposo, sua prevalência tem aumentado em crianças e adolescente. A obesidade é caracterizada por inflamação crônica de baixo grau, e alteração do padrão de secreção de biomarcadores, tais como o cortisol e a proteína C-reativa. A obesidade está associada a doenças cardiometabólicas, ao estresse e ao declínio cognitivo. A persistência até a idade adulta desta condição promove efeitos deletérios nas funções executivas, como diminuição da velocidade de processamento, memória de trabalho, raciocínio e da memória episódica. A aptidão cardiorrespiratória, tem se mostrado um fator protetor das funções executivas. Contudo, não está definido se a prática regular de exercícios físicos pode ser um fator protetor das funções executivas em indivíduos obesos na infância e adolescência. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar quais são os preditores que influenciam as funções executivas e memória em crianças e adolescente obesos. Avaliou-se como possíveis preditores: composição corporal, biomarcadores sanguíneos, estresse, nível econômico, aptidão cardiorrespiratória e prática regular de exercícios físicos e problemas de saúde materna durante a gestação. Para tal foi realizado um estudo transversal com crianças e adolescentes obesos entre 7 e 18 anos de idade (n=32) participantes. As funções executivas foram avaliadas pelos testes de trilhas, torre de Hanoi e teste de Stroop, a memória episódica pelo Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT) e a memória semântica pelo teste de fluência verbal. A composição corporal avaliada pelo dual energy X-rays absormetry (DEXA), os biomarcadores de estresse e inflamação o cortisol e a proteína C-reativa a aptidão cardiorrespiratória pelo shutlle walking test modified (SWTM), o estresse pela escala de estresse de Lipp (EE), e o nível econômico pelo questionário de bens de consumo da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP) e a prática regular de exercícios físicos, por meio do questionário de atividade física habitual de Baecke. Foi utilizado o teste T para amostras independentes para comparar de participantes com mães com problemas na gestação (sim ou não), correlação de Pearson ou Spearman para verificar a associação entre as variáveis, e para as correlações moderadas e significativas, ou p<0,20 realizou-se regressão linear. Os resultados mostraram que a adiposidade (avaliada pelo % de gordura) e o z-escore do IMC está associada a pior memória episódica de acordo com o índice de Evocação do RAVLT. A fluência verbal apresentou associação com a gordura visceral. As funções de planejamento e flexibilidade cognitiva na torre de Hanoi, apresentaram associação do tempo para resolução da torre de Hanoi (TH) com a gordura visceral, enquanto o número de movimentos tem associação com a prática de esporte e exercícios físicos (PEEF), a prática regular de exercícios favorece o planejamento de crianças e adolescentes obesos, o número de erros está diretamente associado ao escore da escala de estresse. Assim, o presente estudo, mostrou a associação da composição corporal, à memória e as funções executivas de flexibilidade cognitiva e controle inibitório. As funções executivas e memória em crianças e adolescentes parecem estar associadas ao estresse, e ao hábito de prática regular de exercícios físicos independentemente da intensidade.
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    Representações sociais dos profissionais da rede de atendimento e proteção social sobre as famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência
    (UFVJM, 2018) Rocha, Andreza Aparecida; Sant’Anna, Paulo Afrânio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sant’Anna, Paulo Afrânio; Novaes, Adelina de Oliveira; Lima, Josélia Barroso Queiroz
    O fenômeno da violência encontra na família espaço propício para a sua naturalização, principalmente, no que se refere às crianças e aos adolescentes. Ao buscar entender a complexidade desse fenômeno e a necessidade de ações interdisciplinares na prevenção e tratamento das sequelas produzidas por ele, este trabalho possui o objetivo de identificar as Representações Sociais dos profissionais atuantes na Rede de Apoio e Proteção Social sobre famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência, bem como suas influências no processo de inclusão destas famílias nas ações da Rede do município de Diamantina- MG. O presente estudo justifica-se pela importância das relações familiares no processo de socialização, o que aponta para a relevância de sua consideração no processo de atendimento profissional, bem como o reconhecimento histórico social das relações de classe que se estabelecem entre profissionais e grupos atendidos. A abordagem metodológica empregada foi de natureza qualitativa exploratória, na modalidade de estudo de caso, na qual se utilizou as técnicas de entrevista semiestruturada, observação participante e análise documental. A análise dos dados se desenvolveu conforme análise de conteúdo sustentada pela Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos do estudo foram os profissionais que atuam na Rede de Apoio e Proteção Social às Crianças e aos Adolescentes, que se encontram vinculados ao Grupo Rede Polícia e Família, que se reúne com o objetivo de traçar estratégias para o atendimento do município. A organização dos dados permitiu que o objeto de representação fosse compreendido em três aspectos diferentes, a saber: em contexto geral, de violência e de atendimento. Os sentidos apresentados indicaram as seguinte práticas: de caráter pedagógico e punitivo, com objetivo de corrigir os desvios comportamentais; de cunho altruístas e assistencialistas, com o objetivo de suprir as carências consideradas pertencentes ao público atendido; e do tipo acolhedoras que destacaram atitudes de empatia, escuta e crença no potencial das famílias. Os aspectos cognitivos das representações sociais, ancoragem e objetivação foram identificados. O primeiro distinguiu-se nos preceitos constitucionais que colocam a família enquanto base da sociedade, ao mesmo tempo em que essa deve ser protegida pelo Estado, neste sentido necessita encontrar-se em condição de vulnerabilidade, para atuação profissional. Já a objetivação apresentou-se por meio de um caráter especular do padrão de comportamento dos filhos, em relação ao comportamento familiar. Embora a maiora das práticas evidenciadas estejam pautadas na relação de verticalidade, as diferentes representações proporcionadas pela heterogeneidade do grupo, apresentam uma possibilidade de tensão nos padrões hegemônicos que pode ser acentuada por meio do processo de conhecimento, compreensão e conversação em torno das representações vigentes.
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    Fatores relacionados às crianças e aos adolescentes com paralisia cerebral em Minas Gerais
    (UFVJM, 2022) Alves, Maria Luiza de Faria; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Morais, Rosane Luzia de Souza; Freitas, Bethania Alves de Avelar; Souto, Deisiane Oliveira; Ribeiro, Vanessa Gonçalves César; Gomes, Rosalina Tossige
    Introdução: A paralisia cerebral (PC) é definida como um grupo de distúrbios do desenvolvimento do movimento e da postura devido lesão não progressiva no cérebro imaturo. Os fatores relacionados às características das crianças e adolescentes e fatores ambientais podem influenciar na funcionalidade/incapacidade destes indivíduos, sendo, portanto, importante conhecê-los. Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, corte transversal, focado em Minas Gerais do projeto longitudinal multicêntrico “Curvas de Atividade e Trajetórias de Participação para Crianças e Adolescentes com Paralisia Cerebral – PARTICIPA BRASIL”. Participaram deste estudo 122 cuidadores primários de crianças/adolescentes diagnosticados com PC entre 1-14 anos, selecionados em serviços de saúde de Instituições Federais de Ensino Superior além de um cadastro nacional por mídias sociais. Foi realizada coleta, conforme agendamento prévio, no formato virtual, através de questionário contendo informações sociodemográficas das crianças/adolescentes com PC e seus cuidadores, além de informações clínicas e de acompanhamento em saúde multidisciplinar. Foram aplicadas as classificações: Sistema de Classificação da Função Motora Grossa e Sistema de Classificação da Habilidade Manual. Os dados foram organizados no programa estatístico Statistical Package for the Social Science versão Windows 22.0®, submetidos à análise descritiva com medidas de tendência central, dispersão e frequência. Resultados: Os participantes foram de diferentes regiões de planejamento de Minas Gerais, predominantemente na região central (74,59%). Quanto aos fatores relacionados à criança\adolescente com PC, observa-se uma distribuição homogênea quanto sexo, idade, distribuição topográfica, GMFCS e MACS. 66,9% era do tipo bilateral, sendo destes, 25,8% diplégicos e 41,9% quadriplégicos. A epilepsia estava presente em 44,3%. A principal forma de comunicação foi a fala, 44,3% alimentavam-se de forma oral. 50,8% das crianças/adolescentes fazem uso de medicação para convulsão, e 26,2% já realizou aplicação de Botox. A cirurgia para correção de alterações nos membros inferiores foi realizada em 31,1% das crianças/adolescentes. 75,4% faziam uso de órteses nos membros inferiores, onde 38,5% foram adquiridas de forma particular. Apenas 50,8% das crianças/adolescentes utilizam o SUS como principal serviço. Observamos uma prevalência do atendimento fisioterápico (91,8%) enquanto que o serviço de enfermagem foi apontado em 10,7% dos participantes. As escolas foram apontadas adaptadas por 41% dos participantes. O cônjuge foi apontado por 55,37% como responsável por ajudar a cuidar das crianças/adolescentes e algumas mães relatam não ter ninguém com quem dividir os cuidados, embora a maioria das famílias conte com uma rede de cuidados/apoio quando precisa sair ou quando acontece algo. Considerações finais: observou-se que as crianças\adolescentes mineiros com PC participantes deste estudo, embora com quadro clínico variado, a maioria era quadriplégica, GMFCS IV\V. A maioria é de baixa renda, quem cuida são as mães, com no mínimo 2° grau completo, que ficam em casa com dedicação integral à criança\adolescente que apresenta comorbidades e necessidade diversas. Entretanto, ainda se observa pouco acesso a tecnologias assistivas, atendimento por alguns profissionais, ambientes poucos adaptados para recebe-los. Embora o SUS colabore com parte do suporte, ainda muitas crianças não são contempladas.
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    A influência do ambiente familiar, percepção parental e condições socioeconômicas no vocabulário receptivo de crianças do ensino fundamental
    (UFVJM, 2021) Souza, Débora Ocarlina de; Santos, Juliana Nunes; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Juliana Nunes; Alves, Luciana Mendonça; Santos, Ana Paula
    O vocabulário receptivo é um elemento de grande relevância no processo da comunicação, pois, através dele a criança desenvolve competências no que tange o desempenho de conversação e outras condutas que evoluem para uma melhor compreensão das palavras, bem como no desempenho acadêmico. O desenvolvimento do vocabulário receptivo depende não somente das condições biológicas dos indivíduos, como também dos fatores socioambientais presentes nos meios em que as crianças estão inclusas. Para tanto, o objetivo foi verificar a influência do ambiente familiar, da percepção parental e nível socioeconômico no desenvolvimento do vocabulário receptivo de escolares selecionados de escolas públicas de Ribeirão das Neves. Tratou-se portanto de um estudo observacional transversal analítico que previu a seleção de escolares do ensino fundamental, por meio de amostragem proporcional estratificada segundo a instituição de ensino, idade e sexo. Foi utilizado teste para avaliar o vocabulário receptivo, um inventário para qualificar o ambiente familiar, bem como um questionário para classificar o nível socioeconômico. Para o tratamento dos dados realizou-se análise bivariada e multivariada de regressão logística binária. Dos 263 escolares participantes da pesquisa, 131 são (49,8%) do sexo masculino, 142 são (54,0%) do terceiro ano do Ensino Fundamental, e possuem idade média 7,6 anos (±0,57). Em relação ao nível econômico, a maioria foi classificada na classe C (61%). Em relação ao teste de vocabulário receptivo, identificou-se 111 escolares com o vocabulário receptivo rebaixado (42,2%). Na análise bivariada observou-se relação entre a percepção parental acerca dos aprendizados da leitura, da escrita, repetência escolar e o vocabulário receptivo (p<0,05). Também foram para análise multivariada as variáveis recursos do ambiente e estabilidade da vida familiar (p<0,20). No modelo final de regressão logística binária permaneceram as variáveis percepção parental de dificuldade de leitura e escrita, estabilidade familiar. Para tanto, a percepção parental de dificuldade de leitura e de escrita e a falta de estabilidade familiar foram fatores associados ao pior vocabulário receptivo de escolares avaliados e, o nível socioeconômico não foi preditor significativo para o desempenho superior em vocabulário receptivo.
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    Idade, frequentar creche e tempo de amamentação estão associados com habilidades funcionais e assistência do cuidador em crianças entre 6 e 18 meses: um estudo observacional transversal
    (UFVJM, 2019) Pereira, Daniel Gonçalves; Oliveira, Vinícius Cunha de; Morais, Rosane Luzia de Souza; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Vinícius Cunha de; Santos, Juliana Nunes; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro
    Introdução: É na infância que o indivíduo desenvolve um repertório de habilidades a fim de atender as demandas diárias ambientais e, neste processo de aquisição de habilidades funcionais durante a infância, destaca-se o papel do cuidador. É amplamente conhecido na literatura a importância de vários fatores que favorecerem o desenvolvimento infantil, entretanto, pouco se sabe quais são os fatores que explicam a aquisição de habilidades funcionais, bem como a necessidade de menor assistência, durante a infância. Objetivo: Investigar a associação de fatores ambientais e biológicos que consigam explicar as habilidades funcionais e assistência do cuidador em crianças entre 6 e 18 meses. Métodos: este foi um estudo transversal, observacional que avaliou 74 crianças com desenvolvimento típico de ambos os sexos, com idade entra 6 a 18 meses, residentes no município de Diamantina-MG e cadastradas na lista de espera do projeto de extensão “Nada Melhor: Estimulação Aquática para Bebês”. Traçou-se o perfil sociodemográfico por questionário próprio. A funcionalidade foi avaliada por meio do Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI). Avaliou-se o ambiente pelo Affordances in the Home Environment Motor Development-infant scale (AHEMD-IS). Foram avaliadas os fatores ambientais e pessoais associados com as habilidades funcionais e de assistência do cuidador nas categorias de: autocuidado; função social; e mobilidade. Foram feitas análises de regressão linear multivariada. Resultados: A análise de regressão linear múltipla evidenciou que a variável “idade da criança” explicou 45% da habilidade funcional: autocuidado com os valores (β 0,68), (R2 0,45). A habilidade funcional de mobilidade foi explicada em 71% pelas variáveis “idade da criança” e “frequência à creche” (β 0,72), (β 0,33), (R2 0,71). A “idade da criança” e “tempo de amamentação” conseguiram explicar 69% das habilidades funcionais: de função social com os valores (β 0,80), (β 0,17), (R2 0,69). Em relação a assistência do cuidador de autocuidado, esta pode ser explicada em 31% pelas variáveis “idade da criança”, “frequência à creche” e número de irmãos” e seus respectivos valores (β 0,46), (β 0,20), (β -0,22), (R2 0,31). Já a assistência do cuidador de mobilidade foi explicada em 56% pelos fatores “idade da criança” e “frequência à creche” (β 0,62), (β 0,34), (R2 0,56). A assistência do cuidador de função social foi explicada em 33% pelas variáveis “idade da criança” e Ambiente de casa (AHEMD-IS)” (β 0,52), (β 0,24), (R2 0,33). Conclusão: Os fatores ambientais “frequência à creche” e “tempo de amamentação”, número de irmãos, oportunidade de estimulação no ambiente de casa, e o fator pessoal “idade” conseguiram explicar as habilidades funcionais e a assistindo do cuidador de criança entre 6 e 18 meses.
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    Capital social e percepção de saúde bucal em escolares: um estudo de base populacional
    (UFVJM, 2018) Souza, Taiane Oliveira; Paiva, Paula Cristina Pelli; Ramos Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Paiva, Paula Cristina Pelli; Araújo, Cintia Tereza Pimenta de; Andrade, Raquel Gonçalves Vieira de
    Os pais geralmente são os principais tomadores de decisão em questões que afetam a saúde e os cuidados de saúde de seus filhos. Considerando a importância da sua visão sobre a saúde bucal das crianças e o crescente número de pesquisas que mostram o efeito benéfico do alto capital social nas condições de saúde, este estudo objetivou determinar a associação entre a percepção de saúde bucal dos responsáveis sobre a saúde bucal dos seus filhos e os níveis do capital social infantil. Trata-se de um estudo transversal de base populacional com uma amostra representativa de 672 escolares de 8 a 11 anos de idade da cidade de Diamantina. Os dados foram coletados através de questionários e exame clínico adotando os Índices CPO-D e ceo-d para cárie, O'Brien para traumatismo dentário e Loe e Silness para sangramento gengival. A avaliação da dor de dente foi realizado de acordo com Góes. Também foram investigados o Capital Social e a percepção dos pais/responsáveis sobre a Saúde Bucal de seus filhos. Os dados foram analisados de forma descritiva, a associações foram determinadas pelo teste Qui-quadrado, Exato de Fisher p<0,005 e a análise multivariada através da Regressão Hierárquica de Poisson. O baixo capital social [PR: 1,26 (95%CI: 1,05-1,50) p= 0,011], a renda inferior a dois salários [PR: 1,43 (95%CI: 1,80-1,73) p<0,001], alto número de pessoas na família [PR: 1,12 (95%CI: 1,04-1,38) p=0,013], presença de dor de dente [PR: 1,21 (95%CI: 1,01-1,45) p=0,003], sangramento gengival [PR: 1,53 (95%CI: 1,92-2,03) p=0,003] e cárie dentária [PR: 1,51. 95%CI: 1,29-178) p<0,001] permaneceram no modelo final e estiveram significativamente associados à percepção negativa de saúde bucal. A percepção negativa do cuidador em relação à saúde bucal do filho esteve associada com baixos níveis de capital social da criança o que suporta a hipótese da influência benéfica das conexões sociais na saúde bucal do indivíduo. Compreender os fatores que afetam a percepção dos pais sobre saúde bucal dos filhos pode contribuir com o desenvolvimento de estratégias para superar as barreiras que os pais encontram no acesso da criança aos cuidados odontológicos.
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    Inquérito populacional e análise da automedicação infantil em municípios do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil
    (UFVJM, 2014) Cruz, Maria Jesus Barreto; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Fagundes, Elaine Maria de Souza; Bodevan, Emerson Cotta
    Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência da automedicação em crianças e adolescentes em 20 municípios situados no Vale do Jequitinhonha, em relação à indicadores sociodemográficos, da utilização de serviços de saúde, identificando as principais formas de descarte de sobras e de medicamentos vencidos e a utilização de plantas medicinais pelas famílias das crianças. Realizou-se estudo descritivo, tipo inquérito populacional domiciliar de 10 de abril a 20 de julho de 2013 de uma amostra aleatória estratificada proporcional por município, constituída de 672 moradores procedentes de 137 setores censitários selecionados por meio de amostragem aleatória simples. Os critérios de inclusão foram idade menor ou igual a 14 anos, entrevista obrigatória com os responsáveis legais e ter consumido pelo menos um medicamento no últimos 15 dias anteriores a data da entrevista, incluindo a guarda de medicamentos no domicílio, a vistoria da farmácia domiciliar e ter hábito de consumo de plantas medicinais. Foram realizadas análise descritiva da variável dependente e das variáveis exploratórias e aplicados testes de associação. A prevalência de consumo de medicamentos foi de 56,57%. As situações de saúde que motivaram o consumo de medicamentos foram tosse, resfriado comum, gripe, congestão nasal ou broncospasmo (49,7%); febre (5,4%); cefaléia (5,4%); diarréia, “má digestão” e cólica abdominal (6,7%). Na automedicação, 30,57% dos medicamentos foram indicados pela mãe, e 69,42% foram por prescrições médicas. Observou-se, uma maior frequência do uso de analgésicos/antipiréticos, seguido dos utilizados para afecções do aparelho respiratório, antibióticos sistêmicos, antagonistas H1 da histamina e por fim vitaminas/antianêmicos. Em relação à farmácia domiciliar foram encontrados 1237 medicamento, uma prevalência de 56,57%. Os principais cômodos de estoque foram à cozinha (49%) e, em seguida, os dormitórios (39,09%) e as salas (10,27%); 27% estavam em caixas de papelão e 27,92% do total em locais de acesso muito fácil às crianças < 6 anos. O grau de instrução ≤ 4 anos do ensino fundamental (razão de chances = 1,51) denotaram maior risco de utilização. Os analgésicos/antipiréticos, antagonista H1 da histamina, seguidos antibióticos sistêmicos e dos utilizados para afecções do aparelho respiratório foram os mais encontrados, sendo estoque mais elevado no grupo que recebeu automedicação. Em relação ao acesso ao serviço de saúde 98,2% e 94% estavam a menos de 5 Km da Unidade Básica de Saúde e da Farmácia Básica respectivamente. Sobre o destino das sobras de medicamentos após o término do tratamento, 26,3% afirmaram descartar no ambiente; 46,7% armazenaram em casa para uma posterior utilização. Sobre os medicamentos vencidos, 88,5% afirmaram descartar no ambiente e 88,8% disseram nunca ter recebido informações quanto à forma correta de descarte. Em relação à utilização de plantas medicinais 73,51% relataram utilizar, destes 90,9% consumiam frescas, 48% preparavam na forma de decocção e 77% referiram que o aprendizado de como preparar e utilizar as plantas medicinais foi oriunda de ensinamentos dos pais. Pode-se observar consumo elevado de medicamentos na população infantil, sendo comum o hábito de estocar medicamentos e utilizar plantas medicinais.
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    Associação entre as condições bucais, corporais e a função mastigatória de crianças
    (UFVJM, 2014) Diniz, Priscilla Barbosa; Marques, Leandro Silva; Ramos-Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Marques, Leandro Silva; Pereira, Luciano José; Silva, Carlos José de Paula
    Este trabalho, composto por dois artigos, teve por objetivo estudar a associação entre função mastigatória e seus fatores determinantes. Explorar a relação entre função mastigatória (força de mordida, performance mastigatória, limiar de deglutição) e suas possíveis associações entre as condições bucais (bruxismo, cárie, má oclusão, DTM) e corporais de crianças (IMC). O primeiro capítulo é uma revisão sistemática que objetivou verificar a influência do bruxismo do sono sobre a força de mordida e avaliar qualitativamente a consistência metodológica dos estudos publicados na literatura mundial. O segundo artigo é um estudo transversal realizado com 59 crianças de quatro a 12 anos de idade atendidas na clínica de odontopediatria da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Diamantina (Brasil). Objetivou-se verificar a associação entre as condições bucais, corporais e a performance masigatória. No final do primeiro estudo, conclui-se que apesar do maior número de relatos não houve diferença na força de mordida entre os grupos, as metodologias apresentam inconsistentes. São necessários novos estudos que relacionem o bruxismo do sono e força de mordida. E no segundo artigo as crianças em fase de dentição decídua apresentam pior performance mastigatória do que crianças em fase de dentição mista e permanente. Além disso, quanto maior o número de dentes cavitados, pior foi a performance mastigatória. O comprometimento da função mastigatória pode facilitar o diagnostico ao identificar crianças com perdas dentárias e lesões cariosas que, por sua vez, pode estar associado a outros problemas como alterações no estado nutricional infantil e disfunções temporomandibulares