Representações sociais dos profissionais da rede de atendimento e proteção social sobre as famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência

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Date

2018

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UFVJM

Abstract

O fenômeno da violência encontra na família espaço propício para a sua naturalização, principalmente, no que se refere às crianças e aos adolescentes. Ao buscar entender a complexidade desse fenômeno e a necessidade de ações interdisciplinares na prevenção e tratamento das sequelas produzidas por ele, este trabalho possui o objetivo de identificar as Representações Sociais dos profissionais atuantes na Rede de Apoio e Proteção Social sobre famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência, bem como suas influências no processo de inclusão destas famílias nas ações da Rede do município de Diamantina- MG. O presente estudo justifica-se pela importância das relações familiares no processo de socialização, o que aponta para a relevância de sua consideração no processo de atendimento profissional, bem como o reconhecimento histórico social das relações de classe que se estabelecem entre profissionais e grupos atendidos. A abordagem metodológica empregada foi de natureza qualitativa exploratória, na modalidade de estudo de caso, na qual se utilizou as técnicas de entrevista semiestruturada, observação participante e análise documental. A análise dos dados se desenvolveu conforme análise de conteúdo sustentada pela Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos do estudo foram os profissionais que atuam na Rede de Apoio e Proteção Social às Crianças e aos Adolescentes, que se encontram vinculados ao Grupo Rede Polícia e Família, que se reúne com o objetivo de traçar estratégias para o atendimento do município. A organização dos dados permitiu que o objeto de representação fosse compreendido em três aspectos diferentes, a saber: em contexto geral, de violência e de atendimento. Os sentidos apresentados indicaram as seguinte práticas: de caráter pedagógico e punitivo, com objetivo de corrigir os desvios comportamentais; de cunho altruístas e assistencialistas, com o objetivo de suprir as carências consideradas pertencentes ao público atendido; e do tipo acolhedoras que destacaram atitudes de empatia, escuta e crença no potencial das famílias. Os aspectos cognitivos das representações sociais, ancoragem e objetivação foram identificados. O primeiro distinguiu-se nos preceitos constitucionais que colocam a família enquanto base da sociedade, ao mesmo tempo em que essa deve ser protegida pelo Estado, neste sentido necessita encontrar-se em condição de vulnerabilidade, para atuação profissional. Já a objetivação apresentou-se por meio de um caráter especular do padrão de comportamento dos filhos, em relação ao comportamento familiar. Embora a maiora das práticas evidenciadas estejam pautadas na relação de verticalidade, as diferentes representações proporcionadas pela heterogeneidade do grupo, apresentam uma possibilidade de tensão nos padrões hegemônicos que pode ser acentuada por meio do processo de conhecimento, compreensão e conversação em torno das representações vigentes.

Description

Em todas as partes que compõem a obra, consta o título: "Representações sociais dos profissionais da rede de atendimento e proteção social sobre famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência".

Keywords

Citation

ROCHA, Andreza Aparecida. Representações sociais dos profissionais da rede de atendimento e proteção social sobre as famílias de crianças e adolescentes que sofreram violência. 2018. 223 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino em Saúde) – Programa de Pós-graduação em Ensino em Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2018.

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