Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item Propriedades antifúngicas e bioativas de óleo de café e desempenho de derivados do café em muffins(UFVJM, 2020) Silva, Sandra Júnia Monteiro; Schmiele, Marcio; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Schmiele, Marcio; Jaekel, Leandra Zafalon; Neves, Nathália de AndradeO café está entre as grandes commodities mundiais, possui sabor e aroma que agrada a maioria das pessoas e apresenta propriedades bioativas, destacando-se as atividades antioxidantes e antimicrobianas, a presença de fibras alimentares e cafeína. A estratégia de incorporar o café em produtos de panificação apresenta-se como uma alternativa promissora. Os bolos tipo muffin são populares e encontram-se entre os três produtos mais consumidos pela população. Assim, o presente estudo visou: (i) isolar e identificar o gênero dos fungos do bolo tipo muffin e investigar a atividade antifúngica dos óleos de café verde e torrado sobre os fungos; (ii) analisar os compostos fenólicos e avaliar a capacidade antioxidade do óleos pelo método DPPH e FRAP; (iii) avaliar o desempenho do café torrado moído, extrato de café e óleo de café torrado como ingrediente alimentar adicionado ao bolo tipo muffin. Na primeira etapa foram identificados três tipos pertencente ao gênero Trichothecium sp., Aspergillus sp., Penicillium sp., dentre os fungos isolados do bolo. Não houve atividades antifúnficas dos óleos de café cru e torrado frente aos fungos isolados. Em relação a análise de compostos fenólicos, o óleo do café torrado foi o de maior quantidade desse composto. Para análise antioxidante pelo método DPPH, ambos óleos possuíram capacidade antioxidante e embora não tenham sido significativamente diferentes, o óleo de café torrado obteve maior valor. Pelo método FRAP, o óleo do café torrado também foi o mais eficiente, com diferença estatística. Com base nesses resultados pode-se inferir que o óleo de café torrado possui maior capacidade antioxidante que o óleo de café cru. Na segunda etapa foi avaliado o desempenho do café torrado moído, do extrato de café e do óleo de café torrado sobre a massa e os muffins. A estratégia experimental utilizada foi a metodologia de superfície de resposta através de um delineamento composto central rotacional com 3 variáveis independentes. As respostas avaliadas foram o pH e a gravidade específica (GE) da massa e o volume específico, a textura (firmeza e dureza), a cor (L*, a*, b*, ΔE) instrumentais, a umidade e a atividade de água dos bolos. Constatamos que as respostas que obtiveram significância estatística (p<0,10) foram a GE na massa e a firmeza e a cor instrumental (L*, b* e ΔE, do miolo; L*, a*, b* e ΔE da crosta) do bolo. Observando os parâmetros que foram significativos e avaliando a desejabilidade estatística, foram otimizadas duas formulações. As formulações otimizadas obtiveram menores valores de firmeza e dureza que a padrão, consequentemente, resultou em um produto com textura mais macia. A coloração foi mais escura que a padrão em decorrencia da adição de café torrado. Na análise da composição centesimal houve aumento significativo no teor de cinzas, lipídeos, fibras alimentares e umidade das formulações otimizadas em relação à padrão. O teor de carboidratos digeríveis menor para o ponto ótimo 1. Além disso, os bolos adicionados de café foram enriquecidos com maior quantidade de cafeína e fibras. Assim, duas formulações de bolos tipo muffins foram desenvolvidas com melhores carcterísticas físico-químicas e nutricionais que a padrão, demostrando que o café é um interessante ingrediente alimentar para ser incorporado a massa dos bolos.Item Otimização dos parâmetros de extração a frio (Cold brew) de café arábica da região de Minas Gerais para produção de cafés solúveis liofilizados(UFVJM, 2020) Barroso, Lívia Alves; Amaral, Tatiana Nunes; Silveira, João Vinícius Wirbitzi da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Amaral, Tatiana Nunes; Schmiele, Marcio; Fonte, Pedro Ricardo Martins Lopes daA extração a frio é um método que pode ser aplicado ao café sem o uso de altas temperaturas e, assim, consegue preservar os compostos voláteis do café. Entretanto, esse não é o método padrão para a extração do café e, portanto, é necessário um processo de otimização das condições de processo. Neste estudo, os parâmetros para obtenção do café extraído a frio (Coffea arabica), foram otimizados para obter um extrato de café rico em cafeína e sólidos solúveis. A otimização dos parâmetros do processo foram realizadas utilizando a Metodologia de Superfície de Resposta através de um Delineamento Compostos Central Rotacional. Foram estudados os efeitos do tempo de extração, tamanho de partícula do grão de café, temperatura de extração, razão café/água, agitação para a concentração de cafeína, sólidos solúveis e o rendimento sobre a concentração de cafeína. De acordo com os resultados obtidos neste trabalho foi possível verificar uma redução no tempo de extração a frio convencional, exigindo apenas 45 minutos para realização da extração a frio, resultados diferentes de estudos anteriores que exigiram pelo menos 6 horas de processo. Os resultados obtidos no extrato otimizado demonstraram que a temperatura de extração entre 4 ºC e 24 ºC não apresentou diferença significativa (p<0,05) no processo de extração. A validação foi realizada com 24 ºC, 30% de razão café/água e 400 rpm, e essas condições apresentaram extratos com 3,98 mg/mL de cafeína, 11,20 ºBrix de sólidos solúveis e 90% de rendimento. O objetivo do trabalho após a otimização foi realizar uma liofilização do extrato para obtenção de um café solúvel, portanto foram adicionados crioprotetores (manitol e frutose) no café e realizada a extração e posterior caracterização do extrato quanto a concentração de cafeína, capacidade antioxidante (método DPPH), compostos fenólicos totais, sólidos solúveis, pH e atividade antimicrobiana. Os extratos não apresentaram atividade antimicrobiana, mas apresentaram alto teor de sólidos solúveis para cafés arábica, concentração de cafeína, capacidade antioxidante e compostos fenólico totais demonstrando que o método de extração a frio foi eficiente. Com relação ao café liofilizado foi realizada uma caracterização do liofilizado com os crioprotetores em relação a atividade de água, umidade, atividade antimicrobiana, atividade antioxidante, compostos fenólicos totais, solubilidade, molhabilidade e morfologia das partículas. Os cafés liofilizados também não apresentaram atividade antimicrobiana, se mantiveram nos padrões de atividade de água e umidade definidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária porém a amostra de frutose apresentou umidade superior ao valor limite pela legislação brasileira (<5%). Em geral, nas análises realizadas observou-se uma influência ruim dos crioprotetores no extrato e no café liofilizado, onde o extrato do café sem crioprotetor apresentou maior capacidade antioxidante (88,12%) e maior conteúdo de compostos fenólicos (7,74 mgAG/mL do extrato), apenas para a análise de sólidos solúveis os crioprotetores manitol e frutose apresentaram bons resultados em relação ao extrato sem crioprotetor (14,03 ºBrix, 14,40 ºBrix, 11,33 ºBrix, respectivamente). O elevado resultado com relação a capacidade antioxidante e concentração de cafeína do café extraído a frio demonstraram boa qualidade e eficiência do processo e para as análises realizadas os crioprotetores não apresentaram vantagem na utilização.Item Análise de parâmetros biomecânicos, histomorfométricos e perfil de microminerais da tíbia de animais experimentais suplementados com dieta de cafeteria e cafeína pura(UFVJM, 2019) Souza, Fernanda Batista de; Santos, Eliziária Cardoso dos; Santos, Felipe Couto dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Eliziária Cardoso dos; Bastone, Alessandra de Carvalho; Santos, Cynthia Fernandes FerreiraReconhecidamente, de forma isolada, tanto alimentos ricos em lipídeos, quanto uso excessivo de bebidas com perfil termogênico, como a cafeína, tem sido associados a distúrbios no tecido ósseo. Apesar desse fato, o efeito conjunto dessas substancias, usado de forma crônica, sobre do metabolismo desse tecido tem sido pobremente compreendido. Nesse contexto, o presente estudo propôs investigar a relação do uso de dieta de cafeteria associada a administração crônica de cafeína sobre parâmetros bioquímicos séricos, biomecânicos, histomorfométricos e perfil de microminerais da tíbia de animais experimentais. Para tal, foram usados sessenta camundongos fêmeas C57-BL6, 6 semanas de vida, Os aninais receberam dieta para camundongos padrão (DP) ou dieta de cafeteria (DCf) contendo patê de presunto, batatas palha, chocolate branco, gordura de bacon, biscoito recheado e ração convencional para camundongo nas seguintes proporções: 2:1:1:1:1:1 e receberam cafeína nas doses de 10 ou 50 mg\ Kg. Os animais forma randomizados em seis grupos experimentais de dez animais em cada, como segue: G1: DP; G2: DP + 10mg/Kg de cafeína; G3: DP + 50mg/Kg de cafeína; G4: DCf; G5: DCf + 10mg\Kg de cafeína; G6: DCf + 50mg\Kg de cafeína. As dietas e a cafeína foram administradas diariamente por dezessete semanas, e após esse período, os animais foram eutanasiados. O soro foi usado para realizar as análises bioquímicas, a tíbia direita para realização das análise de propriedades biomecânicas estruturais e materiais e a esquerda foi utilizada para proceder analises histomorfométricas. Em geral, nos amimais que receberam DCf, a cafeína na dose de 50 mg/kg, favoreceu diminuição do ganho de peso de forma mais acentuada comparado aos animais que receberam DP na mesma dose de cafeína. Os níveis triacilglicerol, colesterol total e LDL foram mais acentuados nos grupos de DCf associado a menor dose de cafeína. Apesar desse fato, com exceção do grupo controle da DP isoladamente e associado a cafeína na dose de 10 mg/kg, a relação do LDL/HDL tendeu para manter os níveis de HDL mais elevados em todos os grupos experimentais. A associação da DCf e cafeína, nas duas doses, parece ter favorecido um mecanismo de proteção ao aumento da carga máxima imposta ao osso e maior rigidez a ação de forças externas, superando as mudanças internas em relação a carga imposta. Em relação ao balanço de elementos químicos no osso, 10 mg/kg de cafeína + DCf contribuíram para redução drástica do percentual de Ca+2 e P, comparado aos demais grupos de estudo, além de causar diminuição dos elementos manganês, cobre e zinco. Perfil diferencial foi observado em relação a biodisponibilidade do elemento enxofre que, com exceção de G1 e G2, aumentou em todos os demais grupos experimentais. Apesar de mínimas as mudanças macroscópicas na morfometria das tíbias, nos diferentes grupos, alterações histomorfométricas na microestrutura do tecido ósseo foram sistematicamente alterados nos grupos que receberam 10 mg/kg de cafeína, independente da dieta e naqueles que receberam DCf + 50 mg/kg de cafeína. Conjuntamente, apesar da cafeína associada a Dcf ter favorecido a alterações mais expressivas nas análises ósseas realizadas, comparado a sua associação com a DP, a dose de 10 mg/kg mostrou um perfil mais danoso, em todas as análises, sugerindo um efeito modulatório dessa sustância sobre esse tecido que não foi dose-dependente.