Análise de parâmetros biomecânicos, histomorfométricos e perfil de microminerais da tíbia de animais experimentais suplementados com dieta de cafeteria e cafeína pura
Date
2019
Authors
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Publisher
UFVJM
Abstract
Reconhecidamente, de forma isolada, tanto alimentos ricos em lipídeos, quanto uso excessivo
de bebidas com perfil termogênico, como a cafeína, tem sido associados a distúrbios no tecido
ósseo. Apesar desse fato, o efeito conjunto dessas substancias, usado de forma crônica, sobre
do metabolismo desse tecido tem sido pobremente compreendido. Nesse contexto, o presente
estudo propôs investigar a relação do uso de dieta de cafeteria associada a administração
crônica de cafeína sobre parâmetros bioquímicos séricos, biomecânicos, histomorfométricos e
perfil de microminerais da tíbia de animais experimentais. Para tal, foram usados sessenta
camundongos fêmeas C57-BL6, 6 semanas de vida, Os aninais receberam dieta para
camundongos padrão (DP) ou dieta de cafeteria (DCf) contendo patê de presunto, batatas
palha, chocolate branco, gordura de bacon, biscoito recheado e ração convencional para
camundongo nas seguintes proporções: 2:1:1:1:1:1 e receberam cafeína nas doses de 10 ou 50
mg\ Kg. Os animais forma randomizados em seis grupos experimentais de dez animais em
cada, como segue: G1: DP; G2: DP + 10mg/Kg de cafeína; G3: DP + 50mg/Kg de cafeína;
G4: DCf; G5: DCf + 10mg\Kg de cafeína; G6: DCf + 50mg\Kg de cafeína. As dietas e a
cafeína foram administradas diariamente por dezessete semanas, e após esse período, os
animais foram eutanasiados. O soro foi usado para realizar as análises bioquímicas, a tíbia
direita para realização das análise de propriedades biomecânicas estruturais e materiais e a
esquerda foi utilizada para proceder analises histomorfométricas. Em geral, nos amimais que
receberam DCf, a cafeína na dose de 50 mg/kg, favoreceu diminuição do ganho de peso de
forma mais acentuada comparado aos animais que receberam DP na mesma dose de cafeína.
Os níveis triacilglicerol, colesterol total e LDL foram mais acentuados nos grupos de DCf
associado a menor dose de cafeína. Apesar desse fato, com exceção do grupo controle da DP
isoladamente e associado a cafeína na dose de 10 mg/kg, a relação do LDL/HDL tendeu para
manter os níveis de HDL mais elevados em todos os grupos experimentais. A associação da
DCf e cafeína, nas duas doses, parece ter favorecido um mecanismo de proteção ao aumento
da carga máxima imposta ao osso e maior rigidez a ação de forças externas, superando as
mudanças internas em relação a carga imposta. Em relação ao balanço de elementos químicos
no osso, 10 mg/kg de cafeína + DCf contribuíram para redução drástica do percentual de Ca+2
e P, comparado aos demais grupos de estudo, além de causar diminuição dos elementos
manganês, cobre e zinco. Perfil diferencial foi observado em relação a biodisponibilidade do
elemento enxofre que, com exceção de G1 e G2, aumentou em todos os demais grupos
experimentais. Apesar de mínimas as mudanças macroscópicas na morfometria das tíbias, nos diferentes grupos, alterações histomorfométricas na microestrutura do tecido ósseo foram
sistematicamente alterados nos grupos que receberam 10 mg/kg de cafeína, independente da
dieta e naqueles que receberam DCf + 50 mg/kg de cafeína. Conjuntamente, apesar da cafeína
associada a Dcf ter favorecido a alterações mais expressivas nas análises ósseas realizadas,
comparado a sua associação com a DP, a dose de 10 mg/kg mostrou um perfil mais danoso,
em todas as análises, sugerindo um efeito modulatório dessa sustância sobre esse tecido que
não foi dose-dependente.
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Citation
SOUZA, Fernanda Batista de. Análise de parâmetros biomecânicos, histomorfométricos e perfil de microminerais da tíbia de animais experimentais suplementados com dieta de cafeteria e cafeína pura. 2019. 49 p. Dissertação (Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional) – Programa de Pós-Graduação em Reabilitação e Desempenho Funcional, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2019.