Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

Permanent URI for this communityhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/communities/1efbe8c9-f03c-44d3-8028-d62de805b8fa

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

Browse

Search Results

Now showing 1 - 10 of 14
  • Thumbnail Image
    Item
    O papel do fisioterapeuta como agente de saúde no contexto da Equipe Saúde da Família
    (UFVJM, 2023) Flôr, Jurandir; Costa, Henrique Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Santos, Juliana Nunes; Almeida, Igor Lucas Geraldo Izalino de
    Introdução: A Atenção Primária à Saúde (APS) apresentou rápida e progressiva expansão no Brasil. A Fisioterapia, profissão essencialmente reabilitadora e curativa, precisou reorganizar-se e ressignificar-se diante do novo modelo de saúde. Com a consolidação da APS e presença da Fisioterapia através dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), criou-se a Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva (ReFisc) da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Para aprimorar a acolhida dos novos residentes, é necessário elaborar material didático para maior contato com os assuntos a serem abordados durante o programa. Objetivo: Elaborar um material prático para nivelamento dos novos residentes da ReFisc contendo um breve histórico da APS no Brasil e a discussão sobre o papel do fisioterapeuta como agente de saúde, abordando temas do acolhimento, territorialização, matriciamento e vigilância em saúde. Métodos: Foi realizada busca na literatura vigente e nos principais materiais disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Resultados: O fisioterapeuta, no contexto da APS, deve atuar como agente de saúde juntamente com a Equipe Saúde da Família. Dentre as possibilidades, destacam-se o acolhimento, participação no apoio matricial, na territorialização e nas estratégias de vigilância em saúde, destacando-se no seu papel na saúde do trabalhador e na vigilância epidemiológica. Em contrapartida, a sua atuação na gestão ainda é tímida e merece ser mais explorada. Conclusão: O fisioterapeuta na APS pode contribuir não só com ações específicas da profissão, mas também, auxiliar no planejamento e execução de estratégias multiprofissionais.
  • Thumbnail Image
    Item
    Prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde: uma contribuição para os profissionais da atenção primária à saúde.
    (UFVJM, 2021-09) Campos, Fernanda Fraga; Reis, Maria Leticia Costa; Lucas, Thabata Coaglio; Costa, Magnania Cristiane Pereira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
    Trata-se de um material didático atualizado, sobre a prevenção e o controle das infecções relacionadas à assistência à saúde, direcionado aos profissionais que atuam na atenção primária. Os autores utilizaram uma abordagem simples e direta, com sugestões de referências, para a implantação e/ou atualização dos procedimentos operacionais padrão dos temas que envolvem a segurança do paciente e da equipe, referente à prestação dos cuidados durante a assistência e o controle sanitário das unidades de saúde.
  • Thumbnail Image
    Item
    A implantação do programa de residência em fisioterapia na saúde coletiva em um município de pequeno porte: relato de experiência de uma residente
    (UFVJM, 2020) Almeida, Reisla Délis Silva de; Martins, Fábio Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Fábio Luiz Mendonça; Costa, Henrique Silveira; Marçal, Márcio Alves
    A criação do Programa Saúde na Família surgiu como uma proposta de mudança no modelo assistencial baseado nos princípios do SUS. Entretanto, ainda é predominante o modelo biomédico, sendo este focado em abordagens individuais e curativistas, desconsiderando as coletividades humanas e os diversos fatores que interferem em sua saúde. A atuação do fisioterapeuta na saúde coletiva contribui para a reorientação do foco de assistência à saúde, não limitando o olhar apenas na ocorrência de doenças, mas sim, de um conceito mais ampliado de saúde - o bem-estar físico, mental e social. Entretanto, há poucos profissionais com esse perfil por, ainda ser, uma perspectiva em processo de construção, tanto no campo científico, quanto no mercado de trabalho. Tornou-se então, necessário capacitar os fisioterapeutas para a nova realidade do SUS, tendo como alternativa a residência profissional da saúde. Diante disso, esse trabalho tem como objetivo relatar a experiência da implantação da Residência em Fisioterapia na Saúde Coletiva em um município de pequeno porte, Santo Antônio do Itambé – MG. A implantação teve duração de 12 meses, sendo compreendido entre março de 2018 e fevereiro de 2019. As ações de atuação da fisioterapeuta foram organizadas em territorialização, educação em saúde, práticas corporais, ações interdisciplinares, ações intersetoriais, papel social, atendimentos individuais e educação continuada. O programa foi uma importante integração entre o ensino-serviço-comunidade, onde a fisioterapeuta teve oportunidade de desenvolver as habilidades para um olhar integral e aplicá-las no processo de cuidado, por meio do ensino em serviço. Concomitante, os resultados mostraram uma alta adesão da população às atividades propostas pelo programa. Este relato de experiência pode nortear outros profissionais que desejam ingressar na área da fisioterapia na saúde coletiva, uma vez que há poucos trabalhos que descrevem detalhadamente esse campo de atuação.
  • Thumbnail Image
    Item
    Déficit cognitivo e fatores associados em idosos de município polo do Vale do Jequitinhonha
    (UFVJM, 2020) Carvalho, Renata Di Pietro; Andrade, Renata Aline de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Andrade, Renata Aline de; Pires, Herton Helder Rocha; Bastone, Alessandra de Carvalho; Costa, Magnania Cristiane Pereira da
    Nas últimas duas décadas a saúde global mudou, as pessoas estão vivendo mais do que em qualquer outra época e a população está envelhecendo. A senilidade geralmente é acompanhada do déficit biológico com a presença de doenças, perda de autonomia e dependência. O déficit cognitivo assola parte significativa da população idosa e sua magnitude representa um grande impacto à saúde pública. As pessoas afetadas por esse problema geralmente demandam cuidados especiais pela comunidade, famílias e serviços de saúde. A influência do déficit cognitivo e seus reflexos na saúde geral da população idosa demandam investigações amplas a respeito da saúde mental e mecanismos para prevenção e diagnóstico. Nesse contexto, objetivou-se analisar a produção científica recente sobre uso do Mini Exame do Estado Mental para avaliação cognitiva em idosos vivendo em comunidade, a partir de uma revisão integrativa. Ainda, a partir de estudo epidemiológico, objetivou-se avaliar a cognição e os fatores associados ao déficit cognitivo em idosos comunitários. Para a revisão integrativa foram realizadas buscas nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System e Scientific Electronic Library Online. Foram selecionados 34 artigos que usaram o Mini Exame do Estado Mental para avaliar o déficit cognitivo em idosos e demonstraram alguns dos fatores relacionados a essa situação. Os principais fatores relacionados ao déficit cognitivo reportados nos artigos foram grau de instrução, sexo, idade, condições socioeconômicas, presença de sintomas depressivos e situação conjugal. O estudo epidemiológico de corte transversal, contou com a participação de 312 idosos que foram submetidos a questionário sociodemográfico, avaliação cognitiva e funcional. Os dados foram digitados e analisados no programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences. A prevalência do déficit cognitivo foi de 64,4%, com maior percentual entre os idosos do sexo feminino (71,3%), com 80 anos ou mais (85,0%), que viviam sem companheiro (71,2%), com sintomas depressivos (81,8%), com dependência para realizar as atividades de vida diária (80,5%) e atividades instrumentais de vida diária (81,8%), disfuncionalidade familiar (74,4%) e autoavaliação de saúde negativa (80,0%). Idosos do sexo feminino, com idades mais elevadas e dependentes para desenvolver as atividades instrumentais de vida diária têm maior risco de apresentarem déficit cognitivo. O Mini Exame do Estado Mental apresenta-se como um instrumento disponível, de baixo custo e de fácil aplicação para identificação do déficit cognitivo. Portanto, deve ser incentivada sua incorporação rotineira nos serviços de saúde, em especial na Atenção Primária à Saúde, a fim de identificar o déficit cognitivo em estágio inicial e traçar ações para interferir no prognóstico negativo, proporcionando aos idosos maior independência e qualidade de vida.
  • Thumbnail Image
    Item
    Representaçoes sociais dos usuários sobre o tratamento homeopático no município de Diamantina - MG
    (UFVJM, 2019) Campos, Francisco Rabelo Glória; Costa, Fabiane Nepomuceno da; Carvalho, Marivaldo Aparecido de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Fabiane Nepomuceno da; Andrade, Renata Aline de; Prat, Bernat Vinolas; Kato, Kelly Cristina
    A homeopatia foi introduzida oficialmente no Brasil em 1840 por um médico socialista chamado Benoit Mure, mas seu reconhecimento como especialidade médica aconteceu apenas em 1980. Durante esse período muitos fatores contribuiram para que ela encontrasse alicerce para se estabelecer como especialidade médica, bem como muitos contratempos. Atualmente terapias alternativas e complementares vêem ganhando vários adeptos chegando a ser integrada ao Sistema Unico de Saúde (SUS) pela portaria 971 de 03 de maio de 2006. Ainda assim seu uso se restringe a uma pequena parcela da população. A presente pesquisa está inserida na linha da Promoção da saúde, prevenção e controle de doenças e buscou analisar as representações sociais sobre o tratamento homeopático dos usuários de homeopatia na cidade de Diamantina - MG, compreendendo as motivações que os levaram a procurar essa modalidade terapêutica. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa e qualitativa na qual foi feita aplicação de questionários em locais onde oferece o serviço de consultas homeopáticas na cidade de Diamantina - MG, Instituto Flavia Barits – Homeopatia e Terapias Naturais e Espaço Solidário Francisca Àvila, no período de 22 de março a 22 abril de 2019.Foram aplicados 67 questionários que tiveram como objetivo, conhecer o perfil socieconômico dos usuários de homeopatia e selecionar um grupo amostral, 13 participantes, para posterior realização de entrevistas. Nas entrevistas buscou-se compreender as motivações que os levaram a buscar o tratamento homeopático, qual o conhecimento que os mesmos possuem sobre a terapêutica, e as pespectivas de tratamento. As análises estatísticas e da teoria fundamentada demonstraram uma satisfação em relação a terapeutica e representações sociais a respeito do tratamento, da cura, do medicamento e do entendimento pelo conceito de tratamento natural. Como prospectiva, pretende-se construir um documento a ser apresentado aos gestores de saúde municipal com intuito de estimular a adesão das terapias integrativas e complementares ao SUS.
  • Thumbnail Image
    Item
    Características da força do trabalho do farmacêutico no cuidado em saúde para a tuberculose nos municípios da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, Minas Gerais, Brasil
    (UFVJM, 2019) Carvalho, Ivana Di Pietro; Santos, Delba Fonseca; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Araújo, Lorena Ulhôa; Kato, Kelly Cristina
    A tuberculose (TB) é um grave problema de saúde pública mundial e o Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo. Diferentes estratégias são desenvolvidas para um controle mais eficaz da doença. O presente estudo epidemiológico descritivo foi realizado com 35 farmacêuticos das farmácias públicas dos municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Diamantina no período de agosto a outubro de 2018. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a força do trabalho do farmacêutico na Assistência Farmacêutica (AF) nos cuidados em saúde aos pacientes com TB na Atenção Primária. Foram investigadas características dos farmacêuticos como: idade, gênero, formação, anos trabalhando na AF e recebimento de treinamento em cuidados sobre TB. O conhecimento sobre a TB, atitudes e práticas também foram avaliados. Os participantes foram questionados sobre atendimento ao paciente, gestão do serviço e interdisciplinaridade profissional. Dos 35 farmacêuticos que participaram da pesquisa, 31 (88,6%) responderam possuir conhecimento sobre a educação interprofissional e 15 (42,9%) consideraram boa interação com outros profissionais de saúde. Várias lacunas foram identificadas na descrição do cuidado em saúde sobre a TB pelos farmacêuticos entrevistados, tais como o desconhecimento sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose (57,1%) e sobre o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose (PNFT) (71,4%). Ressalta-se que 88,6% das repostas dos farmacêuticos mostraram que os medicamentos para o tratamento da TB eram armazenados na farmácia pública, e embora 62,9% afirmaram possuir a responsabilidade pela dispensação desses medicamentos, a responsabilidade pelo Tratamento Diretamente Observado (TDO) foi em 60,0% pelo enfermeiro. Sobre a percepção dos farmacêuticos para o planejamento dos cuidados em saúde para a TB, consideraram muito importante a escolaridade dos pacientes e das famílias (74,3%), a compreensão das implicações da educação em saúde (85,7%), o reconhecimento do significado do tratamento médico (80,0%) e o treinamento profissional para aprimorar conhecimentos e habilidades para prestação do serviço (65,7%). A maioria dos farmacêuticos relatou que devem ser compartilhadas com outras profissões as seguintes atividades: educação do paciente (94,3%), monitorização de sintomas (82,8%), fornecer outros serviços de cuidado em saúde (82,8%), assumir a responsabilidade legal pelas ações da equipe (77,1%) e coorganizar as atividades da equipe (71,4%). O relato dos profissionais estudados mostrou concordância plena de que o conhecimento profissional e a habilidade do trabalho em equipe são fundamentais para: tratamento integral do paciente (60,0%); melhor suporte aos cuidadores familiares (42,8%); atender melhor às necessidades quando comparado com outras formas de trabalho (34,3%); e ainda, melhorar a qualidade do cuidado (31,4%). Diante do desconhecimento de grande parte dos profissionais sobre a Estratégia Global e Metas para Prevenção, Atenção e Controle da Tuberculose e sobre o PNFT, assim como a pouca participação do farmacêutico na realização do TDO, uma maior integração deste profissional na gestão e acompanhamento do paciente com TB é uma estratégia para a obtenção de um cuidado de maior qualidade e o alcance das metas estabelecidas no PNFT.
  • Thumbnail Image
    Item
    Criação e implantação do Curso de Medicina da UFVJM – Campus do Mucuri: uma história de lutas e desafios
    (UFVJM, 2018) Pinto, Vânia Soares de Oliveira e Almeida; Rodrigues, Cláudio Eduardo; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rodrigues, Cláudio Eduardo; Silvestre, Luiz Henrique Aparecido; Silva, Felismina Dalva Teixeira
    As políticas públicas implementadas pelos governos em uma sociedade, são ações ou regras que influenciam diretamente a vida de todos os cidadãos. Depois de desenhadas, transformam-se em planos, projetos ou programas que modificarão e ordenarão áreas importantes da sociedade, como a Saúde e Educação. Historicamente no Brasil, as tentativas de construção de sistemas públicos de amplo acesso a serviços essenciais, foram fragmentadas e frágeis. O ordenamento e sistematização das ações governamentais brasileiras só se tornou mais evidente após a Constituição de 1988, que determinava ao Estado o dever de prover direitos individuais e coletivos, inalienáveis, como a Educação e Saúde. Em 2013, criou-se o Programa Mais Médicos, política pública de Saúde e Educação, cujos eixos principais buscavam o provimento de médicos para a Atenção Básica; mudanças e ampliação no ensino médico e melhoras nas estruturas físicas das Unidades de Saúde do país. O Mais Médicos, além da garantia de assistência médica com o provimento emergencial para áreas remotas, como o Nordeste de Minas Gerais, viabilizou a criação de duas novas escolas médicas na Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, sendo uma no campus de Diamantina e outra no campus Mucuri, em Teófilo Otoni, ambas cidades de Minas Gerais. Neste contexto, o trabalho realizado tem como objetivo geral, investigar o processo de criação e implantação do curso de Medicina da UFVJM – campus Mucuri, em Teófilo Otoni, como políticas públicas de Educação e Saúde. Como objetivos específicos, busca investigar o surgimento e o desenvolvimento das políticas públicas de Saúde e Educação no Brasil; analisar o Programa Mais Médicos e sua relação com tais políticas e; resgatar o histórico de criação e implantação do curso de Medicina da UFVJM - campus do Mucuri, em Teófilo Otoni. Trata-se de estudo qualitativo, de natureza exploratória, que utiliza a análise documental, além do levantamento bibliográfico, para determinar os contextos atuais sobre o programa. Em três anos de funcionamento, a Faculdade de Medicina do Mucuri conta com aproximadamente 210 alunos. O curso possui entrada semestral de 30 vagas e currículo modular, baseado em metodologias ativas de aprendizagem, voltado para a formação de um profissional generalista, com foco em medicina rural e perfil humanista. O registro histórico tem importante relação com o desenvolvimento da identidade do curso de Medicina e por se tratar de estudo exploratório, não se esgota em si mesmo, permitindo novas pesquisas e abordagens acadêmicas.
  • Thumbnail Image
    Item
    Prontuários médico das unidades de atenção primária à saúde: segurança do medicamento na Rede de Atenção à Saúde
    (UFVJM, 2017) Cruz, Hellen Lilliane da; Santos, Delba Fonseca; Seixas, Sérgio Ricardo Stuckert; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Delba Fonseca; Costa, Magnania Cristiane Pereira da; Araújo, Lorena Ulhôa
    A maioria das doenças crônicas são consideradas problemas de saúde pública, e são conhecidas mundialmente como as principais causas de óbitos e internações hospitalares. A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus estão incluídos neste grupo, representando as principais causas de morte em todo o Brasil. Considerando seus múltiplos fatores, é necessário repensar os modelos assistenciais. Para isso estratégias para promover acesso ao cuidado primário, têm sido desenvolvidas, com o objetivo de garantir a segurança do paciente, no uso do medicamento. Portanto, o objetivo deste estudo foi identificar as características dos sistemas de informações de saúde e prontuários médicos, para analisar os sinais de segurança do pacientes com doença crônica na atenção primária de Diamantina, Minas Gerais. A pesquisa consistiu em um estudo transversal, descritivo observacional de associação e exploratório. A análise de dados mostra uma cobertura populacional de 94,1%; média consulta médica de 0,76 consultas/ano; dentre os atendimentos, 23,1% foram destinados aos usuários hipertensos e 7,30% aos diabéticos; no sistema hospitalar foi registrada 12,2% das internações por condições sensíveis a atenção primária sendo a angina responsável por 18,9% das internações. Nos prontuários médicos, a média de idade do paciente foi de 62,1 ± 14,3 anos. O número de cuidados básicos de enfermagem (95,5%) prevaleceu e as consultas médicas foram de 82,6%. A polifarmácia foi registrada em 54,0% da amostra e a revisão das listas de medicamentos revelou que 67,0% dos medicamentos incluíam pelo menos um risco. Os riscos mais comuns foram: interação medicamentosa (57,8%), risco renal (29,8%), risco de queda (12,9%) e duplicidade terapêutica (11,9%). Os fatores associados à história de erros de medicamentos foram doenças crônicas e polifarmácia, que persistiram em análises multivariadas, com doenças crônicas RP ajustadas, diabetes RP 1.55 (95% IC 1.04-1.94), diabetes / hipertensão RP 1.6 (95% IC 1.09-1.23) e polifarmácia RP 1,61 (95% IC 1,41-1,85), respectivamente. Os resultados indicam que a atenção primária como coordenadora da rede de atenção à saúde de Diamantina, para doenças crônicas, é complexa e precisa ser reestruturada. Para isso é necessário sincronizar os serviços de saúde por meio da transferência e processamento de informações, para alcançar o objetivo comum fornecer cuidado continuo e centrado no paciente.
  • Thumbnail Image
    Item
    As representações sociais dos médicos brasileiros, dos usuários e dos gestores das ESF(s) e da mídia sobre o Programa Mais Médicos
    (UFVJM, 2016) Rocha, Jucimere Fagundes Durães; Sant'Anna, Paulo Afrânio; Vieira, Maria Aparecida; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Sant'Anna, Paulo Afrânio; Dias, Orlene Veloso; Pereira, Diogo Neves
    Criado em 2013, o Programa Mais Médicos integra um conjunto de políticas de formação de recursos humanos para a saúde com políticas educacionais nos cursos médicos, estímulo à pesquisa aplicada ao Sistema Único de Saúde e implementa medidas que asseguram a distribuição de médicos em regiões prioritárias por meio da chamada imediata de médicos brasileiros e estrangeiros. No entanto, desde a criação e implantação, os órgãos de classe médica se posicionam de maneira contrária, situação esta amplamente divulgada na mídia. Nesse sentido, o presente estudo teve o objetivo de compreender as representações sociais da mídia, dos médicos brasileiros, gestores e usuários das Estratégias de Saúde da Família sobre o Programa Mais Médicos. Para a realização do estudo optou-se pelo estudo tipo básico, documental e de campo, exploratório, descritivo, transversal com abordagem quantiqualitativa cujo referencial teórico foi a Teoria das Representações Sociais. O cenário do estudo foi um município do norte de Minas Gerais. Os participantes do estudo foram 50 médicos brasileiros, 84 gestores e 208 usuários das Estratégias de Saúde da Família e o corpus de análise da mídia televisionada foi composto por 55 matérias dos Jornais Nacional e SBT Brasil exibidas no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2015. A coleta de dados foi feita utilizando teste de evocação de palavra e perguntas abertas. Os dados foram analisados por meio dos Softwares Ensemblesde Programmes Permettant l’Analyse des Evocations 2005 (EVOC®) e Classification Hiérarchique Classificatoire et Cohésitive - CHIC® (Versão 4.1). Os dados coletados por meio das perguntas abertas foram analisados pela técnica de análise do conteúdo de Bardin. Diante dos achados deste estudo, percebe-se que o Programa Mais Médicos tem suscitado polêmicas, acirrado debates, controvérsias, resistência e conflitos ideológicos entre os atores sociais. Esse contexto motivou reações e provocou a construção de representações sociais nos atores sociais implicados em sua trama, com interesses diversos e contraditórios, o que levou à elaboração de representações sociais sobre o Programa Mais Médicos divergentes de aceitação e reprovação pelos atores sociais envolvidos.
  • Thumbnail Image
    Item
    Doença renal crônica como foco para a educação permanente em saúde
    (UFVJM, 2016) Leite, Luciana Fernandes Amaro; Oliveira, Leida Calegário de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Niquini, Cláudia Mara; Reis, Angélica Pataro; Oliveira, Leida Calegário de
    A Doença Renal Crônica é um importante problema de saúde pública em todo o mundo porque sua incidência e prevalência estão aumentando, o custo é elevado e medidas de prevenção precisam ser implementadas. O Inquérito Brasileiro de Diálise Crônica mostrou que em julho de 2013, o número total estimado de indivíduos em diálise no país foi de 100.397; a taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,9% e o número absoluto de indivíduos em diálise tem aumentado 3% ao ano nos últimos três anos. Como no Brasil não há dados fidedignos de DRC não dialítica, para fins de programação, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) estima que 11,6% dos adultos mineiros (com idade igual ou superior a 20 anos) apresentem DRC em um dos seus estágios. Deste modo, considerando a relevância e o impacto da DRC na saúde da população brasileira, o presente estudo tem por objetivo central realizar o rastreio desta doença em adultos em uma Estratégia de Saúde da Família da cidade de Diamantina, Minas Gerais, bem como promover a capacitação dos profissionais médicos e enfermeiros deste município em relação à mesma. Foi realizado, através de análise das fichas do Sistema de Informação da Atenção Básica, o levantamento de todos os usuários com presença de algum fator de risco para o desenvolvimento da DRC na ESF Cazuza, Diamantina. Os usuários do Sistema Único de Saúde que apresentaram fatores de risco para DRC foram convidados a participar de entrevistas onde foram coletados dados sócio demográficos, comportamentais, comorbidades e antropométricos. Foram coletados materiais biológicos (sangue e urina) para realização dos exames de creatinina sérica e urinária, urina rotina e proteínas totais na urina. O valor da creatinina sérica foi utilizado para fazer a estimativa da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) utilizando o nomograma baseado na equação Chronic Kidney Disease Epidemiology Collaboration (CKD-EPI). Na urina rotina, especial atenção foi dada à presença de hematúria de origem glomerular tendo como sinais a presença de cilindros hemáticos ou dismorfismo eritrocitário. Os resultados dos exames de proteínas totais na urina e creatinina urinária foram utilizados para calcular a relação proteinúria/creatininúria. Assim foi possível rastrear a presença da DRC em 191 indivíduos. Destes pacientes, 57,6% eram do sexo feminino, 73,8% de raça não branca, 64,4% possuía ensino fundamental incompleto, 81,2% eram sedentários, 13,1% apresentaram uso abusivo do álcool, 63,4% eram hipertensos, 10,0% eram diabéticos, 35,1% estavam obesos e 18,3% tinham história familiar de DRC. Com a estimativa da TFG obteve-se 53,4% no estágio 1. O rastreio para DRC foi positivo para 14,2% dos pacientes. As informações obtidas dos pacientes foram utilizadas nas capacitações no formato de módulos de capacitação para médicos e enfermeiros que atuam na Estratégia de Saúde da Família de Diamantina, MG, sendo que estes treinamentos geraram uma melhora do nível de conhecimento dos profissionais participantes de 8,8%. Pode-se concluir a importância da atuação dos profissionais da atenção primária a saúde no controle dos fatores de risco para o desenvolvimento e progressão da DRC.