Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação

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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.

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    Estágios de mudança de comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas, legumes, doces e gorduras
    (UFVJM, 2023) Aguiar, Hérica Thaís Vieira; Ramos, Cíntia Lacerda; Nobre, Luciana Neri; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
    Para avaliar o grau de modificação de comportamento dos jovens, o modelo transteórico de conduta tem sido amplamente utilizado. Este modelo estabelece uma abordagem que classifica os indivíduos com base em sua disposição para mudar, ocorrendo por meio de cinco princípios fundamentais, sendo eles a pré-contemplação, consideração, decisão, ação e manutenção. O objetivo deste estudo foi avaliar os estágios de mudança de comportamento alimentar de adolescentes em relação ao consumo de frutas, legumes, doces e gorduras e a associação entre frequência de consumo de grupos alimentares saudáveis com os estágios de mudança de comportamento. Trata-se de um estudo transversal com adolescentes de escolas públicas da cidade de Montes Claros, Brasil. Este estudo faz parte da pesquisa intitulada "Saúde escolar: avaliação nutricional e risco cardiovascular entre adolescentes de escolas pública”. O estudo ocorreu no segundo semestre de 2017 e a amostra foi selecionada por amostragem probabilística por conglomerados. Foi avaliado consumo alimentar, variáveis sociodemográficas (idade e sexo), antropométrica (índice de massa corporal), comportamental (tempo de tela e prática de atividade física), saúde (se recebeu acompanhamento por profissional nutricionista e se deseja perder peso) e estágio de mudança de comportamento alimentar segundo o modelo transteórico. O consumo dos marcadores alimentares foi avaliado por meio de questionário adaptado do VIGITEL, pesquisa nacional que dentre outras variáveis avalia marcadores de alimentação saudável e não saudável. A análise dos fatores que influenciaram a probabilidade de o estágio de mudança de comportamento alimentar afetar o consumo dos grupos de alimentos saudáveis (frutas e legumes) foi realizada por meio da regressão de Poisson. Participaram do estudo 880 adolescentes, e a maioria de autodeclararam estar nas fases de “manutenção” (25,6%) e “ação” (13,6%), respectivamente, para os diferentes grupos de alimentos avaliados (frutas, legumes, doces e gorduras). As meninas relataram consumir regularmente mais doces, enquanto os meninos relataram maior consumo de leite. Foi observado que idade (p-valor <0,001), gênero (p<0,001) e se o adolescente teve atendimento nutricional (p-valor <0,001) influenciaram na mudança de comportamento para o consumo de frutas, enquanto que gênero, tempo de tela e se pensa em fazer dieta influenciaram na mudança de comportamento para o consumo de legumes ( p-valor <0,001). Em relação ao grupo de alimentos não saudáveis, apenas a idade foi associada os estágios de mudança de comportamento alimentar para consumo de doces (p-valor <0,001) e nenhuma variável foi associada ao consumo de alimentos gordurosos. Os adolescentes classificados em “pré-contemplação”, “contemplação”, “decisão” e “ação” apresentaram maior probabilidade de não consumirem frutas diariamente quando comparados aos da fase de “manutenção”. No entanto, esta probabilidade foi maior entre aqueles em “pré-contemplação” (RP= 2,18; p-valor < 0,001). Os adolescentes em “pré-contemplação”, “contemplação”, “decisão” e “ação” apresentaram maior probabilidade de não consumirem legumes, e aqueles em “pré-contemplação” apresentaram maior probabilidade (RP= 2,50; p-valor < 0,001). Contudo, observa-se que o consumo de frutas e legumes é mais elevado entre os adolescentes que se encontram nas fases de “ manutenção” e “ contemplação”. Por outro lado, os adolescentes que estão na fase de “pré-contemplação” têm uma maior probabilidade de não consumir frutas. Além disso, à medida que o estágio de conscientização é menos avançado, a frequência de consumo de legumes tende a diminuir.
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    Existe associação entre asma, cárie dentária e outros desfechos bucais negativos em crianças e adolescentes?: uma revisão sistemática com metanálise
    (UFVJM, 2022) Moreira, Luana Víviam; Fernandes, Izabella Barbosa; Galvão, Endi Lanza; Ramos Jorge, Maria Letícia; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Fernandes, Izabella Barbosa; Soares, Maria Eliza da Consolação; Assunção, Cristiane Meira
    Objetivo: O objetivo deste estudo foi revisar sistematicamente a literatura e avaliar se existe associação entre a ocorrência de asma brônquica, cárie dentária e outros desfechos bucais negativos como acúmulo de biofilme, gengivite, defeito de desenvolvimento do esmalte e desgaste dentário erosivo entre crianças e adolescentes. Métodos: Estudos observacionais que avaliaram as possíveis associações entre asma e cárie e outras condições orais em crianças e/ou adolescentes, até abril de 2022, foram elegíveis. Foi realizada uma busca sistemática no PubMed, Web of Science, Virtual Health Library, Scopus e Embase. Dois revisores independentes selecionaram os estudos, extraíram dados e avaliaram a qualidade metodológica dos estudos através do Joanna Briggs Institute. Foram realizadas metanálises e o teste I². Para análises das variáveis contínuas, foram utilizadas as diferenças de médias como medidas de efeito. Para análises das variáveis dicotômicas, as frequências de eventos em cada grupo foram avaliadas para obtenção do Odds Ratio. O viés de publicação foi investigado quando dez ou mais artigos foram incluídos na metanálise sendo utilizado o teste de Egger e a inspeção visual do funnel plot. Resultados: Quarenta e dois estudos foram incluídos na síntese qualitativa e dezesseis na quantitativa. As médias dos índices para avaliação de cárie foram significativamente maiores para crianças e adolescentes asmáticos quando comparados aos não asmáticos, em dentes decíduos (ceo-d) (MD: 1,11; IC95%: 0,48-1,73) e permanentes (CPO-D) (MD: 1,01; IC95%: 0,45-1,56). A avaliação visual do funnel plot e os resultados do teste de Egger sugeriram a presença de viés de publicação. A avaliação de qualidade mostrou que a maioria dos estudos possuiu qualidade moderada. A certeza da evidência com base nos critérios GRADE foi considerada muito baixa para todos os desfechos avaliados. Conclusão: Crianças e adolescentes asmáticos tiveram maior chance de desenvolver cárie dentária e acumular biofilme quando comparadas aos não asmáticos. Entretanto, a qualidade metodológica dos estudos foi moderada, assim estudos prospectivos com métodos padronizados são essenciais para fortalecer as evidências.
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    Adaptação transcultural e análise das medidas psicométricas da versão brasileira da escala de Charcot-Marie-Tooth (CMTPedS)
    (UFVJM, 2019) Cruz, Karoliny Lisandra Teixeira; Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Mendonça, Ayrles Silva Gonçalves Barbosa
    Introdução: A doença de Charcot-Marie-Tooth (CMT) tem início nas primeiras décadas de vida e é caracterizada pelo acometimento sensorial, motor periférico, ocasionando deficiências na estrutura e função do corpo e limitações nas atividades e restrições na participação social. No Brasil, até o presente momento não há nenhum instrumento confiável para acompanhar a evolução da doença na prática clínica ou em pesquisas. Objetivo: adaptar para o português- Brasil a versão em inglês da escala Charcot-Marie-Tooth pediátrica (CMTPedS) e avaliar as propriedades de medidas psicométricas da versão brasileira da CMTPedS. Metodologia: Para a adaptação cultural da versão em inglês da CMTPedS, foram envolvidos quatro tradutores que realizaram duas traduções (do inglês para o português) e respectivas retrotraduções, que foram revisadas por um comitê multidisciplinar e uma avaliação subsequente da equivalência de significado entre as retrotraduções e o original (que envolveu 30 profissionais da área de saúde e 3 pesquisadores). A confiabilidade interavaliadores foi testada comparando- se as avaliações de dois avaliadores diferentes que realizaram o teste no mesmo dia. A confiabilidade foi avaliada por meio do coeficiente de correlação Intraclasse (CCI), correlação de Pearson, concordância por meio do teste Bland-Altman, consistência interna e a mínima mudança detectável. Foram avaliados 20 voluntários (13,9±3,4 anos) com diagnóstico de CMT (CMT1A, CMT2A e CMT). Resultados: A versão final da CMTPeds apresentou mais do 80% de compreensão pelos profissionais da área, sendo a tradução e adaptação consideradas adequadas, obtendo-se a versão final. As medidas psicométricas da versão brasileira da CMTPedS apresentaram excelente confiabilidade interavaliadores (ICC2,1=0,93, 95% CI=0,83-0,97), boa consistência interna (alfa de Cronbach’s = 0,85), alta correlação (r=0,98) e concordância (bias=0,15); e uma diferença mínima detectável de 16,6. Conclusão: A versão brasileira da escala CMTPedS mostrou ser consistente e confiável para a população pediátrica brasileira de CMT.
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    Associação entre fatores perinatais e dor musculoesquelética ao longo da vida
    (UFVJM, 2019) Siqueira, Fernando Carvalho de Macedo; Leite, Hércules Ribeiro; Oliveira, Vinícius Cunha de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Gomes, Wellington Fabiano; Hull, Egmar Longo
    Contexto: As condições musculoesqueléticas são problemas comuns de saúde com grande impacto nos indivíduos. Embora muitos fatores tenham sido associados ao desenvolvimento de dor musculoesquelética, como os fatores perinatais, sua etiologia ainda é pouco compreendida. Objetivo: Investigar sistematicamente se os fatores perinatais podem aumentar o risco de ter dor musculoesquelética ao longo da vida. Métodos: As bases de dados MEDLINE, CINAHL, Scopus, Web of Science e EMBASE foram pesquisadas desde o seu início até dezembro de 2017. Os descritores utilizados em nossa estratégia de busca foram relacionados a “fatores perinatais” e “dor musculoesquelética”. Não houve restrições de idioma, idade, sexo ou data. Meta-análise foi usada para agrupar as estimativas de associação entre fatores perinatais e dor musculoesquelética. Resultados: Entre os seis artigos incluídos nesta revisão sistemática, três foram extraídos para a meta-análise. O agrupamento de três e dois estudos não mostrou associação entre dor musculoesquelética crônica e baixo peso ao nascer (OR 1.8, 95% IC 0,9-3.8, I2 = 0; n = 157) ou nascimento pré-termo (OR 0.5, IC95% 0,0-4,5; I2 = 78%; n = 374) em adultos, respectivamente. No geral, a qualidade das evidências após a aplicação da abordagem GRADE foi muito baixa em todos os estudos. Conclusão: Em adultos, nossa meta-análise não mostrou associação entre peso ao nascer ou prematuridade e dor musculoesquelética, e a qualidade da evidência foi muito baixa. Assim, a baixa qualidade da evidência e o número limitado de estudos não sugerem uma associação direta e clara. Outros estudos longitudinais de alta qualidade, e o controle de outros fatores de confusão mais relevantes, são necessários para entender melhor o complexo mecanismo que pode operar entre os fatores perinatais e a dor musculoesquelética.
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    Fatores comportamentais e sua influência sobre o traumatismo dentário em adolescentes: um estudo longitudinal
    (UFVJM, 2018) Paiva, Haroldo Neves de; Marques, Leandro Silva; Paiva, Paula Cristina Pelli; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Marques, Leandro Silva; Drummond, Andréia Maria Araújo; Pereira, Luciano José; Oliveira Filho, Paulo Messias de
    Objetivo: Investigar novos casos de traumatismos dentários em dentes incisivos permanentes e associação com fatores clínicos (proteção labial inadequada e overjet acentuado), fatores socioeconômicos, comportamentais (consumo de bebida alcoólica em binge e uso de maconha) e o capital social, entre os adolescentes de 14 anos da cidade de Diamantina/MG, bem como, a distribuição espacial dos traumatismos dentários. Metodologia: Estudo longitudinal foi desenvolvido, com dois anos de acompanhamento, envolvendo exame clínico realizado por um pesquisador previamente treinado e calibrado utilizando a classificação para traumatismo dentário proposta por Andreasen e questionários auto-aplicáveis. A amostra consistiu de um censo de todos os escolares matriculados na área urbana da cidade com 12 anos no baseline e com 14 anos no follow up. Informações sobre capital social, o consumo de bebida alcóolica e uso de drogas ilícitas foram coletadas através dos questionários QCS-AS (Questionário de Capital Social para Adolescentes Escolares), AUDIT-C (Teste de Identificação para Desordens do Uso de Álcool, na versão curta) e ASSIST (Teste para Triagem do Envolvimento com Álcool, Cigarro e outras Substânciasb), validados no Brasil. A condição socioeconômica foi avaliada pela escolaridade materna e renda familiar. Os dados obtidos foram analisados de forma descritiva e analítica. Considerando a distribuição discreta da variável dependente (número de dentes traumatizados) e considerando o efeito das medidas repetidas, o Modelo de Regressão de Poisson com intercepto de efeitos aleatórios foi estimado (Xtlogit in STATA 12.0). As variáveis associadas ao traumatismo dentário com valor de p<0,20 foram incluídas no modelo múltiplo. Os endereços dos escolares foram georreferenciados por geocodificação e realizada a análise espacial através da distribuição dos domicílios. As tendências de aleatoriedade e densidade de pontos foram analisadas por mapas de Kernel. Resultados: A prevalência de traumatismo dentário no baseline foi de 29,9% e, aumentou para 33,8% em dois anos resultando em uma incidência de 3,9%. A prevalência de beber em binge no baseline foi 23,1% (n=136) e no follow up 30,1%. O beber em binge [PR=1.348(IC95%:1.031-1.764)] e os fatores clínicos overjet acentuado [PR=1,940(IC95%:1,403-2,684)] e proteção labial inadequada [PR=3.382(IC95%:2.553-4.481)] foram significativamente associados ao aumento do traumatismo dentário. Também o consumo de maconha foi associado estatisticamente com o número de dentes traumatizados [PR=0,861(IC95%:0,82-0,91)]. No entanto, não houve associação estatística entre o sexo e a condição socioeconômica. Os domicílios se distribuíram de forma agregada no espaço urbano com nível de confiança de 99% e níveis de agregação espacial semelhante, sem interação espacial entre eles. Os clusters de domicílios com escolares acometidos por traumatismo dentário convergiram para dois bairros periféricos, um localizado na região nordeste e no sudoeste da cidade. Conclusões: Houve uma maior incidência de traumatismo dentário entre adolescentes que relataram consumir bebidas alcóolicas em binge e que fizeram uso de maconha fornecendo novas evidências de fatores comportamentais como fatores de risco para os traumatismos dentários. Os hotspots com a distribuição de novos casos se concentraram nas regiões periféricas nordeste e sudeste. A incorporação do espaço nos eventos poderá auxiliar na identificação das áreas de maior vulnerabilidade e direcionar as políticas de prevenção e controle.