Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
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A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - PRPPG/UFVJM - tem a finalidade de apreciar, coordenar, auxiliar, deliberar e homologar as atividades de Pesquisa, Pós-Graduação e inovação da Instituição. A PRPPG possui um orgão de deliberação denominado Conselho de Pesquisa e Pós-Graduação - CPPG. A "Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação" é constituída pela Diretoria de Pesquisa e pela Diretoria de Pós-Graduação no campus sede da UFVJM e pelas diretorias de Pesquisa e de Pós-Graduação dos campi fora de sede.
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Item NutriGame - seu guia alimentar: serious game para comunicação do Guia Alimentar para a população brasileira para adolescentes(UFVJM, 2023) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Esteves, Elizabethe Adriana; Bortolini, Gisele Ane; Nobre, Luciana Neri; Moreno, Lauane Gomes; Mendonça, Vanessa AmaralO Guia Alimentar para a População Brasileira 2ª edição apresenta as diretrizes alimentares brasileiras, importante recurso de prevenção da obesidade, que devem ser divulgadas à população por meio da educação alimentar e nutricional. A tecnologia Mobile Health (mHealth) tem mostrado resultados positivos na promoção da saúde podendo ser uma ferramenta importante em intervenções nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi desenvolver e avaliar a efetividade de um jogo digital mHealth em comunicar as diretrizes do Guia Alimentar para a População Brasileira para adolescentes. O estudo foi realizado em 3 fases: na Fase I foi destinada ao desenvolvimento do jogo digital, do tipo aplicativo (app), para celular/tablet; a Fase II à avaliação da jogabilidade do aplicativo e a Fase III à avaliação do app como estratégia de comunicação do Guia Alimentar para População Brasileira para o público alvo. A Fase I aconteceu em três etapas: 1. Fundamentação teórica e conceituação, em que foram escolhidos os determinantes teóricos do jogo; 2. Desenvolvimento do app, quando foram definidas a mecânica e o formato do jogo; e 3. Testes preliminares de usuário, quando os próprios pesquisadores realizaram testes de usabilidade e viabilidade. Na Fase II, 7 adolescentes, com idade entre 14 e 16 anos, utilizaram o app por 30 dias para avaliação da usabilidade, viabilidade, engajamento e aprendizagem, que foram avaliados por meio de entrevistas guiadas. Na Fase III participaram do estudo, 65 adolescentes com idade entre 10 e 18 anos, 38 do grupo app e 27 do grupo controle. Os adolescentes do grupo app usaram o jogo digital por 14 dias. Eles responderam a um questionário sobre alimentação que abordava questões de percepção, autoeficácia, conhecimento e atitude alimentar em três momentos: Pré (antes do uso do app) e Pós (14 dias após usar o app) e Pós-90 (90 dias após usar o app). Ao final dos 14 dias, o grupo app também respondeu a um questionário de imersão. O grupo controle não recebeu nenhuma intervenção e responderam ao questionário sobre alimentação no momento pré e pós. Foram calculados os escores de cada questionário para comparação do momento pré e pós utilização do jogo e entre os grupos controle e app. O jogo desenvolvido recebeu o nome de “Nutrigame - seu guia alimentar” e é um jogo de narrativa, onde a história é ambientada na rotina alimentar de um adolescente. Durante um ciclo de sete dias o jogador deve realizar escolhas alimentares, de ambiente e companhia. Essas escolhas impactam a saúde do avatar, demonstrada pelos indicadores de saúde, alertas e relatório final de saúde. Quando avaliado na Fase II, o NutriGame recebeu nota 8,75 em uma escala de 0 a 10 sobre o quanto os adolescentes gostaram do jogo, demonstrando bom engajamento. Além disso, ele apresentou resultados efetivos de usabilidade e viabilidade. Na Fase III, após utilizarem o NutriGame, os adolescentes relataram saber mais sobre alimentação saudável depois de jogar (pré 7,05 ± 1,83; pós 7,94 ± 1,33, p=0,031) e consideraram sua alimentação mais saudável (pré 6,50 ± 1,64; pós 7,16 ± 1,11, p=0,015). O escore de conhecimento aumentou de 27,82 ± 1,65 no momento pré para 29,05 ± 1,45 após jogarem o NutriGame (p=0,0001). O escore para intenção de mudança de hábitos (autoeficácia) foi de 43,47 ± 4,90 no momento pré, aumentando para 47,05 ± 3,36 depois da utilização do jogo (p<0,0001). Eles também apresentaram melhora na atitude alimentar (pré 20,58 ± 3,19; pós 22,53 ± 3,12, p=0,0009). Não foram observadas diferenças nos escores das respostas entre os dois momentos para o grupo controle. Para o grupo app, foi observada manutenção dos resultados após 90 dias da intervenção, demonstrando efeito do jogo a médio prazo nas variáveis analisadas. A média da imersão no jogo ao final dos 14 dias de teste foi de 27,25 ± 3,36 pontos, o que demonstrou alto envolvimento com a narrativa. Dessa forma, os dados mostram que o NutriGame - seu guia alimentar é eficaz na comunicação do Guia Alimentar para adolescentes.Item Avaliação da distribuição e perfil funcional das subpopulações de monócitos na obesidade associada à resistência à insulina em resposta à sobrecarga oral de glicose(UFVJM, 2018) Garcia, Bruna Caroline Chaves; Vieira, Etel Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Vanessa Amaral; Ferreira, Adaliene Versiani Matos; Freitas, Bethânia Alves de AvelarOs monócitos são células mononucleares fagocíticas, classificados em três subpopulações distintas, conforme a expressão de CD14 e CD16: monócitos clássicos (CD14++ CD16- ), intermediários (CD14++ CD16+ ) e não-clássicos (CD14+ CD16++). Os monócitos nãoclássicos são responsáveis pelo patrulhamento do endotélio e têm sido relacionados com o estado pró-inflamatório de diversas doenças. Nosso grupo de pesquisa observou, em estudos prévios, aumento dessa subpopulação de monócitos em indivíduos obesos. Também foi observada correlação positiva entre o percentual de monócitos não clássicos com a glicemia no teste oral de tolerância a glicose (TTOG), o que sugere relação entre a intolerância à glicose e a maior frequência dessas células. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a distribuição e perfil funcional das subpopulações de monócitos em obesos sensíveis e resistentes à insulina em resposta à sobrecarga oral de glicose. Participaram do estudo 22 indivíduos obesos e 11 eutróficos, classificados em três grupos conforme a sensibilidade à insulina: controle eutrófico (CONT), obeso sensível à insulina (OBS) e obeso resistente à insulina (OBR). Inicialmente os voluntários passaram por avaliação antropométrica (aferição de massa corporal, estatura e composição corporal) e bioquímica (insulina e glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol total e frações). A distribuição e o perfil funcional das subpopulações de monócitos nos voluntários foram avaliadas antes, uma e três horas após o TTOG. No jejum os indivíduos obesos, independente da sensibilidade à insulina, apresentaram maior percentual de monócitos não-clássicos. Já os indivíduos do grupo OBR apresentaram menor percentual de monócitos clássicos e menor percentual de monócitos CD11b+ comparados ao CONT. O grupo OBS apresentou menor expressão de HLA-DR pelos monócitos. A sobrecarga oral de glicose não teve efeito sobre nenhuma das subpopulações de monócitos nos indivíduos do grupo controle. Contudo, no grupo OBS foi observada redução do percentual de monócitos não clássicos e aumento do percentual de monócitos clássicos 1 hora após o TTOG. Estas alterações não foram observadas 3 horas após o teste, o que indica um efeito transitório da sobrecarga oral de glicose no percentual dos monócitos clássicos e não clássicos nos indivíduos obesos sensíveis à insulina. Já no grupo OBR as mesmas alterações foram observadas 1 horas após o TTOG, contudo, diferente do grupo OBS, o percentual de monócitos clássicos se manteve aumentado e o de monócitos não-clássicos reduzido 3 horas após o TTOG. A sobrecarga oral de glicose também alterou a expressão de HLA-DR preferencialmente nos indivíduos obesos resistentes à insulina. Foi observada menor expressão de HLA-DR entre 1 e 3 horas após o TTOG, nas três subpopulações de monócitos do grupo OBR, enquanto no grupo controle essa redução foi observada apenas para os monócitos clássicos. Esses dados demonstram que a sobrecarga oral de glicose afeta de forma distinta a distribuição das subpopulações de monócitos e a expressão de HLA-DR em indivíduos obesos resistentes à insulina. Os achados indicam que o efeito da sobrecarga oral de glicose na distribuição e perfil funcional de monócitos é dependente da obesidade e agravada pela resistência à insulina.