Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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PPGCS - Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
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Item Resposta inflamatória na indução do parto: perfil celular, marcadores inflamatórios sanguíneos e estado redox placentário de parturientes que respondem ou não ao protocolo de indução(UFVJM, 2024) Guimarães, Isabela Carvalho; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM; Sampaio, Kinulpe Honorato; Garcia, Bruna Caroline Chaves; Dias Peixoto, Marco FabrícioDe acordo com a OMS, o parto normal é esperado entre a 37ª e 42ª semana de gestação, sendo que alguns sinais indicativos geralmente precedem o trabalho de parto. Contudo, em certas situações, mulheres podem não apresentar esses sinais, justificando a necessidade de indução do parto, especialmente em casos de complicações ou ultrapassagem do tempo ideal de gestação. Métodos comuns de indução incluem o uso de ocitocina e misoprostol. Durante o processo de parto, o sistema imunológico materno adota um fenótipo mais reativo, destacado pelo aumento de citocinas, evidenciando o parto como um evento inflamatório fisiológico. Este estudo propõe avaliar o perfil celular, marcadores inflamatórios e o estado redox placentário em mulheres submetidas à indução do parto, comparando aquelas que respondem ao protocolo (Grupo R) com aquelas que não respondem (grupo NR). Para isso, foi coletado sangue periférico das mães antes da indução do parto e imediatamente após o parto para as análises dos tipos celulares presentes e níveis plasmáticos de IL-6, IL-8 e IL-10, além de fragmentos de placentas para as análises do perfil oxidativo. Observamos que a indução do parto resultou em uma leucocitose em ambos grupos, com um aumento mais acentuado de neutrófilos nas mães que responderam ao protocolo de indução. Já as mães do grupo NR apresentaram aumento significativo de monócitos. Também foi observado que as mães que respondem ao protocolo de indução reduziram os níveis de IL-6 após o parto, os níveis de IL-10 encontravam-se diminuídos e razão IL-8/IL-10 aumentados quando comparados às mães que não respondem ao protocolo de indução. Já as plantas de mães que respondem ao protocolo de indução apresentam níveis mais elevados de espécies reativas de oxigênio e proteínas carboniladas, indicando maiores danos oxidativos, e menores níveis de atividades das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase. Os resultados de nossa pesquisa revelaram uma diferença na resposta inflamatória entre mulheres responsivas e não responsivas ao trabalho de parto, sugerindo a perspectiva de que as variações na resposta inflamatória durante a indução podem influenciar distintamente as respostas ao protocolo de indução. Esta diferenciação é crucial para o aprimoramento da prática obstétrica, contribuindo para a compreensão mais ampla das complexidades associadas à indução do parto e permitindo abordagens futuras mais precisas e personalizadas no manejo da indução do trabalho de parto.