PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)

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    O cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com lesão medular
    (UFVJM, 2022) Silva, Danúbia Michelle Ferreira da; Santos, Ana Paula; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Santos, Juliana Nunes; Costa, Rafaella Ferreira Avelar
    A lesão medular (LM) traumática ocasiona de forma súbita vários transtornos ao indivíduo acometido e seus familiares. O intestino neurogênico é citado como uma das mais incomodativas complicações associadas à lesão. O quadro predispõe a alterações peristálticas e do controle fecal, favorecendo a constipação e a depender da condição, a incontinência intestinal. Dados sobre as práticas intestinais após a LM e sua interferência sobre a participação social são importantes para intervenções no processo de reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a função e o cuidado intestinal e a participação social de indivíduos com LM atendidos em um centro de neurorreabilitação de referência. Trata-se de um estudo do tipo transversal descritivo. Foram entrevistados 61 indivíduos adultos com LM traumática em nível cérvico-torácico. Na entrevista foram aplicados os instrumentos: Escala de Medida de Independência Funcional (MIF), Escala de Bristol de Consistência de Fezes (EBCF), Questionário sobre dados demográficos, cuidados/dificuldades e complicações intestinais, elaborado pela pesquisadora, a Escala de Medida de Independência da Medula Espinhal na versão III (SCIM III) e o Questionário na versão curta da Avaliação de Saúde e Deficiência - World Health Organization Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Foi ainda realizada consulta ao prontuário para extrair dados relacionados ao tempo, nível e causa da LM, sexo e idade. Realizou-se uma análise descritiva das variáveis com valores expressos em média, desvio padrão e frequência relativa. Para análise inferencial foi utilizado o Teste Kolmogorov- Smirnov para verificar a normalidade dos dados; o coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para a análise da correlação entre a funcionalidade do intestino e a participação social; o teste T foi utilizado para verificar possíveis diferenças na função intestinal e participação social entre os indivíduos paraplégicos e tetraplégicos. As diferenças foram consideradas significativas em p < 0,05. Da totalidade, 57,4% apresentavam lesão completa, 44,2% tetraplegia e 55,8% paraplegia. Houve predomínio do sexo masculino (72,1%) com idade média de 37,2 + 13,6 anos. A estimulação intestinal foi informada por 83,6% dos participantes, sendo que 68,8% realizavam massagem abdominal e 40,9% citaram a realização do toque dígito anal, 42,7% apresentavam frequência de evacuação diária e 47,4% com trânsito intestinal adequado (EBCF). Houve moderada correlação (p < 0,05) entre a participação social e o uso e a transferência para o vaso sanitário. O controle esfincteriano apresentou fraca correlação quando relacionado à participação social. Os participantes tetraplégicos apresentaram maiores limitações de atividade e restrições de participação (WHODAS 2.0: 37,9 ± 8,8) em relação aos participantes paraplégicos (WHODAS 2.0: 32,4 ± 7,7) (p = 0,012). Da mesma forma, os participantes tetraplégicos apresentaram piores escores para SCIM III – domínio respiração e controle de esfíncter (21,4 ± 7,8) e MIF motor (39,3 ± 19,7) que os participantes paraplégicos, respectivamente, 30,2 ± 4,8 e 64,7 ± 11,7. Os achados indicam que apesar da participação social estar associada ao manejo do intestino neurogênico, a relação é mais forte quando analisada sob a ótica motora do processo, em detrimento à continência em si.
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    Validação da Escala de Participação Social (P-scale) em adultos com lesão medular
    (UFVJM, 2021) Espindula, Patrícia Avelar Viana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Cunha, Naira Beatriz Favoretto
    A lesão medular (LM) interfere na qualidade de vida e no potencial funcional do indivíduo, predispondo a incapacidade e a restrição na participação. Participação refere-se ao fenômeno de desempenhar um papel na sociedade ou tomar parte em atividades nas áreas sociais, econômicas, cívicas, interpessoais, domésticas e educacionais. Dados sobre participação são necessários para avaliações e intervenções na reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade e a validade de constructo da versão 6.0 da Escala de Participação Social (Pscale) em adultos com LM; correlacionando essa escala com funcionalidade, depressão e acessibilidade arquitetônica. Estudo metodológico do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal. Foram realizadas duas entrevistas com 100 indivíduos adultos com LM, em um centro de referência em reabilitação, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de janeiro/2021 a março/2021. Na primeira entrevista foram aplicados: questionário sociodemográfico e de saúde, P-scale, Medida de Independência Funcional (MIF), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Questionário de Percepção de Acessibilidade (QPA). No intervalo de dez a quatorze dias após, a P-scale foi readministrada. A normalidade na distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Para análise de teste de hipótese foi utilizado o Rho de Spearman para avaliar as correlações entre os diferentes construtos e para investigar as diferenças entre os grupos o teste U de Mann-Whitney. A confiabilidade foi calculada usando o coeficiente intraclasse (ICC) e a consistência interna pelo alfa de Cronbach. A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com nível de significância de 5%. A idade média dos participantes foi de 38,9 + 12,80 anos, a maioria era homem (74%) e as lesões traumáticas foram mais frequentes (72%). O escore médio da P-scale foi de 38,10 + 20,87. A P-scale apresentou uma correlação de fraca a moderada com o domínio motor da MIF (rs = - 0,280) e de moderada a boa com o domínio cognitivo da MIF (rs = - 0,520), sintomatologia depressiva (rs = 0,610), deslocamentos (rs = - 0,620) e domínio psicoafetivo de acessibilidade (rs = 0,530). A média dos escores obtidos na P-scale nos grupos com e sem sintomatologia depressiva (p = 0,001), dor neuropática (p = 0,033) e dependência funcional (p = 0,001) apresentaram diferença significativa. A média dos escores da P-scale nos grupos de indivíduos com paraplegia e com tetraplegia não diferiu. A P-scale mostrou adequada consistência interna (alfa de Cronbach = 0,873) e excelente confiabilidade teste-reteste (ICC2,1=0,992; 95%). Nossos achados suportam o uso da P-scale para avaliar a participação social de indivíduos adultos com LM na prática clínica e na pesquisa.
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    Validação do Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) em idosos comunitários
    (UFVJM, 2021) Silva, Bárbara Patrícia Santana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Rodrigues, Vinicius Dias; Santos, Juliana Nunes
    O envelhecimento saudável pode ser definido como o processo de desenvolvimento e manutenção da capacidade funcional que permite o bem-estar na idade avançada. A capacidade funcional é avaliada por meio das atividades realizadas corriqueiramente. O instrumento denominado Late Life Function and Disability Instrument (LLFDI) foi desenvolvido em consonância com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) e avalia a função e a incapacidade de pessoas idosas, entretanto faltam evidências da validade do LLFDI em idosos comunitários brasileiros. O objetivo deste estudo foi avaliar a validade de construto do LLFDI em idosos comunitários, correlacionando-o com o perfil de atividade humana (PAH); com as escalas de Katz; de Lawton & Brody e geriátrica de depressão (GDS); e com os testes Timed Up and Go (TUG) e o Short Physical Performance Battery (SPPB). Trata-se de um estudo do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal, realizado nos municípios de Montes Claros e Diamantina-MG. A amostra foi composta por idosos comunitários (≥60 anos). A avaliação foi realizada em um único momento onde foram aplicados: um questionário com dados sociodemográficos, perfil de saúde e suporte social; Escala de Katz; Escala de Lawton & Brody; PAH; GDS; TUG e SPPB. Foi realizada estatística descritiva composta de medidas de frequência, de tendência central e variabilidade; e inferencial que incluiu os testes de correlação de Pearson e Spearman e o teste t-student e Mann-Whitney (p˂0,05). Foram avaliados 100 idosos, com idade média de 70,1 + 7,9 anos, sendo 61% do sexo feminino. Em relação às comorbidades a mais prevalente foi a hipertensão arterial (65%). O escore total do LLFDI para o componente Incapacidade foi de 56,0 + 8,9 e para o componente Função foi de 73,7 + 17,0. As correlações foram mais fortes com o componente Função do LLFDI (p<0,01). Houve coeficientes de correlação moderada a boa entre as variáveis Lawton & Brody, SPPB e TUG e alguns domínios do componente Incapacidade do LLFDI (p<0,01). Todos os domínios dos componentes Função e Incapacidade da LLFDI diferenciaram os idosos inativos dos moderadamente ativos e ativos (p<0,01) e os dependentes dos independentes nas atividades instrumentais (p<0,01). Da mesma forma o instrumento LLFDI diferenciou de forma significativa (p<0,01) os idosos com histórico de quedas recorrentes dos que não têm. Nossos achados suportam o uso do LLFDI para avaliar a função e a incapacidade de idosos comunitários.
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    Estudo do efeito mediador dos fatores psicológicos sobre a atividade e participação de diabéticos atendidos nas Unidades Básicas de Saúde de Diamantina
    (UFVJM, 2020) Silva, Bárbara Catherine Soares; Alcântara, Marcus Alessandro de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcântara, Marcus Alessandro de; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Simões, Mariana Roberta Lopes
    A participação social pode ser definida como a inclusão e o envolvimento do indivíduo em atividades sociais na comunidade ou na sociedade. É um constructo relevante para promoção e reabilitação em saúde, além de ser um indicador de declínio funcional; e pode ser influenciada por problemas de saúde que afetam as habilidades físicas e mentais necessárias para a realização de atividades complexas e exigentes. Interações sociais, atividades cotidianas, trabalho e lazer são apenas alguns dos termos que denotam participação social e que são referenciados pela Classificação Internacional de Funcionalidade e Incapacidade e Saúde (CIF). A CIF integra a família de classificações proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e sua estrutura teórica propõe um modelo conceitual para pensar a funcionalidade e a incapacidade do indivíduo baseada em uma linguagem unificada e padronizada que permite conhecer as condições de funcionalidade das pessoas (associadas ou não a qualquer doença) e os fatores pessoais e ambientais envolvidos. Embora a participação social seja um aspecto de saúde importante para se pensar a funcionalidade humana, estudos sobre participação social como indicador funcional do Diabetes Mellitus (DM) ainda são pouco usuais na literatura. O DM está entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) mais desafiadoras da atualidade, sendo considerada uma epidemia mundial com altos índices de morbimortalidade, que constitui causa importante de incapacidade funcional dos indivíduos. A incapacidade é um termo abrangente que denota os aspectos negativos da interação entre um indivíduo com uma condição de saúde - como o DM - e os fatores contextuais daquele indivíduo; entre diabéticos, o risco para surgimento de incapacidade é de duas a três vezes maior quando comparado a indivíduos não-diabéticos. Estudos prévios sugerem que as restrições de participação social percebidas entre diabéticos decorrem de um processo multifatorial, que engloba as relações entre domínios físicos, psicológicos e as interações com o meio ambiente e a sociedade; limitando atividades cotidianas básicas, relações de trabalho, atividades de lazer e interações sociais. O objetivo geral do estudo foi analisar a participação social em uma amostra de indivíduos diabéticos e a relação de mediação estabelecida entre os domínios físico e psicológico na participação social desses indivíduos.