PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)

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    Efeitos da mudança da postura do tronco na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem dor patelofemoral durante tarefas funcionais
    (UFVJM, 2020) Tillesse, Escarllet Alves de; Trede Filho, Renato Guilherme; De Michelis, Luciana Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Trede Filho, Renato Guilherme; Alcântara, Marcus Alessandro de; Lucareli, Paulo Roberto Garcia
    Introdução: A Dor Patelofemoral (DPF) é caracterizada por dor na região anterior do joelho, peripatelar e/ou retropatelar. Seus sintomas são reproduzidos em atividades que aumentam as cargas compressivas na articulação patelofemoral. A postura do tronco no plano sagital pode influenciar as variáveis biomecânicas da articulação tibiofemoral e patelofemoral. Já foi demonstrado que a posição do tronco durante o salto, a subida de escada, marcha, corrida e agachamento unipodal gera menor momento externo flexor de joelho e maior momento externo flexor de quadril. Porém, a mudança na postura de tronco não foi investigada em mulheres com DPF. Objetivos: Verificar o efeito imediato de mudanças no posicionamento do tronco no plano sagital, na biomecânica dos membros inferiores em mulheres com e sem DPF, durante a subida, descida de escada e o agachamento unipodal. Como objetivo secundário, comparar o padrão cinemático típico adotado por mulheres com e sem DPF na realização da subida, descida de escada e agachamento unipodal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, realizado no Laboratório de Análise do Movimento Humano na Universidade Federal do Vales do Jequitinhonha e Mucuri, durante os meses de março a novembro de 2019. Foram avalidas 46 participantes do sexo feminino de 18 a 45 anos, classificadas em dois grupos, grupo dor patelofemoral (GDP; n=23) e grupo controle (GC; n=23). Incialmente dados antropométricos, dor e função doram coletados e posteriormente realizou-se a avaliação biomecânica. As variáveis cinéticas e cinemáticas foram obtidas por meio do sistema de análise de movimento Oqus 3+/5+ (Qualisys Medical AB, Gothenburg, Sweden), composto por 9 câmeras sincronizadas com 3 plataformas de força FP 4060-08 (Bertec, Columbus, Ohio, USA), com frequência de aquisição de 200 Hz para dados cinemáticos e de 2000 Hz para os dados cinéticos. Três posicionamentos de tronco foram solicitados. As tarefas avaliadas foram a subida e descida de escadas e o agachamento unipodal. Cada tarefa foi realizada com três diferentes estratégias de posicionamento do tronco no plano sagital: tronco em posição auto-selecionada (TAS), tronco em posição estendida (TE) e tronco em posição fletida (TF). Após cada repetição das tarefas avalidas a dor foi medida. Resultados: O momento externo flexor de joelho foi menor no TF, em comparação com o TAS (Diferença Média (DM)=0.35N.m/kg; Intervalo de Confiança de 95% (IC95%)=0.28 a 0.43; P<0.01) e TE (DM=0.40N.m/kg; IC95%=0.31 a 0.49; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. O momento externo flexor de quadril foi maior no TF, em comparação com o TAS (DM= -0.34N.m/kg; IC95%= -0.41 a -0.27; P<0.01) e TE (DM= -0.43N.m/kg; IC95%= -0.51 a -0.35; P<0.01), independente do grupo, para a tarefa de subir escada. Para o agachamento, o momento externo flexor de joelho também foi menor com o TF comparado ao TAS (DM=0.20N.m/kg; IC95%= 0.12 a 0.28; P<0.01) e TE (DM=0.24N.m/kg; IC95%= 0.14 a 0.34; P<0.01), independente do grupo. O momento externo flexor de quadril foi maior com o TF comparado ao TAS (DM= -0.45N.m/kg; IC95%= -0.53 a -0.37; P<0.01) e TE (DM= -0.52N.m/kg; IC95%= -0.62 a -0.42; P<0.01), independente do grupo, na tarefa de gachamento. O momento externo flexor de joelho não apresentou diferenças para as posturas de tronco (P=0.89), independente do grupo (P=0.81), na descida de escada. O momento externo flexor de quadril foi menor no TF comparado com TAS (DM= -0.20N.m/kg; IC95%= -0.26 a - 0.13; P<0.01) e TE (DM= -0.22N.m/kg; IC95%= -0.27 a -0.16; P<0.01). A dor no joelho das participantes do GDP foi maior no agachamento com o tronco estendido quando comparado com tronco auto-selecionado (DM= 0.85; IC95%= 0.32 a 1.39; P<0.01). O GDP apresentou maior flexão do tronco quando comparado ao GC na subida de escada (DM= -4.09°; IC95%= -7.71 a -0.47; P= 0.02). Conclusão: Realizar a flexão de tronco durante a subida de escada ou agachamento reduz o momento externo flexor do joelho e aumenta o momento externo flexor de quadril em mulheres jovens. O tronco estendido durante a subida de escada ou agachamento aumenta o momento externo flexor de joelho e diminui o momento externo flexor de quadril. A postura de tronco estendido também gerou mais dor durante o agachamento no GDP. Participantes do GDP realizam a tarefa de subida de escada com o tronco mais fletido quando comparadas com GC.
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    Efeitos adicionais de exercícios para o core na melhora da dor e da capacidade funcional relacionada a síndrome da dor patelofemoral: revisão sistemática de ensaios clínicos controlados randomizados
    (UFVJM, 2021) Pestana, Priscylla Ruany Mendes; Alcantara, Marcus Alessandro de; Freire, Rafael Silveira; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Alcantara, Marcus Alessandro de; Oliveira, Vinícius Cunha de; Rodrigues, Ana Carolina de Mello Alves
    INTRODUÇÃO: a síndrome da dor femoropatelar (SDFP) é uma condição que afeta o joelho e resulta em dor peri ou retropatelar, com sintomas que geralmente pioram durante as atividades com descarga de peso (CROSSLEY, et al., 2016). Seu início está relacionado à influência de fatores locais, proximais e distais à articulação femoropatelar (AMERICAN PHYSICAL THERPY ASSOCIATION, 2019). A fraqueza dos músculos do core é um fator proximal descrito na literatura como um potencial contribuinte para maior sobrecarga da articulação femoropatelar em pacientes com SDFP (NAKAGAWA, 2012). Estudos prévios verificaram um atraso no recrutamento dos músculos do core em indivíduos com SDFP em resposta a um distúrbio externo e destacaram a importância do controle e da coordenação dos músculos do tronco para a capacidade funcional de indivíduos com essa condição (MOTEALLEH, et al, 2014). Embora a diferença no padrão de ativação dos músculos do core tenha sido identificada em indivíduos com SDFP, o papel que o fortalecimento desses músculos pode desempenhar no tratamento da SDFP ainda não está claro. OBJETIVO: investigar os efeitos da adição de exercícios para o core aos cuidados usuais na intensidade da dor e na capacidade funcional de indivíduos com SDFP. MÉTODOS: trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de ensaios clínicos controlados randomizados, pesquisados nos bancos de dados Cochrane Database, AMED, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Cochrane Database of Systematic Reviews, EMBASE, MEDLINE, PSYCINFO, SPORTDISCUS, CINAHL e PEDro até 9 de setembro de 2020. Dois revisores independentes avaliaram os estudos que incluíram a adição de exercícios para o core aos cuidados usuais e compararam com os efeitos dos cuidados usuais isolados em pacientes com SDFP. Os desfechos de interesse foram a intensidade da dor e o nível de capacidade funcional. A avaliação da qualidade metodológica e do risco de viés foi realizada através da escala PEDro. As diferenças entre as médias (MD), ou quando agrupando dados de diferentes escalas, diferenças médias padronizadas (SMD) foram calculadas através de modelos de efeito fixo com intervalos de 95% (IC) para desfechos contínuos. A interpretação dos resultados foi orientada pelo sistema Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation (GRADE). RESULTADOS: cinco estudos de moderada a alta qualidade metodológica preencheram os critérios de inclusão. Houve evidência de baixa certeza de que adicionar exercícios para o core ao tratamento usual é superior ao tratamento usual isolado para melhorar a intensidade da dor (MD = 1.93; 95% CI: 1.28 to 2.57) e capacidade funcional (MD= 6.45; 95% CI: 3.47 to 9.43) em adultos com SDFP no curto prazo. Houve evidência limitada de que um protocolo de reabilitação de quadril e core foi superior a uma reabilitação de joelho para melhorar a intensidade da dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP no curto prazo. CONCLUSÃO: adicionar exercícios para o core aos cuidados usuais melhorou a dor e a capacidade funcional em adultos com SDFP quando comparado com o resultado dos cuidados usuais isolados no curto prazo, no entanto, devido ao baixo nível de certeza da evidência, os resultados devem ser interpretados com cautela.
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    Fatores musculoesqueléticos e de posicionamento sobre a bicicleta associados à ocorrência de dor anterior no joelho em ciclistas de mountain bike
    (UFVJM, 2018) Branco, Guilherme Ribeiro; Mendonça, Luciana de Michelis; Resende, Renan Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana de Michelis; Martins, Fábio Luiz Mendonça; Carpes, Felipe Pivetta
    As lesões atraumáticas no ciclismo podem ser altamente prevalentes, estando a dor anterior no joelho dentre as mais expressivas e a que proporciona maior impacto funcional. Para tal lesão, sugere-se que variáveis musculoesqueléticas e de posicionamento do ciclista sobre a bicicleta possam ser fatores associados. No entanto, a literatura é bastante escassa no que tange à descrição, à análise e a interação entre essas variáveis associadas à ocorrência de dor anterior no joelho em ciclistas de mountain bike. O objetivo da presente dissertação foi investigar a associação entre fatores musculoesqueléticos e de posicionamento sobre a bicicleta com a ocorrência de dor anterior no joelho em ciclistas de mountain bike. Um primeiro estudo foi planejado para verificar a associação entre as variáveis cinemáticas do ciclista ao pedalar com a ocorrência de dor anterior no joelho em ciclistas de mountain bike por meio de regressão logística. Flexão plantar, flexão e extensão de joelho e inclinação de tronco foram identificados como preditores significativos de dor anterior no joelho nesta população. Um segundo estudo foi desenvolvido para investigar as interações entre fatores musculoesqueléticos relacionados ao tronco, ao quadril e ao complexo tornozelo-pé associadas com a ocorrência de dor anterior no joelho em mountain bikers por meio da análise da CART. Interações entre amplitude de movimento passiva de rotação medial do quadril, força da musculatura póstero-lateral do quadril, amplitude de movimento de dorsiflexão do tornozelo e alinhamento perna-antepé identificaram mountain bikers com e sem dor anterior no joelho. Os resultados da presente dissertação revelaram a participação de fatores musculoesqueléticos e de posicionamento do ciclista sobre a bicicleta relacionados à dor anterior no joelho em ciclistas de mountain bike.
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    Influência do alinhamento perna-antepé e de fatores da articulação do quadril na cinemática do joelho no plano frontal durante o agachamento unipodal
    (UFVJM, 2017) Diniz, Káren Marina Alves; Mendonça, Luciana De Michelis; Resende, Renan Alves; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Mendonça, Luciana De Michelis; Fonseca, Sérgio Teixeira da; Trede Filho, Renato Guilherme
    A abdução do joelho durante atividades dinâmicas realizadas em cadeia cinética fechada é considerada o principal mecanismo envolvido nas lesões não traumáticas do joelho. A abdução do joelho está relacionada ao aumento da adução do quadril, da rotação medial do fêmur e da pronação do pé, tais alterações cinemáticas podem ser influenciadas por alterações de alinhamento estrutural, amplitude de movimento e força muscular. Especificamente, o varismo excessivo do antepé, a diminuição da força muscular de rotadores laterais de quadril e o aumento da amplitude de movimento passiva de rotação medial do quadril podem contribuir para o aumento da pronação do pé e da rotação medial da tíbia e fêmur, o que consequentemente pode contribuir para a abdução do joelho em cadeia fechada. Portanto, entender como estes fatores em conjunto interagem e influenciam a abdução do joelho permite desenvolvimento de estratégias de prevenção e reabilitação mais eficientes. O objetivo da presente dissertação foi investigar a influência do alinhamento do pé, torque muscular de rotadores laterais do quadril e amplitude de movimento passiva em rotação medial do quadril na cinemática do joelho no plano frontal durante o agachamento unipodal. Quarenta e um indivíduos participaram do estudo, sendo avaliados nos testes de torque isométrico de rotadores laterais do quadril (TRLQ), amplitude de movimento (ADM) passiva de rotação medial (RM) do quadril, alinhamento perna-antepé (APA) e avaliação da cinemática do joelho no plano frontal durante o agachamento unipodal através do sistema de análise do movimento em 3D. A árvore de classificação e regressão (Classification and Regression Tree - CART) foi utilizada para identificar os fatores e interações que estão associados ao movimento do joelho no plano frontal. A curva receiver operating characteristic (ROC) foi usada para determinar a acurácia do modelo desenvolvido pela CART. Finalmente, utilizou-se a razão de prevalência (RP) para identificar a força de associação das interações indicadas em cada nodo terminal da árvore com o desfecho. Os resultados revelaram que 14 indivíduos (93,3%) classificados com abdução do joelho apresentaram menores valores de TRLQ (entre 0,26 e 0,47) e maiores valores de APA (>10,11°), com RP igual a 3,03. O modelo desenvolvido pela CART obteve acurácia adequada (91,5% (IC 95%= 82,7-100) p < 0.0001), indicando como predição correta 81,8% de indivíduos com abdução de joelho e 94,7% de indivíduos com adução do joelho. Concluise que a abdução do joelho é influenciada e depende da interação entre TRLQ e APA, sendo assim, indivíduos com menores valores de TRLQ e maiores APA apresentam abdução do joelho.