PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)

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    Equação de referência para predizer o pico do consumo de oxigênio pelo Shuttle Test Modificado em adolescentes brasileiros saudáveis
    (UFVJM, 2021) Costa, Thaís Eugênio Duarte; Oliveira, Murilo Xavier; Leite, Hércules Ribeiro; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Murilo Xavier; Leite, Hércules Ribeiro; Camargos, Ana Cristina Resende; Costa, Henrique Silveira
    O Shuttle Test modificado (STM) vem sendo aplicado com o objetivo de analisar a aptidão cardiorrespiratória da população adolescente, proporcionando informações relevantes para diagnóstico e prognóstico de fatores de risco, servindo como parâmetro para a seleção de atletas de diferentes modalidades esportivas e para a análise de aptidão física de indivíduos não atletas. Estudos que analisaram se o STM poderia ser considerado um teste de esforço máximo em adolescentes, não avaliaram o consumo máximo de oxigênio através de medida direta e não realizaram comparação com o teste padrão ouro. Além disso, o estabelecimento de uma equação para predizer o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) seria um importante parâmetro de referência para essa população. Sendo assim, o objetivo do estudo foi propor uma equação para predizer o VO2pico em adolescentes saudáveis por meio do STM. Participaram do estudo 84 adolescentes saudáveis, com idade entre 12 e 18 anos, dos sexos feminino e masculino. O STM foi realizado duas vezes com intervalo de 30 minutos entre eles. Foi considerado para análise o teste com a maior distância percorrida. O VO2 foi monitorado continuamente por análise direta com espirometria de circuito aberto. A média de idade foi de 14,67 ± 1,82 anos e a distância percorrida foi em média 864,86 ± 263,48 m. As variáveis incluídas na equação de predição, distância percorrida e sexo, foram responsáveis por 53% da variabilidade do VO2 pico durante a execução do STM. A equação de referência para o VO2 pico previsto com o STM foi VO2 pico previsto = 18,81 + (0,018 x Distância Caminhada) + (7,733 x Sexo) e R2 = 0,53 (Sexo: 0 para meninas, 1 para meninos). A equação para predição do VO2 pico em adolescentes de ambos os sexos utilizando o STM foi proposta, podendo ser usada tanto como referência para avaliar a capacidade de exercício em adolescentes saudáveis quanto para investigar a função cardiopulmonar em adolescentes com capacidade funcional reduzida.
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    Demanda cardiorrespiratória e metabólica do teste 6-minute Pegboard and Ring Test (6PBRT) em indivíduos saudáveis
    (UFVJM, 2019) Fonseca, Alenice Aliane; Lima, Vanessa Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Lima, Vanessa Pereira de; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Mendonça, Vanessa Amaral; Costa, Henrique Silveira
    Introdução: Os membros superiores (MMSS) são utilizados extensivamente no cotidiano para a realização das atividades de vida diária (AVD). Sendo assim, avaliar a funcionalidade dos MMSS é uma ferramenta essencial para identificar possíveis limitações em relação aos esforços físicos realizados sem apoio em indivíduos com diferentes condições de saúde. Dentre vários testes, destaca-se o 6-minute Pegboard and Ring Test (6PBRT), utilizado na avaliação da capacidade funcional de indivíduos com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Apesar de validado para a população saudável brasileira, o nível de intensidade do teste permanece desconhecido, seu conhecimento irá auxiliar na escolha do teste a ser realizado. Objetivos: (1) Caracterizar a demanda cardiorrespiratória e metabólica do 6PBRT em adultos saudáveis. (2) Avaliar a correlação do desempenho no 6PBRT com parâmetros cardiorrespiratórios, antropométricos e nível de atividade física. Métodos: Sessenta e seis adultos saudáveis foram randomizados para realizar o teste 6PBRT ou o teste ergométrico progressivo no cicloergômetro isocinético do braço. O segundo teste foi realizado 48 horas após o primeiro. O consumo de oxigênio (VO2), frequência cardíaca (FC), sintomas de dispneia e fadiga dos MMSS foram avaliados durante os testes. Também foram avaliados os dados demográficos, de composição corporal e nível de atividade física. Resultados: Os valores de VO2 aumentaram de 5,8 para 11,1 mL.kg-1.min-1 durante o 6PBRT (p <0,001), o que representa 2,39±0,56 METs e 47,2% do VO2pico obtido no CPET. A FCMédia e FCmáx observada no 6PBRT foi aproximadamente 65% daquelas observadas no teste máximo. A fadiga dos MMSS foi significativamente menor no pós-teste do 6PBRT do que em CPET (escala de Borg = 4,8 vs 7,0; p <0,01). Conclusões: O 6PBRT apresenta uma demanda cardiorrespiratória e metabólica moderada em indivíduos saudáveis na comparação do teste ergométrico do braço. Assim, esses dados podem servir de base para a aplicação e interpretação do 6PBRT sob outras condições de comprometimento funcional do MMSS.
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    O uso da vibração de corpo inteiro em crianças e adolescentes
    (UFVJM, 2019) Soares, Bruno Alvarenga; Leite, Hércules Ribeiro; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Leite, Hércules Ribeiro; Lima, Vanessa Pereira de; Tsopanoglou, Sabrina Pinheiro
    O uso da Vibração de Corpo Inteiro (VCI), por meio do uso da plataforma vibratória tem sido muito utilizado como intervenção em diversas áreas da reabilitação tanto em crianças e adolescentes saudáveis ou com alguma disfunção. Entretanto, muito dos trabalhos já desenvolvidos carecem de qualidade metodológica para que possa afirmar os benefícios dessa intervenção nessa população. Ainda, carece de estudos que demonstrem a resposta cardiorrespiratória à VCI. Esta dissertação foi dividida em dois estudos: 1) uma revisão sistemática com metanálise com objetivo de analisar o nível de evidência e qualidade metodológica dos estudos que utilizaram VCI em crianças e adolescentes com deficiência e; 2) um estudo cruzado aleatorizado com o objetivo de investigar se a VCI é capaz de aumentar a demanda cardiorrespiratória ao nível de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Para a revisão sistemática, foi realizada pesquisa nos bancos de dados AMED, Cinahl, EMBASE, PEDro, SportDiscus. Com os termos "randomized controlled trials", "children", "adolescents" e "whole body vibration" a partir de setembro de 2016 e atualizados em maio de 2017. Os estudos foram selecionados por qualidade metodológica (PEDro) e qualidade das evidências e força de recomendação (GRADE). Este estudo incluiu estudos que investigaram os efeitos da VCI, sozinhos ou combinados com outras intervenções, em comparação com intervenção mínima ou outras intervenções. Os desfechos mensurados foram: estrutura e função do corpo (massa corporal magra, densidade mineral óssea, força muscular do joelho e estabilidade) e atividade e participação (velocidade da marcha, distância percorrida, função motora grossa, autocuidado e mobilidade). Além disso, houve uma avaliação dos efeitos estimados pela análise sensitiva de condições específicas de saúde. Foram elegíveis 15 ensaios clínicos controlados randomizados contendo 403 participantes com qualidade metodológica moderada (média de 5,5 pontos na PEDro). As intervenções incluíram amplitude até 6 mm e frequência de 5-90 Hz, de 5-60 minutos, com duração de 6 semanas a 6 meses, 2 a 5 vezes por semana, incluindo intervenção estática e dinâmica, associado ou não a exercícios. No geral, a VCI não foi melhor que a intervenção mínima. Em todas as comparações em que o efeito adicional da VCI foi melhor do que outras intervenções, o tamanho do efeito variou de baixo a alto nos ensaios, mas a qualidade variou de muito baixa a baixa a curto e médio prazo. A análise sensitiva para condição de saúde e estudos de baixa qualidade mostrou impacto do efeito adicional da VCI a médio prazo em comparação com outras intervenções na densidade mineral óssea do tronco. A baixa a muito baixa qualidade das evidências sugere cautela ao recomendar o uso dessa abordagem. Novos estudos podem mudar os achados desta revisão. Já no estudo 2, o estudo cruzado aleatorizado, o consumo de oxigênio (VO2) e a frequência cardíaca (FC) foram avaliados em 25 adolescentes (10 meninas e 15 meninos) com média de idade de 14,1 ± 1,7 anos. Estas variáveis foram medidas simultaneamente e nos mesmos momentos em cada sujeito durante o repouso e durante o exercício de agachamento com ou sem a adição de VCI. O protocolo consistiu da realização de exercícios de agachamento (8 séries de 40 segundos, com 40 segundos de descanso entre séries) com a uma frequência de 40 Hz e amplitude de 4 mm ou sem vibração (mesmo protocolo com a plataforma desligada), separados por pelo menos 1 dia. Este estudo demonstrou que os estímulos vibratórios foram capazes de atingir 56% (110 bpm) da FCmax (198 bpm). Além disso, a VCI foi capaz de atingir 24,7% do VO2máx dos adolescentes considerando os valores médios de VO2máx para essa idade. A associação da VCI com o exercício de agachamento resultou em aumento adicional de cerca de 20% no VO2 e de 7,5% na FC registrada durante o exercício quando comparado com o protocolo sem vibração. Durante o exercício de agachamento com vibração, o aumento alcançado no VO2 foi limitado a 2.94 equivalentes metabólicos. Portanto, um protocolo como o utilizado no estudo não atinge o limiar de prescrição de treinamento cardiovascular em adolescentes saudáveis. Porém quando se olha os valores da percepção subjetiva de esforço, os voluntários relataram um esforço relativamente cansativo e cansativo, indicando uma percepção alta mesmo os valores de FC e VO2 não sendo altos. Como perspectiva, os estudos futuros devem focar em adolescentes com lesões do sistema nervoso central, uma vez que a adição de VCI a uma tarefa motora (exercício de agachamento por exemplo) pode gerar uma intensidade de exercício ideal para a prescrição de exercícios aeróbicos.