PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)
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Item Fatores associados ao medo de quedas em idosos residentes no interior do Amazonas: área urbana e comunidades ribeirinhas(UFVJM, 2020) Lira, Elane Marinho de; Bastone, Alessandra de Carvalho; Freire Júnior, Renato Campos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Bastone, Alessandra de Carvalho; Freire Júnior, Renato Campos; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Moreira, Bruno de SouzaNo indivíduo idoso, a preocupação com quedas pode desencadear um ciclo autoperpetuante de inatividade, descondicionamento físico, redução da capacidade funcional, instabilidade postural, confiança reduzida no equilíbrio e aumento no risco de quedas. Fatores associados ao estilo e condições de vida, saúde e educação influenciam o processo do envelhecimento. Objetivo: Estimar a prevalência do medo de cair e investigar seus fatores associados em idosos em área urbana e comunidades ribeirinhas do interior do estado do Amazonas. Métodos: Tratou-se de um estudo com delineamento transversal, de caráter exploratório, descritivo e analítico. Foram incluídos idosos com idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde da área urbana e das comunidades ribeirinhas do município de Coari/AM. O medo de cair foi avaliado por meio da Falls Efficacy Scale-International-Brasil. Os idosos foram classificados em baixa, moderada e alta preocupação com quedas. Foram avaliados dados sociodemográficos, de estilo de vida, saúde e funcionalidade. O controle postural foi avaliado pela versão traduzida e adaptada para o Português do Brasil do MiniBESTest e a força de preensão palmar por meio do dinamômetro JAMAR. A associação entre os níveis de preocupação com quedas e as variáveis independentes foi avaliada por meio de regressão logística multinomial, sendo estimadas as razões de chances (odds ratio) e os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Participaram do estudo 199 idosos. A maioria estava na faixa etária de 60-69 anos (56,7%) e era do sexo feminino (57,7%). A prevalência de baixa, moderada e alta preocupação de quedas foi de 26,2, 29,6 e 44,2%, respectivamente. Comparado ao grupo com baixa preocupação com quedas, sexo feminino apresentou associação significativa com moderada (OR 5,81; IC95% = 1,65 – 20,46) e alta preocupação com quedas (OR, 5,04; IC95% = 1,48 – 17,76), ao passo que residir em comunidade ribeirinha (OR 3,47; IC95% = 1,17 – 10,31), autopercepção de saúde “muito ruim – ruim” (OR 3,75; IC95% = 1,09 – 12,93) e “regular” (OR 2,94; IC95% = 1,15 – 7,50) e controle postural (OR 0,90; IC95% = 0,84 – 0,97) apresentaram associação significativa com alta preocupação de quedas. Conclusão: O presente estudo identificou alta prevalência de idosos com alta preocupação com quedas no interior do estado do Amazonas. Sexo feminino, residir em comunidade ribeirinha, autopercepção de saúde regular, muito ruim ou ruim e pior controle postural apresentaram associação significativa com alta preocupação de quedas.