PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)
Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/ffcce694-72dd-41f0-aa6b-2d96348b13be
Browse
Search Results
Item Teste de Caminhada de Seis Minutos na cardiomiopatia chagásica: avaliação funcional e valor prognóstico(UFVJM, 2023) Araujo, Joice Vicencia da Silveira; Costa, Henrique Silveira; Figueiredo, Pedro Henrique Scheidt; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Henrique Silveira; Mendonça, Vanessa Amaral; Menezes, Kênia Kiefer Parreiras deIntrodução: A doença de Chagas (DC) é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi. A doença se apresenta clinicamente em duas fases distintas, a aguda e a crônica, sendo que a última pode revelar-se nas formas indeterminada, cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva. A cardiomiopatia chagásica (CCh), forma cardíaca da infecção, é a mais grave das manifestações clínicas e a mais comum, sendo responsável pela alta taxa de morbimortalidade. Nessa fase, a fadiga e dispneia aos esforços físicos habituais estão entre os achados mais comuns, tido como um marcador bem definido de pior prognóstico, contribuindo para a redução da capacidade funcional. O teste de caminhada de seis minutos (TC6’) é um método útil na avaliação da capacidade funcional de pacientes cardiopatas e apesar de ser amplamente utilizado sua função prognóstica na CCh permanece desconhecida. Objetivo: Determinar a associação entre a distância do TC6’ e o pico do consumo de oxigênio (VO2pico) e verificar a acurácia na predição de eventos cardiovasculares adversos em pacientes com CCh. Métodos: Estudo prospectivo, realizado com setenta pacientes com CCh (43 do sexo masculino, 48±7 anos), que foram avaliados por ecocardiografia, teste de esforço máximo e TC6’. Os pacientes foram acompanhados através de entrevistas telefônicas por 41,4 meses e o desfecho foi definido como morte cardíaca, eventos cerebrovasculares ou transplante cardíaco. Resultados: No final do período de acompanhamento, 20 pacientes (29%) apresentaram eventos adversos. A distância percorrida no TC6’ estava associada ao VO2pico (r=0,552, p=0,001). A distância de 491m foi o ponto de corte ótimo na predição de eventos cardiovasculares. Não houve diferença na frequência dos eventos cardiovasculares adversos (p<0,133) entre os grupos com baixa (≤491m) e alta capacidade funcional (>491m). Na análise univariada de Cox, a menor fração de ejeção de ventrículo esquerdo (FEVE) (p=0,002), o maior diâmetro diastólico final do ventrículo esquerdo (p=0,011) e o TC6’ inferior a 491m (p=0,133) foram associados a pior evolução. Na análise multivariada, apenas a FEVE permaneceu como um preditor independente de pior prognóstico (HR 0,94; IC 95%: 0,90 a 0,98, p=0,002). Conclusão: O TC6’ se mostrou uma ferramenta válida na avaliação da capacidade funcional em pacientes com CCh. Não foi encontrada evidência que sustente o valor prognóstico do TC6’ em pacientes com CCh.