PPGREAB - Mestrado em Reabilitação e Desempenho Funcional (Dissertações)
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Item Validação da Escala de Participação Social (P-scale) em adultos com lesão medular(UFVJM, 2021) Espindula, Patrícia Avelar Viana; Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Ana Paula; Bastone, Alessandra de Carvalho; Machado, Thaís Peixoto Gaiad; Cunha, Naira Beatriz FavorettoA lesão medular (LM) interfere na qualidade de vida e no potencial funcional do indivíduo, predispondo a incapacidade e a restrição na participação. Participação refere-se ao fenômeno de desempenhar um papel na sociedade ou tomar parte em atividades nas áreas sociais, econômicas, cívicas, interpessoais, domésticas e educacionais. Dados sobre participação são necessários para avaliações e intervenções na reabilitação. O objetivo deste estudo foi avaliar a confiabilidade e a validade de constructo da versão 6.0 da Escala de Participação Social (Pscale) em adultos com LM; correlacionando essa escala com funcionalidade, depressão e acessibilidade arquitetônica. Estudo metodológico do tipo observacional descritivo, com delineamento transversal. Foram realizadas duas entrevistas com 100 indivíduos adultos com LM, em um centro de referência em reabilitação, em Belo Horizonte, Minas Gerais, no período de janeiro/2021 a março/2021. Na primeira entrevista foram aplicados: questionário sociodemográfico e de saúde, P-scale, Medida de Independência Funcional (MIF), Inventário de Depressão de Beck (BDI) e Questionário de Percepção de Acessibilidade (QPA). No intervalo de dez a quatorze dias após, a P-scale foi readministrada. A normalidade na distribuição dos dados foi verificada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov. Para análise de teste de hipótese foi utilizado o Rho de Spearman para avaliar as correlações entre os diferentes construtos e para investigar as diferenças entre os grupos o teste U de Mann-Whitney. A confiabilidade foi calculada usando o coeficiente intraclasse (ICC) e a consistência interna pelo alfa de Cronbach. A análise estatística foi realizada por meio do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0, com nível de significância de 5%. A idade média dos participantes foi de 38,9 + 12,80 anos, a maioria era homem (74%) e as lesões traumáticas foram mais frequentes (72%). O escore médio da P-scale foi de 38,10 + 20,87. A P-scale apresentou uma correlação de fraca a moderada com o domínio motor da MIF (rs = - 0,280) e de moderada a boa com o domínio cognitivo da MIF (rs = - 0,520), sintomatologia depressiva (rs = 0,610), deslocamentos (rs = - 0,620) e domínio psicoafetivo de acessibilidade (rs = 0,530). A média dos escores obtidos na P-scale nos grupos com e sem sintomatologia depressiva (p = 0,001), dor neuropática (p = 0,033) e dependência funcional (p = 0,001) apresentaram diferença significativa. A média dos escores da P-scale nos grupos de indivíduos com paraplegia e com tetraplegia não diferiu. A P-scale mostrou adequada consistência interna (alfa de Cronbach = 0,873) e excelente confiabilidade teste-reteste (ICC2,1=0,992; 95%). Nossos achados suportam o uso da P-scale para avaliar a participação social de indivíduos adultos com LM na prática clínica e na pesquisa.