PPGCFAR - Mestrado em Ciências Farmacêuticas (Dissertações)
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Item Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro de peptídeos sintéticos Piscidinas e Fenilseptinas(UFVJM, 2021) Aguiar, Janne Karlla de; Martins, Helen Rodrigues; Kato, Kelly Cristina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Santos, Talita Lopes dos; Carneiro, GuilhermeA atividade antimicrobiana de peptídeos bioativos tais como as piscidinas e a s fenilseptinas tem sido evidenciada, tornando-os uma possível alternativa para contornar problemas relacionados aos tratamentos convencionais, que incluem a limitação terapêutica ou a resistência. O mecanismo de ação desses peptídeos não é totalmente conhecido, porém, a membrana plasmática parece ser o alvo principal destas moléculas. Desta forma, neste trabalho, foram avaliados dois grupos de peptídeos sintéticos: 1) as piscidinas ecPis 2s, ecPis 4s e a forma modificada D ecPis 2s e as; 2) fenilseptinas L Phes, D Phes e a Phes modificada. Nos ensaios de atividades antimicrobianos foi utilizado um painel de microrganismos que incluíram cinco espécies de bactérias Gram negativas, três de bactérias Gram positivas, três de fungos leveduriformes e dois de fungos filamentosos. A avaliação da citotoxicidade dos compostos foi realizada utilizando o modelo fibroblastos 929-clone da linhagem L. Na avaliação da piscidina ecPis 2s embora essa tenha mostrado atividade antimicrobiana a concentração ativa foi próxima ou mesma superior à citotoxicidade. Já em seu análogo, o D ecPis 2s que teve alteração na isomeria do segundo aminoácido, foi observada maior atividade e seletividade. O ecPis 4s foi a piscidina de maior destaque, uma vez que apresentou atividade contra a maioria dos microrganismos testados e seletividade para quatro espécies de bactérias e para quatro fungos. Ele também apresentou atividade fungicida e bactericida que não foi observado para outros peptídeos estudados. Nas fenilseptinas foi observado resultados satisfatórios e o L Phes, obteve atividade, seletividade e menor citotoxicidade. E seu análogo D Phes apresentou melhora pouca expressiva da atividade, embora tenha aumentado a citotoxicidade. A Phes modificada apresentou diminuição da citotoxicidade, mas sem melhoria na atividade antimicrobiana em relação as demais fenilseptinas. No caso dos análogos estereoquímicos, a mudança isomérica no segundo aminoácido N terminal foi mais promissora, apesar também, de ter resultado em aumento na citotoxicidade. A maior efetividade foi observada para os isômeros D, principalmente para as piscidinas em relação as fenilseptinas. Diante dos resultados observados as piscidinas e as fenilseptinas apresentaram resultados promissores, que de modo geral tiveram boa atividade antimicrobiana. As características determinantes da melhoria da atividade não estão ainda elucidadas. Porém, a carga residual positiva, somado a conformação helicoidal e hidrofobicidade considerável podem explicar a potencial melhoria de atividade antimicrobiana. Dessa forma mais estudos são importantes para explicar o mecanismo de ação destes peptídeos, além de fornecer dados para desenhos racionais de outros peptídeos que consigam incorporar em sua estrutura maior atividade antimicrobiana e menor citotoxidade.