PMPGCF - Mestrado em Ciências Fisiológicas (Dissertações)
Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/df49a676-7547-4054-9d5c-c3adaad0871f
Browse
51 results
Search Results
Item Os efeitos do treinamento de força sobre o comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios e morfologia do hipocampo em ratos submetidos à doses suprafisiológicas de esteroide anabólico androgênico(UFVJM, 2022) Oliveira, Lucas Renan Sena de; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Sousa, Ricardo Augusto Leoni de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Honorato Sampaio, Kinulpe; Machado, Frederico Sander MansurIntrodução: Os esteroides anabólicos androgênicos (EAA) são derivados sintéticos do hormônio masculino testosterona que exercem efeitos androgênicos (masculinização) e anabólicos (construção muscular). Os EAA foram criados para o uso terapêutico em diversas condições fisiopatológicas. Entretanto, começaram a se popularizar tanto para fins de melhoria do desempenho atlético que abrange aumento da massa muscular, diminuição da gordura corporal e quanto para objetivos estéticos. Dentre os efeitos colaterais pode-se destacar hipogonadismo, complicações no sistema cardiovascular, problemas hepáticos e renais, além de diversas complicações psicológicas. Paralelamente aos efeitos prejudiciais causados pelos abusos em altas doses dos EAA, o exercício físico mostrou ser eficaz em melhorar processos fisiopatológicos, tanto físicos quanto mentais dos abusos dos EAA. Portanto, é necessário entender se o treinamento de força (TF), poderia se opor aos efeitos prejudiciais para a saúde causados pelo EAA decanoato de nandrolona (DECA). Objetivo: Investigar os benefícios protetores do TF no comportamento ansioso, biomarcadores inflamatórios musculares e morfologia de neurônios do hipocampo de ratos submetidos a doses suprafisiológicas de DECA. Materiais e Métodos: Os animais foram distribuídos em quatro grupos (N= 12 por grupo): A) SED/Salina; B) SED/DECA; C) Exe/Salina e D) Exe/DECA. O EAA DECA foi administrado em doses suprafisiológicas. A dose usada nos animais foi de 15 mg/kg ao dia, por 8 semanas (5 dias por semana). O TF foi realizado em escada adaptada concomitantemente com as aplicações da DECA e consistiu em 40 dias de treinamento (8 semanas). Após as 8 semanas de intervenção experimental, os animais foram submetidos a testes de carga máxima, avaliação da composição corporal, teste de campo aberto, seguida de pesagem dos tecidos, análise dos biomarcadores inflamatórios e morfologia dos neurônios do hipocampo. Resultados: O TF induziu incremento da carga de trabalho em ambos os grupos treinados, porém o grupo que tiveram a associação do DECA e TF esse incremento foi ainda maior. Vimos que o uso do DECA sozinho não levou incremento da força. Avaliamos a massa corporal total e observamos uma diminuição significativa em gramas dos dois grupos que utilizaram o DECA em relação ao grupo SED/Salina. Quando avaliamos a gordura corporal total, observamos diminuição significativa dos grupos Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No percentual de gordura também encontramos diminuição dos grupos SED/DECA, Exe/Salina e Exe/DECA em comparação ao grupo SED/Salina. No teste de campo aberto, observamos aumento do comportamento ansioso no grupo SED/DECA em relação aos outros grupos experimentais, indicando que o TF evitou esse efeito ansiogênico. Avaliamos os níveis de biomarcadores inflamatórios no músculo sóleo e observamos aumento nos níveis de Il-10 do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina, SED/DECA e Exe/DECA. Além disso, vimos um aumento nos níveis de TNF-α no grupo SED/DECA em relação aos grupos SED/Salina, Exe/Salina e Exe/DECA. Observamos aumento nos níveis de Il-6 do grupo Exe/salina em comparação ao grupo SED/DECA. Observamos aumento significativo da espessura da camada de neurônios granulares do DG do grupo Exe/Salina em comparação aos grupos SED/Salina e grupo Exe/DECA em comparação ao grupo SED/DECA. Conclusão: O uso do DECA em doses suprafisiológicas induziu diversos prejuízos à saúde, causando aumento do comportamento ansioso, alterações em biomarcadores inflamatórios e mudança na anatomia do hipocampo. Em paralelo aos efeitos prejudiciais do DECA, observamos que 8 semanas de TF protegeu os animais contra os efeitos deletérios desse EAA, levando à melhoria do comportamento ansioso, impedindo o aumento de biomarcadores inflamatórios e induzindo um aumento na espessura da camada celular dos neurônios do DG do hipocampo, além de promover aumento do músculo esquelético e da força muscular.Item Avaliação dos efeitos do excesso de massa corporal em marcadores trombo-inflamatórios nas formas grave e leve de CoViD-19(UFVJM, 2022) Lucena, Daniel Macedo de; Rocha Vieira, Etel; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Rocha Vieira, Etel; Villela, Daniel Campos; Costa, Karine BeatrizA CoViD-19 é uma doença que teve seus primeiros casos na cidade de Wuhan na China em dezembro de 2019, sendo causada pela infecção pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Essa doença se espalhou por todo o mundo causando, em alguns casos, problemas respiratórios e de coagulação, em decorrência de uma resposta inflamatória exacerbada, levando diversos indivíduos infectados ao óbito. Estudos indicam que indivíduos com obesidade possuem maior chance de desenvolver a CoViD-19 grave, tendo problemas respiratórios e de coagulação mais severos. Isso possa ocorrer devido ao acúmulo de tecido adiposo, que pode contribuir para um ambiente pró-inflamatório agravado e de maior replicação viral. Além disso, indivíduos com obesidade geralmente apresentam outras comorbidades e possuem complicações respiratórias, logo esses indivíduos são mais vulneráveis à infecção do pelo SARS-CoV-2. Nesse estudo foram comparados marcadores inflamatórios (contagem de leucócitos, neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos, basófilos) e de coagulação como o tempo de protrombina e tromboplastina parcialmente ativada (TP e APTT) e contagem de plaquetas, entre indivíduos eutróficos e indivíduos com sobrepeso e obesidade com CoViD-19 leve ou grave durante a fase aguda da doença. A gravidade da CoViD-19 foi determinada de acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde. Participaram do estudo 98 voluntários, sendo desses 63 com CoViD-19 leve e 35 com CoViD-19 grave. Trinta e dois pacientes eram eutróficos e 66 tinham sobrepeso ou obesidade. Nossos resultados mostram que a contagem de neutrófilos foi maior e a de linfócitos menor (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak) nos pacientes com CoViD-19 grave, independente do excesso de peso. Já a contagem de monócitos e de plaquetas foi menor apenas nos pacientes com excesso de peso com CoViD-19 grave comparados aos casos com a forma leve da doença (p < 0,05, Anova two-way, com post hoc de Sidak). Concluímos com esse estudo que existem diferenças de percentual e contagem de células circulantes relacionadas a resposta imunológica e de coagulação entre indivíduos com CoViD-19 leve e CoViD-19 grave na fase aguda da doença, e que o sobrepeso e obesidade contribuem para alterações específicas na CoViD-19 grave.Item Treinamento Intervalado de Alta Intensidade com 1 sessão diária (tradicional) versus Treinamento Intervalado de Alta Intensidade 3 sessões diárias (acumulado): efeitos em parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa(UFVJM, 2022) Costa, Bruna Oliveira; Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Honorato Sampaio, Kinulpe; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Lacerda, Ana Cristina Rodrigues; Schetino, Luana Pereira LeiteA menopausa é caracterizada pela perda total dos folículos ovarianos, iniciando-se por volta dos 45-50 anos. A queda na produção dos hormônios sexuais femininos nessa fase pode provocar disfunções cardiovasculares e doenças metabólicas. A prática regular de exercício físico aumenta a longevidade e diminui a taxa de mortalidade/morbidade, prevenindo problemas cardiometabólicos causados pela menopausa. O Treinamento Intervalado de Alta Intensidade e o Treinamento físico realizado com exercícios acumulados (duas ou mais sessões diárias) são modalidades de treinamento físico tempo-eficientes que promovem efeitos positivos em parâmetros cardiometabólicas tais como, redução na pressão arterial, aumento da lipoproteína de alta densidade (HDL) e controle da glicemia. Considerando a ausência de estudos sobre o efeito dessas modalidades de treinamento na menopausa, investigamos e comparamos os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade tradicional, realizado em 1 sessão diária (1xHIIT), versus o treinamento intervalado de alta Intensidade acumulado, realizado em 3 sessões diárias (3xHIIT), sobre parâmetros metabólicos em modelo experimental de menopausa com ratas ovariectomizadas. Foram utilizadas ratas fêmeas Wistar (idade 90 dias), com protocolo de treinamento de 5 dias/semana, durante 8 semanas. Os animais foram divididos em 4 grupos: 1) grupo não-ovariectomizado sedentário (SHAM); 2) grupo ovariectomizado sedentário (OVX); 3) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 1 sessão diária (1xHIIT); 4) grupo ovariectomizado com treinamento intervalado de alta intensidade realizado com 3 sessões diárias (3xHIIT). Foram realizadas as seguintes análises: consumo máximo de oxigênio (VO2MÁX), calorimetria indireta em repouso, absorciometria radiológica de dupla energia (DEXA), teste oral de tolerância à glicose (TTOG), teste intraperitoneal de resposta à insulina (TTIP), glicemia em jejum e histologia do tecido adiposo retroperitoneal e do músculo sóleo. Os dados demonstraram que ambas as formas de treinamento promoveram melhorias metabólicas após a ovariectomia, como: redução do ganho de peso corporal, redução da gordura visceral e aumento de massa magra, e preveniram da redução do VO2MÁX, sendo o 3xHIIT superior ao 1xHITT na redução do tamanho dos adipócitos e hipertrofia das fibras musculares. Apesar de não ter sido observada diferença significativa do TTOG e TTIP entre os grupos, o grupo 3xHIIT apresentou diminuição significativa da glicemia em jejum em relação ao grupo OVX. Esses dados mostraram que os protocolos de exercício preveniram os prejuízos metabólicos induzidos pela ovariectomia, indicando que ambas modalidades de treinamento são benéficas contra disfunções metabólicas induzidas pela redução dos hormônios sexuais, semelhante ao observado na menopausa, destacando-se o 3xHIIT.Item Investigação de propriedades anti-inflamatórias do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) em células mononucleares do sangue periférico humano(UFVJM, 2022) Santos, Edivania Cordeiro dos; Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Rocha Vieira, Etel; Moreno, Lauane GomesO óleo de pequi (OP) é rico em nutrientes e compostos bioativos, especialmente ácido oleico, carotenoides e compostos fenólicos que, isoladamente, apresentam efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios em sistemas biológicos, indicando um potencial funcional para esse alimento. Entretanto investigações com o OP em células do sistema imunológico humano, ainda são escassas. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar efeitos anti-inflamatórios do OP em culturas de células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC). Previamente, o perfil de ácidos graxos, o conteúdo de carotenoides e fenólicos totais foram determinados. Em seguida, a atividade antioxidante foi determinada pelos testes de captura do radical ABTS, capacidade antioxidante por varredura do radical DPPH e capacidade redutora do ferro. Por fim, utilizou-se culturas de PBMC obtidas a partir do sangue periférico de indivíduos adultos, hígidos e de ambos os sexos para os experimentos com células humanas. O OP foi testado em concentrações que variaram de 1 μg/mL a 1000 μg/mL. Previamente, avaliou-se a emissão de fluorescência interferente e a viabilidade celular. A proliferação de linfócitos e das subpopulações celulares CD4+ e CD8+ foi avaliada em culturas de 120 horas estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). As concentrações de interferon-γ (IFN-γ), interleucina (IL)-17, IL-2, IL-4, IL-10 e IL-6 foram determinadas em culturas de 4 horas. O OP apresentou alto conteúdo de ácido oleico, carotenoides e compostos fenólicos e demonstrou atividade antioxidante em todos os testes utilizados. O OP não induziu emissão de fluorescência interferente e não reduziu a viabilidade dos linfócitos. A concentração de 400 μg/mL de OP reduziu o índice de proliferação de linfócitos (p <0,05). Na concentração de 200 μg/mL, o OP reduziu o índice de proliferação de linfócitos e a subpopulação CD8+ (p <0,05), e reduziu as concentrações de IL-17, a IL-2 e de IL-4 (p <0,05). Portanto, o OP apresentou atividade antioxidante in vitro e potencial anti-inflamatório em culturas de PBMC já que reduziu a proliferação de linfócitos e a produção de mediadores pró-inflamatórios. É provável que o ácido oleico, carotenoides e fenólicos, sejam determinantes, pelo menos em parte, desses efeitos.Item Efeitos da restrição calórica desde o nascimento na cognição e comportamento ansioso e depressivo em ratos adultos(UFVJM, 2022) Dias, Isabella Rocha; Cassilhas, Ricardo Cardoso; Sousa, Ricardo Augusto Leoni de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Cassilhas, Ricardo Cardoso; Santos, Carina de Sousa; Monteiro Junior, Renato SobralA restrição calórica (RC) vem sendo, desde os primeiros estudos publicados, a intervenção não farmacológica mais utilizada para investigar os mecanismos relacionados ao envelhecimento e longevidade. Essa intervenção tem mostrado resultados benéficos na redução e incidência de diversas doenças crônicas e declínios funcionais relacionadas ao envelhecimento como cânceres relacionados à idade, alterações imunológicas e neuroendócrinas, disfunções motoras e desenvolvimento de doenças como Parkinson e Alzheimer. Apesar de seus resultados benéficos em diversas condições, os efeitos da RC na cognição e comportamento apresentam resultados ambíguos, uma vez que seus efeitos variam de acordo com sua intensidade e período em que é realizada. O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da restrição calórica de 50% desde o nascimento na cognição e comportamento de ratos Wistar machos adultos. Os animais foram distribuídos em grupo controle (C) (n=24) e grupo restrito (R) (n=24) e iniciaram o protocolo de RC a partir do nascimento, sendo amamentados em mães em regime de restrição para o grupo restrito. Após o desmame, os filhotes receberam a mesma dieta das mães até os 100 dias de idade. Aos 90 dias, os animais realizaram testes comportamentais para avaliar comportamento exploratório, aprendizagem e memória, memória espacial, comportamento ansioso e comportamento depressivo. Os dados foram analisados utilizando teste-t não pareado ou teste de Mann-Whitney, Anovas One-Way e Two-Way seguidas pelo post-hoc de Tukey, sendo estabelecido nível de significância para p<0,05. Os resultados do presente trabalho mostraram que a RC desde o nascimento não causou prejuízos cognitivos nos ratos quando em idade adulta, e ainda se mostrou benéfica para atenuar o comportamento semelhante à ansiedade. Em conjunto, esses dados podem contribuir para uma melhor compreensão dos mecanismos relacionados aos efeitos da RC no cérebro em modelos animais.Item Treinamento intervalado de alta intensidade realizado com uma sessão diária vs. três sessões diárias: efeitos sobre parâmetros cardiovasculares em modelo experimental de menopausa(UFVJM, 2022) Andrade, Júllia Alves de; Dias Peixoto, Marco Fabrício; Sampaio, Kinulpe Honorato; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias Peixoto, Marco Fabrício; Sampaio, Kinulpe Honorato; Mostarda, Cristiano Teixeira; Magalhães, Flávio de CastroA menopausa é definida como a interrupção permanente da menstruação em consequência da perda da função folicular ovariana nas mulheres. Com a menopausa, há redução dos estrógenos acarretando em prejuízo na função cardiovascular. Apesar da reposição hormonal ser utilizada durante a menopausa, nem sempre esse tipo de terapia pode ser indicado, necessitando assim, de outras possibilidades de tratamento. Desse modo, o exercício físico é visto como uma opção terapêutica não farmacológica com diversos benefícios cardiovasculares durante a menopausa. Uma alternativa de exercício físico tempo/eficiente que tem chamado atenção é o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT). Além do HIIT, o exercício acumulado (realizado em curtíssimas sessões ao longo do dia) também tem se tornado uma alternativa para aumentar a adesão e aderência à prática regular do exercício físico. Com o propósito de averiguar os possíveis efeitos benéficos do HIIT realizado em sessão única diária vs. 3 sessões diárias após a redução de estrógeno semelhante à observada durante a menopausa, o presente estudo investigou e comparou o efeito de ambas as formas de treinamento em parâmetros cardiovasculares de ratas ovariectomizadas. Para isso, ratas com 60 dias de vida foram distribuídas em 4 grupos experimentais: controle sedentárias não ovariectomizadas (SHAM); controle sedentárias ovariectomizadas (OVX); ovariectomizadas que realizaram treinamento intervalado de alta intensidade com uma sessão diária (1xHIIT); ovariectomizadas que realizaram treinamento intervalado de alta intensidade com três curtíssimas sessões diárias (3xHIIT). Os animais foram submetidos a ovariectomia bilateral seguida por 2 semanas de recuperação. O protocolo de treinamento físico foi realizado por 8 semanas, em esteira, 5x por semana, de segunda a sexta-feira, em uma intensidade correspondete a 85 a 100% da velocidade atingida no teste de VO²máx. Ambos os grupos treinamento realizaram o mesmo volume de exercícios; porém, enquanto o grupo 1xHIIT realizou o exercício em uma sessão única diária (6 estímulos de 1 minuto de exercício por 1 minuto de recuperação) o grupo 3xHIIT realizou o exercício em três sessões diárias (3 sessões diárias com 2 estímulos de 1 minuto de exercício por 1 minuto de recuperação separadas por 4 horas de intervalo entre as sessões). Foram realizadas avaliações cardiovasculares de pressão arterial e frequência cardíaca por pletismografia de cauda, avaliação ex vivo dos índices de contratilidade e relaxamento cardíaco e frequência cardíaca pela técnica de Langhendorf (coração isolado), seguida pela avaliação da hipertrofia cardíaca pela razão do peso do coração pelo peso corporal e pela morfometria de cardiomiócitos. Ao final das 8 semanas de treinamento, observou-se que o 1xHIIT e 3xHIIT promoveram diversos efeitos cardioprotetores em ratas OVX: i) Efeitos benéficos similares entre as modalidades: prevenção da redução do VO²máx; ii) Efeitos benéficos superiores do 1xHIIT versus 3xHIIT: redução da pressão arterial sistólica, frequência cardíaca in vivo e aumento dos índices de contratilidade e relaxamento cardíaco; iii) Efeitos benéficos superiores do 3xHIIT versus 1xHIIT: redução de massa corporal e hipertrofia cardiaca. O presente estudo mostrou que ambos os protocolos de HIIT (1xHIIT; 3xHIIT) foram eficientes em prevenir parcialmente ou totalmente os efeitos deletérios no sistema cardiovascular de ratas Wistar em decorrência da ovariectomia. Além disso, observamos adaptações cardiovasculares diferentes entre ratas OVX exercitadas com HIIT em sessões únicas diárias versus múltiplas sessões diárias.Item Avaliação in vitro das atividades antioxidante e anti-inflamatória de extratos de diferentes partes da espécie Miconia ferruginata DC.(UFVJM, 2021) Lima, Artenizia Criste; Martins, Helen Rodrigues; Almeida, Valéria Gomes de; Melo, Gustavo Eustáquio Brito Alvim de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Eduardo de Jesus; Esteves, Elizabethe AdrianaA importância das plantas medicinais e seus efeitos terapêuticos vêm sendo constatada ao longo do tempo, e muitas vezes, estas são usadas como único recurso para o tratamento de diversas doenças. A espécie Miconia ferruginata DC. (Melastomataceae) é conhecida popularmente como pixirica-do-campo ou babatenão, tem sido usada na medicina popular para tratar inflamações e infecções. Considerando o seu uso popular e os resultados promissores para o potencial anti-inflamatório, antitumoral e antioxidante, maiores esforços na investigação terapêutica da M. ferruginata tornam-se necessários, a fim de validar tal potencial. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar as atividades antioxidante e anti-inflamatória de extratos etanólicos brutos de folhas, do caule, de inflorescência e da casca da espécie Miconia ferruginata DC. A quantificação de compostos fenólicos e a avaliação da atividade antioxidante in vitro dos extratos foi realizada por meio da espectrofotometria. Todos os extratos brutos de Miconia ferruginata apresentaram teores de compostos fenólicos totais (CFT) com destaque para o extrato de inflorescência (120,137 mg EAG/g extrato). A atividade redutora dos extratos avaliada pela captura do radical DPPH● demonstrou maior captura para o extrato de caule (EC50 de 483,58 μg/mL μg/mL). A citotoxicidade dos extratos foi avaliada sobre células mononucleares do sangue periférico (PBMC) humano, após 24 horas ou cinco dias de cultura, empregando o método de exclusão com azul de Tripan. Concentrações não tóxicas dos extratos M. ferruginata foram utilizadas para avaliar o efeito dos extratos sobre a proliferação de linfócitos e suas subpopulações TCD4 e TCD8, observando-se o decaimento da fluorescência de células marcadas com VPD450, em culturas estimuladas pela fitohemaglutinina (PHA). Os extratos apresentaram efeito inibitório sobre a resposta proliferativa de linfócitos e de suas subpopulações T CD4 e T CD8. A produção das citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ, TNF-α e IL-2) por PBMC tratadas com os extratos e estimuladas com PMA e ionomicina também foi avaliada, utilizando a técnica de citometria de fluxo. Os extratos não tiveram efeito sobre a produção das citocinas IFN-γ e TNF-α pelos linfócitos totais. No entanto, houve diminuição de IL-2 em linfócitos totais tratados com extrato bruto de inflorescência. Assim, no presente estudo os extratos etanólicos brutos de Miconia ferruginata mostraram atividade antiproliferativa, a inibição da proliferação de linfócitos pelo extrato de inflorescência parece estar associada à inibição da citocina mitogênica IL-2. É provável que a atividade antioxidante observada possa estar relacionada a presença de compostos fenólicos nos extratos brutos de folhas, de caule, de inflorescência e da casca, sendo necessário maiores investigações para comprovação da provável associação destas atividades.Item Caracterização dos casos de dengue, zika e chikungunya no município de Montes Claros, Minas Gerais, no ano de 2019(UFVJM, 2021) Lage, Sanny Lara da Silva; Oliveira, Danilo Bretas de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Oliveira, Danilo Bretas de; Alves, Pedro Augusto; Ottone, Vinícius de OliveiraO controle das arboviroses representam um grande desafio à saúde pública brasileira. O estudo teve como objetivo caracterizar molecularmente e epidemiologicamente os casos de dengue vírus (DENV), zika vírus (ZIKV) e chikungunya vírus (CHIKV) que acometeram a população de Montes Claros no ano de 2019. Tratou-se de uma pesquisa quantitativa e transversal. O teste de ELISA foi realizado para a detecção da presença de anticorpos IgM anti-DENV em 250 amostras suspeitas e em 145 amostras para a detecção de IgM anti-CHIKV. Para a detecção do ZIKV foi realizado a Reverse-transcription Polymerase Chain Reaction (RT-PCR) em 250 amostras. A idade dos participantes variou de 4 meses a 87 anos de idade. A média da idade foi de 32,6 ± 18,9 anos e 66,4% (n=166) eram do sexo feminino. Foram encontradas 196 (78,4%) amostras positivas para IgM anti-DENV, 20 (8%) amostras positivas para ZIKV e 34 (23,4%) foram positivas para IgM anti-CHIKV. Foram encontrados 17 casos de codetecção de IgM DENV/CHIKV, 10 casos para detecção de IgM anti-DENV e genoma do ZIKV, 2 casos para a detecção do genoma do ZIKV e detecção de IgM anti-CHIKV e 4 casos para a detecção de marcadores para as três arboviroses (IgM anti DENV e CHIKV e genoma do ZIKV). A distribuição do número de casos de arboviroses pelas regiões da cidade apontou que ocorreram casos de dengue e chikungunya em todas as regiões da cidade e sua distribuição foi desproporcional. As regiões que tiveram mais casos para ambas foram: Norte, Leste e Sul. Quanto a distribuição dos casos de zika observou-se que a metade ocorreu na região sul e não foram encontrados casos na região central e rural. O presente trabalho foi pioneiro ao realizar um estudo de soroprevalência da cocirculação dessas arboviroses na cidade de Montes Claros. Estes resultados podem contribuir para uma melhor compreensão da dinâmica das arboviroses e auxiliar no planejamento de ações preventivas para a promoção da saúde pública na cidade.Item Influência da reativação do herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade(UFVJM, 2021) Leite, Cleyde Amaral; Thomasini, Ronaldo Luis; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Thomasini, Ronaldo Luis; Guerra, Ricardo Oliveira; Peixoto, Marco Fabrício DiasA síndrome da fragilidade é caracterizada como um estado clínico de vulnerabilidade aos fatores estressantes que resultam no declínio das reservas fisiológicas. O envelhecimento do sistema imune está entre os três fatores mais importantes que influenciam a síndrome da fragilidade. A determinação do comprimento telomérico pode ser considerada um marcador de envelhecimento biológico. A reativação herpesvírus humano tipo 6 (HHV-6) alcança a latência por integração na extremidade subtelomérica dos telômeros. A integração do genoma do HHV- 6 na região telomérica pode afetar no encurtamento e/ou na manutenção do comprimento telomérico. Objetivo: Investigar a influência da reativação do HHV-6 no comprimento telomérico relativo e associação com a síndrome de fragilidade em idosos. Métodos: Estudo observacional, transversal, em amostras provenientes de um estudo multicêntrico, realizado em idosos. A caracterização da amostra foi realizada por meio de dados clínicos e sociodemográficos. O ácido desoxirribonucleico (DNA) foi extraído do plasma usando protocolos padrão, o comprimento dos telômeros e o HHV-6 foram determinados através da reação em cadeia da polimerase (PCR) quantitativo em tempo real. A fragilidade foi classificada de acordo com fenótipo proposto por Fried et al. (2001). O coeficiente de correlação de Spearman foi utilizado para analisar a correlação entre o comprimento dos telômeros e a carga viral para o HHV-6. O teste Kruskal-Wallis foi usado para verificar se havia diferenças significativas entre as categorias de grau de fragilidade: não-frágil, pré-frágil e frágil. O teste de Mann Whitney para análise grupo a grupo. O nível de significância aplicado foi α=0,05 para todas as variáveis investigadas. Resultados: Neste estudo, o comprimento telomérico relativo foi menor conforme aumenta a idade, entretanto, o comprimento telomérico não foi diferente entre indivíduos positivos ou negativos para HHV-6 e, também, não foi correlacionado com o grau de fragilidade e nem com a carga viral. A presença de HHV-6 no plasma foi frequente em idosos (~=40%) e a carga viral das amostras dos idosos foi correlacionada com o grau de fragilidade. Idosos classificados como frágeis e pré-frágeis apresentaram carga viral pelo HHV- 6 significativamente maior (média=12.597 cópias/mL e 3.564 cópias/mL, respectivamente) quando comparado com idosos não-frágeis (média=218 cópias/mL) e o padrão se manteve após o ajuste por sexo. Houve uma maior frequência de idosos pré-frágeis com poucos frágeis. Este é o primeiro estudo que analisou a relação entre o comprimento telomérico com a fragilidade e com a infecção pelo HHV-6. São necessários outros estudos que investiguem esta tríade com número amostral maior e mensuração dos telômeros em subtipos de células.Item Efeitos da ingestão do óleo de pequi (Caryocar brasiliense) no conteúdo de transportadores intestinais de nutrientes em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica(UFVJM, 2020) Silva, Paulo Henrique Evangelista; Esteves, Elizabethe Adriana; Silva, Francemilson Gourlart da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Esteves, Elizabethe Adriana; Rocha Vieira, Etel; Moreno, Lauane GomesA absorção intestinal de macronutrientes exerce um papel chave no desenvolvimento da obesidade. Ela é condicionada ao seu transporte através do enterócitos por proteínas específicas, cuja expressão e conteúdo podem ser afetados pela dieta. O óleo de pequi é rico em ácidos graxos monoinsaturados (MUFA) e carotenoides, os quais poderiam afetar o transporte intestinal de nutrientes, mas ainda não foi estudado neste contexto. O objetivo deste estudo foi investigar efeitos da ingestão do óleo de pequi em biomarcadores metabólicos, na histomorfometria do epitélio intestinal e no conteúdo de transportadores intestinais de nutrientes em camundongos alimentados com dieta hiperlipídica. Para tal, camundongos da linhagem C57BL/6 machos foram distribuídos em quatro grupos experimentais: C, que recebeu dieta controle, CP que recebeu dieta C e 150 mg de óleo de pequi; HFD, que recebeu dieta hiperlipídica e HFDP, que recebeu HFD e 150 mg de óleo de pequi. O óleo de pequi foi administrado por gavagem e o experimento teve duração de 8 semanas. Os animais do grupo CP tiveram ingestão alimentar e calórica, massa corporal e gordura visceral, semelhantes aos C. No grupo HFDP houve maior ingestão alimentar e calórica em comparação ao grupo HFD, mas isso não reverteu em maior massa corporal e gordura visceral. Embora o grupo HFDP tenha apresentado glicemia em jejum menor que o HFD, a tolerância oral à glicose foi igualmente menor em ambos os grupos, em comparação a C e CP. A largura das vilosidades e o conteúdo de GLUT5 do epitélio intestinal foram reduzidos nos grupos CP e HFDP em comparação a C e HFD. O menor conteúdo da proteína FAT/CD36 foi no grupo HFDP, seguido pelo CP e HFD e por último o C. A dieta hiperlipídica elevou o conteúdo de L-FABP e NHE3 e reduziu o conteúdo de GLUT2, NPC1L1 e de PEPT1 e não houve efeito do óleo de pequi. O óleo de pequi, quando ingerido com a dieta hiperlipídica provavelmente reduziu a absorção de frutose e ácidos graxos. Além disso, melhorou a estrutura intestinal. Em conjunto esses eventos podem ter contribuído, pelo menos em parte, para a menor glicemia de jejum e podem ter protegido contra maior incorporação de gordura visceral nesses animais.