PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Restauração ecológica de campo rupestre ferruginoso em pilha de estéril
    (UFVJM, 2015) Araújo, Luana Cristielle; Pereira, Israel Marinho; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pereira, Israel Marinho; Guimarães, João Carlos Costa; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Oliveira, Marcio Leles Romarco de
    O objetivo deste trabalho foi gerar conhecimento sobre a aplicação de diferentes técnicas na restauração de ambientes degradados pela mineração de ferro. A dissertação foi estruturada em três capítulos, sendo o primeiro uma revisão de literatura, com intuito de retratar os temas abordados na dissertação. No segundo, avaliou-se o espaçamento de plantio para Vellozia ramosissima e Pseudobombax campestre no modelo de plantio em Leque, visando gerar conhecimento sobre o manejo dessas espécies resgatadas na reintrodução a ambientes degradados. Para tal depositou-se sobre uma pilha de estéril de canga ferruginosa uma camada de topsoil associado à canga ferruginosa, onde foi instalado o experimento em delineamento sistemático tipo “Leque”, conforme o modelo (IA) proposto por Nelder (1962), em que se avaliou oito espaçamentos de plantio, variando de 2 m²/planta a 9,3 m²/planta. As variáveis analisadas foram o incremento em altura e diâmetro de P. campestre, além da sobrevivência de V. ramosissima e P. campestre aos quatro, oito e doze meses após o replantio. Para avaliar os melhores tratamentos foram realizadas análises de variância (ANOVA) a 5% de significância. Para a sobrevivência realizou-se o teste não-paramétrico de Kruskal-Wallis a 5% de significância. As duas espécies estudadas apresentaram nos períodos avaliados sobrevivência acima de 80%. O incremento em altura e diâmetro de P. campestre foi crescente ao longo do período avaliado, apresentando uma média geral 34,3 cm e 16,6 mm, respectivamente, durante os doze meses após o replantio. Ressalta-se que os espaçamentos de plantio testados para as espécies deste estudo não apresentaram diferenças significativas para todas as variáveis analisadas. O terceiro capítulo teve como objetivo avaliar o potencial do uso da camada superficial de solo “topsoil” associado à canga ferruginosa, como alternativa na recomposição da cobertura vegetal de uma pilha de estéril de canga ferruginosa. A comunidade regenerante foi amostrada aos 10 e 18 meses, após a deposição do topsoil. Assim, determinou-se a densidade de plantas, composição e diversidade florística, além de avaliar a dinâmica de populações e cobertura do solo. A cobertura vegetal proveniente do topsoil ao final do período avaliado apresentou um total de 19.485 indivíduos pertencentes a 26 famílias com 82 espécies e seis morfoespécies. As famílias com maior número de espécies foram Asteraceae (16), seguidas de Fabaceae (11) e Poaceae (8). A cobertura média do solo na área experimental foi de 58%, após 18 meses. A utilização do topsoil mostrou-se como uma técnica promissora e de extrema importância na indução da restauração da pilha de estéril de canga ferruginosa, uma vez que proporcionou a regeneração natural, recomposição da vegetação com espécies autóctones, crescimento satisfatório dos indivíduos e rápida cobertura do solo ao longo do período avaliado.
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    Características fitofisionômicas de campos cupestres quartzíticos e ferruginosos no espinhaço meridional
    (UFVJM, 2015) Oliveira, Paula Alves; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Machado, Evandro Luiz Mendonça; Goulart, Maíra Figueiredo; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Oliveira, Márcio Leles Romarco de
    O objetivo deste trabalho foi ampliar os estudos sobre as espécies existentes em áreas de campos rupestres mineradas, em áreas a serem mineradas ou no entorno da mineração, a fim de dar suporte aos programas de recuperação desses ecossistemas degradados. A dissertação foi estruturada em dois artigos. No primeiro avaliou-se a cobertura do solo por espécies do estrato herbáceo-arbustivo em área de campo rupestre quartzítico em diferentes níveis de conservação, em Diamantina, Minas Gerais. A comunidade foi estratificada de acordo com a intensidade de distúrbios em cada local (estrato). A amostragem da vegetação foi feita por meio do método da interseção na linha. Nesse ambiente, a comunidade estudada apresentou elevada diversidade florística, com o registro de 99 espécies, distribuídas em 49 gêneros e 22 famílias. As famílias Poaceae e Cyperaceae foram as mais importantes na colonização do ambiente. Dentre as classes analisadas, aquelas com maior cobertura relativa foram, no total, solo exposto (11,30 %), afloramento de rocha (9,59 %) e matéria morta (9,02 %). Pela classificação de TWINSPAN, algumas espécies apresentaram diferentes comportamentos de acordo com o estrato em que se localizavam, porém elas estiveram presentes em todos os estratos, mostrando que são capazes de colonizar os diferentes ambientes dentro da área de estudo, o que leva a crer que poderão ser utilizadas na colonização de ambientes degradados semelhantes. No segundo artigo, procurou-se caracterizar as comunidades herbáceo-subarbustivas sobre campo rupestre quartzítico (CRQ) e ferruginoso (CRF) em Conceição do Mato Dentro, MG, em diferentes períodos do ano, quanto à similaridade e à estrutura fitossociológica, além de indicar espécies nativas com potencial para uso em programas de restauração de áreas degradadas semelhantes. Foram registradas, no total, 17 famílias botânicas, sendo oito no campo rupestre ferruginoso e 15 no campo rupestre quartzítico. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae (3), Asteraceae (2) e Euphorbiaceae (2) no CRF e Poaceae (7), Asteraceae (6) e Melastomaceae (6) no CRQ. A comunidade estudada apresentou baixa similaridade e diversidade florística, em ambos os locais e períodos, não havendo diferenças significativas entre os valores de H’, pelo teste t de Hutcheson. A DCA evidenciou a formação de dois ambientes distintos, separando o ambiente de CRF do CRQ. As espécies das famílias Eriocaulaceae e Xyridaceae ocorreram exclusivamente no ambiente sobre quartzito, sendo algumas desta última família classificadas como indicadoras desse ambiente, o que desperta interesse quando ao seu uso em programas de restauração de campos rupestres quartzíticos. As espécies com maiores valores de importância no CRF foram Bulbostylis fimbriata e Centrosema brasilianum e no CRQ Echinolaena inflexa, podendo ser indicadas para programas de restauração de ambientes semelhantes.
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    Comportamento de espécies nativas e exóticas sob adubação mineral e orgânica em rejeito de mineração de quartzito.
    (UFVJM, 2012) Amaral, Cristiany Silva; Silva, Enilson de Barros; Pereira, Israel Marinho; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Enilson de Barros; Fernandes, Luiz Arnaldo; Pereira, Israel Marinho
    O declínio da mineração de diamante na região de Diamantina-MG e entorno, com a interrupção das buscas e o gradativo esgotamento das minas em operação, está proporcionando a descoberta e a exploração de maciços de quartzito, o que ocasiona a degradação da vegetação existente e do solo, criando um ambiente bastante inóspito ao crescimento de plantas. Este trabalho objetivou caracterizar o rejeito proveniente de áreas de mineração de quartzito no município de Diamantina-MG e entorno, por meio da avaliação química e granulométrica dos rejeitos, bem como avaliar o comportamento de Brachiaria brizantha, Vetiveria zizanioides, Eremanthus erythropappus, Solanum lycocarpum e Dalbergia miscolobium, sob a influência da adubação mineral e orgânica quando cultivada em rejeito da mineração de quartzito, para apoiar a recuperação dessas áreas de exploração. Para tanto foram montados seis experimentos: no primeiro, foram coletadas 27 amostras compostas, cuidadosamente homogeneizadas, secas ao ar e passadas em peneira de malha de 2,0mm, para posterior caracterização química e granulométrica, sendo determinado para cada variável o teor mínimo, máximo, médio e mediano; com intervalo de confiança a 5% para média e coeficiente de variação e um estudo da frequência de ocorrência de resultados por faixa de classificação de interpretação da fertilidade do solo. Os demais experimentos foram realizados em condições de casa de vegetação, tiveram os tratamentos dispostos em delineamento inteiramente casualizado, com cinco combinações de adubação orgânica (AO) e adubação mineral (AM) e um tratamento adicional (Controle), com quatro repetições. Para as forrageiras de cobertura, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco de curral) corresponderam a 50kg ha-1 N, 50kg ha-1 P2O5, 40kg ha-1 K2O e 10 t ha-1 esterco bovino, por dm³ de rejeito, sendo avaliados a produção total de matéria seca, os teores e os conteúdos de nutrientes na parte aérea e nas raízes. Para as espécies nativas, a dose recomendada de 100% AM (NPK) e AO (esterco bovino) correspondeu a 150mg de N, 140mg de P, 150mg de K e 5g de esterco, por dm³ de rejeito, sendo avaliadas as seguintes variáveis: altura das mudas, diâmetro do caule, massa seca da parte aérea e de raízes, e teor de nutrientes na parte aérea das mudas. As amostras de rejeito analisadas apresentaram baixos teores de matéria orgânica, P, K, Ca e Mg e alta acidez. Os rejeitos apresentaram granulometria que dificulta o crescimento do sistema radicular de plantas, o que indica sérias restrições ao estabelecimento de espécies vegetais. A B. brizantha cv. Marandu respondeu à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 37kg N, 37kg P2O5, 30kg K2O e 2,6t esterco de curral por ha. Enquanto Vetiveria zizanioides respondeu à adubação mineral com as doses correspondentes de 50kg N, 50kg P2O5 e 40kg K2O por ha. Houve resposta das mudas de Eremanthus erythropappus à adubação mineral e orgânica com as doses recomendadas de 0,075g N, 0,35g P2O5 e 0,125g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. A espécie nativa Solanum lycocarpum também respondeu à aplicação da adubação orgânica e mineral com as doses recomendadas de 0,036g N, 0,168 g P2O5 e 0,060g K2O e 2,5g esterco de curral por dm³ de rejeito de quartzito. Já Dalbergia miscolobium respondeu somente à adubação mineral com as doses recomendadas de 25mg N, 25mg P2O5, 20mg K2O por dm³ de rejeito. A adubação orgânica e mineral recomendada para aplicação ao rejeito de quartzito para máximo crescimento das mudas e produção de matéria seca possibilitou obter os teores adequados de nutrientes na parte aérea das espécies estudadas.
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    Estratégia de utilização de topsoil na restauração ambiental
    (UFVJM, 2013) Amaral, Luise Andrade; Pereira, Israel Marinho; Titon, Miranda; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Dias, Luiz Eduardo; Machado, Evandro Luiz Mendonça; Laia, Marcelo Luiz; Silva, Enilson de Barros
    O objetivo deste trabalho foi avaliar dois tipos de topsoil, assim como maneiras de utilização dos mesmos, ou como fonte de propágulos, nutrientes, microorganismos, matéria orgânica etc., na recuperação de diferentes áreas degradadas. Os experimentos foram desenvolvidos em áreas pertencentes à empresa de mineração de ferro Anglo American, sediada no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais, no entanto, como a empresa ainda está em fase de instalação, as áreas cedidas não são degradadas pelo processo de extração do minério, sendo uma em pilha de estéril e a outra em pastagem degradada. O trabalho foi organizado em capítulos, em que o primeiro apresenta uma revisão bibliográfica sobre todos os temas envolvidos no estudo. O segundo capítulo apresenta a avaliação da regeneração natural e da cobertura do solo de uma pilha de estéril no período seco e chuvoso a partir da deposição a lanço de topsoil proveniente de campo rupestre ferruginoso no município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. E o terceiro capítulo apresenta abordagens para o uso de topsoil na recuperação de uma pastagem degradada. Na área do capítulo 2, foram instaladas, sistematicamente, 26 parcelas e uma parcela controle de 1 m², foram caracterizados os atributos físicos e químicos dos substratos com e sem topsoil. Para identificação florística, foram realizados dois inventários, um em julho de 2012 (início da estação seca) e o outro em novembro de 2012 (início da estação chuvosa). A cobertura do solo foi estimada, visualmente, por meio da porcentagem de cobertura viva, serrapilheira e solo exposto. Foram registrados 675 indivíduos, sendo 201 contabilizados na primeira amostragem e 474 na segunda, totalizando 24 espécies identificadas pertencentes a 11 famílias e X indeterminadas. As famílias com maior número de espécies foram: Asteraceae, com 26,92%, e Melastomataceae, com 15,38%. No entanto, as famílias que apresentaram maior o número de indivíduos foram Poaceae (33,33%) e Verbenaceae (28,85%) na estação seca e Poaceae (93,03%), Portulacaceae (68,16%) e Verbenaceae (35,82%) na estação chuvosa. Dentre os hábitos encontrados, as herbáceas se destacaram com 65,63% do total, seguidas pelas arbustivas 6,22%, subarbustivas 5,48% e arbóreas 1,18%. A cobertura viva aumentou 53%, a serrapilheira e o solo exposto diminuíram 13 e 11%, respectivamente. Já no capítulo 3, foram estabelecidos 14 tratamentos com três repetições implantados em 42 parcelas de 5 x 5 m numa área, anteriormente, ocupada por pastagem. O experimento foi realizado em delineamento em blocos casualizados (DBC), em esquema fatorial (3 x 2 x 2) + 2. Os tratamentos foram compostos pela combinação das origens do topsoil (estágio inicial e estágio médio), três espessuras (10, 20 e 30 cm) e ausência ou presença de sombrite de 70% com duas testemunhas adicionais (T1 e T2). Foi realizada a caracterização física, química e microbiológica do topsoil por meio de amostras coletadas na profundidade de 0-10 cm. Determinaram-se microorganismos por meio de análise de DNA, cobertura do solo e a florística. Os resultados mostraram que o uso do topsoil melhorou, consideravelmente, a atividade microbiana através do carbono da biomassa e da amplificação de DNAs para grupos de bactérias e fungos. A cobertura vegetal desenvolvida sobre os dois tipos de topsoil apresentou um total de 2929 indivíduos de hábitos herbáceo, arbustivos e subarbustivos, identificadas 33 espécies em 11 famílias e uma morfoespécie. A família Asteraceae foi a que apresentou o maior número de espécies (9), seguida de Fabaceae (6), Convolvulaceae e Malvaceae (4) e Solanaceae (3). Já o levantamento florístico do estrato arbóreo registrou 235 indivíduos pertencentes a 21 espécies e 14 famílias e duas espécies sem identificação. A família com maior riqueza de espécies foi a Fabaceae (4), seguida da Rutaceae, Solanaceae, Myrtaceae e Asteraceae, no entanto, o maior número de indivíduos foi a Siparunaceae.