PPGCF - Mestrado em Ciência Florestal (Dissertações)

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    Aspectos biológicos do parasitoide Palmistichus elaeisis (Hymenoptera: Eulophidae) em diferentes hospedeiros
    (UFVJM, 2016) Martins, Daniel Júnior; Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Assis Júnior, Sebastião Lourenço de; Soares, Marcus Alvarenga; Santos, Thiago; Laia, Marcelo Luiz
    A incidência de lepidópteros desfolhadores é um dos fatores ambientais que podem regular a produtividade dos maciços florestais. O parasitoide Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle (Hymenoptera: Eulophidae) se destaca pela eficiência no parasitismo de pupas desses lepidópteros e auxiliam na manutenção do equilíbrio biológico. Esses podem ser criado em diferentes hospedeiros alternativos. Com isso, uma pesquisa foi conduzida no laboratório de Controle Biológico de Insetos do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) em Diamantina, Minas Gerais. Objetivou-se neste trabalho, avaliar a eficiência de diferentes hospedeiros para a criação de Palmistichus elaeisis e estudar desempenho deste parasitoide em pupas de Tenebrio molitor criado em diferentes dietas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado (DIC), em sala climatizada temperatura variando ente 23 e 27°C, umidade relativa entre 60 e 80% e fotoperíodo de 12 horas. O primeiro estudo ensaio constituiu-se seis tratamentos e nove repetições. Pupas de Tenebrio molitor, Alphitobius diaperinus, Thyrinteina arnobia, Spodoptera frugiperda, Helicoverpa zea e Diatraea saccharalis foram individualizadas em potes plásticos e expostas ao parasitismo por seis fêmeas durante 72h. Foi observado a porcentagem de parasitismo e emergência, número de indivíduos emergidos, razão sexual, longevidade e morfometria de P. elaeisis. Os dados foram submetidos a ANOVA e quando significativos as médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p≤0,05), ou teste kruskal Wallis (p≤0,05) quando não-paramétrico. A porcentagem de parasitismo variou de 88,8 a 100%. O número da prole e tamanho do parasitoide foi influenciado pela biomassa do hospedeiro. A razão sexual variou de 0,76±0,04 a 0,94±0,01, e os maiores ciclos de desenvolvimento do parasitoide produziram prole mais longeva. Pupas de A. diaperinus não permitiram um bom desempenho de P. elaeisis na densidade testada. O segundo ensaio constituiu-se seis tratamentos e 10 repetições. Pupas de T. molitor geradas em seis dietas (farelo de trigo, fubá de milho, ração peletizada para coelhos, ração para aves poedeiras: farelada, peletizada e triturada) foram individualizadas em potes plásticos e expostas ao parasitismo por seis fêmeas de P. elaeisis durante 72h. Foram observados os mesmos parâmetros do primeiro estudo para o parasitoide. Além disso, foi realizada uma análise bromatológica das pupas de T. molitor e das dietas. A porcentagem de parasitismo e emergência foi de 100% em todos os tratamentos. Não houve diferença no ciclo de vida, número da prole e longevidade do parasitoide. Pupas alimentadas com fubá de milho geraram prole com menor razão sexual e menor comprimento da tíbia. A dieta a base de fubá de milho não foi adequada para o desenvolvimento de P. elaeisis.