PPGSSA - Mestrado Profissional Interdisciplinar em Saúde, Sociedade & Ambiente (Dissertações)
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Item Contribuições do trabalho de Agentes de Combate a Endemias para o controle da Leishmaniose Visceral em Montes Claros-MG(UFVJM, 2018) Silva, Leandro Mendes Pinheiro da; Canôas, Silvia Swain; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Teixeira, Romero Alves; Sampaio, Cristina Andrade; Martins, Helen Rodrigues; Falci, Denise MourãoExiste uma preocupação com o crescimento do número de casos de Leishmaniose visceral em todo o Brasil, sendo Montes Claros, no norte de Minas Gerais, um dos municípios com maior número de notificações no país. A primeira notificação no município ocorreu em 1994, no mesmo ano foi instituído, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde e Universidade Federal de Minas Gerais, o Programa de Controle da Leishmaniose (PCL) assumindo os inquéritos sorológicos caninos e as borrifações de inseticidas de efeito residual, desde então o Centro de Controle de Zoonoses tem se organizado no combate e controle da doença no município. Esta pesquisa teve por objetivo identificar por meio do Programa de Controle da Leishmaniose como as ações dos Agentes de Combate a Endemias em Montes Claros - MG contribuem para o enfrentamento da Leishmaniose Visceral no município. Foi realizado um estudo de caso (YIN, 2010). Os dados coletados partiram de documentos, relatórios, dados da literatura, descrição da rotina de trabalho, histórico do CCZ e do controle de LV em Montes Claros, composição da equipe do PCL, dados do Sistema Informação de Agravos de Notificação, inquérito sorológico, população canina, resultados de exames, eutanásia canina. Os resultados apontaram que as principais relações do PCL no combate a LV se dão no manejo ambiental, na coleta de vetores para estudos entomológicos, inquérito sorológico canino, educação em saúde para mudanças de hábitos da população, na eutanásia de cães soropositivos, na borrifação de inseticida e nas investigações de condições de risco. Assim percebe-se que as contribuições do PCL para o combate e controle da LV são preventivas. Os agentes atuam nos espaços destaque como os principais sustentadores do PCL em Montes Claros e, portanto, as contribuições são práticas e realizadas por meio de atividades com a população humana e canina, bem como controle e manejo ambiental, fazendo também à proteção, orientação, acolhimento e busca ativa com a finalidade de controlar a LV no município.Item Geografia da saúde: distribuição espacial da leishmaniose visceral na área urbana do município de Virgem da Lapa, Minas Gerais(UFVJM, 2020) Pacheco, Dhiego Gonçalves; Moura, Lúcio do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Moura, Lúcio do Carmo; Cambraia, Rosana Passos; Teixeira, Romero Alves; Queiroz, Ana Carolina Lanza; Morais, Marcelino Santos deA Geografia da Saúde e suas técnicas de análise espacial com suporte dos sistemas de informação geográfica e geoprocessamento podem contribuir com diferentes formas de investigação, tornando-se útil no monitoramento e mapeamento de doenças. O principal objetivo deste estudo foi investigar a distribuição espacial da leishmaniose visceral humana e canina no período entre 2016 a 2018 na área urbana do município de Virgem da Lapa, médio Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. O mapeamento da doença foi realizado com o uso dos sistemas de informação geográfica e geoprocessamento. A distribuição espacial da doença apontou tendência de agrupamentos de áreas de transmissão dos casos humanos e caninos em locais próximos a bairros de ocupação recente, áreas de loteamento e com aspectos rurais. Os fatores sociais e ambientais mais significativos encontrados foram: presença de árvores e quintais nas residências, matas e vazios urbanos nas proximidades dos locais de ocorrência. Detectou-se correlação positiva e estatisticamente significativa entre os casos caninos e humanos por bairros de ocorrência, que ressalta a importância do cão no ciclo de transmissão da doença. A análise ambiental através do cálculo do NDVI não apresentou dados significativos em relação à presença da vegetação e o número de casos humanos nas áreas de ocorrência, apontando a adaptação do vetor à área urbana. O estudo contribuiu para a identificação das áreas de ocorrência dos casos de leishmaniose visceral humana e canina, bem como sua correlação com os fatores sociais e ambientais presentes nessas áreas. O uso da Geografia da Saúde mostrou-se, portanto, relevante para auxiliar e oferecer subsídios para o planejamento de ações em saúde, prevenção e controle da doença no município.Item Leishmaniose visceral em municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde de Diamantina, com ênfase no município de Araçuaí, Minas Gerais(UFVJM, 2014) Ursine, Renata Luiz; Pires, Herton Helder Rocha; Morais, Harriman Aley; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pires, Herton Helder Rocha; Souza, Carina Margonari; Martins, Helen Rodrigues; Oliveira, Leida Calegário deCom o propósito de conhecer os aspectos epidemiológicos da Leishmaniose Visceral (LV) entre os municípios sob a jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina (SRSD), realizou-se um estudo da distribuição da LV humana e canina nestes por meio de dados disponibilizados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e de dados registrados em livros da SRSD. No município com maior ocorrência da LV humana, realizou-se o georreferenciamento dos casos humanos e caninos associados a fatores ambientais e sociais; analisou-se a percepção das pessoas acometidas pela doença por meio de entrevistas; aspectos da estrutura e funcionamento do serviço de controle da doença foram analisados por meio de questionários. No período de 2007 a 2012 houve a notificação de 79 casos de LV humana e 451 cães positivos para a infecção canina nos municípios que compõem a SRSD. Nestes, a LV humana foi mais prevalente em crianças, pessoas do gênero masculino e residentes em áreas rurais. Em Araçuaí, município com maior transmissão da LV humana, houve a notificação de 41 casos de LV entre os anos de 2007 a 2013. Neste, a infecção acometeu principalmente crianças, pessoas do gênero masculino e residentes da área urbana. A distribuição espacial dos casos de LV humana e da infecção canina na área urbana do município de Araçuaí exibiu um padrão aglomerado, com agrupamentos de casos humanos estatisticamente significativos a distâncias superiores a 350 metros e agrupamentos estatisticamente significativos de cães infectados a distâncias superiores a 75 metros. A análise exploratória por meio do estimador de Kernel apontou para maior ocorrência de casos humanos e caninos na área central da cidade. Não foi observada relação entre o Índice de Vegetação da Diferença Normalizada e as áreas de maior ocorrência da doença. A análise socioambiental dos ambientes domiciliares das pessoas acometidas pela LV no município de Araçuaí revelou um predomínio de deficiências em estruturas de saneamento ambiental; presença de arbustos, árvores frutíferas e diferentes animais ao redor dos domicílios; proximidade com ambientes naturais e casas aglomeradas. Por meio das entrevistas com as pessoas que foram acometidas pela LV, foi possível perceber um desconhecimento em relação à doença, principalmente no que diz respeito às formas de transmissão. Pôde-se perceber também que os médicos tiveram dificuldade em diagnosticar a LV e que o tratamento que estes prescreveram para os pacientes foi, no geral, demorado. De forma geral, o município de Araçuaí desenvolve a maioria das ações propostas pelo Ministério da Saúde para o Programa de Controle da Leishmaniose Visceral (PCLV), contudo, há necessidade de melhor estruturação do serviço de controle da LV neste. A realização de planejamentos para os levantamentos das demandas de materiais para a execução dos diagnósticos da LV para que não os falte durante a realização dos inquéritos e o estabelecimento de condições para a execução de levantamentos entomológicos é uma necessidade premente. O investimento em trabalhos de educação em saúde para a população, educação continuada para os médicos, Agentes de Combate a Endemias e demais profissionais envolvidos no PCLV também é fundamental.