PPGSSA - Mestrado Profissional Interdisciplinar em Saúde, Sociedade & Ambiente (Dissertações)

Permanent URI for this collectionhttps://repositorio.ufvjm.edu.br/collections/ad163b29-df89-41da-b438-2b2d63938c6f

Browse

Search Results

Now showing 1 - 2 of 2
  • Thumbnail Image
    Item
    A atividade de trabalho dos agentes e gestores do Programa de Controle da Doença de Chagas na região do Vale do Jequitinhonha: uma análise de conteúdo
    (UFVJM, 2015) Queiroz, Dimas Ramon Mota; Murta, Nadja Maria Gomes; Pires, Herton Helder Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Diotaiuti, Liléia Gonçalves; Murta, Agnes Maria
    O controle vetorial da doença de Chagas (DCh) por meio do Programa de Controle da Doença de Chagas foi um marco no Brasil e exemplo para outros países, por diminuir drasticamente o número de domicílios infestados e eliminar a transmissão vetorial pelo Triatoma infestans. O Vale do Jequitinhonha é conhecido por ter sido uma região de ativa transmissão da DCh, nos períodos iniciais do controle. A pobreza e a falta de informação das populações residentes à época, associado às más condições das edificações, propiciavam condições para a manutenção de populações de triatomíneos no ambiente domiciliar. O presente estudo objetivou identificar, analisar e desvelar a atividade de trabalho de agentes e gestores que atuaram no controle vetorial da DCh na região do Vale do Jequitinhonha entre as décadas de 50 e 90 do século XX, como enxergavam o Programa e o modo que eram recebidos pela população em um contexto de controle vetorial verticalizado. O material de análise foi obtido pela realização de entrevistas com agentes e gestores que atuaram na região no período proposto, com gravação em áudio, transcrição e posterior análise pela técnica de análise de conteúdo. Foi possível identificar que o salário foi o principal motivo da escolha do serviço, também associado à permanência dos agentes na função. Em relação às dificuldades existentes na realização do serviço foi destacada a locomoção, que se dava a pé por grandes distâncias, associada à quantidade de peso levado pelos agentes, aos riscos aos quais estavam expostos e à rigidez do Programa. A relação com os moradores foi evidenciada de maneira positiva, a partir do momento em que estes passavam a conhecer o serviço e visualizar seus benefícios. Os inseticidas utilizados foram associados positivamente à aceitação da população e negativamente às dificuldades no transporte e exposição das equipes de trabalho, sendo a maior parte destes problemas relacionados ao desconhecimento sobre os efeitos do produto ao organismo. Em relação ao ambiente familiar, os entrevistados apontaram a saudade e ausência no lar por períodos prolongados como uma dificuldade, o que esteve relacionado a outros problemas como o alcoolismo e o divórcio em alguns casos. Apesar das dificuldades, as falas estão associadas à satisfação com o trabalho, sendo destacada a seriedade e a eficácia das ações realizadas. Não obstante ao sucesso do Programa, são apontados problemas no modelo atual de descentralização o que se refere à falta de apoio da gestão municipal para a realização do serviço, baixa motivação, rotatividade e despreparo dos agentes municipalizados. Palavras-chave: Análise qualitativa; Doença de Chagas; Controle vetorial; Atividade de
  • Thumbnail Image
    Item
    Contribuições da Psicologia Sócio-Histórica e da Clínica da Atividade para a compreensão da vigilância sanitária na jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina/MG
    (UFVJM, 2013) Sousa, Rosélia Maria Ferreira de; Murta, Agnes Maria Gomes; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Costa, Ediná Alves; Almeida, Sandro Henrique Vieira de; Murta, Agnes Maria Gomes
    O presente trabalho se constitui em uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo é levantar, analisar e desvelar o processo de constituição da atividade do trabalhador da Vigilância Sanitária nos municípios da jurisdição da Superintendência Regional de Saúde de Diamantina (SRSD), Minas Gerais e especificamente, na Microrregião de Saúde Araçuaí. Buscamos desvelar os dificultadores e facilitadores da execução das ações de Vigilância Sanitária, bem como os sentidos atribuídos pelos trabalhadores a este processo de execução. Adotamos como eixo teórico-metodológico a Psicologia Sócio-Histórica e a Clínica da Atividade. A primeira concebe o homem a partir da ideia de “condição humana”, em que os sujeitos são vistos como históricos, datados, concretos, criadores de ideias e consciência que, ao produzirem e reproduzirem dialeticamente a realidade social são, ao mesmo tempo, produzidos e reproduzidos por ela. A Clínica da Atividade propõe um método de análise da atividade de trabalho, onde a subjetividade dos trabalhadores ocupa lugar central. Para a coleta de informações, utilizamos questionário semiestruturado, entrevistas centralizadas, semiestruturadas e entrevistas de narrativa de história de vida. Os sujeitos da pesquisa foram os trabalhadores de Vigilância Sanitária de vinte e quatro municípios da jurisdição SRSD. Para análise das informações dos questionários foi utilizado o software Epiinfo®6.04d, sendo calculadas frequências absolutas e relativas, medianas e desvio padrão. As entrevistas foram analisadas à luz de núcleos de significação. Como facilitadores à execução das ações de Vigilância Sanitária foram apontados: a parceria de outros profissionais, o apoio de gestores e da população, recursos materiais e humanos e treinamentos/capacitações. Os dificultadores apontados foram: insuficiência de recursos humanos, de equipamentos e recursos materiais, ausência ou déficit na legislação, profissionais não capacitados ou pouco capacitados. Observamos que a atividade de trabalho na Vigilância Sanitária é constituída por sentidos de desânimo, impotência, negociação e pela dialética satisfação/frustração. As condições concretas, aliadas aos sentidos atribuídos pelos trabalhadores à sua atividade de trabalho apontam para a necessidade da implementação de políticas de saúde e de Vigilância Sanitária que propiciem aos trabalhadores o poder de agir, como sujeitos concretos, na defesa e promoção da saúde coletiva.