PPGSSA - Mestrado Profissional Interdisciplinar em Saúde, Sociedade & Ambiente (Dissertações)
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Item Percepções das mães quanto à introdução precoce de alimentos, em Unidades Básicas de Saúde de Janaúba/MG(UFVJM, 2020) Barboza, Kariny Alves; Murta, Nadja Maria Gomes; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Figueiredo, Ana Flávia Andrade de; Cambraia, Rosana Passos; Paes, Sílvia ReginaA discussão deste estudo com ênfase nas percepções das mães demonstra que amamentar perpassa por diversos percalços e prazeres para a vida da mesma. A maternidade tem consequências hormonais e psicológicas, que aliada a fatores culturais, faz com que socialmente a mulher se posicione de forma diferente, já que agora ela é uma mãe. Consequentemente não há como separar a mulher da mãe biológica. O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativo, com procedimento técnico estudo de caso, cujo objetivo foi verificar as percepções das mães, assistidas pela Estratégia Saúde da Família na cidade de Janaúba (MG), quanto à introdução precoce de alimentos e os motivos ao desmane precoce. Para a análise das informações utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, por categorização temática. Para a pesquisa foram selecionadas doze mães que tiveram filhos nos últimos seis meses, e que estavam ou não amamentando, pertencentes a duas Unidades Básicas de Saúde. A seleção das mães foi realizada a partir das informações oriundas do prontuário da família (ficha A) do Sistema Único de Saúde, indicadas pelos enfermeiros das equipes de saúde. A coleta de dados iníciou em maio de 2019, finalizando em outubro do mesmo ano. Quanto à percepção das mães foram identificadas três categorias: Tempo como fator limitante, insegurança quanto ao manejo da amamentação e ao valor nutricional do leite materno e interferências da rede familiar. A introdução precoce de alimentos ocorreu entre o primeiro ao quarto mês de vida das crianças. Comparando as duas ESFs, evidenciou-se que não houve diferenças quanto às percepções das mães, apesar de serem equipes instaladas em infraestruturas e com população adscrita com aparente perfis divergentes. Há a necessidade de verificar quais os motivos para o não acompanhamento adequado das mães. Neste sentido, a orientação por parte dos profissionais das equipes básicas de saúde deve otimizar a adesão a amamentação, preparando as mães para possíveis impasses durante o processo.Item A atividade de trabalho dos agentes e gestores do Programa de Controle da Doença de Chagas na região do Vale do Jequitinhonha: uma análise de conteúdo(UFVJM, 2015) Queiroz, Dimas Ramon Mota; Murta, Nadja Maria Gomes; Pires, Herton Helder Rocha; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Murta, Nadja Maria Gomes; Diotaiuti, Liléia Gonçalves; Murta, Agnes MariaO controle vetorial da doença de Chagas (DCh) por meio do Programa de Controle da Doença de Chagas foi um marco no Brasil e exemplo para outros países, por diminuir drasticamente o número de domicílios infestados e eliminar a transmissão vetorial pelo Triatoma infestans. O Vale do Jequitinhonha é conhecido por ter sido uma região de ativa transmissão da DCh, nos períodos iniciais do controle. A pobreza e a falta de informação das populações residentes à época, associado às más condições das edificações, propiciavam condições para a manutenção de populações de triatomíneos no ambiente domiciliar. O presente estudo objetivou identificar, analisar e desvelar a atividade de trabalho de agentes e gestores que atuaram no controle vetorial da DCh na região do Vale do Jequitinhonha entre as décadas de 50 e 90 do século XX, como enxergavam o Programa e o modo que eram recebidos pela população em um contexto de controle vetorial verticalizado. O material de análise foi obtido pela realização de entrevistas com agentes e gestores que atuaram na região no período proposto, com gravação em áudio, transcrição e posterior análise pela técnica de análise de conteúdo. Foi possível identificar que o salário foi o principal motivo da escolha do serviço, também associado à permanência dos agentes na função. Em relação às dificuldades existentes na realização do serviço foi destacada a locomoção, que se dava a pé por grandes distâncias, associada à quantidade de peso levado pelos agentes, aos riscos aos quais estavam expostos e à rigidez do Programa. A relação com os moradores foi evidenciada de maneira positiva, a partir do momento em que estes passavam a conhecer o serviço e visualizar seus benefícios. Os inseticidas utilizados foram associados positivamente à aceitação da população e negativamente às dificuldades no transporte e exposição das equipes de trabalho, sendo a maior parte destes problemas relacionados ao desconhecimento sobre os efeitos do produto ao organismo. Em relação ao ambiente familiar, os entrevistados apontaram a saudade e ausência no lar por períodos prolongados como uma dificuldade, o que esteve relacionado a outros problemas como o alcoolismo e o divórcio em alguns casos. Apesar das dificuldades, as falas estão associadas à satisfação com o trabalho, sendo destacada a seriedade e a eficácia das ações realizadas. Não obstante ao sucesso do Programa, são apontados problemas no modelo atual de descentralização o que se refere à falta de apoio da gestão municipal para a realização do serviço, baixa motivação, rotatividade e despreparo dos agentes municipalizados. Palavras-chave: Análise qualitativa; Doença de Chagas; Controle vetorial; Atividade de