PPGQ - Mestrado em Química (Dissertações)
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Item Desenvolvimento e aplicação de um sensor voltamétrico para análise simultânea de dopamina, ácido ascórbico e ácido úrico empregando um eletrodo modificado com naftoquinona adsorvida sobre nanotubos de carbono(2012) Oliveira, Ananda Xavier; Luz, Rita de Cássia Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Damos, Flávio Santos; Malagutti, Andréa Renata; Teófilo, Reinaldo FranciscoO presente trabalho descreve o desenvolvimento de um sensor voltamétrico altamente seletivo e sensível para dopamina (DA), ácido ascórbico (AA) e ácido úrico (AU) utilizando um eletrodo de grafite pirolítico de plano basal modificado com 1,4-naftoquinona adsorvida sobre nanotubos de carbono de paredes múltiplas (EGPPB/NTCPM/NQ). Imagens de Microscopia Eletrônica de Varredura foram utilizadas para caracterizar os materiais. Os processos de oxidação de DA, AA e AU foram investigados por Voltametria Cíclica (VC) e Voltametria de Pulso Diferencial (VPD). O eletrodo modificado apresentou excelente atividade catalítica para oxidação de DA, AA e AU, fornecendo três picos voltamétricos bem definidos em aproximadamente – 0,050, 0,145 e 0,270 V vs. Ag/AgCl, respectivamente, por VPD. Após a otimização dos parâmetros experimentais (solução 0,1 mol L-1 de tampão fosfato pH 7,5), obteve-se as curvas analíticas para DA, AA e AU, cujas faixas de linearidade foram 10,0-70,0 nmol L-1, 40,0-280,0 µmol L-1 e 2,0-14,0 µmol L-1, respectivamente. Os limites de detecção e sensibilidade foram, respectivamente, 0,126 nmol L-1 e 0,653 µA/ nmol L-1 para DA, 2,136 µmol L-1 e 0,076 µA/ µmol L-1 para AA e 0,018 µmol L-1 e 9,888 µA/ µmol L-1 para AU. O sensor foi aplicado com sucesso em amostras de urina humana e os resultados mostraram que o mesmo não sofre interferência da matriz biológica. Estudos de adição e recuperação dos analitos foram realizados para avaliar a exatidão do método e obteve-se uma porcentagem de recuperação entre 95,14% e 101,49% para DA, 96,10% e 103,47% para AA e 97,90% e 102,32% para AU.Item Estudo fitoquímico de Byrsonima coccolobifolia Kunth (Malpighiaceae) e de atividade biológica de espécies do gênero Byrsonima(UFVJM, 2011) Pereira, Vinícius Viana; Miranda, Roqueline Rodrigues Silva de; Duarte, Lucienir Pains; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Miranda, Roqueline Rodrigues Silva deEspécies do gênero Byrsonima são conhecidas popularmente como “muricis” e há relatos na literatura de muitos usos medicinais dessas plantas, alguns deles já comprovados, como atividade anti-inflamatória, antimicrobiana e antioxidante. Este trabalho objetivou analisar fitoquimicamente a espécie Byrsonima coccolobifolia Kunth e fazer um estudo de atividade biológica nos extratos de B. coccolobifolia, B. verbascifolia e B. intermedia, investigando a atividade antioxidante, a ação inibitória da acetilcolinesterase e atividade antimicrobiana nessas espécies. As partes aéreas das plantas foram coletadas no Vale do Jequitinhonha-MG e secas a temperatura ambiente. Folhas e galhos foram separados, pulverizados e submetidos à extração exaustiva com solventes de polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), que foram removidos por evaporador rotatório. Os extratos em hexano e em acetato de etila de B. coccolobifolia foram submetidos a métodos cromatográficos clássicos e, através de técnicas espectroscópicas (IV e RMN de 1H e 13C), foi possível elucidar nos extratos das folhas as seguintes substâncias: friedelina, β-sitosterol, mistura de α-amirina e β-amirina e derivados do ácido oleanólico e ursólico. Na identificação dos compostos presentes no extrato metanólico de folhas e galhos de B. coccolobifolia, utilizou-se a técnica de espectrometria de massas por electrospray (ESI-MS), por inserção direta dos extratos dissolvidos em metanol. Identificaram-se três classes de metabólitos no extrato metanólico: ácidos fenólicos e derivados (galato de metila, ácido quínico, ácidos mono-, di-, tri- e tetragaloilquínico), proantocianidinas (dímero e trímero epicatequina) e flavonóides (quercetina e derivados glicosilados). As espécies B. coccolobifolia e B. intermedia apresentaram os melhores resultados para conteúdo fenólico e para atividade antioxidante de captura de radical e de poder redutor. Isso mostrou o potencial dos extratos polares dessas plantas como recurso para a busca de substâncias úteis na prevenção ou no tratamento de doenças associadas a radicais livres. No que diz respeito à atividade inibitória da acetilcolinesterase (AChE), também investigada nas três espécies de Byrsonima, o extrato hexânico dessas plantas apresentou maior quantidade de compostos ativos frente a enzima AChE. E somente a espécie B. coccolobifolia apresentou atividade contra os microrganismos testados (Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli e Candida albicans). Sendo assim, o presente trabalho mostrou a importância de continuar estudando a flora do cerrado brasileiro e as espécies do gênero Byrsonima, sejam seus aspectos químicos ou medicinais.Item Produção de biodiesel por rotas etílicas e metílicas promovidas por irradiação de micro – ondas oriundas de um forno doméstico não modificado(UFVJM, 2011) Miranda, Sávio Eduardo Oliveira; Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Sandro Luiz Barbosa dos; Hurtado, Gabriela Ramos; Klein, Stanlei Ivair; Archanjo, Fernando CostaNeste trabalho está descrito uma nova metodologia para a produção de biodiesel (ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos) a partir do emprego de diversos óleos vegetais na sua forma “bruta”, assim como óleos residuais oriundos de processo de fritura e também gordura animal (sebo) como material de partida. Além deste desafio, procurou-se realizar as reações de transesterificações em um processo acelerado por irradiação das micro-ondas obtidas a partir de um forno de micro-ondas doméstico, o qual não sofreu adaptações, tais como: inserção de um sistema de agitação e também de refluxo, para ser utilizado em reações químicas. O primeiro passo do trabalho incluiu a utilização dos diferentes óleos vegetais brutos, isto é, desprovidos de processo de refino e de degomagem, para a produção de biodiesel. Para tanto foi necessário o desenvolvimento de uma metodologia que permitisse a purificação desses óleos vegetais brutos, pois estes podem conter substâncias, como a água, os ácidos graxos livres (AGL) e os ésteres de fósforos (fosfatídicos) que são inibidoras do processo de transesterificação. Na busca por uma técnica que permitisse a prévia purificação desses óleos vegetais, foram testados e obtidos excelentes resultados, quando foi realizada a sua filtração em sílica gel 60 Mesh. A polaridade dessa sílica oriunda dos grupos silanóis permitiu com grande êxito a retenção de AGL e dos ésteres de fósforo, além do seu alto poder de adsorção, reduzindo de maneira significativa o teor de água presente nesses óleos vegetais. O fator limitante para o emprego da sílica gel comercial nos processos de purificação das diversas oleaginosas foi o seu alto custo, o que tornava inviável o processo de purificação. Após diversos estudos e tentativas de encontrar um processo que substituísse a sílica gel comercial anteriormente empregada, foi realizado a síntese de uma nova sílica gel a partir do emprego de areia de construção e de carbonatos, sendo um processo simples e de baixo custo. Os resultados obtidos no processo de purificação dos óleos vegetais brutos empregando sílica gel “sintética” foram similares aos da sílica gel “comercial”, o que levou o emprego desse processo de purificação de maneira sistemática no preparo de matéria-prima (reagentes) para posterior transesterificação. Os bons resultados permitiram testes dessa nova metodologia de purificação em óleos e gorduras residuais (OGR) oriundos de processos de fritura. Nesses óleos foram encontrados um número bem maior de subprodutos (impurezas) que podem inibiriooooooo65t\azs NM de maneira parcial ou total o processo de transesterificação. Dessa forma, a purificação dos OGR tornou-se um grande desafio para a sílica gel “sintética”. Entre as impurezas contidas nesses óleos residuais, podemos destacar os AGL, água e os produtos oriundos da degradação oxidativa e térmica (peróxidos, aldeídos, cetonas, furanos, monômeros cíclicos e não cíclicos) dos óleos vegetais. Os OGR foram purificados com excelentes resultados por filtração sob sílica gel “sintética” em um processo realizado a temperatura ambiente. Além dos óleos residuais puros, nesse processo foi obtida a gordura animal, a qual ficou retida sobre a sílica sintética dentro do funil de filtração. Essa gordura animal foi posteriormente purificada por filtração a 60 ºC também em sílica gel sintética e assim como o óleo residual utilizada como material de partida na síntese de biodiesel. Vale ressaltar que os bons resultados alcançados no processo de purificação sob sílica gel sintética e a necessidade crescente de matéria-prima (óleos vegetais), incentivou a ampliação do programa de coleta de óleo e gorduras residuais (OGR) na cidade de Diamantina/MG, intitulado como “Doe Energia” e implantado em 2006. Tanto os óleos vegetais brutos, como os óleos residuais e a gordura animal purificados em sílica gel sintética foram transesterificados a biodiesel (metílico ou etílico) em alcoolatos (metanolatos e etanolatos) previamente preparados “in situ” a partir da solubilização de NaOH ou KOH em metanol ou etanol. Neste processo ocorreu a adição do alcoolato sobre o material de partida, sendo a reação conduzida sob irradiação de micro-ondas doméstica a 240 W durante dez minutos e acompanhada por cromatografia em camada delgada (CCD). Os produtos da reação (biodiesel e glicerina) foram separados por decantação em funil de separação, sendo o biodiesel (etílico ou metílico) posteriormente lavado até pH neutro, seco em Na2SO4 e purificados por destilação a pressão reduzida. A caracterização do biodiesel produzido foi realizada por métodos espectrométricos como a RMN1H e 13C, além disso, o controle de qualidade do biodiesel produzido foi realizado empregando técnicas analíticas seguindo as normas preconizadas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A glicerina foi purificada, através de um prévio tratamento com adição de ácido sulfúrico ou clorídrico, gerando o AGL, biodiesel e sulfatos ou cloretos de metais alcalinos como co-produtos. Alguns desses sais como o sulfato de sódio foi posteriormente purificados por recristalização e utilizados como dessecantes para o próprio biodiesel. A eficiência da metodologia empregando irradiação de micro-ondas doméstica, levou ao estudo do seu uso em reações in situ, ou seja, transesterificação direta das sementes e dos frutos de oleaginosas, tais como a soja e a mamona. Esse processo consiste em uma desidratação prévia dos frutos ou sementes a uma temperatura de 80 ºC durante 8 horas. O alcoolato preparado foi adicionado sobre os frutos ou sementes triturados e secos e a mistura foi agitada com o auxílio de um agitador mecânico a 7500 rpm durante 10 minutos a temperatura ambiente, a fim de homogeneizar a mistura reacional. Essa mistura foi levada a um forno de micro-ondas doméstico e irradiada a 240 W durante 10 minutos em um processo acompanhado por CCD. Após esse período a massa reacional foi filtrada sob vácuo, a fim de eliminar o resíduo vegetal sólido (torta). A solução resultante foi transferida para um funil de separação, onde ocorreu após poucos minutos, a separação do biodiesel (fase superior) da glicerina (fase inferior) por simples decantação. Os produtos foram separados por decantação e tanto a glicerina como o biodiesel (etílico ou metílico) foram purificados e caracterizados. O rendimento em biodiesel foi de aproximadamente 96% no emprego de sementes de soja e de 97% empregando sementes de mamona.Item Nanotubos de carbono modificados com ftalocianina de cobalto (CoPc): estudo das propriedades eletrocatalíticas e aplicação como sensor para hidrazina(UFVJM, 2011) Teles, José Joaquim de Sá; Damos, Flávio Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Damos, Flávio SantosA hidrazina é uma substância utilizada como inibidora de corrosão, antioxidante, catalisador, emulsificante, agente redutor, combustível para propulsão de foguete, inseticidas, e na preparação de diversos derivados farmacêuticos. Porém, a hidrazina é um material tóxico, sendo, portanto, necessário um método sensível para a sua determinação. Neste trabalho um sensor foi desenvolvido para determinação de hidrazina mediante modificação de um eletrodo de carbono vítreo com ftalocianina de cobalto adsorvido em nanotubos de carbono de paredes múltiplas. A caracterização eletroquímica e de superfície foi feita por voltametria cíclica, microscopia eletrônica de varredura, FT-IR e Espectroscopia de Energia dispersiva de Raios-X. Os estudos de superfície deixaram evidente que os NTCPM e a CoPc formam um material compósito. Os estudos eletroquímicos mostraram a ocorrência de processos redox de superfície e ainda há indícios de uma limitação da transferência de carga. O número de elétrons para a reação de oxidação de hidrazina bem como a constante de velocidade heterogênea foram estimados a partir dos coeficientes linear e angular das curvas de Koutecky-Levich sendo, respectivamente, 4,1 e 1,51 x 103 M-1s-1. Os parâmetros operacionais de três técnicas eletroanalíticas (Amperometria, VPD e VOQ) foram otimizados em relação à determinação de hidrazina com o uso do ECV/NTCPM/CoPc, sendo que a VOQ apresentou maior sensibilidade, tendo sido, portanto, escolhida para a determinação da hidrazina em água de caldeira. Uma curva analítica final para a determinação de hidrazina em amostra da água de caldeira foi feita utilizando-se eletrodos impressos, sob condições experimentais otimizadas, apresentando resposta linear no intervalo de concentração de 99 a 7630 μmol L-1, com R igual a 0,999. Foram obtidos valores de LD e LQ iguais a 50 e a 99 μmol L-1, respectivamente. O sensor permitiu uma boa recuperação para a hidrazina nas amostras de águas de caldeiras analisadas, com valores de recuperação compreendidos entre 98,41 e 103,62%, atestando a exatidão do método proposto.Item Avaliação da torta de macaúba como insumo para produção de bioetanol(UFVJM, 2011) Santos, Hilton Túlio Lima dos; Santos, Alexandre Soares dos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Santos, Alexandre Soares dos; Menezes, Reginaldo Ramos de; Vanzela, Ana Paula de Figueiredo Conte; Santos, Sandro Luiz Barbosa dosPara a manutenção das práticas econômicas e sócio-culturais construídas sobre a exploração e transformação do petróleo, faz-se necessário criar alternativas que não rompam de forma estanque com as práticas industriais hoje vigentes. Nesse contexto, o uso de biomassas para a produção de combustíveis líquidos que alimentem motores à combustão permite sustentar práticas antigas com novos benefícios. Dessa forma, a presente dissertação teve por objetivo avaliar o potencial da torta de macaúba, um coproduto da indústria de óleos vegetais, como insumo para produção de bioetanol. Tal objetivo foi trabalhado através de estudos de sacarificação da torta de macaúba com posterior processo fermentativo. A biomassa em questão foi caracterizada quimicamente, o que indicou a presença de aproximadamente 50% de carboidratos, distribuídos em, 23,16 ± 0,95 % de amido, 11,49 ± 1,08% de celulose, 9,6 ± 0,79% de hemicelulose e 11,48 ± 0,62 % de açúcares solúveis. Para a primeira intervenção da despolimerização dos polissacarídeos presentes na torta de macaúba foi realizado um planejamento experimental fatorial 25-1 com 5 fatores e 4 pontos centrais com as seguintes variáveis: concentração de ácido sulfúrico, tempo de pré-tratamento ácido, razão sólido/líquido, concentração de amiloglicosidase e concentração de celulase. Na sequência, o processo de sacarificação foi otimizado com o uso de delineamento composto central rotacional 23, com 3 fatores, 4 pontos centrais e 6 pontos axiais, onde foram avaliadas as concentrações de ácido sulfúrico, amiloglicosidase e celulase. Um hidrolisado obtido em condição otimizada com 92% de eficiência foi submetido à destoxificação com carvão ativado e, em seguida, foram realizados ensaios de fermentabilidade conduzidos como as leveduras Saccharomyces cerevisiae e Pichia stipitis. A levedura S. cerevisiae se mostrou resistente ao hidrolisado não destoxificado, apresentando YP/S de 0,49. P. stipitis mostrou-se susceptível ao meio não destoxificado, mas foi capaz de converter 99% dos açúcares redutores presentes no meio destoxificado. A torta de macaúba apresentou potencial considerável para produção de bioetanol. A partir dos dados de bancada é possível estimar uma produção de 104l de etanol por tonelada de torta de macaúba.Item Desenvolvimento e validação de um sensor para a determinação de L-DOPA em medicamentos empregando um eletrodo a base de nanotubos de carbono modificados com Co(DMG)2ClPy(UFVJM, 2011) Leite, Fernando Roberto Figueirêdo; Luz, Rita de Cássia Silva; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Luz, Rita de Cássia Silva; Damos, Flávio Santos; Pereira, Arnaldo CésarL-Dopa é convertida em dopamina no cérebro e continua a ser a droga mais amplamente prescrita no tratamento da doença de Parkinson. Um sensível e seletivo sensor foi desenvolvido para a determinação voltamétrica de L-Dopa em formulações farmacêuticas usando um Eletrodo de Grafite Pirolítico de Plano Basal (EGPPB) modificado com cloro(piridil)bis(dimetilglioximato) de cobalto (III) (Co(DMG)2ClPy), um modelo sintético da vitamina B12, adsorvido em Nanotubos de Carbono de Paredes Múltiplas (NCPM), o qual foi denominado EGPPB/NCPM/Co(DMG)2ClPy. Microscopia Eletrônica de Varredura e Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier foram utilizadas para caracterizar os materiais. A oxidação de L-Dopa utilizando o EGPPB/NCPM/Co(DMG)2ClPy foi investigada por Voltametria Cíclica, Amperometria, Voltametria de Pulso Diferencial e Voltametria de Onda Quadrada. O eletrodo modificado apresentou uma excelente atividade catalítica para a oxidação de L-Dopa em 180 mV vs. Ag/AgCl. Os parâmetros que influenciam a resposta do eletrodo foram investigados. As condições ótimas foram encontradas para o eletrodo modificado com 100 μmol L-1 de Co(DMG)2ClPy, 2 mg mL-1 de NCPM, em solução tampão fosfato na concentração de 0,2 mol L-1 (pH 7,4). O número de elétrons envolvidos na oxidação de L-Dopa foi igual a dois. As correntes de pico voltamétricas apresentaram uma resposta linear para a concentração de L-Dopa no intervalo de 3 a 100 μmol L-1 para n = 12 (R = 0,9992), com sensibilidade, limite de detecção e limite de quantificação iguais a 4,43 μA cm-2/μmol L-1, 0,86 e 2,87 μmol L-1, respectivamente. O Desvio Padrão Relativo para 10 determinações de solução 50 μmol L-1 de L-Dopa foi de 1,63%. Os resultados obtidos para a determinação de L-Dopa em formulações farmacêuticas estão de acordo com o método de comparação oficial. Estudos de adição e recuperação do analito foram realizados para avaliar a exatidão do método e verificou-se que foi possível uma porcentagem de recuperação entre 99,4 e 101,5% para a L-Dopa. Portanto, o sensor desenvolvido pode ser aplicado com sucesso para a determinação do referido fármaco em medicamentos.Item Desenvolvimento de um imunosensor pela técnica de ressonância de plásmons de superfície para detecção em tempo real de anticorpos anti - leishmania infantum(UFVJM, 2012) Souto, Dênio Emanuel Pires; Damos, Flávio Santos; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Munoz, Rodrigo Alejandro Abarza; Luz, Rita de Cássia Silva; Martins, Helen Rodrigues; Damos, Flavio SantosNeste trabalho, foi realizado o desenvolvimento de um imunosensor para detecção de anticorpos anti-Leishmania infantum. O princípio de transdução foi a Ressonância de Plásmons de Superfície (SPR) e o sensor foi produzido através da imobilização covalente de antígenos solúveis de Leishmania infantum sobre Monocamada Auto-Organizada (SAM) do ácido 11-Mercaptoundecanóico (11-MUA) ativado pela mistura contendo 100,0 mmol.L-1 de 1-etil-3-(3-dimetilaminopropil) carbodiimida (EDC) e 150 mmol.L-1 de N-hidroxisuccinimida (NHS). Através das técnicas de Voltametria Cíclica e Redução Dessortiva por Voltametria de Pulso Diferencial o processo de formação da SAM foi otimizado. Sob condições otimizadas, 1,0 mmol.L-1 da solução etanólica de 11-MUA e 24 horas foram suficientes para a formação de uma SAM estável sobre a superfície de ouro. Para obtenção de informações complementares da SAM, foram realizados cálculos da Cobertura de Superfície, Constante Dielétrica e Espessura do tiol adsorvido no substrato de ouro. Após esta etapa, a adição de antígenos solúveis de L. infantum sobre a SAM foi acompanhada por SPR. As técnicas de Voltametria Cíclica e Espectroscopia de Impedância Eletroquímica foram usadas para caracterizar a imobilização do antígeno. Após construção do imunosensor, foram adicionados em sua superfície soros caninos positivos para Leishmaniose Visceral, evidenciando variação significativa no ângulo de SPR, mostrando excelente sensibilidade da técnica para detecção da interação antígeno-anticorpo. Por outro lado, a adição dos soros negativos não foi acompanhada com resposta significativa, concluindo-se também que o imunosensor apresentou boa especificidade contra anticorpos anti-L. infatum. Portanto, neste trabalho foi desenvolvido com sucesso um sensor empregando SPR para detecção em tempo real de anticorpos anti-L. infatum, apresentando grande perspectiva como sistema de sensoriamento da Leishmaniose Visceral em áreas endêmicas.Item Composição química do café do Alto Vale do Jequitinhonha e comparação dos efeitos sub-crônicos da cafeína e do café em ratos(UFVJM, 2012) Rodrigues, Iara Ribeiro; Pinto, Nísia Andrade Vilela Dessimoni; Riul, Tânia Regina; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Pinto, Nísia Andrade Vilela DessimoniO café está entre os produtos agrícolas de maior importância no comércio internacional e sua qualidade como produto é um importante fator na formação de preço, além de ser uma das bebidas mais consumidas mundialmente e por isso desperta o interesse para os estudos dos efeitos fisiológicos dos seus constituintes. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os constituintes açúcares, sólidos solúveis totais, fenólicos, flavonóides, cafeína e determinar a acidez total, o pH e a atividade antioxidantepor diferentes métodos (DPPH, ABTS●+ e FRAP) no grão de café cru. Também avaliar os efeitos do tratamento sub-crônico com cafeína e café no peso corporal e dos órgãos (baço, coração, fígado, rins, supra renais e testículos), comprimento dos ossos (fêmur e tíbia), ingestão de alimentos (sólidos e líquidos) e parâmetros bioquímicos (colesterol total, glicemia e triglicérides) em ratos machos Wistar. Foram utilizados 30 ratos: Controle (C) – receberam ração e água; Cafeína (CA) – receberam ração e água contendo 0,1% de cafeína; Café 0,1% (CC1) – receberam ração e café contendo 0,1% de cafeína; Café 0,05% (CC5) – receberam ração e café contendo 0,05% de cafeína; café 0,025% (CC25) - receberam ração e café contendo 0,025% de cafeína. As amostras de café das safras de 2010 e 2011 analisadas, apresentaram diferenças significativas para os teores de fenólicos totais, flavonóides, cafeína, sólidos solúveis, açúcares totais e não-redutores, além de acidez total e pH. A atividade antioxidante total para os métodos utilizados (ABTS, DPPH e FRAP) e teor de açúcares redutores não variaram significativamente de um ano para o outro. No ensaio biológico os animais CC1 pesaram menos do que os C, CC5 e CC25. Em relação ao baço, os CC5 pesaram menos do que os C e CC25; os CC1 menos do que os C. As supra renais dos CC1 pesaram menos do que as dos Ca e CC25. Os CC1 apresentaram menor peso dos testículos do que os C, CA, CC5 e CC25 e os CC25 pesaram mais do que os C. Os ratos CC1 apresentaram menor comprimento do fêmur do que os C, CC5 e CC25 e menor tíbia do que os C, CA, CC5 e CC25. Os animais CC25 apresentaram maiores taxas de glicemia do que os CC1 e CC5 e os CC1 maiores taxas de colesterol total do que os C e CC25. Os animais CC1 comeram menos do que os C durante o tratamento e beberam menos na primeira semana. Os resultados obtidos poderão servir de auxílio para maior conhecimento sobre a interferência dos compostos químicos na qualidade da bebida de café e compreensão de seus efeitos metabólicos no organismo.Item Estudo fitoquímico e ensaios biológicos de Pseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H. Rob (ASTERACEAE)(UFVJM, 2012) Amorim, Mércia Letice Lozer de; Grael, Cristiane Fernanda Fuzer; Archanjo, Fernando Costa; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Grael, Cristiane Fernanda FuzerPseudobrickellia brasiliensis (Spreng.) R.M. King & H. Rob (Asteraceae) é uma espécie de Asteraceae conhecida popularmente como arnica-do-mato, arnica-do-campo ou simplesmente arnica. E utilizada na medicina popular contra machucados e dores no corpo, porem a literatura carece de informações científicas, encontrando-se apenas um artigo sobre estudo fitoquímico. Com o objetivo de contribuir para o estudo de P. brasiliensis, esse trabalho relata o estudo fitoquímico e ensaios biológicos que investigaram a atividade antiinflamatória e antioxidante de extratos das folhas da planta. As folhas foram coletadas na cidade de Diamantina, no Campus JK da UFVJM. Uma parte das folhas ainda frescas foi utilizada para extração de óleo essencial, e outra parte do material vegetal foi seco e submetido à extração com solventes de diferentes polaridades – hexano, acetato de etila, etanol e água – obtendo-se quatro extratos. Os constituintes do óleo essencial foram identificados por CG-EM, encontrando-se 25 terpenos, sendo os majoritários os monoterpenos α-tujeno (17,21%) e α-pineno (32,61%). Os extratos foram submetidos a técnicas cromatográficas clássicas e suas frações foram analisadas por CG-EM, IV, RMN de 1H e 13C, identificando-se o diterpeno acido caurenóico; os triterpenos β-amirina, acetato de β-amirina, α-amirina, acetato de α-amirina, lupeol, acetato de lupeol, pseudotaraxasterol, taraxasterol; e possivelmente uma lactona sesquiterpênica. Em ensaios de triagem fitoquímica realizados com os extratos, foram detectadas as classes de metabólitos secundários: cumarinas, flavonóides, taninos condensáveis, antocianinas, antraquinonas, saponinas, compostos redutores e triterpenos/esteróides. A espécie apresentou um potencial antiinflamatório, uma vez que os extratos aquoso e etanólico modularam a produção da citocina IFN-γ, envolvida diretamente na inicialização e amplificação da resposta inflamatória. Os extratos apresentaram baixo potencial antioxidante, nas concentrações avaliadas e nos ensaios de atividade de retirada de radical, e de poder de redução do íon metálico Fe3+, apesar dos extratos aquoso e etanólico possuírem compostos fenólicos. Sendo assim, o presente trabalho foi uma contribuição para o estudo fitoquímico e de atividades biológicas desta planta.Item Preparação e caracterização de filmes de β-pbo2 suportados em tecido de carbono do tipo sarja para uso como anodos permeáveis a fluidos em reatores do tipo filtro-prensa(UFVJM, 2011) Costa, Fabiano Ramos; Silva, Leonardo Morais da; Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM); Silva, Leonardo Morais da; Cestarolli, Dane Tadeu; Ferreira, Lucas FrancoEletrodos permeáveis a fluidos (EPF) foram confeccionados mediante a eletrodeposição do dióxido de chumbo (PbO2) sobre substratos constituídos de tecido de carbono (TC) do tipo sarja empregando-se diferentes condições experimentais. Foi investigada a influência dos diferentes tipos de pré-tratamento do TC na eletrossíntese dos filmes de PbO2. Os substratos pré-tratados foram caracterizados empregando-se a técnica de voltametria cíclica (VC), enquanto que os filmes de PbO2 suportados sobre o TC pré-tratado foram caracterizados pelas técnicas de difratometria de raios-X (DRX), microscopia ótica (MO), microscopia eletrônica de varredura (MEV), e a voltametria. Foi verificado que o pré-tratamento do TC empegando-se o isopropanol é o mais apropriado para a eletrossíntese dos filmes de PbO2 visando a obtenção de um EPF. O estudo de caracterização “ex-situ” (DRX, MO e MEV) revelou que as condições experimentais mais satisfatórias para a formação da fase β-PbO2 sobre o TC pré-tratado, de modo a se obter um EPF, são: pH ≤ 2; 40 oC ≤ T < 70 oC, e 40 mA cm-2. O comportamento eletroquímico do EPF (TC/β-PbO2) foi investigado na condição de “zero-gap” empregando-se a membrana Nafion® 117 (DuPont) como eletrólito sólido e a água destilada como fase líquida. A análise das curvas de polarização registradas em condições quase-estacionárias para o processo eletródico misto da reação de desprendimento de oxigênio (RDO) acompanhada pela reação de formação de ozônio (RFO) revelou a presença de duas inclinações de Tafel distribuídas nos domínios dos baixos e dos altos sobrepotenciais. Foi obtido um valor de 16 kJ mol-1 para a entalpia de ativação aparente determinada no domínio dos elevados sobrepotenciais. O estudo envolvendo a quantificação do ozônio produzido com o anodo do tipo TC/β-PbO2 empregando-se um protótipo de reator do tipo filtro-prensa revelou que este tipo de EPF não é adequado para o processo da produção eletroquímica de ozônio. Entretanto, a grande estabilidade química e mecânica apresentada pelo TC/β-PbO2 aliada ao seu grande sobrepotencial para o processo da RDO permite inferir que reatores do tipo filtro-prensa empregando-se este tipo de anodo são bastante promissores para processos de interesse ambiental envolvendo a combustão de poluentes orgânicos presentes em águas.
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